Royalty - A Realeza escrita por Anthony Saints


Capítulo 14
Capítulo 13 - Primeira Missão


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo e Capa nova com um leve Spoiler!!!! o/
depois de mais de um mês voltei povo! desculpem por demorar tanto,hoje foi o único dia que consegui uma folga pra terminar o capítulo '-'
divirtam-se :)



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–Por quanto tempo eu apaguei?-Perguntou Josh apoiando uma das mãos na cabeça que ainda latejava.

–Cerca de 14 horas. –Respondeu Nari segurando o garoto. Ela usava uma blusa branca simples e uma calça jeans. Não que Josh fosse um pervertido, mas, aquela blusa evidenciava bastante os seios. Ele tentou não olhar. Percebeu também que seus músculos estavam mais firmes, apesar de não terem aumentado de tamanho. O que foi uma pena, pois pensou que iria acontecer consigo o mesmo que aconteceu com o capitão América.

As imagens do pesadelo ainda martelavam na sua cabeça.olhou nos olhos de Nari e se lembrou de vê-la caída ao chão. Ele cerrou os punhos, apreensivo. Ela logo percebeu e perguntou:

–Aconteceu alguma coisa?

–Nari, - Ele respirou fundo. - É normal as pessoas terem sonhos repetidos?

–Bom, pelo pouco que entendo de neurociência, é raro, mas não algo tão incomum assim.

–Mesmo que nesses sonhos eu veja pessoas que só conheci algumas horas depois?

Nari franziu o cenho.

–Não- Disse confusa, - O cérebro é incapaz de gerar rostos novos. Todas as pessoas que vemos em nossos sonhos já vimos pelo menos alguma vez na vida. O que você viu nesses sonhos Josh?

Ele fechou os olhos e hesitou em dizer. Não queria relembrar a cena, nem o rosto daquele homem loiro. Porém, guardar essa informação poderia custar caro no futuro.

–Na primeira vez que sonhei no avião, eu acordei no meio de Nova Iorque completamente destruída e - ele fez uma pausa. Era como se estivesse prestes a dar uma sentença fatal para alguém. – Eu vi você, Dean, Rider, John e Pablo. Todos mortos.

Nari retesou. Tentou acalmar o garoto. Mesmo sabendo que era impossível ele ter sonhado com John, Rider e Pablo:

–Isso deve ter sido só pesadelo comum. Não se preocupe nada vai acontecer com a gente.

–Mas não foi isso que me apavorou - Ele olhou sério nos lindos olhos negros dela. – No meu sonho havia um homem.

Nari sabia que o sonhos geralmente são representações do subconsciente das pessoas. Desejos e medos são representados na forma de pessoas ou situações mas, sonhar com desconhecidos? Aquilo não fazia o mínimo sentido.

–E oque esse homem fez ou lhe disse?

–Ele disse que o meu futuro estava manchado em sangue, e que eu não poderia fazer nada para mudar isso. Ele também se referia a mim como Imperador. Nunca senti tanto medo de alguém como senti ao estar na presença dele.

Nesse momento os músculos de Nari travaram e ela olhou com uma expressão assustada para o garoto. Como? Josh não sabia das 5 subdivisões reais. Como sabia que era um imperador? Aquilo com certeza não foi um sonho qualquer.

– O Pablo se esqueceu de lhe dizer não é? Quando alguém passa pelo Tratamento, essa pessoa acaba repetindo o ultimo sonho que teve. –Ela mentiu. Mas era melhor dizer isso do que deixar o garoto assustado.

–Ah tá, ufa! Pensei que eu estivesse ficando doido.

Nari deu um leve sorriso e tentou disfarçar sua apreensão levantando-se e folheando as páginas de um livro na cabeceira. Josh ficou de pé e observou-se no espelho. Externamente não parecia que havia mudado nada porém sentia-se incrível por dentro.

–Esse tratamento é sensacional! Sinto que posso fazer tudo!

–É uma sensação ótima – Ela concordou.

