Royalty - A Realeza escrita por Anthony Saints


Capítulo 20
Capítulo 18 – Invasão!


Notas iniciais do capítulo

Tive trabalho pra escrever esse, mas posso garantir que derrubará seus forninhos com força hehe.
boa leitura.



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Howard era um segurança freelancer que estava em seu primeiro dia naquele prédio. Ele já havia perguntado para seus colegas o que havia de tão especial naquele lugar para precisarem de tantas pessoas para guardá-lo. Nenhum soube responder. Porém eles passaram o fim de tarde inteiro formulando teorias do que poderia ser. Uns chutaram dinheiro, outros chutaram jóias. Howard chutou algo além, um corpo de um alienígena.

O prédio era enorme. Em sua frente haviam barricadas de concreto. Porém, como era um prédio comercial, não havia grades ou portões para protegê-lo dos perigos da rua pouco iluminada em que se localizava. Na lateral havia um beco escuro, e de lá saíram alguns ruídos estranhos. Howard empunhou sua metralhadora e foi com um colega verificar. Eles deram passos lentos e precisos. O seu companheiro gritou quando uma corrente puxou-o para a escuridão. Howard Levantou a arma e começou a tremer, tentado processar aquilo. Ele notou que havia algo se mexendo lá. Ele preparava-se para atirar quando sentiu alguém cutucando seu ombro. Quando virou, um garoto de mechas brancas acertou um forte soco em seu nariz. Ele cambaleou para trás e a corrente saiu do beco, asfixiando-o lentamente até desmaiar.

Josh, Nari, Louis e Jones saíram do beco devagar.

–Se vocês não se odiassem, até que dariam uma ótima dupla. – Comentou Jones. Louis e Dean viraram a cara.

–E agora? Vamos entrar pela frente? – Questionou Nari.

–Sim. – Confirmou Jones. – Deixem comigo.

Ele foi andando lentamente em direção a entrada. Os cinco seguranças imediatamente atiraram. Jones estendeu a palma das mãos, criando um muro de vidro que segurou todas as balas. Ele em seguida desfez a parede e aguardou os guardas recarregarem. Depois , ergueu a muralha novamente. Repetiu o processo até que acabassem as balas de seus inimigos.

–São todos seus. –Disse Jones. Louis e Dean saíram correndo. Eram como se eles estivessem disputando algo. Dean saltou em direção de um dos seguranças pendurando-se em seu pescoço. Ele girou no ar e arremessou o homem contra o chão. Louis arremessou um em direção à outro que tentava fugir. Os dois restante foram nocauteados rapidamente. Louis adentrou no prédio e logo tratou de destruir a câmera do hall de entrada e do elevador alí próximo surgiram mais três seguranças.

–Deixem esses comigo. – Nari puxou seu cinto plucky e imediatamente moldou em um bastão. Ela correu e num instante acabou com os 3, jogando-os de volta ao elevador.

–Uau!Ela é boa cara. –Disse Jones cutucando Josh que deu um sorriso amarelo.

–Vocês três subam. Nós ficamos aqui. – Ordenou Louis para Nari, Jones e Josh. – Segundo a Carrie, a sala do Switcher de energia está no quarto andar.

Eles subiram correndo as escadas. Josh chegou a tropeçar mas logo se recompôs. Ele ainda estava preocupado por ter que dar um blecaute naquele prédio inteiro. Se para eletrocutar um aparelhinho ele desmaiou,não queria nem imaginar o que poderia lhe acontecer agora. Antes de sair do galpão dos herdeiros urbanos, todos colocaram rastreadores em suas roupas e Josh passou cerca de 20 minutos acumulando eletricidade em seu braço esquerdo que agora irradiava um brilho azulado, com pequenas faíscas aparecendo regularmente. Ele evitou tocar em qualquer coisa desde então.

Nari estava em alerta máximo, separá-los seria a oportunidade perfeita para um emboscada.

–Status da missão? – Perguntou Carrie pelos comunicadores. Era uma versão básica do que Nari usava. Sem tela, só alto falantes.

