Uma aliança nada política escrita por D C S Martim


Capítulo 13
13


Notas iniciais do capítulo

Gente, o capítulo final!!! Nem acredito que já acabou! Espero que vocês tenham se divertido. Muito obrigada por todos os comentários, obrigada àqueles que leram desde o começo, e àqueles que começaram a ler agora, no finalzinho. Obrigada por acompanharem, por me incentivarem a escrever, por me darem um pouquinho do tempo de vocês. Muito obrigada mesmo. Eu não sei como agradecer vocês por tudo isso!



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Thor e Odin caminhavam pelos corredores solenes do palácio após o café da manhã. Sinceramente, Thor estava bestificado ao perceber que ninguém havia descoberto sobre a fuga de Loki ainda. Ou talvez estivessem assustados demais para contactar Odin. Bem, de qualquer forma, melhor para Loki, que tinha mais tempo e mais distância colocada entre ele e as paredes de sua cela. Enquanto isso, Thor esforçava-se para não parecer nem feliz nem culpado.

–Thor, aconteceu alguma coisa?

Ele arregalou os olhos.

–Não, pai. Por que a pergunta?

Esperou ansiosamente.

–Você parece distante.

Distante não era nem feliz nem culpado. Muito bom, Thor. Está fazendo um ótimo trabalho.

–Só cansado.

–SENHOR! – um soldado apareceu, gritando à distância.

“Que comece o show!”, pensou Thor, estremecendo ligeiramente.

O idiota estava, na verdade, satisfeito com tudo aquilo. Seu plano dera certo. Loki estava feliz, e estava livre, e tinha alguém pra tomar conta dele, e para ajuda-lo a lidar consigo mesmo e com seus demônios. Ele estava verdadeiramente livre, agora, ou estaria, em breve.

–Senhor, Loki fugiu!!!

A vitalidade de Dam, sua força de vontade, sua independência e sua falta de apego a coisas efêmeras como padrões fizeram Thor sentir um calafrio quando pôs os olhos nela. Aquela mulher carregava o infinito dentro de si, e não parecia preocupada em transcrever aquele infinito para seu idioma mortal, com sua caligrafia defeituosa. Dam vivia o infinito, e aquilo fazia o infinito que havia dentro dele tremer.

–O quê?!

Mas Thor não tinha tempo para o infinito. Ele teria de ser rei, e, oh, crianças tolas, todos sabem que reis não podem se dar ao direito de serem sonhadores. Foi por isso que ele pôs Dam dentro da cela de seu irmão. Talvez, apenas talvez, ela pudesse chacoalhá-lo pelo pescoço e fazê-lo enxergar. Thor achava curiosa a maneira peculiar como ela fazia isso sem esforçar-se, e mesmo sem ter a intenção, como ela simplesmente era o que pensava, vivia aquilo na prática, não julgava nem condenava, sempre tentando ajudar, e como isso dava certo.

–Loki fugiu, senhor! Ele não está na cela! Ele não está em lugar nenhum!

Quem sabe um dia tivesse o prazer de ser igual a Dam. E talvez Loki tivesse essa sorte, também. Um deles deveria ser livre, e Loki merecia aquilo. Toda criatura merece a liberdade, e todos nós somos incapazes de alcança-la sozinhos.

–Aquele filho da puta!

–Pai!

Odin lançou-lhe um olhar raivoso e começou a gritar com o pobre soldado.

Thor sentiu o corpo pesado e os olhos carregados. Sentiu-se triste. Uma das partes dolorosas de crescer era perceber que seus heróis na verdade não passam de homens fantasiados, gritando e fazendo coisas idiotas, que muitas vezes só machucavam e não ajudavam ninguém.

Ele não queria ser aquele tipo de herói. Não mais. Não depois da batalha de Nova Iorque e de tudo o que vira em Midgard.

Quando fosse rei, seria um bom rei.

Enquanto isso, Odin mancava freneticamente, em uma tentativa frustrada de correr pelos corredores do palácio.

Era cômico, e Thor gargalhou dentro de sua cabeça.

Quando chegaram a cela, Frigga já estava lá. Estava parada, com o olhar fichonas paredes desnudas e cruas, parecendo assustada e miserável.

