Counting Stars escrita por yeahdrakons


Capítulo 2
30 dias sem o Hugo


Notas iniciais do capítulo

Olá vcs, então, a gente queria agradecer os comentários e eu sinceramente nem sei o que dizer, então eu vou ficar com o básico, obrigada. Tá já enrolei bastante, vão ler,



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Era uma quinta-feira chuvosa, o dia que eles costumavam ir ao parque, eles, Hugo, Rafaela e Angelina.
Era a quarta quinta-feira do mês, quintas-feiras se tornaram deprimentes sem Hugo, assim como todos os outros dias. Fazia exatamente um mês que Hugo se fora, um mês sem nenhum telefonema, e-mail ou qualquer outro tipo de comunicação, um mês sem nenhuma notícia, um mês sem Hugo.
Rafa, Lina e a família de ambas já estavam ficando loucas pelo sumiço repentino do garoto, pensaram em chamar a polícia, mas o que poderiam fazer? Hugo partira por vontade própria, anunciando apenas “Vou encontrar a minha família.”, demorou um pouco para os pais dele e de Lina se tocarem, já que pelo que sabiam, a família dele morava no Canadá, então se supunha que ele tinha ido para lá. Além do mais, ele já era adulto.
Angelina e Rafaela estavam deitadas na cama de Rafa, o quarto era extremamente bagunçado, facilmente poderia se passar por um quarto de garoto, assistiam a uma reprise de Os Simpsons.
– Lina - chamou Rafa, com a voz não passando de um susurro - E se ele não voltar?
– Vira essa boca pra lá, Rafaela! - respondeu a amiga, irritada.
– Mas é uma possibilidade... - disse Rafa, fitando o teto - Tipo, ele foi atrás da família dele, então ele vai ficar um bom tempo procurando, não acha? Ele não deve saber em que lugar a família dele está.
– É – admitiu Angelina depois de um tempo.
– E se... Fossemos atrás dele? - perguntou Lina, quebrando o silêncio que havia se instalado, não tinha sentido nenhum, mas a saudade era muita para nem sequer pensar sobre, aquilo não saía de sua cabeça desde que ele se fora, para ser sincera.
– Não sei, acho que não é uma boa ideia - respondeu Rafaela ainda fitando o teto, ao mesmo tempo em que queria concordar, partir imediatamente.
– Não, sério, nós podemos ir atrás dele, tentar ajudar ele ou sei lá - disse Lina olhando para a amiga.
– Então, mas como eu disse a alguns minutos atrás, se você não ouviu, nem ele sabe onde a família dele está, acho que nem seus pais, então por consequência, não sabemos onde ele está, nem temos certeza se ele está no Canadá. - disse Rafa, finalmente, olhando para a garota que se movia inquieta enquanto falava.

–Quem sabe Rafa, eu posso perguntar para os meus pais se eles não têm realmente nenhuma ideia de onde ele está, pra onde ele pode ter ido exatamente, - disse Lina, ao mesmo tempo percebendo que, provavelmente, se tivessem alguma pista já teriam ido atrás dele, mas não querendo deixar de lado aquela sensação de finalmente estar fazendo alguma coisa- mas claro que eles não podem saber que a gente planeja ir procurar por ele.- apressou-se a acrescentar.

– A gente vírgula, eu não concordei com nada- disse Rafa exasperada, como elas o encontrariam? Ou sobreviveriam em um país sem trabalho, sem ninguém que conhecessem? Nem sabendo se ele realmente estava lá? Como elas sequer partiriam sem os pais saberem, ou ao menos desconfiarem do que pretendiam? E se ele voltasse enquanto elas estavam fora? Aquilo era um absurdo, um delírio de Lina.

– Rafa, por favorzinho, eu sei que você também quer ele de volta - disse Lina com certa suplica nos seus olhos cor de canela, aqueles olhos eram do tipo que hipnotizavam alguém, não tinha como dizer “não” olhando para eles.
– Ai, Lina, ta bom - cedeu Rafa - Depois a gente vê se seus pais sabem de alguma coisa, mas você sabe que nós não vamos a lugar nenhum sem pelo menos dizer a eles, certo? Eles não aguentariam outro abandono.
– É por isso que eu te amo - disse Lina sorrindo, ouvindo só até o “ta bom”, e pela primeira vez em um mês, com alguma esperança.