–Conseguimos invadir o local – Disse Nari. – Eu, Luke e Jones estamos chegando no Switcher. Neil e Louis estão lá embaixo.

–Eu sei, já falei com eles. –Disse Carrie em um tom seco. – Daqui a pouco ligo pra mais informações.

Mais seguranças apareceram em seus caminhos. Jones novamente tomou a dianteira e com um série de espelhos bem posicionados e ilusões de ótica, fez com que os inimigos atirassem uns nos outros. Nari e Josh ficaram impressionados. Aquele cara não era tão tolo como imaginaram. Segundos depois chegaram no Switcher.

Josh suava frio. Seu braço esquerdo estava levemente dormente agora. Ele fitou a estrutura a sua frente e fico estático. Era agora ou nunca. Ou iria desmaiar, ou iria botar tudo a perder, ou as duas coisas ao mesmo tempo. E, numa possibilidade ínfima, aquilo daria certo. Ele lentamente levou a mão até o painel e fechou os olhos.

–Vai demorar muito? – Perguntou Jones bocejando. Nari aproximou-se de Josh para tentar acalma-lo. Era visível a tensão em seu rosto.

–Ei – Ela esfregou o cabelo dele amigavelmente e sorriu, – Estamos aqui viu? Não importa o que aconteça, vamos te proteger com nossas vidas. Eu prometo.

“Proteger com a vida”... Josh já havia escutado essas palavras de seu falecido pai várias vezes. E agora. Esses agentes que havia conhecido a pouco menos de uma semana também diziam a mesma coisa. Devo confiar neles ou só dizem isso pois sou necessário nesse tal de torneio? Mas espera, eles só entraram nessa cilada porque eu insisti! Eu fiz eles colocarem nossas vidas em risco. Desde nosso primeiro encontro eles veem fazendo de tudo pra me apoiar. Se não fosse pelos dois eu nunca teria mandado aquele foda-se limpa a alma pra Fernanda... Não, não vou decepcioná-los, preciso fazer um sacrifício. Por Nari e Dean!

Ele sorriu para nari, um sorriso cúmplice que dizia “Contem comigo”. Ela se afastou. A determinação do garoto era contagiante. Ele colocou toda sua concentração naquilo. Josh sentia e eletricidade fluir em seu braço para todas as direções. Estava gastando uma energia absurda para canaliza-la na palma da mão, mas ele não desistiu. Suor escorria de sua testa enquanto ele se esforçava. Nari estava apreensiva. Não era nada recomendável expor Josh a esse tipo de risco. Entretanto, desde que o conheceu, vinha tomando atitudes nada racionais. Talvez fosse a personalidade de Josh que a fazia querer assumir situações e problemas que assumiria antes. Aquele garoto tinha algo de especial. Nari não tinha dúvidas.

Primeiro saiu uma faísca, depois, uma enorme rajada de energia saiu da mão de Josh e invadiu o painel. Nari olhou em seus olhos castanhos e por um milésimo viu eles emitirem uma luminosidade azul. E assim todo o prédio apagou. Nari num reflexo, envolveu Josh e Jones numa bolha de Plucky, Protegendo-os da explosão do painel, instantes antes de explodir.

Josh reuniu forças pra ficar em pé mas falhou miseravelmente. Aquilo exigiu demais do seu corpo. Eu nunca, NUNCA mais farei isso de novo! Pensou, antes das coisas em sua cabeça começarem a se embaralhar.

–Tá tudo bem? – Disse Nari preocupada. Josh tentou balbuciar algumas palavras mas tudo que saia de sua boa eram grunhidos desconexos.

–Vish, esse já era. – Disse Jones olhando pra Josh vegetativo. Nari examinou suas pupilas, ritmo cardíaco e respiração. Estava tudo normal, porém Josh ainda continuava com a expressão de peixe morto. Ela pegou Plucky (que havia voltado pra forma de gato) e o colocou em cima de Josh. O ser felino olhou pro garoto naquele estado deplorável e logo segurou-o pelo pescoço com uma das patas e com a outra , que agora assumiu a forma de uma mão humana, começou a estapeá-lo.

