F.N.T escrita por CosGrove


Capítulo 1
Um Spencer para Sam


Notas iniciais do capítulo

F.N.T. Fascinating new thing



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/442658/chapter/1

Spencer

Se você quer saber como tudo começou: só posso te dizer as coisas eram bem mais simples antes de me apaixonar. Sempre é mais fácil lhe-dar com a falta de profundidade nas relações do que nos laços afetivos mais profundos.

Sou um cara com uma bela bagagem, velho o suficiente para ser respeitado e na idade certa onde a maioria dos homens sabem o que querem. Mas não sou como os outros Homens da minha idade.

Sou um artista em tempo integral, cresci em torno da diversão, alegria, criatividade e esperança nas coisas simples que a vida pode lhe oferecer. Sabe como uma criança que brinca durante horas com um tatus-bolas de jardim, um caracol ou com um pouco de barro faz um bolo e oferece para todos?

Eu sou assim sempre. Brinco com o que encontro , olho as coisas dessa forma criativa e alegre. Sou aberto as experiências e loucuras , sempre e sempre.

Ah, claro o amor, e o que ele me causou? Não fique preocupado , sou o mesmo cara, com o mesmo sorriso tonto, olhos brilhantes, a jeito desengonçado de chamar atenção e escandaloso, tanto em gestos como minha voz. Oh sim, não amadureci.

Só me apaixonei, pela garota errada.

Certo, já namorei muitas garotas, nenhuma teve muito significado, as que eu achei que significassem alguma coisa, foi eu quem não significava nada pra elas.

Triste, né? Eu não acho, costumo rir das tragédias...Droga isso me faz um cara tão masoquista. Aceitava muito bem o fato de só ter essas relações passageiras com mulheres completamente desconhecidas.

Mas só que essa nova garota não é desconhecida. A verdade que conheço ela tão bem desde muito garotinha, gulosa e violenta, charmosa e sádica.

A poção perfeita de gênio-difícil, atributos e beleza.

Sinto afundando toda vez que consigo mergulhar no mar azul-céu de seus profundos olhos. Aquele sorriso largo aberto cheio de maldade. Aí, aí. Posso suspirar só em descrevê-la. Sou um doente.

Posso perder o ar, com minha insanidade chamada paixão.

Ela cresceu além de que meus olhos pudessem ignorar.

Se tornou uma adolescente com enorme coração , atitudes corajosas e sua esperteza é admirável, até pelo maior vigarista dos 13 estados.

Samantha estava naquele instante olhando meu ateliê em L.A, parecia interessada, parecia, porque sabia que ela só andava em volta das esculturas deliciando seu hambúrguer de pernil e bacon.

– Gostei dessa. – A melhor amiga de minha irmã caçula apontou para uma replica de um bacon em uma frigideira em tamanho exagerado.

– Essa eu fiz para um restaurante de estrada. – Respondi me aproximando. Orgulhoso, mas nada surpreso da preferencia de Sam.

– Me dê o endereço depois! – Sam riu e mordeu o ultimo pedaço que sobrara do seu lanche.

Fiquei ali parado, observando a loira mastigar com sua boca aberta. A sua bela forma de ser.

– Você quer? – ela disse e mostrou a língua com toda aquela confusão de comida mastigada. Eu ri. A cena era pra ser nojenta, mas eu ri mais ainda quando ela engoliu.

– Não!

– Ótimo porque engoli.

Eu pensei besteira com aquela palavra “Engoli”. Minha face ficou vermelha, cocei a cabeça sentindo a veia de sangue quente pulsar no pescoço.

– Vamos Sam. – Chamei para desviar de meu constrangimento.

– Estou adorando que esteja aqui! – Sam comentou caminhando para fora do ateliê, eu a segui.

– Também , estou ansioso por essa vida de artista remunerado em L.A

(...)

Mais Tarde naquela mesma noite:

Sentamos em sua lanchonete favorita. Fiquei observando Sam. Nunca imaginei daquela forma.

Há uma semana no aeroporto de L.A quando Sam me recebeu, mal consegui dizer um “oi”. Fui tomado por uma onda chocante de sangue quente e pulsante por todo meu corpo. Estava excitado com a mudança de Sam. A garota evoluiu e a visão sobre a garotinha mudou no instante que a vi ali sorrindo me esperando. Tudo havia mudado. E na minha mente não foi diferente.

– Aí para de me olhar como um doente mental Spencer – Sam fungou.

– Você cresceu! – Admitiu sorrindo de forma besta.

– Isso só significa que você está velho.

Tamborilei a mesa e a fitei, Sam sustentou meu olhar.

– Eu sei que estou velho. – Admiti olhando para os lábios carnudos da loira.

– Não velho com cheiro de naftalina, mas está velho...

– Obrigado Sam! – Sorri antes de fazer minha melhor cara de decepcionado.

– Você vai virar aqueles velhos sozinhos que dão encima das senhoras no bingo ou pior dão encima de garotas de 18 anos no elevador ?

– Se forem senhoras bonitas... não sobre elevadores isso seria humilhante dar encima de novinhas.

– Mesmo com toda aquelas rugas, dentaduras e línguas inquietas. Você ia querer namorar uma velha de cadeira de rodas?

– Serei tão enrugado quanto elas, terei sorte se ainda tiver dentes, línguas inquietas é nojento dessa forma ...que você expôs. E por que ela tem de estar em uma cadeira de rodas? – Senti empertigado e tentado a gargalha. Sam estava fingindo uma seriedade sobre o assunto a piada do momento. Tentei não ser atingido pela onde de que à visão de Sam era simplesmente que eu era um homem de meia idade.

– Que tal, velhas e sem dentaduras?

– Não estou preocupado ainda com asilos e dentaduras, Sam!

– Só quero saber que decisão tomar quando você esquecer onde estão seus chinelos ou que acabou de comer. – Os lábios dela suprimiam um sorriso. Eu apenas revirei os olhos tentando a aperta-la.

– Ah certo, pode ter certeza que tudo vai ser natural! E deixe que Carly se preocupe com isso!

– Não sei, já pensou em seu velório?

– Tenho 30 anos e não 60!

– Estou brincando ! – Sam parou com seu ar serio e riu com vontade, ri sem-graça. Ela disse a verdade estou velho.

Comemos nossas saladas com frango e batata frita e refrigerante. Sam contava piadas das quais eu não entendia. O ar de L.A era diferente de Seattle. Principalmente para Loira.

(...)

– Posso dormir com você hoje?

– Como? – Questionei quando entramos no carro e ouvi sua pergunta. Fiquei perplexo.

– Isso dormir com você no seu apartamento!

– Por quê?

– E preciso de um motivo?

– Seria interessante!

– É perto da praia.

– E?

– Posso dar um mergulho!

– Não colou ... – Falei ainda com olhos fora da orbita para cima da loira.

– Tudo bem, só queria passar mais tempo com você, já que estou de folga das crianças...- Olhei para Sam, e loira não desvio seu olhar. Talvez ela estivesse falando a verdade afinal.

– Sinto falta também, neste caso tudo bem!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Valeu por quem leu, e obrigada aos que comentarem, vai motivar a continuar! Então, gostaria mesmo de comentários na primeira fic!E desculpe a capa grosseira, mas foi que deu pra fazer, com minha técnica limitada para editores de foto!