Dark Skies escrita por Eduardo Mauricio


Capítulo 7
Cap. 06 - Dias de Angústia




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– Onde eles estão? – Olivia pergunta surpresa e assustada.
– Eu não sei – Annabel responde – Mas é melhor os encontrarmos rápido!

As duas começam a vasculhar a casa em busca de Amanda, Kato, Lily e Mary Beth, mas eles sumiram.

– Ah, mas que droga! – Olivia exclama – Vamos avisar aos outros.

Ela e Annabel cuidadosamente saem da casa, atravessando a rua rapidamente, até chegar até o beco onde mais cedo, estavam escondidos. Henry e os outros estão no fim do local.

– Henry! – Olivia grita e todos olham para trás.
– O que estão fazendo aqui? – Ele pergunta.
– Eles sumiram – Annabel responde.
– Quem?
– Amanda, Kato, Lily e Mary Beth.
– O que? Você tem certeza?
– Sim.
– Que merda!
– O que? – Sean interrompe – Minha mulher e meu filho sumiram? E os outros também? Oh meu deus, mas onde será que eles estão, preciso procura-los.
– Não, Sean, é muito perigoso! – Henry tenta impedi-lo, mas outra pessoa faz isso por ele. Kato surge do outro lado da rua gritando pelo pai.
– Kato! Mary! – Sean exclama entusiasmado ao vê-los.
– Ah não – Henry diz – Fiquem ai, não venham, por favor! – Ele começa a gritar para eles.
– O que? – Amanda pergunta, sem ouvir direito. Seus pés já estão no meio da rua.
– Voltem para a casa!

Quando de repente, todos eles olham para o lado. O que foi? Henry pensa, e ao olhar na mesma direção, percebe uma mulher andando em direção a eles, andando não, flutuando. Seu vestido e cabelo negro, junto com o rosto fantasmagórico dão a ela um aspecto aterrador.

– Merda – Ele diz baixinho e logo em seguida começa a gritar para eles:
– Saiam dai, voltem para a casa!

E é o que eles fazem, quando a criatura começa a correr, perseguindo-os. Sean, Carter e Henry se levantam de trás da lata de lixo e começam a correr. A criatura segura os pés de Kato e o derruba.

– Socorro! – Ele grita, sendo erguido no ar pela criatura.
– Kato! – Sean grita, correndo para ajudar o filho.

O Banshee dá um leve sorriso sádico e então solta um estrondoso grito agudo. Kato, suspenso no ar pela gola da camisa, leva as mãos ao ouvido, gritando. O som da bala que sai do revolver de Henry é quase inaudível em meio àquele grito, então acaba. O corpo da criatura cai no chão e transforma em cinzas, Kato, deitando no chão, geme de dor, enquanto os outros correm para ajuda-lo.

– Filho! – Sean fica desesperado.
– Meus ouvidos! – Ele grita, fazendo uma careta de dor.
– Calma! – Olivia exclama – Vamos leva-lo para a minha casa.

Eles o levam para a casa e Kato deita-se no sofá, após examinar um pouco, Olivia finalmente termina.

– Pronto – Ela diz – Não aconteceu nada, você deve estar ouvindo um zumbido, mas voltará ao normal logo.
– Obrigado – Kato agradece.
– O que vamos fazer agora? – Ela pergunta, olhando para as pessoas ali presentes.
– Vamos ficar por aqui, estaremos mais protegidos.
– Não – Sean interrompe – Podemos ir para o supermercado!
– Ele tem razão – Mary Beth concorda – Lá tem comida e é mais seguro.
– É uma boa ideia – Henry admite – Mas precisamos ser discretos.
– Eu já tive uma ideia – Sean volta a dizer – Eu vou primeiro, e abro as portas, depois vocês entram.
– É perigoso demais – Mary Beth discorda da ideia.
– Ela tem razão – Henry diz – Eu vou.
– Não, eu mesmo vou.
– Me dê as chaves – Ele estende a mão esquerda.

Sean saca um molho de chaves do bolso e entrega a Henry.

– Boa sorte – Ele diz, colocando as chaves na mão dele.
– Obrigado – Henry agradece – Agora me escutem – Ele fala para todos que estão ali naquela sala – Eu vou abrir as portas e farei um sinal com as mãos, depois vocês correrão rapidamente para dentro do mercado, certo?
– É o único jeito – Olivia lamenta.

Todos os outros concordam balançando a cabeça. Henry abre a porta, o vento gelado da noite sopra contra seu rosto.

– Henry – Olivia diz – Tome cuidado.
– Pode deixar – Ele diz, sentindo uma enorme culpa ao perceber o olhar de medo dela.

Ele começa a caminhar pela rua vazia, nenhum sinal de criaturas, porém, a arma continua em punho, e ele permanece pronto para atirar em qualquer monstro que se atreva a aparecer na sua frente. Ao chegar ao supermercado do outro lado da rua, ele saca o molho de chaves, com três delas e tenta uma por uma, na segunda tentativa, as portas de vidro se abrem, logo após um ruído de travas se abrindo. Ele acena com a mão para Carter, que observava da janela de sua casa.

– Vamos – Carter diz, após preparar seu revólver.

As pessoas o seguem até a porta e ele a abre.

– Tenham cuidado, eles podem nos ver ou ouvir.

O grupo de pessoas começa andar devagar pela rua silenciosa. Nenhum sinal de criaturas, nenhum sinal de perigo. Eles começam a correr em direção à porta aberta do supermercado, quando ouvem um grito. Um grito de socorro. Ao virarem, percebem Mary Beth deitada no chão, tentando soltar sua perna de coisas que pareciam ser mãos negras que saiam do chão.

– Socorro! – Ela gritava. Sean correu para socorrê-la.
– O que aconteceu? – Ele pergunta – Oh meu deus – Mas logo é respondido ao ver as mãos arranhando os pés dela.

As mãos vão ganhando forma rapidamente, ganhando um braço, depois uma cabeça, um tronco e por fim pernas, a criatura se ergue do chão com seu corpo preto e laranja, cinzas e fogo. Ela abre os olhos vermelhos e se contorce, fazendo um ruído de ossos sendo estralados. Logo após abre a boca e solta um som estranho, como o choro de um bebê.

– Droga! – Ele diz, puxando o braço de Mary Beth. Ela tenta se levantar, mas a criatura continua puxando sua perna. Abruptamente, direciona seu olhar aterrador para ele.
– Ela é minha! – Sua voz, que mais parecia uma mistura de várias outras, o fez se arrepiar de medo, então a criatura lançou um braço na direção dele, agarrou o homem pela camisa e jogou alguns metros longe dali, logo em seguida, tocou a testa de Mary Beth e ela começou a tremer e sua pele começou a ficar muito vermelha, até que suas bochechas começaram a formar bolhas e derreter, jorrando sangue, depois, seus olhos queimaram e sua boca também, então, em pouquíssimos segundos, seu corpo não era nada mais que um pedaço de carne queimada.
– Droga! – Henry, que já estava correndo para ajudar, junto com os outros, parou no meio do caminho e fixou seu olhar no corpo dela, enquanto as outras pessoas gritavam desesperadas.
– Mãe!!! – Kato gritou, chorando histericamente.
– Não!! – Sean gritava, com as mãos na cabeça, de joelhos no asfalto, em prantos – Não!!!

Uma alma a mais, uma pessoa inocente a mais, a culpa é toda minha, preciso acabar logo com isso, caso contrário, será o fim do mundo.


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