–Porque vocês não fazem isso com todos os policias, soldados e agentes?

–500 milhões.

–O quê?

–500 milhões de dólares. É o custo do tratamento.

Josh encarou-a incrédulo.

–Então porque fizeram isso em mim? Eu nem sou um agente! – Disse indignado.

–Simples, o Torneio dos Reis é classificado como nível ômega de prioridade, ou seja, põe em risco todo o planeta. Por isso, devemos fazer tudo que for possível para que a missão seja bem sucedida. Você passou na frente de cerca de 5 mil agentes na fila de espera.

–O Pablo só apertou um botão na mesa dele, não me pareceu grande coisa.

–Claro que não, imagina! – ironizou a garota. – Mack e William e o Sr.Donovan tiveram que assinar uma montanha de documentos e protocolos se responsabilizando por tudo que possa vir a ocorrer. Tiveram que pedir autorização para as nações unidas, e ainda por cima gastaram do seu próprio dinheiro para montar tudo já que nenhum governo quis no patrocinar. Realmente não foi grande coisa. - Finalizou com um sorriso falso.

–Tá bom, desculpe não vou mais reclamar de nada. – Ele andou até a porta meio chateado. Nari percebendo o quão agressiva fora, caminhou em sua direção e o pegou pelo braço pedindo desculpas.

–Desculpas aceitas - Disse sorrindo, ele não conseguia ficar com raiva daquela garota. – Ei, onde tá o Plucky?

Nari fechou os olhos por um instante e disse:

–Ele está na sala assistindo televisão.

–Como você sabe?

–O Plucky faz parte de mim. Nós temos uma espécie de conexão mental. Eu e ele sabemos o que cada um está fazendo.

–Nossa legal! E o nome? De onde você tirou?

–É uma referência a Puck, o espírito travesso de Sonho de uma Noite de Verão, uma das obras Primas de Shakespeare. Eu a decorei quando tinha nove anos e gostei do nome. - ela sorriu. Josh conhecia Shakespeare, mas nunca tinha lido uma obra. O máximo que sabia sobre sonho de uma noite de verão fora uma adaptação feita pela Disney que vira quando era criança. E Nari decorar Shakespeare com somente 9 anos? Ele se surpreendia cada dia mais com a garota.

–Voltando ao assunto – Ele disse meio envergonhado. - Os outros agentes devem nos odiar não é? Por, você sabe, furar a fila?

–Sim, Nós herdeiros temos prioridade em quase tudo, o que faz com que os outros agentes não sejam muito nossos fãs, ainda por cima por sermos protegidos do Mack.

–Protegidos?

–Desde que Mack e William mudaram o serviço secreto na década de 80,Mack regularmente cria uma turma de 7 a 10 crianças, entre Herdeiros e superdotados, para treiná-los desde pequenos. Eu, Dean, Rider, John e Sarah fizemos parte da sexta equipe, Pablo foi da quarta.

–então nem todos os agentes são adolescentes como nós?

–Claro que não Josh, você acha que isso aqui é o quê? Um livro infanto-juvenil? 5 adolescentes que vão unir forças para salvar a terra das forças do mal? Que coisa mais clichê.

Ambos riram. Ele olhava fundo nos olhos negros da garota. E ficava imaginando o quão perfeita ela ainda podia ser. Nari era, sem dúvida, a garota mais incrível que ele já conheceu em toda sua vida. Josh tirou o celular do bolso e viu que já estava funcionando normalmente:

–Posso tirar uma foto sua? Quero registrar esse momento. Ou tem aquela frescura de não poder ser fotografada, pois é agente e blá blá blá?

–Pode sim. – Ela levou a mão ao rosto encostando o polegar no lábio inferior, sorrindo. Nesse exato momento o sol refletiu pela janela e caiu sobre seu rosto. A pele branca parecia brilhar e os olhos se tornaram ainda mais escuros, criando uma linda dualidade entre o claro e a escuridão. Josh sentiu um aperto no coração, a pele arrepiou e a boca ficou seca. e ele sabia o que significava aquela sensação:

Estava completamente apaixonado por Nari.

