Verdades Reveladas escrita por Matheus Roberto
Gabrielle se emociona ao receber de Xena o poema de Safo e a abraça. Usando o elmo de Hermes, Xena leva Gabrielle para voar...
Aquela não era a única surpresa que Xena havia programado para Gabrielle. Durante o vôo, Xena diz:
- Sabe aonde vamos agora?
- Pra onde, Xena? – pergunta Gabrielle, curiosa.
- Você já vai ver....
Avistando de longe a ilha, Xena se aproxima e desce com Gabrielle.
- Onde estamos? – quis saber Gabrielle.
Antes que Xena pudesse responder, alguém lhes chega ao encontro, dizendo:
- Sejam bem vindas à Ilha de Lesbos!
- Cleis! – exclamou Xena, abraçando a garota.
- Ilha de Lesbos? – surpreende-se Gabrielle – Xena, que maravilha!
Xena sorri.
- Gabrielle, esta é Cleis, filha de Safo.
- Nossa, muito prazer! Sou fã de sua mãe! – diz Gabrielle, também abraçando Cleis.
- E Safo? Você sabe dela?- perguntou Xena.
- Minha mãe enviou uma mensagem. Estará aqui amanhã. Ela me pediu para recebê-las. Venham! Vou lhes acompanhar até a cidade.
As três seguem rumo ao centro de Mitilene, a capital. Nocaminho, Gabrielle pergunta curiosa:
- Xena, você disse para Safo que vínhamos pra cá?
- Sim. – responde Xena, com ar misterioso.
- Minha mãe me falou sobre vocês na mensagem. Me pediu para acomodá-las e mostrar-lhes sua escola. – explica Cleis.
- Vou conhecer a escola de Safo? Nossa, que surpresa boa! Sempre quis conhecer! – alegra-se Gabrielle.
- É uma escola de que? – quis saber Xena.
- De poesia, dança e música. – responde a garota.
- O que mais você vai aprontar comigo, hein, Xena? – pergunta Gabrielle.
- É... eu... – responde rapidamente Xena.
- O que você está aprontando, hein?
Xena desconversa, perguntando para Cleis:
- Então Safo chegará amanhã?
Cleis afirmou sua pergunta com a cabeça e disse entristecida:
- Minha mãe está um tanto triste. Por isso, resolveu sair de Mitilene por uns dias.
- O que houve? – pergunta Gabrielle.
- Ela perdeu seu grande amor para um guerreiro chamado Kleoni.
- É, eu soube... Ela mesma me contou quando estivemos juntas. – disse Xena.
- Quem é, Xena? – perguntou Gabrielle.
- Atis. – responde Xena. E continua – Cleis, Atis ainda está em Mitilene?
- Sim. Eu a vejo às vezes junto com Kleoni.
- Xena, você conhece este tal de Kleoni? – quis saber Gabrielle.
- Ainda não...
Chegando ao centro da cidade, Cleis leva Xena e Gabrielle até a Escola de Aperfeiçoamento de Safo. Ao entrarem, Gabrielle se encanta com as alunas, tão dedicadas em seus estudos. Em cada sala, era ensinada uma arte.
- Como é lindo este lugar! – exclama.
- É, é sim. – concorda Xena.
- Vou ver algo para comerem.- disse Cleis, saindo em direção a cozinha. – Fiquem à vontade!
- Xena... – pergunta Gabrielle – Como sabe tanto sobre a vida de Safo?
- Quando fui até ela pedir o poema para você, ela acabou me contando o que havia acontecido. – explica Xena – A propósito, Safo havia acabado de escrever o poema que te dei, e eu escolhi a parte final para te dar.
- Parte final? O poema não estava completo?
- Não. Ela escreveu aquele poema para Atis, desabafando o que sentia com a sua traição. Só que o restante do poema não tem a ver com a gente. Por isso, peguei só o final, que diz tudo.
Gabrielle sorri e abraça Xena.
- Eu adorei aqueles versos. Foi bom saber o que você sente por mim através de um poema.
Xena beija a testa de Gabrielle, quando Cleis retorna assustada.
- O que houve, Cleis? – perguntou Xena.
- É Kleoni! Ele quer invadir a escola e destruir tudo. Não é a primeira vez que ele tenta fazer isso, mas agora ele trouxe mais homens. O que fazer? – respondeu Cleis, preocupada.
- Espere aqui. Vamos, Gabrielle! – disse Xena, puxando sua espada da bainha nas costas, enquanto Gabrielle tirava seus sais das botas.
Chegando lá fora, Xena olha para a face de Kleoni, que grita:
- Ah, agora vocês têm guarda-costas? Não vai adiantar de nada. Homens, ataquem!
