Aprendendo a Ser Uma Família escrita por WaalPomps
Notas iniciais do capítulo
To com sono pra caralho, sem notas legais.
Miguel teve alta após três dias, porém a recuperação em casa ainda seria longa. Sua alimentação era controlada, o repouso era quase obrigatório e a dor no local da cirurgia o incomodou durante os primeiros dias.
_ Mas mamãe, eu já to bem. – reclamou o menino, quando a mãe lhe proibiu de jogar bola com a irmã.
_ Eu sei campeão, mas lembra o que o médico disse. Tem que esperar três meses, para não correr o risco de ficar doente de novo. – Giane suspirou, vendo o bico do filho.
Miguel e Isabelle sempre haviam sido agitados e bagunceiros, com muita energia para gastar. E agora, ter que passar o dia todo no sofá, sem poder nem ir à escola durante quase um mês, era demais para o garotinho.
_ Mas eu quero brincar, eu quero ver meus amigos. – o loirinho começava a chorar – Eu to cansado de ficar aqui.
_ Desculpa meu anjo, mas a mamãe não pode fazer nada. – a corintiana suspirou, com o peito apertado. Nada lhe doía mais do que ver os filhos chorando e não poder fazer nada para resolver a situação.
Miguel concordou, voltando a encarar a televisão, ainda fungando e secando os olhinhos. Giane suspirou, mordendo o lábio inferior e tentando pensar no que fazer para diminuir o desconforto daquela situação.
Foi quando ouviu o “gol” na TV, que teve a brilhante ideia.
_ Filho, sabe o que tem hoje?
_ Tem tricolor contra as galinhas, por quê? – perguntou Miguel, e Giane bufou.
_ Vou te mostrar as galinhas. – ele riu da mãe – Que tal fazermos uma... Festinha?
~*~
_ Salve o tricolor paulista... – Belle corria pela casa, pulando com seu uniforme do São Paulo.
_ Eu mereço ter carregado os dois por nove meses, para nascerem são paulinos. – bufou Giane, enquanto ela e Fabinho colocavam os salgadinhos na sala.
_ É porque eles puxaram os meus genes bons e inteligentes. – riu o publicitário, recebendo uma careta de resposta – Qual é pivete, a Cat é corintiana.
_ Mas ela não liga para futebol. Que raio de corintiana é essa que não é louca obsecada pelo timão? – horrorizou-se a mulher, vendo a filha caçula brincando com as bonecas, enquanto usava o uniforme do Corinthians.
_ Giane, a Cat não é louca obsecada por nada. Ela é calma demais para isso. – Fabinho riu, enquanto observavam Belle pulando no sofá, com Miguel rindo – Ô monstrinha, seu irmão ainda tá em recuperação, parou de zona.
_ Mas papai, hoje nós vamos chutar a galinhada. – riu a menina, recebendo um olhar feio da mãe – Nem adianta reclamar mamãe, você sabe que meu tricolor é melhor que seu Corinthians.
_ Onde foi que eu errei com vocês?
_ Quando você ficou segurando eles na sua barriga para ver a final do Corinthians. – ela fuzilou o marido – Que foi? Eles pegaram trauma.
_ Vá para o inferno fraldinha, vá para o inferno. – ela suspirou, caminhando para a cozinha.
_ Depende... Você vai comigo? – ela atirou um copo de plástico, que ele desviou – Acho que isso é um não.
Os filhos gargalharam. Estavam acostumados a relação estranhamente carinhosa dos pais, e por mais que alguns amiguinhos achassem estranha, para eles era o relacionamento mais bonito do mundo.
_ Acho que a sua irmã chegou. – gritou Giane, quando ouviram o hino do tricolor se aproximar.
_ Discreta, como sempre. – Fabinho caminhou até a porta, a abrindo. Logo, uma pessoa baixinha e magrela apareceu pulando.
_ Vaaaai São Paulo. – gritou Rafael, pulando no colo do tio, que gargalhou. O menino estava com o uniforme completo, assim como os primos, e carregava uma bandeira do time – Vamos dar uma fritada nas galinhas, tio?
_ Sempre, moleque. – o mais velho o colocou no chão, deixando que ele corresse até os primos. Os pais apareceram logo depois, com os dois caçulas no colo – E vocês? São tricolores também?