–FILHO DA PUTA! –Odin gritou outra vez, batendo com força contra as prateleiras onde ficavam os livros de Loki, derrubando a todos no chão. Ele chutou alguns com força, agarrou outro e começou a despedaça-lo com as mãos.

–O que você está fazendo?!- Frigga empurrou-o violentamente, arrancando o livro rasgado de suas mãos.

–AQUELE FILHO DA PUTA!

–NÃO FALE ASSIM DO MEU FILHO!

–ELE NÃO É SEU FILHO, CRIATURA IMPERTINENTE!

–NÃO! Ele é meu filho!

Thor estremeceu. Tinha a impressão de que eles estavam prestes a se engajarem em um combate corpo a corpo, e já tencionou seus músculos, preparando-se para interferir, mas Odin olhou-a com mágoa e decepção, deu-lhe as costas e gritou ordens para os soldados.

–Vamos sair a procura desse garoto, ele não pode ter ido muito longe. Não pode ter saído de Asgard.

–É claro que pode. - Frigga resmungou, mas não alto o suficiente para que Odin a escutasse.

–Calma, mãe. – pediu Thor, colocando a mão em seu ombro.

–O que você sabe sobre isso, Thor?- ela encarou-o no fundo dos olhos com uma expressão intimidadora, sua expressão de “mãe”, que fazia suas entranhas se retorcerem e sua boca confessar coisas que não queria realmente confessar.

Frigga, afinal, fazia magia, assim como Loki.

–Não sei do que está falando.

–Meu filho sumiu, Thor. Seu irmão sumiu. Odin está mandando um exército atrás dele. Se o pegarem, ele será despedaçado. Vou perguntar mais uma vez, e não se atreva a tentar mentir pra mim.

Thor pensou a respeito. Não valia a pena provocar a ira de Frigga. Jamais.

–Ele vai ficar bem.

–OH!- ela desabou sobre os joelhos, cobrindo os olhos com as mãos, em uma expressão desarmada de alívio, mas recompôs-se depressa.

–E a garota?

Thor sorriu.

–Ela está com ele. Dam é ótima, mãe!

–Acredito em você. Espero que saiba o que está fazendo, Thor.

–Eles vão ficar bem. Loki usou mágica para passarmos despercebidos. Ele sabe viajar pelos Nove Reinos.

–Mas Heimdal pode vê-lo.

–Loki sabe dissimular-se. Ele pode fazer isso. Além do mais, Heimdal gosta de Dam. Ele está do nosso lado.

–Ah, Thor. Tomara que você esteja certo.

–Não se preocupe com eles. Apenas espere pelo melhor.

Ele a abraçou e não pode evitar um pequeno sorriso. Ainda carregava no bolso o bilhete que Loki lhe entregara. Tinha esperanças de que seu irmão pudesse ser feliz.

Em algum lugar bem longe dali, Loki e Dam descansavam em uma hospedaria de beira de estrada.

–Esse lugar é deprimente.- comentou Loki.

–Pelo menos não estamos presos.

–Você está sentindo esse cheiro?!

–Nem todos aqui conhecem as normas de higiene do palácio real de Asgard, príncipe.

–Ainda assim... Esse lugar é nojento!

–Se eu soubesse que você iria reclamar tanto teria bebido mais.

Loki sorriu.

–Pra onde vamos, agora?

–Pra cama. – Dam foi incisiva, bocejando.

–A cama é um lugar adorável... –ele deu um sorriso malicioso.

Dam reprimiu uma gargalhada. Ninguém havia falado a ele sobre as pulgas, não é? Ele não fazia ideia...

Paciência. Em pouco tempo ele descobriria.

Ela sorriu.

–Claro, querido. A cama é um lugar ótimo.


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Notas finais do capítulo

PRONTO!!!! Não sei sei consegui fechar esse capítulo do jeito que vocês gostariam que eu fizesse, mas aqui está. Literalmente ultima chance de comentar! Agora é com vocês, gente. Muito obrigada pelo suporte, mais uma vez. Foi muito divertido, e até a próxima!!!