Xena dá seu grito e salta por cima de dois homens, golpeando-lhes as costas, fazendo-os cair. Gabrielle esmurra com os cabos de seus sais outros dois caras.
Kleoni parte pra cima de Gabrielle, mas é interrompido pela espada de Xena. Os dois começam a lutar.
- Você é bem forte, hein, Kle-o-ni!– disse Xena, com ar irônico.
- Você ainda não viu nada! – grita o guerreiro, dando um salto e chutando o estômago de Xena, fazendo-a cair.
Gabrielle lutava contra os outros quatro homens que acompanhavam Kleoni, mas viu a cena e gritou:
- Xena!!
- Xena? – surpreende-se Kleoni, partindo para cima de Xena, ainda caída. Porém, ela se levanta rapidamente e se inicia uma luta de socos e chutes.
Gabrielle consegue derrotar os demais e diz às pessoas que assistiam a briga:
- Amarre-os!
Enquanto isso, Xena e Kleoni lutam bravamente, sem cessar. Então ela disse:
- Por que o espanto ao ouvir meu nome?
- Pensei que estivesse morta, desgraçada! – respondeu Kleoni, com muita raiva e reforçando seus golpes.
- Como pode ver, não estou! – disse Xena, sarcasticamente, dando um soco na face do guerreiro.
Kleoni retribuiu o soco, fazendo Xena cair novamente e se pondo encima dela.
- Vou te matar, Xena! Pensei que estivesse morta, mas como voltou, terei o prazer de acabar com você!
- Por que quer me matar? – pergunta Xena, conseguindo soltar um dos braços e lhe dando um soco. Ela se levanta e pega seu chakram.
Kleoni se aproxima para lutar mais, mas está desarmado. Então ele diz, cego de ódio:
- Você matou meu pai! Tem que pagar, sua assassina!
Xena segura o chakram em sua direção e pergunta:
- Mas quem é seu pai?
- Theodorus! Lembra dele ou foi só mais um que pereceu por suas mãos? – responde Kleoni, enfurecido.
- Eu não matei seu pai!
- Parem! – gritou Atis, que chegara naquele momento – Kleoni, esqueça isso, já faz tanto tempo...
- Jamais vou esquecer que esta mulher matou meu pai a sangue frio pelas costas! – dizendo isso, ele avança pra cima de Xena, mas Gabrielle, usando seus sais, o golpeia duplamente no queixo, fazendo-o cair.
Kleoni se levanta e vê que estáem minoria. Elevai se afastando e diz:
- Ainda vou te matar, Xena!
Ele corre por trás das casas e Xena resolve segui-lo, mas é impedida por Atis, que diz, se pondo em sua frente:
- Por favor, não o mate! Eu o amo.
- Como você pôde trocar Safo por... aquilo? – pergunta Gabrielle, surpresa.
- Ele é um bom homem... – explica-se Atis.
- É... percebi. – diz Xena.
- Verdade, ele só está com raiva.
- E por que ele quer destruir a escola? – pergunta Gabrielle.
- Por causa da Safo. Quando tento convencê-lo a não fazer isso, ele acha que é porque ainda a amo. E seu ódio aumenta ainda mais.
- Filho de Theodorus... só me faltava essa. – sussurra Xena.
- Mas você não matou o pai dele. Kleoni precisa saber a verdade. – diz Gabrielle.
- Não matou? – questiona Atis – Kleoni me contou sobre isso. Seu pai era um guerreiro do exército de Callisto. Ao ver Theodorus ser assassinado por você, Xena, um dos soldados fugiu e foi ao encontro da mãe de Kleoni para contar o acontecido. Ele tinha apenas um ano de vida, mas cresceu ouvindo sua mãe dizer até morrer que Xena, a Princesa Guerreira, havia matado seu pai. Então, ele soube que você e Gabrielle haviam morrido e esqueceu sua sede de vingança. Ao ver você aqui, viva, quis matá-la.
- Mas não fui eu quem matou Theodorus. – irrita-se Xena.
- Eu vou embora, não quero que Safo me veja aqui. – diz Atis, ao ver Cleis saindo pela porta da escola.
- Atis, você não é bem vinda aqui. – diz Cleis.
- Eu sei, já estou indo.
Atis vai embora e Xena, Gabrielle e Cleis retornam para o interior da escola.
- Minha mãe chegará amanhã. Não contem a ela o que aconteceu. – pede Cleis.
- Acho que Safo deve saber o que se passa por aqui em sua ausência. – diz Gabrielle.
- Como vou provar ao filho de Theodorus que eu não matei seu pai? – pergunta-se Xena.
Gabrielle pensa um pouco e diz, animada:
- Tem um jeito, Xena!
- Qual?
- Confie em mim! – responde Gabrielle, olhando nos olhos de Xena e saindo da sala onde estavam.
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