–Reage rapaz! – Disse, continuando a sequência de bofetadas.

–Para com isso Plu! – Gritou a garota. Jones segurou uma risada.

–Ué, não era pra fazer isso? – Perguntou o gato.

–Claro que não! – Nari o puxou pela cauda e passou o dedo em seu corpo, pegando um pouco de gosma. Ela rodou entre os dedos formando uma pequena bolinha e, sem que Jones visse, colocou-a dentro da boca de Josh.

–Vai demorar muito? Precisamos chegar no cofre tipo, agora. –Disse Jones bocejando.

–Não podemos esperar um pouquinho? Olhe o estado dele .– Josh soltou um grunhido parecido com o do Chewbacca.

–Pera, vou ligar pra Carriezita.

–Algum problema? – Perguntou Carrie pelo Comunicador.

–Luke desmaiou. – Disse Jones. – Não podemos deixar ele aqui e ir logo pro cofre? Ele não é mais necessário mesmo.

–Não! – Respondeu Carrie rigidamente. – Todos tem que permanecer juntos. Espere... uns minutos – Ela ofegou. –... Para ver se ele consegue prosseguir.

Antes que Jones pudesse perguntar o porquê de Carrie estar ofegando, ela desligou.

Dean definitivamente não gostava de Louis. E a antipatia era recíproca. Já fazia cinco minutos desde que Nari, Josh e Jones haviam subido.Dean obviamente estava preocupado com Josh. Antes de saírem eles bateram um papo e Dean tentou tranquilizá-lo. Se o garoto morresse era o fim do Torneio e por consequência o fim da terra. Mas, além disso, Dean queria que Josh sobrevivesse pois ele era o mais próximo de um bro que ele tinha há muito tempo.

Dean sempre foi extremamente sociável. Ele não conseguia entender a timidez. Porque terei medo de falar com alguém se essa pessoa pode virar a mais importante da minha vida? Mas isso eu nunca saberei se não disser pelo menos um oi,era o que ele pensava. Mas pela primeira vez na vida não queria puxar papo com alguém.

Louis estava ereto e de braços cruzados. Um aviso inconsciente para Dean manter distância. O silêncio era muito constrangedor. O garoto de mechas brancas cansou de esperar em pé e sentou-se ao chão sem ao menos limpá-lo. O comunicador de Louis tocou:

–Tudo certo por aí? – Perguntou Carrie.

–Derrotamos uns guardas, mas até agora nenhum sinal de reforços. – O prédio apagou atrás deles. – Parece que a equipe 1 conseguiu.

–Ótimo. – disse ela com uma leve interferência no sinal. – Qualquer coisa me avisem. – E desligou.

Dean e Louis trocaram olhares de repulsa e permaneceram calados. Instantes depois o comunicador toca novamente.

–Lou? – Disse Chris.

–Sim Chris, Algum problema?

–Daqui posso ver reforço indo para aí. Duas picapes e quatro motocicletas. Parecem estar bem armados. Tomem cuidado.

Chris saiu um pouco mais cedo que os outros e assumiu uma posição estratégica num edifício próximo. Boa o suficiente para ter uma ótima visão de todo os quarteirões em volta.

–Ok, obrigado. – Louis desligou. Dean levantou, pegou a espada e começou a se alongar.

–Vamos fazer uma disputa? – Disse o garoto de mechas brancas sorrindo. – Depois que acabarmos com esses caras, vamos subir naquele terraço e tirar logo essa revanche? – Louis pensou, pensou, mas logo aceitou o desafio:

–Por mim tudo bem. – Ele começou a rodar a corrente. – Só tente não morrer agora.

Em seguida, os veículos chegaram atirando. Os dois saltaram para trás das barricadas de concreto.

–São muitos. – Constatou Louis. Os reforços inimigos haviam assumido uma formação defensiva com as picapes na frente como barreira.

–Já tá arregando cara?

