Eu sei, que precisava manter minhas mãos bem longe de Sam. E mantive, mas fui pego de surpresa por duas atitudes que mudariam meu destino para sempre:

Nossa que drama, mas é verdade. A garota me beija, aquela que eu andava desejando. E outra garota já anuncia que avencei bases demais totalmente descuidado.

Spencer Shay seria papai.

Acho que nenhuma garota com juízo perfeito ia querer isso. Então, tenho minhas duvidas sobre a sanidade de Chloe.

Perceba que, neste momento observo uma Chloe fazer seus planos de casamento, e procurar fazer um lar, fico alheio a tudo, não me importo e ela não se importa e parece nem ligar que eu não liguei. Isso é insano.

Definitivamente estou fazendo que caras, normalmente fazem, casam com a mãe de seu filho, mesmo não a amando.

Mas não me importo o bastante para estragar a minha quase não relação com Chloe. Um filho é um filho e já tenho a sensação de morrer por ele se necessário, e, neste caso ir para forca.

Por quê? Mas por que Spencer?

Porque há algumas semanas só conseguia pensar como minha paixão súbita por Samantha Puckett destruiria a pouca normalidade de minha mente doente e escandalosa.

Mas agora isso parecia ser pequeno.

Fosse o casamento que não dei à mínima. Tanto que neste caso eu não liguei para Carly, nem pensei em avisar o Coronel, até que:

– Vou contar para seu pai...- Chloe comentou na tarde anterior. Apenas a olhei por um longo tempo e voltei para minha escultura de abacaxi tartaruga. Mas quando ele ligou naquela tarde eu gritei um sonoro – NÃOOOO VOU ME CASAR! – e desliguei, fui bem maduro, né? Neguei a verdade, por quê? Sei lá ando fora de órbita.

Não conseguia conversar sobre o que estava acontecendo há minha volta.

Freddie, estava em época de prova, mas mesmo assim me ajudava sem eu pedir se tratando do casamento, pois foi nomeado padrinho do noivo.

Sam resolveu que seu trabalho de babá era mais importante do que falar comigo, atender ligações, mandar mensagem e abrir a porta. Ela estava fazendo um ótimo trabalho em fingir que não existia em minha vida. Só não queria que durasse muito.

Por quê? Eu precisava de respostas sobre aquele beijo. Quem eu era para Sam?

Um cara, possivelmente um candidato?

Um idiota, velho cujo ela queria ganhar experiência?

Eu sentia que precisava dar-lhe explicações sobre minha relação com Chloe e chama-la para cerimonia, não sei quanto isso seria estranho, depois do nosso beijo, contudo, sentia que precisava falar com ela.

Seja como for, as respostas não poderiam me tirar do altar na próxima semana.

E só nisso que pensava em Sam. E deixava Chloe fazer planos para meu futuro como marido e pai.

Sou idiota bundão, que não consegue levantar do sofá e mandar aquele circo parar.

–Não sei o que está acontecendo Spencer, mas esse não é você! – Freddie disse naquela tarde enquanto fazíamos a prova da vestimenta que seria usada na cerimonia de casamento. Eu nem respondi. Por que acho que a verdade é dura de engolir, ás vezes.

(...) Uma semana depois...

– Ah, cara, Chloe é tão você sabe – Freddie comentou após ele me ajudar com a mudança para casa a beira da praia de Chloe.

– Não, sei...

– Ah, é como uma adulta de verdade...- Freddie comentou e apenas assenti.

– É em uma relação precisa ter um adulto, e neste caso será ela... – Comentei e Freddie apenas me deu palmadinhas de gratidão nos ombros.

– Sabe Sam diz que você é um idiota maior que ela imaginava – Levantei meu olhar. Porque ouvir aquele nome me fazia sentir menos zumbi.

– E ela vai?

– Disse que não perderia a burrada do século por nada no mundo...- Freddie me sorriu e sentamos na escada segurando nossas garrafas de refresco. – Nunca imaginei esse dia, Spencer papai e pior casado.

– Eu sei, eu mesmo ando em negação...- Admiti, acho que porque o casamento seria amanhã.

– Carly disse que você não atende as ligações...- Mordi os lábios. Andava fugindo de Carly, pois ela me colocaria com os pés no chão e isso talvez me fizesse sair correndo para Canadá fugindo de Chloe e, nesse momento não podia pensar em mim precisava pensar no meu filho mesmo que a mãe dele fosse uma doente por controle. – Coronel disse que está chegando e Chloe é perfeita...

O olhei interrogativamente.

– Não me olhe assim, parece até que eu sou o noivo cuidando de sua família, dando explicações por você! – Freddie falou de forma histérica.

– Obrigado!

– Bem, de nada, você merece que alguém apoie Chloe já que você não o faz...

– Quer ela pra você? – Perguntei sério, Freddie cuspiu o refresco.

– Não, ela uma maníaca como minha mãe...- Freddie sussurrou como se a Sra. Benson pudesse ouvir.

– Obrigado, quero dizer estou sendo tão asqueroso e mesquinho sobre Chloe e nosso filho – Suspirei olhei para um Freddie que sorria amigavelmente. – Tenho vergonha por essa atitude zumbi.

– Relaxe no seu lugar eu teria fugido já – Novamente recebi palmadinhas amigáveis. – Mas sei que mamãe me arrastaria para frente do padre e me casaria mesmo que a mulher fosse a pior pessoa, ou a que ela mais odiasse...Não teria escapatória, já você.

– Você é definitivamente o melhor madrinho do século – Ri, porque para Freddie, eu casar ou não casar, bem ele queria que fizesse por mim, e ninguém mais. Eu amava aquele garoto, há se eu gostasse da fruta.

– É padrinho!

– Bem comprou a aliança? – Lembrei, pois passei o último mês sentando no sofá ou trancado no ateliê.

Freddie espremeu o rosto e buscou no bolso da bermuda, pegou a caixa de veludo prata e abriu. Eram lindas...eram a corrente para nova fase de minha vida.

(...) Enquanto isso no Condomínio da Sam.

– Não vou o deixar casar com essa víbora...- Ela disse jogando as malas no chão.

– Oras, ele colheu que plantou...- disse cética.

– Qual é? Pensei que fosse fã dele...

– Eu sou, mas não posso deixar de pensar que já esta na hora...- Falei antes de abraça-la. Senti tanto a falta dela. – você veio mesmo para parar o casamento?

– Acredite Sam, esse casamento não vai acontecer – Seus olhos brilharam como chamas cruéis. Cadê a garota doce. Gostei dessa!

– Ih, agora o negocio é sério! – Eu a larguei e rimos. – Me conte adoro destruir as coisas...principalmente as de Chloe...

Gargalhamos e jogamos no sofá;

...continua...