She Wolf escrita por SrtaLeonhardt
Remus Lupin Pov.
Todos dormiam apenas eu estava acordado dentro daquela cabine.
Sim estávamos indo para casa de James. Daqui a dois dias ia ser Natal e Liza estava toda feliz.
Eu ia passar o Natal com a família Potter e o Sirius, na verdade eu não queria, por medo de incomodar. Mas Liza e James praticamente me obrigaram a passar lá.
Eu até gosto do Natal, mas é estranho passar longe da minha mãe sabe? Mas provavelmente vai ser maravilhoso passar o Natal com os meus melhores amigos, e bem, a garota por quem eu babo.
Minha relação com Liza era realmente complicada. Depois do termino do namoro de mentira entre Liza e Sirius nunca tivemos mais nenhum tipo de contato físico intimo. O máximo era os abraços que Liza me dava, quando ela se agarrava ao meu pescoço e beijava minha bochecha sorrindo. Céus, essa garota me deixa louco.
Mas o meu sonho com ela ainda aparecia frequentemente na minha mente. Pegava-me muitas vezes a encarando e relembrando o sonho. Mas tudo sem querer, o que gerava piadinhas vindas de Sirius, e tapas vindas de Liza.
Liza se remexeu ao meu lado e abriu os seus grandes olhos ainda sonolenta. Sorri amigavelmente para ela, que retribuiu do mesmo jeito.
– Será que falta muito para chegarmos? – Perguntou coçando os olhos.
– Não faço a menor ideia. – Falei sem tirar meus olhos dela.
Ela percebendo que eu a encarava corou e abaixou a cabeça. Eu ri da sua vergonha, ela ficava linda vermelha.
– Bom dia. – Sirius falou acordando.
– Bom dia Sirius? Já é final de tarde. – Liza falou rindo.
Ele pareceu meio desnorteado por um tempo, até sua consciência voltar e ele lembrar onde estava.
– Que dor nas costas. – Resmungou se arrumando.
Liza sorriu para ele e depois olhou para James, que dormia feito um bebê. Como se Sirius lê-se a mente dela, ele sorriu maliciosamente e sentou ao lado do cervo.
– JAMES ACORDA CARA, A LILY, TA LÁ SE AGARRANDO COM O DIGORY. – Sirius gritou no ouvido de James, e o mesmo acordou assustado e ofegante.
– LILY? DIGORY? CÉUS. – Ele pulou do acento enquanto Sirius e Liza riam feitos dois retardados.
James pareceu perdido por um instante, até perceber que era apenas uma brincadeira. Ele bufou irritado e se jogou ao lado de Sirius, enquanto resmungava alguma coisa.
– Ah, eu odeio vocês. – Ele falou.
– Eu amo você meu veadinho. – Sirius fez voz de gay e se jogou em cima de James.
Liza e eu começamos a rir enquanto James tentava tirar o cachorro de cima dele.
– Desgruda. DESGRUDA CARA. – James chutou de leve a barriga do amigo que se separou fazendo cara de magoado.
– VOCÊ NÃO ME AMA MAIS É ISSO? – Fingiu que lágrimas caíam arrancando uma gargalhada de Liza.
Sorri ao olhar como Liza se divertia. Ela é realmente linda, e com um sorriso desse...
– REMUS MEU AMOR, O JAMES NÃO ME QUER MAIS, ENTÃO EU QUERO VOCÊ. – Sirius se jogou em cima de mim.
– Meu senhor. Sirius para, já vamos chegar, calma. – Falei e o tirei de cima de mim.
– Como você consegue? – James perguntou.
Eu apenas dei um sorrisinho de lado, e Sirius sentou entre eu e Liza, me fazendo ir mais perto da parede do trem.
Com toda essa bagunça, Peter acabou acordando. E falou que ia ver se já estávamos chegando, por isso saiu rapidinho da cabine, indo sabe-se lá aonde.
Depois da saída de Peter, ficamos todos em silencio, apenas olhando um para a cara do outro.
– Papai parecia bem empolgado quando soube que o Aluado ia passar o Natal lá em casa. – James comentou olhando pra fora.
Sorri em resposta e Sirius me abraçou pelos ombros.
