Vivendo um Sonho - Criados como Armas escrita por Carol e Maah


Capítulo 2
Descobertas


Notas iniciais do capítulo

Hey people :) Bom, queria avisar que vou postar de segunda e quinta! Aproveitem e espero que gostem :) Nos vemos lá em baixo :)



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2 dias depois

Estava confusa, parte de mim queria ficar no hospital com a minha mãe e a outra parte queria ir embora e voltar para escola, ver meus amigos, sair, dormir na minha cama etc. Tia Paula estava falando com o medico sobre a minha alta enquanto eu fui ver minha mãe no quarto. Ela está pálida, cheia de marcas e cicatrizes no rosto e no pescoço, com as mãos sobre o peito, parece um anjo dormindo. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, não podia deixá-la aqui e viver minha vida como se nada tivesse acontecido. Decidi pegar uma cadeira e conversar com ela, ver se ela tinha alguma reação, ou pelo menos me despedir, eu odiava minhas sensações que diziam que ela ia morrer que o fim dela estava mais próximo do que eu imaginava. Peguei a cadeira e me sentei próximo a ela. Sua pele era macia porém, fria, conseguia sentir sua respiração, ver seu peito descendo e subindo.

–Mãe, sei que pode me ouvir. Quero que saiba que eu estou aqui com você e que quando acordar vou estar aqui do seu lado segurando sua mão. – Eu disse baixinho com uma voz chorosa. Vi que a máquina começou a apitar e suas batidas ficaram mais fortes e vi lágrimas escorrendo dos olhos dela. - Enfermeira, Tia Paula! Venham aqui rápido! – Eu gritei. Estava muito feliz, ela teve uma reação!

Fiquei observando as enfermeiras arrumando minha mãe na cama. Foi quando uma tontura me abateu como um soco. Fechei meus olhos e tudo ficou preto, podia sentir meu corpo totalmente imóvel.

Agora meu corpo queimava e meu coração acelerava. Acordei deitada em um quarto igualzinho ao meu quarto anterior. Não sabia o que tinha acontecido só sentia um calor dentro de mim e uma sensação estranha. Olhei-me no espelho do banheiro que havia no quarto. Meus cabelos castanhos avermelhados estão molhados e minha pele pálida, meus olhos castanhos escuros estão pretos e inchados. Levantei e olhei diretamente para o relógio que marcava 9h05 da manhã. Fui em direção ao quarto de minha mãe e lá estava ela, acordada. Ela estava com um sorriso enorme no rosto e com uma aparência boa.

– Olá filhinha, vem aqui me dar um abraço – Ela sorria, minha mãe era realmente bonita, cabelos negros e olhos castanhos claros e seu sorriso é muito bonito. – Vem querida, estou bem.

Corri até a cama chorando de felicidade, ela está viva. Finalmente posso abraçá-la. Sentei na cama e ela me abraçou e começou a chorar e sussurrar que estava tudo bem e que iríamos para casa em breve. Quando ela me soltou, fiquei olhando para ela como se fosse um milagre, ou sei lá, inacreditável. Marcos e Tia Paula chegaram na porta do quarto sorrindo para mim e para minha mãe.

– Ela acordou hoje de madrugada Nina, estava louca para te contar, mas preferia que você mesma visse. – Tia Paula disse piscando para mim. Fiquei tão feliz que levantei e a abracei com força.

–Nem acredito nisso Tia. Abracei meu irmão que estava ao lado de Tia Paula sorrindo que nem louco.

–Melhor deixá-las sozinhas Marcos, daqui a pouco voltamos. – Ela falou.

Depois que saíram do quarto fiquei sozinha com minha mãe, novamente sentei na cama perto dela e fiquei totalmente feliz, feliz de lembrar do cheiro dela, do carinho.

–Filha, preciso lhe contar uma coisa, acho que você está pronta para saber disso. – Ela parecia estar realmente falando sério. Esse olhar me dava arrepio.

