Aprendendo a Ser Uma Família escrita por WaalPomps
Notas iniciais do capítulo
Minhas flooooooooooooooores de pitangueira, que bom que estão gostando *--*
Esse é um capítulo para todo mundo que gosta do Fabis Papito, um capítulo focado nele com seus babys lindos
Quando você se torna pai ou mãe, toda a sua vida muda, vira de ponta cabeça, se transforma. Coisas que antes você achava incríveis, passam a ser entediantes. Coisas que você não entendia como outras pessoas com filhos conseguiam gostar... Bom, digamos que você entende o que essas pessoas sentem.
De repente, aquela pessoinha é o seu mundo, e nada mais importa.
E para alguém como Fabinho, que havia passado a vida criando muros e defesas ao redor de si mesmo, isso era algo de extremo valor e complexidade. Ele nunca soube explicar como Giane havia conseguido quebrar seus muros, suas defesas, sua raiva. E hoje, não sabia dizer o como Isabelle e Miguel conseguiam fazer isso parecer simples.
Todos os dias, abria os olhos às 6h30, mesmo sem despertador. Se desvencilhava de Giane, que gostava de dormir aninhada a seus braços, e saia da cama apenas de shorts e chinelos. Entrava primeiro no quarto de Miguel, que ainda era o mais chorão, e começava a falar com ele assim que desligava a babá eletrônica.
_ Hey campeão, acordado já? – Fabinho tirava o filho do berço com cuidado, já que com quase quatro meses, Miguel e Isabelle já estavam mais durinhos, mas ainda pareciam molas se balançando de um lado para o outro.
O publicitário trocava a fralda do filho o mais rápido possível, logo o aninhando nos braços e rumando para a porta ao lado, onde encontraria Isabelle em seu berço, entretida em observar as borboletas no móbile sobre o berço. A menina abriria um sorriso banguela assim que o pai e o irmão entrassem em seu campo de visão, e isso faria o sorriso de Fabinho se alargar.
_ Bom dia meu amor. – sussurraria ele, colocando Miguel no balancinho com um mordedor de borracha, desligando a babá eletrônica e voltando ao berço para pegar a filha – Teve bons sonhos princesa?
Ele então iria até o trocador, onde trocaria a pequena e ficaria conversando com os filhos, que é claro, não responderiam. Mas a atenção deles a voz do pai era fascinante, e fazia desses pequenos momentos, memoráveis.
_ Vamos encher as barriguinhas de vocês? – perguntaria o pai, apanhando um em cada braço, e saindo para o corredor com cuidado para não fazer barulhos – Silêncio para não acordar a mamãe.
Já na cozinha, ele colocaria os bebês nos balanços, enquanto esquentaria as duas mamadeiras com o microondas, após fechar a porta para que o barulho não atingisse o andar de cima.
E então, com uma habilidade vinda sabe-se de onde, ele equilibraria as duas mamadeiras e os dois bebês, e iria até a porta de vidro da varanda, onde uma espreguiçadeira bem larga o esperava, começando a ser banhada pelo sol quente do verão de janeiro. Ele se deitaria, acomodaria um bebê no vão de cada braço, e daria a mamadeira de cada um, observando o sol subir no horizonte.
Miguel sempre seria o primeiro a terminar, dando tempo para que o pai o fizesse arrotar antes de Isabelle terminar a própria mamadeira. Quando ela terminasse, Fabinho fazia o mesmo com ela, e logo estava com os dois filhos aninhados a si.
E nos minutos que se seguiriam, ele se dedicaria a observar cada pequeno detalhes daquelas criaturinhas que, mesmo que de maneira modesta, ele havia ajudado a colocar no mundo. Os cílios longos de Isabelle quando piscava os olhinhos para ele, ou a maneira engraçada que a boca de Miguel se abria quando ele bocejava.
Os dedos gordinhos e cheios de dobrinhas, os cabelinhos curtos e finos da filha, contrastando com os grossos e extremamente claros do filho. O jeito adorável da filha se manter em silêncio, observando o céu do lado de fora, enquanto Miguel resmungava até conseguir seus carinhos, o jeitinho que o rosto dele ficava quando isso acontecia. Como os dois se aconchegavam a ele antes de adormecer, e como isso lhe dava paz para ele mesmo dormir, os três já banhados pelo sol.
