– Sai pra lá! – Sam disse para as crianças que a ignoraram e seguiram Freddie para o Mar com Cat pulando feito uma louca com areia quente aos pés.

– Ei Spencer podemos ir comprar uns picolés?

– Claro, - Eu concordei por que não saberia o que poderia vir a seguir.

(...)

– Limão – Sam pediu abri a carteira e paguei. – Ué não vai pedir um pra você?

– Não, divido esse contigo! – Sam sentou-se a um banco do calçadão da praia.

– Você não anda merecendo. – ela comentou me olhando de rabo de olho.

– Desculpe, ando meio atarefado por ser você sabe um escultor importante da Seal Beach. – Justifiquei. Estava com muita saudade da loirinha. E de seu jeito rompante de ser.

– Duvido muito de sua importância para a arte...

– Contemporânea? – Completei entediado. Por ser um artista remunerado.

– Quem te ensinou isso?

– Chloe, – estava nervoso. Era tão estranho, a olhar com sua parte de cima do biquíni chupando um picolé, o cabelo dela luzindo sobre a luz do sol. E tudo mais que um cara pode achar sexy.

– Claro a cascavel. – Mostrou a língua e eu ri.

– Sabe Spencer você me disse outro dia. – Sam lambeu seu picolé e voltou-se para mim. Seus olhos da cor do mar, porem tristes. – Que o cara certo iria chegar e tentar, onde deveria espera-lo se fosse um cara bom e toda aquela porcaria romântica!

– É eu disse. – Sorri de seu jeito que me fascinava.

– Mas o acho idiota demais para fazer...- Sam encolheu os ombros.

– Então tome uma atitude, sei que é boa com isso, você é esperta e verá por si o que é melhor...- Comentei com sinceridade. Estava a ferver pelo sol e pelo jeitinho de Sam. E saber que tinha um cara , importante assim na parada. Queria ficar triste, porém perdi meu direito há algumas semanas.

– Mas dessa vez é diferente, – ela baixou o olhar e roubei-lhe o picolé.

– Não, pode ser...diferente como?

– Oh é eu mudei e acho que talvez seja um reflexo, essa paixonite aguda. – Disse rindo de si mesma.

– Ter se apaixonado por um boboca?

– Não é estranho falar disso com você? – desviei meu olhar para longe dela. Estava com lábios vermelho sangue e aquilo era tentador.

– É bem estranho , mas não vou me importar. – Dei de ombros e olhei rápido.

– Penso que você deveria... – Sam se ajoelhou no banco, segurou meu ombro me fez voltar-se para ela. Ficamos nos encarando. Não consegui me libertar daquele mar. Senti uma vertigem e pisquei e Sam foi rápida grudou seus lábios gelados e inchados aos meus. Abri os olhos com força e senti seu cheiro, seu gosto, aquilo me fez ter arrepios. Não reagi apenas fechei os olhos e deixei a Loira me dominar em seu beijo, no toque de suas mãos em meu peito. Deixei o picolé cair em meu colo, contudo, logo que ela escorregou mais para perto senti seu corpo junto ao meu o liquido escorreu por minha perna e me afastei; de seus lábios macios e gelados.

– Desculpe Sam ! – Escorreguei do Banco para longe dela.

– Mas... ? – Sam sorria.

– Desculpe mesmo! – Insisti e peguei o picolé no chão sem saber o que fazer.

– Pelo picolé?

– Não! Vou comprar outro, – sai sentindo o coração a mil, parei a frente do carro de picolé e olhei sobre os ombros Sam agora em pé ao lado de uma morena.

– Será?

– Um de uva! – voltei atenção para Cena das duas gesticulando furiosas.

– Ei ei ! – Consegui ouvir uma distancia segura para não ser visto.

– Ei garota fiquei bem longe de Spencer esta me ouvindo?

– Quem você pensa que é?

– Sou a namorada dele , e se não for por bem será por mau. Ou não percebeu que começamos a sair e ele começou a te desprezar!

– Spencer não está...- Vi o semblante de Sam mudar. É verdade estava a ignorando mais com medo do que ficar perto poderia me causar. Fiquei quente pelas palavras de Chloe.

– Percebe garota, ele um homem não quer uma pirralha no pé dele! Suma de vez e pare de se humilhar!

– Sua mocreia ninguém manda na Puckett! E não estou me humilhando ele é meu amigo! – Sam estava se segurando para não avançar na garganta de Chloe, eu tinha certeza. Mas estava chocado com que ouvia dos lábios da minha atual namorada.

– Estou nem aí para sua valentia, - Chloe olhou Sam com desprezo; e fiquei mal, muito mal. – você só uma criança para ele brincar se é que você me entende?

– E você é o que? – A voz da loirinha tremeu. Oh como sou covarde!

– Sou a mãe do filho dele!

– Como é? – interrompi a discussão, saindo detrás da moita que estava escondido.

Para a cena! Chloe Grávida? O que vocês não sabem que transei com Chloe em Seattle quando ela foi lá me convencer a vir para L.A . Eu fui convencido pela sua ousadia. Mas quando cheguei em L.A lá estava àquela garotinha. Não tão inha assim, com seus belos olhos azuis e grandes cílios, seu pequeno corpo com curvas que me perderia para sempre...Mas seu grande coração, seu jeito único de me conquistar.

Ela cresceu e sabia que Sam seria a única garota que gostava de me ouvir. Ser patética ao meu lado e tudo mais. Sua facilidade em me desafiar era tentadora. Mas existia Chloe eu tentei ignora-la com seu jeito adulto e horrível de ser. Mas estava ali, sabendo que a baixinha amava outro cara e seria patético um velho, adulto, um homem formado. Um cara louco , irresponsável e nada normal ficar apaixonado por uma garotinha que viu crescer e brincar, na verde se transformar nisso tudo que tão almejo.

Isso mesmo, apaixonado pela amiga de sua irmã mais nova e toda história que vocês já conhecem! Perdi a esperança me afundei no lodo mortífero de Chloe ciente, consciente de que seria um sacrifício necessário .Para me ver livre do sentimento crescente por Samantha!

Aí, no melhor momento quando o Beijo mais Romântico, anormal e perfeitamente estranho acontece. Eu vejo essa cena, e recebo essa noticia.

Eu sou o cara mais sortudo do mundo! Pense, recebi o beijo que eu queria e vou ser pai de uma mulher cujo eu não amo! Vai, diz aí se sou um idiota!