– Eu sei. – Rafa voltou a atenção para a TV, mas não conseguia se concentrar mais, e se elas conseguissem achar ele?

Devia ser umas duas da madrugada, Rafa que tinha ido dormir na casa de Angelina, às vésperas da viagem, estava com insônia, em parte pensava, com remorso, em como a mãe tinha se colocado na frente da porta e gritado “Você não vai! Você nem sequer sabe quanto tempo irá ficar fora, você não vai nos abandonar também!”, até que o pai, mesmo que tampouco concordasse com a escolha da garota, chegou e tirou a mulher de lá, deixando assim a passagem dela livre, sem nem sequer dispensar um olhar a filha. O único que fora se despedir fora seu irmão de cinco anos, Matheus, na noite anterior, e ele estava super empolgado, via a irmã como uma super-heroína que ia resgatar Hugo.

Os pais de Lina não aceitaram muito bem a ideia também, mas foram mais receptivos, assim sendo levariam as duas amanhã cedo ao aeroporto. Mas mesmo tendo que acordar cedo na manhã seguinte, ela não conseguia pregar os olhos, perambulou pela casa toda, tentando achar algo para distrair a cabeça, só na cozinha já tinha ido cinco vezes, não sabia se a tia iria ficar brava por ela ter comido todo bolo de chocolate que esta havia demorado horas para fazer, já que era péssima cozinheira, mas de qualquer forma, já era. Por fim, foi atraída ao quarto de Hugo como uma mosca para a luz, o quarto estava inalterado desde a partida dele, até as roupas jogadas no chão, absolutamente tudo da mesma forma, como se fosse algo sagrado ou a bagunça que esperava por ele para ser arrumada, Rafa foi até a cama e se deitou, se enrolando no lençol, tentando sentir o cheiro dele, e finalmente adormeceu.

Adormeceu, mas só pra acordar meia hora depois, inquieta novamente. Sentou-se na cama e abraçou suas pernas, assim apoiando a cabeça em seus joelhos ossudos que estavam nus, já que ela só usava um shorts e uma camiseta extremamente grande, que era de Hugo e ficava grande até mesmo nele, e que ela usava como camisola. Quando sua visão se acostumou a escuridão viu que largada do outro lado da enorme cama, que sem Hugo aparentava ser cinco vezes maior que uma cama de casal normal, havia uma jaqueta, era a jaqueta que Lina havia dado a ele há algumas semanas, não que ele tivesse levado muita coisa, só algumas mudas de roupa e dinheiro, mas ela estranhou que ele tivesse deixado aquela já que era sua preferida, se esticou para pega-lá e depois de cheirar, o que era extremamente estranho mas decidiu que não iria se questionar a respeito de sua sanidade mental aquela altura, vestiu-a e percebeu que em seu bolso havia uma foto, pegando-a observou que havia uma mulher magra e pálida deitada de camisola em uma cama de hospital, ela parecia infeliz, e em seu colo havia um recém-nascido, menino a julgar pela roupinha toda azul, no verso em uma caligrafia desleixada estava escrito “Vancouver, 1993.”


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Notas finais do capítulo

e então, deu uns rolos pra saber ao certo o dia em que a gente iria postar, mas agora a gente já decidiu, vai ser de sexta e segunda mais ou menos às 15:00 hrs. Só dia com s pq a vida com s é mais gostosa, tá parei, mas enfim, daí toda sexta e toda segunda vcs vão vir ler cap. novo, certo? Certo. A gente espera que vocês estejam gostando, que continuem comentando favoritando e coisas do tipo, então é isso, bjão, obrigada por ler a fic.- babi e duda
ps.: nós somos muito lerdas para escrever, e tipo, revisamos o cap. umas mil vezes, então se formos adiar o dia de postar ou algo assim, a gente avisa tá? É só falar o user para a gente, pra quem não sabe, os nossos users são os seguintes: @imaginedrakons e @yeahpercabeth.