Vivendo um Sonho - Criados como Armas escrita por Carol e Maah


Capítulo 1
Como tudo começou


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Essa é a nossa primeira fic, então estamos aceitando todo o tipo de criticas (construtivas). Desculpem-nos qualquer tipo de erro. Enfim, espero que gostem XD



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Acordei cedo para ir ao meu primeiro dia de aula, estava com bastante sono e frio. Minha mãe havia preparado um ótimo café da manhã e separado meu lanche.

- Bom dia filhinha, dormiu bem? – Ela disse dando um beijo em minha testa e sorrindo. Mamãe estava como sempre, de pijama com os cabelos presos em um rabo de cavalo.

- Bom dia mãe, sim dormi bem, cadê o Marcos? Não levantou ainda? – Eu perguntei a ela. Marcos é meu irmão mais velho, ele sempre acorda atrasado, diferente de mim ele tem 17 anos enquanto eu tenho 15. – Mãe, acho melhor você acordar ele. Vamos chegar atrasados no primeiro dia de aula.

Minha mãe estava prestes a levantar para chama-lo, quando ele desceu as escadas assustado e com a mochila nas costas. Meu irmão é bem bonito, seus cabelos são castanhos claros, sempre bagunçados, um físico atlético e olhos bem escuros.

- Desculpa a demora, dormi demais. Posso ir comendo no caminho? – Ele sorri passando a mão direita nos cabelos. Eu dou um sorriso torto e pego minha mochila. Vamos para escola.

No caminho Marcos estava comendo um lanche que nossa mãe preparou, enquanto eu escutava música no meu celular e pensava no meu primeiro dia de aula. Imaginava que seria ótimo rever os velhos amigos, conhecer pessoas novas, professores chatos e outras coisas. Saudades das minhas melhores amigas, Laura e Bianca e dos meninos, Eric, Josh etc...

Fiquei olhando pela janela e vendo a chuva. Adoro chuva, principalmente na hora de dormir. Estava com o pensamento longe e tomei um grande susto quando de repente vejo um garoto parado no meio da rua.

Ele olhava fixamente para o carro. Um garoto com a cara totalmente pálida e olhos fundos escuros. Ela me encarava sorrindo, um sorriso cruel e misterioso. Minha mãe tentou desviar do garoto.

Senti um ar frio passando diante de todo meu corpo, senti uma mão em meu rosto e uma voz rouca masculina que sussurrava em meus ouvidos: Isso vai doer um pouquinho Nina, ninguém disse que seria fácil.

A voz do garoto sumiu e eu me via sentada em uma sala totalmente preta sem janelas ou portas, ainda sentia frio e uma dor no peito. Eu estou morta? Porque ficou tudo preto de repente?

Foi ai que tomei um grande choque: Nina? Nina? – Era minha tia Paula. Ela continua linda como sempre, nova sem rugas, magra, cabelos curtos até os ombros pretos com um belo sorriso no rosto. Amava minha tia de um jeito que nunca entendi. Ela era casada com meu tio Rick que é irmão do meu pai.

- Querida, você finalmente acordou. Quer comer algo? Ou tomar um copo d’ água? – A voz dela soava bem preocupada.

- Tia, cadê minha mãe? Cadê o meu irmão? Onde eles estão? – Eu estava completamente confusa e perdida. Não lembrava nada.

Sentei-me e peguei o copo d’água que estava na mesinha perto da minha cama. Não conseguia pensar direito, só conseguia lembrar da voz do garoto : “Isso vai doer um pouquinho Nina, ninguém disse que seria fácil”

- Querida, eu tenho uma boa e uma má noticia. A boa é que você esta bem e se recuperando rápido, a ruim é que sua mãe está... em coma. – Lágrimas escorriam do rosto de Tia Paula. Nunca a vi chorando. Minha cabeça doía e eu sentia uma dor no peito, uma dor de perda, uma dor que não tem explicação. – As chances de ela sobreviver são mínimas, mas acredito que tudo dará certo. – Ela disse com uma voz chorosa, mas confiante.

Por um momento eu parei de chorar, a dor foi aumentando até não dar mais. Por alguma razão eu sentia que ela não iria sobreviver e eu nunca errava.