Ele deu um suspiro imperceptível e antes de bater a foto disse:

–Nari. Você é a garota mais perfeita que já conheci!

Nesse momento a expressão da garota mudou. Ficou séria e fria. Ela rapidamente saiu do campo de visão da câmera. Josh não entendeu o motivo e olhou confuso para a garota. Até que Dean apareceu na porta. Usava um traje preto com detalhes prateados e em seu ombro estava um brasão que lembrava um anjo caindo. Nas costas estavam suas tão amadas espadas, uma delas estava presa de cabeça pra baixo. Dean parecia tão fodão com aquele traje, imagino se eu vou ficar assim, pensou Josh.

–Olha a bela adormecida já acordou! Vamos Josh, passa lá no laboratório do Pablo pra pegar os equipamentos.

– Ok cabeça de velha – Brincou Josh saiu pela porta. Mas antes, deu uma ultima olhada em Nari que agora encarava o vazio. Quando Josh estava a uma boa distancia, Dean fechou a porta e disse sério para a garota:

–Na moral, não faz isso com o cara?

–Isso o que?

–Não se faz de idiota Nari, até porque você tem que perder uns trocentos pontos de QI pra se tornar uma.

–Você ouviu nossa conversa pela porta? Seu ridículo!- Reclamou a garota.

–Dane-se! Isso não importa! Não vou te deixar magoar o cara.

–Eu só estou o tratando bem para fortalecer nossos laços em equipe, não estou dando em cima dele se é isso que você está pensando.

–Eu sei que não, mas... Não dá esperanças pra ele. O Josh é um cara muito gente fina pra sofrer como os milhares de caras que tu já deu um fora. Não faz isso, por favor.

–Mas eu não fiz nada! –ela foi em direção dele. - Estou de saco cheio das pessoas ficarem dizendo: “ah você é linda” “ah você é inteligente” “como você é perfeita”. As pessoas nunca se aproximam de mim pelo que realmente sou. Só se apaixonam por um cérebro e um rosto. Nada, além disso.

–Você é a única retardada que conheço que não gosta de elogios. Se você continuar com esse pensamento bobo, vai acabar ficando pra titia. E nem ferrando eu vou te desencalhar ouviu? - Ele a abraçou forte e sentiu seu ombro ficar levemente umedecido. Nari estava chorando? Ele nunca iria saber, pois rapidamente ela se recompôs com um sorriso para o amigo. – Tenta dar uma chance pra vida, nem todos são assim.

...

Josh voltou para o laboratório de Pablo. O cientista logo o entregou um traje preto igual o de Dean. O garoto foi para o banheiro o vestiu. Era meio estranho, o traje se encaixava perfeitamente no seu corpo, como se fosse feito sobre medida. Quando fechou o zíper, o comunicador acoplado no braço direito acendeu e mostrou no visor “100%”. Ele viu em seu ombro o símbolo do anjo caindo. Night Angel, Uriel pensou.

Quando saiu do banheiro Pablo estava entregando o traje para a garota. E Dean dando 20 dólares para o cientista.

–Hermano Josh!- exclamou Pablo animado - E aí, como está se sentindo para sua primeira missão?

–Meio tenso mas, Fazer o que, é trabalho- Sorriu.

–Então cara, este é o Traje de Impulso, Comunicação e Organização. Pode chama-lo de TICO. - Josh não aguentou e deu uma risada alta. – Eu sei, é um nome ridículo mas não sou bom com siglas. Ele é feito de fibras de carbono super-resistentes, possui um sistema de comunicação integrado com a sede e com os outros agentes daqui. Além dos propulsores vita nas laterais, tem também tem uns joguinhos no comunicador em caso de tédio. Ele possui várias outras funções, mas antes você precisa usa-lo para poder entendê-las.

–Qual vai ser nossa missão?- perguntou Nari saindo do banheiro, Plucky estava pendurado na sua cintura.