–Sim mãe. – Eu disse. Estava com medo de ouvir algo chocante ou coisas do tipo.

–Existem muitos mundos além desse em que vivemos e existem adolescentes especiais, com dons especiais que podem fazer uma grande diferença no mundo. Mas, esses dons só aparecem quando você completa certa idade. – Ela pegou minha mão e suspirou. – Nina você realmente é um desses adolescentes especiais. Você é muito mais que eles e agora você descobrirá que seu pai e seu tio estão te procurando. Enquanto eu estiver aqui quero que tenha muito cuidado porque se eles te encontrarem vão te usar. – Ela parecia pálida e cansada. Ela deitou e suspirou novamente.

–Como assim especiais? E onde eles estão? – Eu falei curiosa. Como assim meu pai estava me procurando esses 15 anos e por que ele iria me usar e para que?

–Você é mutante querida. Algumas pessoas nascem com habilidades super-humanas latentes, que geralmente se manifestam na puberdade. – Mamãe disse respirando fundo – Um pouco antes de me casar com seu pai ele comandava uma cidade só de mutantes, sendo ele um humano. Seu tio e ele cuidavam de tudo. Porém, um dia ele teve problemas e teve que sair da cidade e quando saiu, perdeu tudo que tinha porque seu tio “tomou” a cidade dele. Seu pai ficou tão furioso que decidiu criar um mutante tão grandioso que poderia fazer o que ele quisesse. Foi então que nós casamos e ele me usou como uma cobaia. Na sua gravidez e na do seu irmão ele injetou seus experimentos enquanto eu dormia e eu nunca percebi. Ele era tão carinhoso com seu irmão o levava para todo canto e o tratava como único e eu engravidei novamente e ele continuou injetando os experimentos em mim. Descobri que na verdade ele queria criar seus filhos como arma para conseguir a cidade de volta e quando descobri decidi fugir, não queria isso para vocês. Mas, agora seus poderes vão aparecer e serão muitos fortes e sei que ele vira atrás de você e te manipulará até o último segundo para conseguir o que quer. E ele está perto. – Ela continuava sorrindo porém, seu rosto estava ficando mais pálido e sem força. Eu sou um mostro? Uma arma? Só uma pessoa com sérios problemas faria isso com uma mulher grávida só para ter poder sobre uma cidade de mutantes. - Filha, tome muito cuidado com ele ok? – Ela me abraçou com força e me deu um beijo na testa.

–Prometo que terei muito cuidado mãe. Agora você precisa descansar. – Ela assentiu e eu fiquei deitada com ela, esperando que adormecesse.

–Filha, eu não consigo dormir, será que você poderia cantar para mim?

Eu olhei surpresa para ela. Mamãe estava deitada de olhos fechados, seu rosto estava molhado, sua respiração estava fraca e ela apertava minha mão.

–Claro mãe! – Eu estava sentindo uma vontade enorme de chorar e aquela maldita sensação voltou a dominar meu corpo.

Então eu comecei a cantar: “Well I know the feeling Of finding yourself stuck out on the ledge And there ain't no healing From cutting yourself with a jagged edge I'm telling you that It's never that bad Take it from someone who's been where you're at Laid out on the floor And you're not sure You can take this anymore” Ela abriu os olhos e começou a chorar e sussurrou no meu ouvido:

– Eu amo essa música filha. Cante mais para mim. – Continuei cantando até escutar suas últimas palavras e seu último suspiro - Eu te amo Nina, você será grandiosa e uma lutadora. Sabe como eu sei disso? Porque eu vi. – Ela sussurrou fraco, depois não senti mais sua mão apertando a minha. Quando olhei vi que seus olhos estavam fechados e totalmente molhados. Com um sorriso no rosto ela se foi.


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Notas finais do capítulo

Hey lindos :) Espero que tenham gostado :) Reviews please :( Beijos com amor e purpurina ;)



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