A raiva e a dor subiram e eu disparei um grito seguido de lágrimas e soluços.

Eu sou bem apegada a minha mãe, sempre fui, ao meu pai nem tanto porque ele se separou da minha mãe um pouco antes de eu nascer e nunca deu sinal de vida. Minha tia é como uma segunda mãe, sempre nos ajudou e também cuidou muito de mim quando minha mãe não podia. Sou grata por tê-las em minha vida.

Pensei no meu irmão, o que será que aconteceu com ele?

- Tia, e o Marcos? Como ele está? – Eu perguntei com a voz chorosa. Tia Paula sorriu e me deu a mão olhando para porta.

Ficou tudo quieto e em seguida Marcos entrou no meu quarto com a mão enfaixada sorrindo. Seu rosto estava arranhado, mas ele parecia bem.

- Olá maninha, fico feliz que tenha acordado – Marcos disse. Ele entrou no quarto e caminhou até a minha cama e me abraçou delicadamente.

- Fico feliz que esteja bem também, seu chato. – Falei sorrindo e o abraçando de volta. Meu corpo doía um pouco, mas a felicidade de vê-lo é maior que a dor.

Depois que eu me recuperei das surpresas, Tia Paula me contou que fiquei uma semana em coma e que por sorte não quebrei nada, porém minha mãe bateu a cabeça com muita força e teve algumas paradas cardíacas.

- Acho que daqui dois dias eles te darão alta e poderá voltar para casa. Nina seus amigos vieram aqui te visitar e escreveram isso aqui. – Ela disse me entregando uma carta, estava escrito:

Bianca:

Querida Nina,

Queria dizer que sinto muito sua falta e sei que você vai acordar e quando acordar e ler isso saiba que você é a melhor amiga que eu já tive e que sempre será minha irmã!

Te amo, Bianca.

Laura:

Hey sua gorda,

Você faz falta aqui sabia? Não tenho ninguém para encher o saco e nem para desabafar. Sei que vai acordar porque é forte e acredito em você, gata!

Te amo sua gorda, da sua Sis.

Josh:

Sei que vai melhorar rápido, saiba que não tem graça ficar sem você e que quando voltar não vou parar de te encher o saco.

=P

Te gosto sua monga!!

Eric:

Monga, se recupera logo por favor, ninguém me entende aqui e sinto falta da minha maninha chata e monga.

Sinto sua falta, Eric.

Eu li a carta chorando. Tenho um carinho grande por todos eles e com eles eu sempre me senti diferente, como se fossem meus irmãos. Amigos de verdade são poucos e, quando são de verdade, você simplesmente sente, sente carinho e um amor de irmão.

- Ok querida, agora você precisa se acalmar e dormir um pouco. Pense que daqui a dois dias vai poder abraçar e conversar com todos eles. – Tia Paula disse com um sorriso no rosto. Ela me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Marcos estava sentado me observando com uma cara de bobo.

- Cara, você tem muita sorte sabia? Os médicos falaram que você não iria sobreviver. Você é forte Nina e uma garota diferente das outras, um diferente bom, único e especial. – Ele se levantou me deu um beijo na testa e saiu da sala.

Estava muito cansada, achei que não iria adormecer rápido, mas me enganei dormi bem rápido.

“ Estava parada na rua em que ocorreu o acidente, sabia disso porque foi minha última lembrança.

Eu estava olhando para o céu e sentindo a chuva, senti um calafrio e uma mão tocar meus braços e um corpo gelado perto do meu.

- Você acha que isso é real? Está enganada Nina. Venha comigo e eu lhe mostro o nosso mundo. Você não tem noção do quanto é forte e poderosa. – Uma voz rouca e familiar. É a voz daquele garoto. Tentei responder, mas não saia som.

O garoto apareceu na minha frente. Conseguia ver seu sorriso, mas não o rosto. Eu só via uma sombra preta sorrindo para mim. O garoto levantou o braço e me deu a mão.

- Nos veremos em breve Nina e, quando te encontrar, vou lhe ajudar a entender esse mundo cruel e louco, te mostrarei a realidade e você verá o quanto é magnífica. – O garoto beijou minha mão e tudo ficou e embaçado e eu acordei.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Deixem reviews. Semana que vem tem mais XD



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