Ain't No Way We're Going Home escrita por snowflake


Capítulo 13
Madrugada pt. 2


Notas iniciais do capítulo

RESUMO DO QUE ACONTECEU:

>o word bugou
>perdi o capítulo
>tive que reescrever tudo
>aqui estou eu
>espero que gostem
>desculpa a demora
>não sei se vai ter Madrugada pt. 3
>boa leitura
>e mais uma coisa
>mommy loves you



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Descemos da picape. Entrelacei minha mão direita com sua mão esquerda e nós andamos até o prédio.

– Primeiro as damas. – Austin disse, abrindo a porta de madeira clara, e sorrindo depois.

Agradeci, e entrei.

Um flash do pesadelo que acabara de ter passou por minha mente, mas ignorei-o quando o loiro pegou minha mão novamente.

A pousada estava com alguns quartos ocupados, mas conseguimos um bom lugar para passar a noite. E por um preço pequeno. Novamente, eu disse ao loiro que o pagaria quando voltássemos à casa de Dez, mas o mesmo negou.

O único problema disso tudo, era o seguinte. Só haviam quartos de casal liberados.

Ou seja, eu dormiria na mesma cama que Austin Moon. Yay.

A recepcionista entregou a chave para nós. Direcionamo-nos até a escada.

Entramos. Austin andou direto, e jogou-se de barriga na cama. Ri de sua atitude.

O quarto se resumia em uma cama de casal (nem tão grande por sinal, para o meu desespero), um criado-mudo de cada lado da cama, um ventilador de teto que eu estava com medo que caísse a qualquer momento. Uma cômoda de madeira mesclada na parede contrária da cama.

E, por fim, um banheiro com uma porta em uma cor avermelhada.

Agora entendo o fato da diária ser tão barata.

Austin continuava desmaiado, com a cara nos lençóis brancos da cama. Seus pés pendiam na borda da cama, e suas costas subiam e desciam, de acordo com a sua respiração. Sua calça jeans clara estava levemente abaixada, assim como a grande parte dos garotos dessa idade usam. E mostrava a barra de uma cueca rosa com preta. Quem sabe um pouco gay, mas altamente sexy.

Ahm.. (cof cof)... O que? Quem disse isso?
Eu disse isso? Pufft... Eu não disse isso.

Enfim.

Coloquei a embalagem do Danny’s na cômoda, e comecei a tirar os dunnuts, uma lata fechada de Sprite, e a outra, que estava na metade.

Fui jogar a embalagem no lixo do banheiro, e quando volto, para a minha surpresa, o loiro continua dormindo.

Bem, pelo menos eu acho que ele esteja dormindo. Pode estar só deitado mesmo. Ao observá-lo ali, tenho uma ideia para acordá-lo.

Pego a latinha de Sprite com metade do conteúdo. Viro, e tomo todo o líquido num gole só. Minha garganta reclama um pouco do refrigerante de limão gelado, mas não é nada de mais.

Vou até o banheiro e lavo a lata. Retiro o lacre de metal, que eu nunca entendi o porquê dele existir.

Ligo o chuveiro e verifico se há água quente, e para a minha alegria, a resposta é sim. Encho a lata com a água mais quente que consigo. Mal consigo segurar a latinha de tão quente.

Vou até a cama, onde o loiro agora está com a cabeça de lado, com a boca aberta, e está babando.

Antes de por em prática o meu plano, tiro uma foto da expressão facial de Austin. Isso renderá boas risadas futuramente.

Ajoelho-me ao lado de Austin, mas fico longe o bastante para fugir se for preciso.

Levanto sua camiseta cinza e ele nem se mexe. Derramo umas pequenas gotas da água quente. Austin se remexe, mas não tem nenhuma reação pior. Derramo mais um pouco, e ele reclama algo que eu não entendo.

Desisto de brincar, e jogo uma quantidade maior. Assim que Austin abre os olhos eu corro para longe.

Ai caralho! Essa porra ta quente! – ele reclama, e só se ouve minhas gargalhadas.

O loiro passa as mãos nas costas para tentar amenizar o calor da água, e eu continuo rindo.

– Achou engraçado, Dawson? – ele fala raivoso, mas um pequeno sorriso se forma em seus lábios.

– Sim, muito! – exclamo, gargalhando ainda.

Ele me pega pela cintura, e me deixa de cabeça para baixo.

– Austin! – o repreendo. Agarro seus braços, com medo de, no mínimo, quebrar o pescoço, se eu cair.

Ally! – ele me imita, rindo.

– Sério! Para! Me põe no chão! – falo assustada, mas ainda rindo.

Ele me larga com força na cama. Com o susto eu fecho os olhos, e quando abro, Austin está com a latinha de água quente em cima de mim.

– O que acha disso agora, Ally? – ele fala, com um sorriso irônico.

– Não! Não faz isso! Eu tava só brincando! – peço, com pequenos risos escapando da minha boca, e me levantado. Ficando de pé na cama.

– Hm.. – ele resmunga – Tá!

Com isso, selamos um cessar-fogo.

– Mas, ah. Acho que eu queimei minhas costas... - ele fala, tirando a camiseta. – Vê ai. – ele vira de costas,

Realmente, havia uma marca vermelha no meio de suas costas. Sem nenhuma marca maior, só vermelhidão na pele altamente branca do loiro.

– Bem.. Quer que eu minta, ou que eu fale a verdade? – pergunto risonha.

Ele da uma risadinha pelo nariz e responde:

– A mentira sempre foi minha melhor escolha, então... Minta, por favor! – ele fala.

Sorrio, e aquela frase fica na minha mente.

– Se é para eu mentir, não há nada nas suas costas. Está perfeitamente normal.