_ Eles não sabem muito sobre futebol, então estão sendo totalmente influenciados pelo Rafa. – riu Maurício – Ele insistiu em comprar um uniforme para os dois.
_ Mas esse meu afilhado é esperto. – riu Fabinho – Quer dizer, toda a família é esperta. Pelo menos a parte que não veio da Casa Verde...
_ To te ouvindo, tá fraldinha? – Giane se aproximou, a cara fechada – Tem bambi demais nessa casa, pelo amor de Deus.
_ Bambi não mamãe, inteligentes. – gritou Miguel, sendo ecoado pela irmã e pelo primo.
_ Dois fraldinhas, que nem o pai. – ela suspirou – Oi Clarinha.
_ Oi tia. – a menininha desceu do colo do pai, indo abraçar Giane. Henrique praticamente dormia no colo de Malu – Porque seu uniforme é diferente?
_ Porque a titia é lelé da cuca, e fica torcendo pra esses times errados. – explicou Malu, fazendo a filha rir – Agora vai lá com os seus primos, antes que ela comece a falar besteira.
~*~
_ VAI TIMÃO. – Matheus pulava no sofá, ao lado do pai. Giane estava junto com eles, acompanhada de Catarina e, pasmando todos, Marcela.
_ Minha filha gostando de futebol. E mais: torcendo pro Corinthians? – horrorizou-se Camila – Eu devo ter jogado pedra na cruz.
_ Deixa ela Camila. – riu Irene – Sabe que eu já ouvi uma vez, que corintianos e são paulinos se atraem. E olha lá quem é são paulino.
_ Gosto de como você pensa, viu Irene? – riu a ex-modelo, observando Miguel com o uniforme tricolor.
_ E eu não gosto de como nenhum de vocês pensa. Vamos deixar a minha filha em paz, por favor? – pediu Caio, irritado. Todos riram, como sempre, exceto as crianças, Jonas e Giane, que estavam com a atenção fixa no futebol.
_ Miguel, para de pular, por favor. – pediu Giane, sem tirar o olho da TV.
_ A Giane tem super poderes? – se assustou Pedro, constatando que a cunhada nem os olhava para saber que Miguel estava pulando.
_ Tem moleque, o mesmo que a mamãe. – riu Fabinho, que estava sentado ao lado das crianças – Opa, opa, opa...
_ GOOOOOOOOOOOL. – a torcida são paulina levantou aos gritos, pulando e comemorando. Giane e Marcela começaram a praguejar, enquanto Jonas e Matheus enfiavam a cara na bandeira do timão. Já Catarina, parecia mais interessada em rir da comemoração dos irmãos e primos.
_ Porque toda vez que a gente vem assistir clássico aqui, o Corinthians toma dos bambis? – perguntou Jonas.
_ Porque aqui nessa casa quem manda é o São Paulino aqui. – riu Fabinho – Então, aqui dentro corintiano fica quieto.
_ Ah, você que manda? – Giane arqueou a sobrancelha, e Fabinho engoliu em seco – Depois a gente conversa, viu fraldinha.
_ Me ferrei bonito...
~*~
Horas depois, a casa já estava vazia. O jogo havia acabado 3x2 para o São Paulo, dando assim a vitória do tricolor.
Miguel e Belle estavam em êxtase, enquanto Catarina parecia conformada. Giane estava emburrada, e Fabinho só estava esperando a bronca pelo que havia dito mais cedo. Por mais que adorasse brigar com sua pivete, sabia o quanto ela podia ser vingativa.
_ Uau. – ele suspirou, vendo-a sair do banheiro com uma camisola linda – Se isso é meu castigo, vou aprontar mais vezes.
_ Engraçadinho. – ela se aproximou dele, que já estava deitado na cama. Se esticou sobre ele, fazendo-o morder o lábio com ansiedade, e apanhou o travesseiro, se levantando da cama – Boa noite.
_ Que merda é essa? – ele arregalou os olhos, vendo-a caminhar para a porta.
_ Eu vou dormir com as meninas hoje. – ela sorriu para ele – Afinal, você quem manda, não é são paulino? Então manda sozinho, que a corintiana aqui não vai te obedecer não.
E dizendo isso, caminhou para fora do quarto, deixando o marido boquiaberto.
_ Eita mulher difícil que eu fui casar. – ele resmungou, se levantando e rumando para o banheiro.
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E aí? O que acharam dos times? AHUHAUAHUAU
Beeeijos