– E a Liza também. – Cochichou no meu ouvido e eu senti minhas bochechas esquentarem.
Ele deu um risinho e eu soquei sua cara mentalmente. Mas logo entrou Peter na cabine, dizendo que em menos de cinco minutos chegaríamos à plataforma.
Dito e feito. Quando chegamos James e Liza mal pegaram suas malas e saíram em disparada para a plataforma. Eu e Sirius demoramos algum tempo, pois tinha muita gente no corredor.
Quando pisamos lá fora, avistei Liza agarrada ao Sr.Potter que abraçava a filha sorrindo. A Sra.Potter abraçava James enquanto beijava-lhe os cabelos.
– Olá tia Dory. – Sirius falou animado e correndo para abraçar a sua “mãe”.
– Remus meu caro. Como vai? – Sr.Potter me cumprimentou com um aperto de mão.
– Vou muito bem e o senhor? – Apertei sua mão e ele sorriu
– Vou bem, e Remus, não precisa de toda essa formalidade. – Sorri envergonhado.
– REMUS QUERIDO. – A voz doce e maternal da Sra.Potter me chamou.
Virei-me para ela e logo senti seus braços me rodearem e ela me dar um beijo estalado na testa.
– Como vai querido? – Ela sorria pra mim.
– Vou bem. – Sorri.
– LILY. AH SUA RUIVA DESGRAÇADA VEM CÁ. – Liza gritou chamando atenção.
– O QUE É SUA LOIRA ENJOADA? – Lily gritou sorrindo e vindo correndo até Liza.
– Nos vemos no ano novo? – Liza perguntou.
– No ano novo. – E se abraçaram.
– Ah, posso levar convidados? – Lily olhou para ela e depois para James e corou.
– Pode. – Falou baixinho.
– AH VALEU RUIVA GOSTOSA. – Liza berrou e se agarrou ao pescoço da ruiva.
Lily se despediu dela e se juntou a seus pais e sumiram pela passagem.
– Liza precisa parar de gritar tanto. – O Sr.Potter falou.
– Pai, isso está dentro de mim, nunca vai sair. – Liza falou e piscou o olho direito.
– É ela é sua filha querido. – A Sra.Potter falou e James gargalhou.
– Vamos para casa. – O Sr.Potter me puxou e Liza também para a passagem e assim fomos para casa dos Potter...
Elizabeth Potter Pov.
Quando chegamos a casa Sirius e James foram direto pra cozinha comer alguma coisa, alegando que estavam morrendo de fome. Mortos de fome.
Remus ficou sentado ao lado deles, apenas olhando eles comerem e eu subi para o meu quarto arrumar algumas coisas.
Proibi a mamãe de fazer qualquer coisa no meu quarto, e ela sempre reclama, tanto comigo quanto com o James. “Que somos muito desorganizados e bagunceiros” e eu e James apenas reviramos os olhos.
Depois de ter arrumado minhas coisas e de ter tomado um banho. Eu coloquei uma calça quentinha e um suéter azul com desenhos de corujas na frente, coloquei uma bota de cano alto, penteei meus cabelos por cima e fui comer alguma coisa.
Quando cheguei à cozinha, Remus estava sentado enquanto mamãe o servia com uma macarronada de dar água na boca.
– Mimando as vizitas mamãe? Não pode. – Falei rindo.
– Está com fome Liza? – Ela perguntou.
Eu fiz que sim com a cabeça e ela apontou para a mesa, onde eu sentei e vi um prato e talheres a minha frente.
Minha mãe me serviu e sumiu pela porta cozinha, me deixando sozinha com o Remus.
Dei minha primeira garfada, e sorri ao sentir o gosto bom da comida da minha mãe. Céus que saudades.
Antes de dar a segunda garfada olhei para Remus e percebi que ele me encarava com um sorriso no canto dos lábios. Senti minhas bochechas esquentarem e dei um sorrisinho para ele.
– O que foi? – Perguntei ainda envergonhada.
– Nada. – Falou e voltou a comer.
Comemos o resto em silencio, mas ainda sim, trocávamos olhares, e quando isso acontecia ruborizamos.
É Sr.Lupin, parece que você ainda tem efeitos sobre mim e eu tenho efeitos sobre você. Isso é bom, muito bom.
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