– Ontem à noite picharam um pênis gigante num prédio em Nova Jersey.

–e? – perguntou Nari franzindo o cenho.

–Vejam por si mesmos – Pablo mostrou uma filmagem de uma câmera de segurança. Nela mostrava a fachada espelhada do prédio. Até que um garoto surgir voando e com a lata de Spray desenhou o órgão no prédio. Instantes depois voo para longe.

– Um herdeiro?- Perguntou Josh.

–Provavelmente sim. Já tentamos captura-lo, mas ele sempre despista os agentes. Vão lá, conversem com o garoto e tentem trazê-lo para cá. – e um barulho saiu do comunicador indicando que uma mensagem havia chegado. Josh ao abrir recebeu todas as informações que precisariam pra achar o vândalo.

–Agora vão, - Pablo sentou-se numa cadeira. - Um helicóptero está esperando vocês lá em cima. Qualquer coisa entrem em contato. - E assim, os três pegaram um elevador e foram para a cobertura do prédio onde um helicóptero grande os esperava.

Eles passaram boa parte da viagem em silêncio, até que Josh virou-se para Nari receoso:

–Olha me desculpe por qualquer coisa que eu te falei. Eu não tive a intenção.

–Porque está se desculpando?- Ela riu. – Se tem alguém que deve pedir desculpas, essa sou eu.

Eles trocaram um sorriso cúmplice.

Logo depois, o piloto fez um sinal para Dean que levantou, pegou uma prancha, e foi em direção a porta que havia acabado de abrir.

–Você vai pular? – Perguntou Josh se aproximando.

–Eu não, nós.

–Sem paraquedas? aham, é claro.- Ironizou.

–Cara olha! – Dean apontou em direção de Nari. Josh virou o rosto e assim, Dean chutou suas costas jogando-o pra fora do helicóptero.

–Você está louco! O garoto ainda não sabe usar os propulsores vita! – gritou Nari.

–Ah relaxa! - Dean jogou-se e Nari foi em seguida.

Josh estava em queda livre e gritava que nem um louco. Logo acima, Dean descia fazendo manobras com a prancha. Apesar de não poder ouvi-lo, Josh sabia que aquele desgraçado estava se acabando de rir. Dean passava por ele fazia gestos engraçados. Josh tentava acerta-lo, porém girava feito um peão no céu enquanto continuava a cair. Não conseguia acreditar que ia morrer dessa maneira ridícula. Ele praguejou até a sexta geração de Donovans, quando que sentiu alguém pegando-o pelo braço.

–Segure-se!- Nari arqueando seu corpo, ativou os propulsores Vita. Eles desceram lentamente até chegarem ao chão. Dean chegou logo em seguida.

–Seu filho da puta! – Josh chutou a bunda de Dean com força.

–Ou! Tadinha da minha mãe- ele riu. Josh sentia uma palpitação forte, até perguntou-se se não havia sujado as calças. Logo depois um forte baque atingiu suas costas, levando-o ao chão. Nari e Dean Também foram derrubados. Os três olharam ao redor e não viram nada, porém, ao olharem para cima viram um garoto de boné azul, blusa branca, calças Jeans preta em um alargador na orelha direita voando sobre suas cabeças.

–Então Quer dizer que dessa vez mandaram agentes adolescentes para virem atrás de mim? Quando vão me levar a sério? – ele desceu com os pés juntos acertando a cabeça de Dean que se levantava. O Garoto de mechas brancas até engoliu uma porção de terra fazendo-o engasgar. Em seguida, passou uma rasteira em Josh e levantou Nari pelo pescoço até certa altura, depois, a largou ao chão.

–Se quiserem me pegar, venham atrás de mim! – O garoto voou numa velocidade incrível para longe, Dean levantou-se furioso e ainda cuspindo terra:

–Mas com certeza vou te pegar! – e ativou os propulsores para seguir o garoto que ia em direção ao centro da cidade.


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Notas finais do capítulo

próximo capítulo:
O Menino que sabia Voar.



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