Aprendendo a Ser Uma Família escrita por WaalPomps


Capítulo 5
Eu pago com prazer


Notas iniciais do capítulo

Descuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuulpa a demora. Sério, esses dias finais de aula foram bem pesados e cansativos. MAS AS FÉRIAS CHEGARAM, COM A GLÓRIA DO SENHOR PAPAI NOEL.



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As semanas passavam depressa, mais do que Giane e Fabinho podiam perceber. Logo, Isabelle e Miguel completavam seu 3º mês de vida, e junto disso, Marcela Lancaster Cardoso chegava ao mundo.

A filha de Caio e Camila nasceu em uma madrugada quente de dezembro, faltando poucos dias para o Natal. Mas a mãe nem cogitou a ideia de um parto normal, logo correndo em direção aos remédios da cesárea.

_ Ela é linda gente, de verdade. – elogiou Giane, devolvendo a afilhada para os braços da mãe – Desculpa não termos ido ao hospital... As crianças ainda não podem entrar, e com o Fabinho voltando a trabalhar, tá uma correria.

_ Não tem problema Giane, o importante é que vocês e meus sobrinhos vieram, para a Marcela poder conhecer o futuro namorado dela. – sorriu Camila, deitando a filha adormecida ao lado de Miguel, que também dormia.

_ Assim você me fode amor, sério mesmo. – reclamou Caio, que brincava com Isabelle - Fabinho, cê é o padrinho da Marcela, dá uma ajuda.

_ Desculpa engomadinho, mas se o Miguel quiser sua garotinha, terei que apoiar. Agora se a Marcela quiser a Isabelle, a conversa vai ser outra. – Fabinho recebeu um beliscão da esposa – Ai, não é preconceito. Mas a nossa tá destinada a ser freira e servir o Senhor.

_ Meu Deus, como é babaca. – suspirou a corintiana – Porque mesmo eu me casei com você?

_ Porque eu sou mais gato que o Zé Florzinha, e tenho bem mais pegada que o mauricinho aí. – Caio bufou, fazendo Fabinho rir – Desculpa se a verdade dói cara, mas ela tem que ser dita.

_ Terminem a discussão na sala que a Marcela quer mamar. – anunciou Camila – E eu não me sinto confortável de amamentar na frente do Fabinho.

_ Relaxa, a gente vai embora. – propôs Giane, mas a modelete negou.

_ Nada disso. A Marcela mama rapidinho e logo tá dormindo, aí eu posso paparicar uma pouco a Belle. – sorriu, enquanto sentava com a filha – Enquanto nós conversamos, vocês dois vão lá pra sala ter conversa de homem, xô daqui.

_ Em outras palavras, vocês vão falar mal da gente. – resumiu Fabinho, saindo do quarto, enquanto Caio o seguia aos risos. Giane fechou a porta, sentando na cama e começando a distrair Belle, já que Miguel ainda dormia – Como você dá conta de dois?

_ Honestamente, nem eu sei. – a corintiana riu – É só... Natural, entende? Às vezes eu acho que eu vou morrer louca, que eu não vou dar conta, que se eu dormir não vou conseguir acordar quando eles chorarem... Mas eu sempre consigo, eu sempre sei o que eles precisam quando choram, eu sempre acho um jeito de fazer tudo. E o Fabinho e a Emília ajudam muito.

_ E agora com ele voltando ao trabalho? – perguntou Camila, e Giane deu de ombros.

_ Nós já estamos nos adaptando desde que eles tinham um mês. E a Emília ajuda muito, nossa... Sem ela, aí sim eu tava perdida. – riu a moça, deixando que a filha babasse em toda a sua mão – E bom, eles já estão começando a mamar menos e dormir mais. Ou então, quando estão acordados, é só cantar ou ler para eles, que eles ficam quietinhos.

_ Até o Sr. Birrento? – Camila apontou o afilhado, e Giane riu.

_ Em defesa dele, ele anda menos birrento. – afirmou a morena, acariciando o cabelinho do filho – Ele ainda acorda a noite para mamar, mas a Belle não mais. Mas nós já temos uma rotina desde que eles nasceram, e isso facilita muito.

_ Eu li sobre esse negócio de criar uma rotina, mas não sei se eu consigo. – Camila fez bico, e Giane riu.

_ Pra nós não era uma opção né? Se deixássemos tudo pelo tempo dos dois, tínhamos perdido os cabelos. – garantiu Giane, gargalhando – Mas acho que com um bebê só deve ser mais fácil.