–Vai lá então.

Dean levantou e uma bala passou raspando sua cabeça antes dele voltar a se esconder.

–Eles são muitos. E são bons. – Brincou. Louis esticou a corrente e concentrou sua vita nela. A corrente que era grossa e media aproximadamente um metro, foi afinando e aumentando de tamanho.

–Vinte metros. – Disse. – Isso deve ser o suficiente.

Dean levantou sua espada.

–Porque está fazendo isso?

–Pra tu ver onde eles estão. Ou ia atacar ás cegas? – Disse Dean ajustando o reflexo da espada. Louis engoliu em seco junto com seu orgulho. Ele precisava trabalhar junto daquele cara para ter sucesso na missão, e sobreviver. Louis viu a posição dos veículos.

–Olha cara, não vou conseguir chegar até eles sem levar tiro. –Disse Dean.

–Eu sei o que fazer – Louis olhou para um poste ali próximo. – Ao meu sinal você pula a mureta e vai em direção deles. Vou distraí-los.

–Por que eu devo confiar em ti? Pelo que eu saiba, tu me odeia. Poderia muito bem estar me mandando pra morte. – Eles trocaram olhares sérios. Aquilo de fato poderia ser a oportunidade perfeita para Dean morrer e Loius dizer que tudo foi um acidente. O rapaz das correntes respirou fundo e disse:

–Porque ainda vamos lutar.Não vai ter a menor graça se você morrer.– Dean o encarou por cinco segundos:

–ah tá, beleza.

Louis pensou no quanto aquele garoto era burro por ter aceitado tudo tão facilmente. Mas agora não importava, se o plano desse errado os dois iriam pro saco. Ele fechou os olhos e em seguida gritou para Dean pular a mureta e imediatamente Louis jogou a corrente em direção do poste. A corrente desviou no poste e seguiu reta até se enrolar no guidão de uma das motos, e ele puxou-a atraindo a atenção dos inimigos. Dean usou o Jump duas vezes e logo chegou as picapes onde estavam escondidos os atiradores. Ele chutou um pra longe e com uma sequencia e golpes giratórios com a espada derrotou. Os inimigos restantes ia atirar no garoto de mechas brancas que não tinha como revidar quando Louis enforcou os restantes.

–Agora sim, Vamos Lutar. Disse Dean.

–Você está melhor? – Perguntou Nari a Josh que estava sendo carregado pelos braços por ela e Jones.

–Sim, Sim. – Disse ele com a voz um pouco embargada.

–Já consegue andar? – Perguntou Jones.

–Acho que sim. – Josh foi solto. Sua vista ainda estava turva mas logo voltou ao habitual. Seu corpo também estava voltando ao normal (não que o normal fosse uma maravilha). Seja lá o que nari tinha feito funcionou. Mas ele não ia perguntar nada. Se ela não disse antes, é porque havia um bom motivo para isso.

–Calma, faltam uns 17 andares.

Eles subiram as escadas no escuro e o mais rápido de Josh conseguisse. Não demorou muito (mentira, demorou sim). Eles começaram a ver uma luz, o que significava que o cofre estava próximo. Quando chegaram Jones observou o complexo jogo de lasers e sensores de movimento ali. Era um sistema interligado. Se até mesmo um fosse desativado, o alarme seria ativado e o cofre seria trancado de maneira que só uma senha especial poderia abri-lo. Jones correu e se jogou no meio de um dos lasers, abrindo os braços e criando dois espelhos onde os lasers refletiram. Antes de se chocarem contra a parede, Jones criou mais dois e assim, numa sucessão complicada de espelhos, ele conseguiu abrir caminha para ele e os outros passarem.

–Agora é com você gatinha. – Disse Jones. Nari pegou Plucky e o enfiou pela brecha do cofre. A primeira coisa que ela notou foi a espessura da porta. Um metro de puro aço. Em seguida ela usou sua conexão mental com Plucky para visualizar o interior. Era iluminado por uma luz branca que levemente ofuscou sua visão porém logo se assustou: no interior, de aproximadamente 30 metros quadrados, não havia nada além de um pedestal com uma caixa de vidro. Plucky abriu o cofre por dentro e eles entraram. Nari foi até o pedestal e viu que dentro da caixa de vidro havia uma outra caixa metálica com uma esfera azul no topo.