Ele se vira de frente e, meus deuses!

Apesar de ser bem magro, Austin tinha um corpo lindo. Não era exagerado, mas não chegava a ser reto. Ele era, simplesmente, lindo.

– Tira uma foto, assim dura mais. – ele fala, fazendo uma pose, flexionando os braços.

Rio, e pego meu celular, realmente tirando uma foto.

– Deixa eu ver como ficou! – ele diz, se aproximando.

Digamos que essa aproximação de Austin não fez bem para a minha sanidade. Mas vamos ignorar.

– Tira outras! – o loiro parece bem animado com isso. Posiciona-se e faz diversas poses flexionando os braços.

Ok. O que é sanidade mesmo?

Então eu soltei meu celular, fui a sua direção, nos beijamos e começamos a transar loucamente até o amanhecer e...

Ok. Lembrei o que é sanidade.

Após tirar as fotos, Austin disse que iria tomar um banho, por que a ardência de suas costas era muito forte.

Assim que ele entrou no banheiro, e eu ouvi a tranca da porta, eu soltei o ar que nem notei que segurava.

Apesar do ventilador ligado, estava bem quente ali dentro. Tirei meu moletom, ficando somente com uma regata preta. O único problema disso tudo: eu estava sem sutiã.

Com o moletom, tudo bem, eu mal tenho peito mesmo, nada aprece. Agora, com uma regata, que tem as alças um pouco longas de mais, não. Nada bem.
Mas ignorei. Talvez ele nem note nada.

Abri a janela para o vento noturno entrar. Quem sabe aquele calor infernal passe. Prendi meu cabelo com uma borrachinha de cabelo preta. Peguei um dos dunnuts e sentei na cama para comer.

Depois de todo aquele transtorno, eu nem havia sentido fome, mas no momento em que coloquei os olhos naquela bomba calórica deliciosa, meu estômago roncou.

Ouvi o chuveiro desligar. Seguido da porta do Box sendo aberta. Passam-se alguns minutos, e novamente ouço algum barulho vindo de dentro da porta avermelhada a minha frente.

Ela se abre, e avisto um Austin, somente com a calça jeans, secando os cabelos loiros com uma toalha.

– Sabe, apesar de parecer precária, até que eu gostei da pousada. – ele comenta, jogando a toalha de cor clara que o mesmo usava no banheiro e fechando a porta.

Sanidade. Está ai ainda?

Ele foi até a cômoda, pegou seu dunnut e a latinha de Sprite que estava fechada, e sentou-se do meu lado.

Comemos em silêncio.

Meu olhar batia em Austin e desviava para qualquer lugar. Eu não tinha coragem de olha-lo. O que estava acontecendo?

Por que pode parecer tão difícil olhar na cara de alguém?

Íamos passando a latinha entre nós, até a burra aqui deixar cair Sprite gelada na calça do amiguinho loiro. Genial, Alicia. Genial.

– Ally! Eu gosto de Sprite, mas dentro de mim, não fora! – ele reclamava, rindo-se todo, enquanto limpava a desgraça que eu causei.

– Desculpa. – era só o que eu conseguia falar, enquanto já deitava na cama. Estava morta de cansaço.

Quando olho de novo, vejo um Austin saindo do banheiro somente com a cueca rosa e preta que eu comentei ser extremamente gay/sexy. Minha primeira reação? Exato:

Eu pulei em cima dele, e começamos a nos pegar loucamente, até que..

Ok. Minha imaginação está bem fértil hoje, não é mesmo?

– O que pensa que está fazendo, Moon? – pergunto, sentando-me na cama.

– Já que a moça derrubou refrigerante em mim, só me resta dormir assim. – ele diz, deitando-se. – E saiba que e estou dormindo com uma peça de roupa a mais que o habitual, então aproveite.

Sinto minhas bochechas corarem levemente com a imagem que me vem à mente. Nem preciso citar qual é.

Deite de costas para Austin, e o loiro fez o mesmo.

– Boa noite Ally. – ouço.

– Boa noite Austin. – respondo, simplesmente.

E dormimos.

Ou pelo menos, tentamos.

Devo ter ficado um tempo olhando fixamente para a porta. Eu estava desconfortável, mas estava com medo de mudar de posição, e dar de cara com Austin, apesar de saber que o mesmo estava ali.

Isso deveria ser difícil? Não vamos negar, eu e Austin temos o mínimo de sentimentos um pelo outro, mas eu nunca fui muito sentimental, então eu fico nervosa com essas coisas. Ok. Isso é difícil.

Na minha mente, eu ele já estamos rolando nessa cama, fazendo o que você sabe bem o que. E estamos nos amando e sendo felizes.

Sendo felizes. A felicidade dá um medo. Parece que ela é só um aviso de que coisas ruins estão prestes a acontecer. Assim como coisas ruins são avisos de que a felicidade está cada vez, mais e mais próxima. É meio complicado, mas com o tempo, você entende. É como um ciclo.
Como aquilo de “Quando uma porta de fecha, outra se abre”. Quando a felicidade acaba, as tragédias chegam. E quando as tragédias vão embora, a felicidade inunda.

Talvez seja meio “emo” da minha parte, mas eu gosto de pensar essas coisas.

– Ally... – assusto-me com ele me chamando. – Está acordada?

– Sim. – respondo sem me virar. – O que foi?

– Bem... – ele começa, sentando-se na cama. – Tipo...

– Austin. – falo, imitando seu movimento. – O que foi?

Ele respira fundo. Seus olhos castanhos grudados nos meus.

Posso te contar minha história agora?


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Notas finais do capítulo

Adios Muchachos

P.S.: PASSEI DE ANO CARALHOW!