_ Aí menina, você que pensa. – reclamou a modelete, e Giane arqueou a sobrancelha – Qual é, você tinha dois, mas tinha a ajuda do Fabinho e da Emília. O Caio não acorda a noite nem que a Marcela se esgoele.

_ O Fabinho demorou um pouco pra pegar no tranco, mas com dois bebês chorando, ele não tinha muita opção. – brincou a corintiana, e Camila riu – Mas relaxa... Em um mês, mais ou menos, as coisas se acalmam.

_ Você é tranquila demais para alguém que tem dois filhos de três meses, sério. – espantou-se Camila, e Giane deu de ombros.

_ Eu enlouqueço às vezes, grito com o Fabinho por qualquer besteira, caio no choro exausta. Mas cada vez que eles sorriem para mim, eu esqueço tudo.

_ Ai Giane, você me deixa até emocionada assim. – resmungou Camila, secando os olhos – Epa, alguém terminou de mamar.

~*~

_ Cara, eu não consigo acordar quando a Marcela chora. – admitiu Caio, envergonhado – Ela pode estar berrando do meu lado, eu não escuto.

_ Mané, tira uns dias de folga para ajudar a Camila. Você trabalhando o dia inteiro e dormindo a noite inteira, daqui a pouco ela te chuta de casa e entra em depressão. – o fotógrafo arregalou os olhos, enquanto Fabinho ria – É camarada... Se você achava que grávidas elas eram explosivas, não conhece uma recém-parida.

_ Mas a Giane não estava ruim nos dias depois que os bebês nasceram. – lembrou Caio, e Fabinho gargalhou.

_ Ela chorava a noite inteira porque os bebês estavam longe, e se eu tentava falar qualquer coisa, me enchia de tapas. – ele relembrou rindo – Mas já tava logo me abraçando e chorando de novo.

_ Acho que a Camila surtava se tivesse que deixar a Marcela no hospital... Ela não suporta ficar mais de dez minutos longe dela.

_ E cê acha que a Giane conseguia ficar longe dos gêmeos? – retrucou Fabinho – Cara, esse instinto materno delas me assusta, sério. Se você tira o bebê de perto delas, elas agem como se tivesse tirando um braço ou uma perna. E isso não melhora com o tempo. A maloqueira parece uma leoa se tentam tirar o Miguel ou a Belle da vista dela.

_ A Camila quase bateu na dona Karmita ontem. Ela veio aqui em casa e pegou a Marcela no colo, e saiu andando para fora do quarto. E ela ainda tá meio debilitada da cesárea, sem poder ficar andando muito ou fazendo esforço, e ontem ela tava com muita dor. – explicou Caio – Ela só gritou meu nome e eu já tive que arrancar o bebê dos braços da bisavó, antes que tivesse que levar a Camila refazer os pontos.

_ Agora vocês entendem porque nós estipulamos horário de visita? – perguntou Fabinho, e o fotógrafo suspirou, concordando.

_ Olha cara, se eu só com a minha sogra, a dona Karmita e a Silvia, já to morrendo louco, imagina você com toda a sua família e o pessoal da Casa Verde. – Caio arfou – Eu tiro o chapéu para vocês.

_ Ah sim, e outro conselho... Prepare-se para voltar a época da juventude, em que a mulher da sua vida era sua mão. – o fotógrafo arregalou os olhos – Pois é, é um trabalho duplo pra se voltar a ativa. A primeira parte já conclui: a Giane já entendeu que ela é gostosa, porque ela ainda estava se achando feia e nojenta. Agora vem a segunda parte: nós dois criarmos coragem de ficar longe das crianças, porque com eles perto, nunca dá certo. Eles sempre choram na hora H.

_ Arrependido de ter tido os gêmeos é? – riu Caio, e Fabinho negou.

_ Eu não sei mais o que é dormir direito, estou na seca há quatro meses, minha camisas cheiram a vômito e fralda suja, e por mais que eu ame a Giane peituda, toda vez que eu olho para eles, eu só consigo ver meus filhos mamando. – o fotógrafo gargalhou – Mas se esse é preço para ter o Miguel e a Isabelle na minha vida, eu pago com prazer.


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Notas finais do capítulo

Ah sim, to depre com os poucos reviews. Estou tentando criar tempo para responder e tal, PORQUE OLHA
Ah sim, escrevi uma short muito fofa, chamada Never Grow Up. LEIAM.
Beeeeijos