–Ligue para Carrie agora! – Ela ordenou.

–O que foi? Perguntaram Josh e Jones em Uníssono.

–Isso aqui, eu já vi antes – Disse ela simulando preocupação – é coisa de agente! – Ela girou a pequena esfera azul e a caixa abriu, mostrando uma cápsula que emitia um brilho azulado. Suas suspeitas se confirmaram. Ela sabia muito bem o que era aquilo pois, na verdade, ela mesmo que desenvolveu.

–Isso é Narium! – Disse plucky telepaticamente.

–Sim. é. – Respondeu a garota com a mente. Narium era um elemento sintético que ela havia desenvolvido. Um gerador de energia 10x mais eficiente que urânio e totalmente livre de radiação. Aquela caixa era uma caixa de contenção ômega que significava item ultrassecreto.Não precisa ser um Sherlock pra saber a merda que ia dar se aquilo caísse nas mãos erradas.

–Alô? – Atendeu Carrie.

–Nós não vamos roubar isso! – Disse Nari contundente.

–ah vão sim.

–Isso é de agente! Se roubarmos, eles vão ficar na nossa cola pra sempre. Aconteceu isso com uma amigo nosso. – Disse a garota de olhos negros. Jones virou-se pra Josh que logo confirmou com a cabeça. Nesse pouco tempo com os agentes ele tinha aprendido que se ouvisse uma mentira, era pra confirma-la.

–Vocês não tem escolha. – Carrie ofegou. – Ou trazem isso ou estão fora.

–Carriezita, você tá bem? Você tá ofegando. – Perguntou Jones preocupado.

–Sim Jones... é só minha...asma atacando.

–Ah bom.

–5 minutos. – Carrie desligou a chamada.

As habilidades de Parkour de Dean tornavam qualquer escalada tão fácil quanto fazer miojo. Louis não era tão bom mas as correntes fizeram com que ele rapidamente chegasse ao terraço ali próximo.

–Desligue os comunicador e jogue pra longe. Não quero interrupção. –Disse Louis jogando o aparelho e esticando a corrente.

–Por mim tudo bem. – E Dean jogou seu comunicador. Ele tinha a plena ciência de que aquilo era imprudente mas tinha se esquecido da ultima vez que lutou contra alguém que valesse a pena. Dean empunhou sua espada e encarou o oponente com seus ávidos olhos azuis escuro. Louis tirou os óculos e também o encarou um um resquício de sorriso nos lábios para logo em seguida arremessar a corrente em direção de Dean que esquivou saltando pro lado. Louis puxou a corrente a jogou-a novamente. Dessa vez a corrente passou raspando seu rosto, causando uma leve escoriação. Ele não notou que a corrente havia se enrolado em uma antena pontuda atrás dele.

–Preste atenção plebeu. – Disse Louis quando puxou a corrente que trazia a antena, pronta para perfurar Dean que num reflexo conseguiu bloqueá-la com a espada.

–Você quer mesmo me matar não é? – Dean riu levemente ofegante.

–Se você for fraco o suficiente pra ser morto,sim. – E Louis jogou novamente a corrente. Dean dessa vez esquivou e virou de costas para evitar outro ataque como aquele. A corrente engatou em outra antena, mas dessa vez, Louis a usou para se impulsionar e acertar um forte chute nas costas do garoto de mechas brancas que tombou, e sua espada saiu rolando pelo chão.

–Por favor plebeu, leve isso a sério. – Disse louis enquanto recolhia a corrente.

–É porque não quero que acabe logo – Ele deu um sorrisinho e catou sua espada. – Mas, tu tá certo. Por respeito, vou lutar sério pra cacete agora. – E correu em direção ao garoto das correntes.