_ Amor... Acorda. – ele seria acordado quase uma hora mais tarde, depois que Giane já tivesse levantado, se arrumado e feito o café – Vocês três caíram no sono de novo.
_ Fazer o que? Eles têm esse poder sobre mim. – ele respondia, beijando a esposa com carinho – Já são 8h?
_ Um pouco mais, mas você vai conseguir chegar na agência as 9h. – Giane apanhava algum dos bebês adormecidos, enquanto Fabinho se levantava com o outro. Eles então colocavam os dois no cercadinho da cozinha, cobrindo com uma manta e sentando para comer – Eu vou com eles e a Emília ver a Malu hoje.
_ Tudo bem. Eu tenho reunião as 11h, então provavelmente não venho para o almoço. Mas se eu conseguir, saio mais cedo, aí podemos ir visitar meus pais.
E comeriam, discutindo os planos e compromissos do dia. Emília só apareceria por volta das 10h, depois de ter ajudado Malu em sua própria casa, já que a pedagoga estava de repouso até o nascimento de Rafael.
Fabinho chegaria na agência por volta das 9h, e passaria o dia inteiro desejando estar em casa. Receberia milhares de mensagens e fotos da esposa, para ver seus pequenos dormindo, rindo, ou simplesmente encarando a câmera do celular.
Por voltas das 17h, desligaria seu computador e se despediria de Silvia, saindo na companhia de Érico, os dois ansiosos para chegarem a suas casas.
Já da garagem, ele conseguiria ouvir Giane cantando em voz alta alguma música idiota, enquanto preparava o jantar. Abriria a porta, encontrando os bebês em seus balanços, observando a mãe cozinhar e cantar.
_ Nossa mamãe, você é maluca mesmo. O papai estava certo. – provocaria, a abraçando por trás e recebendo um tapa – Olá pivete.
_ Fraldinha. – trocariam um selinho, enquanto ele se afastava para ver os filhos.
_ E como estão os meus anjinhos? – perguntava, se aproximando das crianças, que já começavam a sorrir – Papai passou o dia morrendo de saudade de vocês dois, sabiam? Estava contando as horas para vir e ver vocês.
_ To me sentindo largada de escanteio, que nem bola velha. – Giane reclamava, mas era pura provocação. Ela amava ver o carinho de Fabinho com os bebês.
_ Agora esperem, porque o papai tem que dar um pouco de melosismo para esse moleque de rua aqui. – Fabinho desligava o fogão, içando a esposa e começando a enchê-la de beijos, enquanto ela gargalhava e as crianças acompanhavam – Pronto pivete, bastante açúcar para você ficar diabética.
_ Engraçadinho. Se quiser, vai tomar banho. O jantar sai em meia hora.
Depois de jantar, ficaria no chão com os filhos, vendo-os morder seus brinquedinhos ou rolar de um lado para o outro. Leria algum livrinho, ou observaria Giane ler, e assistiria algum desenho ridículo, que ele jurava que os filhos não deviam entender.
Às 21h, Giane amamentaria os dois, e cada um colocaria um para dormir, alternando o bebê a cada dia. Com Miguel era sempre mais demorado, o filho era extremamente dengoso, mais com a mãe do que com o pai. Mas ainda sim, gostava de ficar apertando o indicador do pai até cair no sono, e apenas quando seu dedo ficava livre, Fabinho podia colocá-lo no berço.
Já com Isabelle, Fabinho começava a comprovar a teoria de que a ligação da menina com o pai é mais forte. Ele costumava sentar com ela na cadeira de balanço, cantando sobre uma princesinha que fugia dos sapos, uma música ridícula e que ele mudava a letra e melodia todos os dias. Mas Belle permanecia com os olhos fixos no pai, quietinha e paciente, até que a música tivesse acabado e ele sussurasse:
_ Boa noite princesa Belle. – e só então ela fecharia os olhinhos, adormecendo logo depois.
Ele então colocaria o bebê no berço, passaria no quarto do outro para dar-lhe um beijo, e seguiria para o próprio quarto, onde Giane provavelmente estaria quase adormecendo. Se deitaria, a aninhando em seus braços, e fecharia os olhos, esperando pelos pequenos momentos de alegria que o levariam ao céu no dia seguinte.
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Gostaram? Não gostaram?
Espero que tenham apreciado Fabinho papai, porque eu AMEI