Louis estendeu a corrente na horizontal em um dos elos se liquefez, dividindo a corrente em duas. Uma em cada mão. E Assim ele descreveu dois arcos horizontais, um na direção da cabeça e outro na direção dos pés. Dean achou que aquilo seria fácil demais de desviar e mergulhou no meio.

–Previsível demais. – Disse Louis, e com um movimento para cima fez uma das corrente se enrolar no calcanhar do garoto. Ele usou toda sua força para girar Dean no ar e jogá-lo de costas no chão. O agente deu um grito de dor e antes que pudesse ter qualquer reação jogou-o em direção a entrada que levava ao terraço. Dean bateu na dura e fria porta. Logo depois se levantou, começando a se irritar.

–agora é sério, tô muito puto! – Disse Dean.

–Venha Plebeu me mostre do que é capa– Antes de Louis terminar a frase, Dean surgiu em sua frente instantaneamente usando o Jump. Dean simulou um corte e Louis levantou sua corrente para defender, abrindo assim um brecha na sua defesa. Brecha perfeita para o chute que Dean acertou em seu peito. Louis começou a derrapar e para frear, Jogou as correntes em pilastras ao seus lados. Porém Dean já estava em cima dele e, como estava com as mãos ocupadas, não teve como desviar do corte diagonal que o garoto de mechas brancas lhe acertou.

Louis caiu ao chão.

Ele havia perdido.

Dean parou uns instantes para respirar. Louis ainda estava no chão.

–Eu...perdi. – Disse Louis levantando o troco encarando a camisa cortada e o filete de sangue que começava a sujá-la.

–Eu fiz um corte superficial. Se tu não se mexer muito, em uma semana deve sarar. – Dean coçou a cabeça e ofereceu a mão para ajudar Louis a se levantar. Ele recusou.

–Odeio ter que admitir mas, eu sei quando alguém é bom de verdade. Parabéns plebeu.

–Valeu cara! Amigos? – Dean pediu um high-five.

–Colegas no máximo. – Louis retribuiu o high-five. Ele sabia que se Dean quisesse tê-lo matado, teria o feito. –Agora, vá lá cuidar da segurança dos outros. Afinal, vocês ainda estão sendo avaliados.

–Ok então. Falou. – E Dean pegou sua espada e saltou do prédio.

Louis olhou ao redor e percebeu que Dean havia esquecido seu comunicador. Ele levantou e foi com passos lentos até o aparelho.

Louis sentiu uma presença atrás de si.

Foi a última coisa que ele viu.

..

–Alô? Jones? Chris? Andrew? – Disse Carrie Nervosa em uma chamada compartilhada pelos comunicadores.

–Sim. – Responderam os três em Uníssono.

–O...O...Não estou mais recebendo sinais vitais do Louis.... ele...ele...

–Fala Carrie! – Gritou Chris desesperado.

–Ele...foi morto pelo Neil. –Nesse momento Josh e Nari travaram completamente. Jones ficou atônito. –Esses três... são traidores! – Esbravejou a garota. – Matem eles!

Andrew surgiu no corredor chorando.

–Eu sinto muito. – Disse e foi voando em direção a Nari. Ele empurrou ela por todo corredor e jogou-a para fora do prédio, fazendo a garota despencar de mais de 50 metros de altura.

Chris correu desesperadamente até chegar no terraço. Ele viu a corrente jogada e eu amigo logo a frente. Ele viu o corte em seu peito e gritou, abraçando forte seu companheiro morto, que estava de olhos abertos. Subitamente todas as lembranças que tinha do garoto das correntes bombardearam sua cabeça. Ele recordou-se da primeira vez que se encontraram, do dia em que fundaram a Street Crown e juraram que ia criar uma cidade segura sem ajuda de agentes. E se lembrou do dia em que...

Chris engoliu o choro. Repousou o companheiro no solo, cerrou os punhos e disse, com os olhos irradiando luminosidade:

–É GUERRA!


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Notas finais do capítulo

Próximo Capítulo: Night Angel VS Street Crown!



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