O Dia a Dia da Família Zephyrum escrita por AnyBnight, Mikanmi


Capítulo 3
Capítulo 3 - Os Zephyrum vão às compras


Notas iniciais do capítulo

Hahaha, demorou mas saiu~ /Mika



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Segunda-feira, dia de mercado para a família Zephyrum. Apesar de toda a atenção que chamavam ao andar juntos, só saiam assim; Goldark tinha a aparência de um garoto de 14 anos, não poderia usar os cartões de crédito, Proto só sabe comprar besteiras e coisas que ele acha que pode usar para matar o Zero, Zero é indeciso sobre tudo (da última vez que ele foi ao mercado sozinho ficou lá por quase 3 horas só pra escolher a marca do papel higiênico) e o Grandark simplesmente não tem paciência alguma para compras.

Os dois "espadas" já esperavam por seus parceiros na porta, vestidos de maneira comum e pouco chamativa. Os "espadachins" demoraram um pouco mais para se aprontar e descer. Zero e Proto apareceram praticamente juntos, ambos mascarados (Zero com os óculos dourados, Proto com a máscara de sempre).

– ... Por que vocês dois tem que usar isso sempre que vamos sair? - Grandark perguntou, um tanto impaciente.

– ... - Os dois hesitaram - Não me sinto confortável sem a máscara em público. - Responderam ao mesmo tempo.
Grandark apenas revirou os olhos, bufou e logo os chamou para ir.

E assim foram para o super mercado.

Bem na entrada, Grandark ditou as regras para os agregados enquanto deixava Zero encarregado de buscar um carrinho.

– Vocês dois - Proto e Goldark - vão atrás das coisas que querem comprar. Dependendo do que seja, a gente leva. - Os dois assentiram (Proto bufando como de costume) - Goldark, está com o celular?

– Sim. - mostrou o modesto celular com um pendurico na forma do olho que tinha no modo espada.

– Espera, desde quando ele tem um celular? - Proto perguntou irritado. Proto não tinha um celular. E ele queria um celular.

– Desde que eu resolvi dar um pra ele. Ligue para o Zero quando terminarem, vamos nos encontrar em algum lugar.

– Certo.

Separaram-se ali, onde Grandark foi diretamente até Zero parado e confuso diante da fila de carrinhos.


– ... O que está fazendo?
– Tem muitos carrinhos diferentes...
– Apenas pegue um.
– ... Qual?
– ...

Acabou sendo Grandark a escolher o carrinho que usariam. Enquanto isso Proto e Goldark já estavam dentro do mercado olhando as prateleiras da seção de refrigerantes. O loirinho tinha uma lista das coisas que queria, olhava pra ela de vez em quando; O ruivo deu um jeito de conseguir um carrinho de compras (no caso, ele viu um carrinho com alguns produtos sem ninguém por perto, jogou tudo no chão e pegou o carrinho).

Quando Goldark finalmente ia pegar uma garrafa de refrigerante foi subitamente levantado e colocado deitado no carrinho com suas pernas e braços meio pra fora por Proto.


– O-o-o que?!
– Treinamento. - Respondeu seco. Como "humano" Goldark era ainda mais leve que como espada, achava ele inútil assim.

Goldark até desistiu de sua lista de compras agora que teria que pedir para o Proto pegar tudo. Choramingava de vez em quando e logo estava coberto com latas de energéticos.

Zero e Grandark já haviam passado pelo seção "cama, mesa e banho", comprado seus pratos e panelas e agora iam para a seção de higiene. A pior de todas, na opnião de Grandark.

– Sabonete Dove ou Lux? Xampu Seda ou Pantene? Levo condicionador também? Pasta dental Colgate ou Oral-B?

Não havia um único produto qual Zero não pedisse opinião ao Grandark sobre qual marca levar.


– Qualquer um basta.- O esverdeado respondia impaciente pressionando o cenho entre os dedos.
– Não tem nada dessa marca...
– ... Então pega o que custar menos.
– Certo... - E foi pegando as marcas mais vagabundas possíveis. - Grandark, essas tem o mesmo preço.
– Pra alguém que aprende técnicas com muita facilidade você é um verdadeiro noob fazendo compras.
– Desculpe... - Abaixou a cabeça.

Grandark suspirou e pôs a mão sobre a cabeça albina, visando acalmar um pouco o companheiro frustrado.


– Vamos pra outro setor.

Foram comprar verduras. Grandark vinha reclamando que os "pirralhos" estavam se entupindo de carne e açúcares recentemente e por algum motivo ele se preocupava com a saúde do Goldark. "Não quero alguém com a minha cara sendo subjugado por alguém com a cara do Zero" era sua desculpa. Alguém socialmente lento como Zero não perceberia o afeto paterno que ambos - ele mesmo e Grandark - tinham sobre o loirinho.

Falando nele, Goldark encontrava-se soterrado sobre montanhas de porcarias - doces, carnes secas, energéticos - enquanto Proto vinha empurrando-o no carrinho. Eles pararam subitamente, e Proto os escondeu em um corredor.


– ... Ham?
– Quieto.

Apesar de um ruivo mascarado com uma criança loira soterrada por compras num carrinho ser algo bastante chamativo eles conseguiram se esconder das únicas pessoas que queriam: Zero e Grandak; Os dois chefes da casa estavam parados diante de uma quitanda de repolhos, Grandark estava dizendo algo sobre uma das verduras se assemelhar ao seu penteado.


– Goldark, chegou a hora de ser útil.
– Eh?
– Concentre-se. E não grite.

Aproveitando a distração dos dois, Proto saiu de seu esconderijo, preparou o carrinho e então o jogou com tudo na direção do andarilho. No susto, Goldark acabou dando um berro assustado.

Os outros clientes corriam para fora do caminho do carrinho desgovernado, e mesmo com tanta confusão, Zero e Grandark demoraram a percebê-lo. Logo que viu o carrinho indo em sua direção, Zero automaticamente posicionou à sua frente o segurando pelos ombros (imitando a posição defensiva do esverdeado em modo espada). Quando deu por si, Grandark ja havia barrado o ataque iminente,

O carrinho atingiu Grandark como se tivesse colidido contra uma grande rocha; a frente ficou totalmente amassada e grande parte de seu conteúdo caiu para fora (o restante estourou pois eram latas de bebida gaseificada, encharcando o loirinho e sujando o chão. Ainda no carrinho, Goldark tinha espirais nos olhos e balbuciava coisas sem sentido.

– Mas o que... - Grandark seguiu a trajetória do carrinho com o olhar, encontrando parte do ruivo bem no fim do corredor. Ao ver que Grandark o percebera, Proto se escondeu totalmente. - Aquele pirralho...

Enquanto Grandark só encarava a direção onde Proto estava, Zero tratava de acudir o loirinho ainda atordoado. Assim que conseguiu tirá-lo do carrinho e colocá-lo de pé, o gerente do mercado apareceu.


– Com licença, senhores, mas vou ter que pedir que se retirem. Estão assustando os outros clientes e destruindo o estabelecimento. - O gerente se fazia de forte ao encarar o trio, mas por dentro estava morrendo de medo deles. Qualquer movimento brusco poderia fazê-lo gritar como uma garotinha.

Grandark bufou e revirou os olhos.


– E esse é o quinto mercado do qual somos expulsos. - Resmungou.
– E-er.. Só vamos pagar nossas compras e iremos embora - Disse Zero, cabisbaixo. - Goldark, quer levar alguma coisa?
– E-eu... - Ele olhou em volta, procurando os biscoitos que havia posto no carrinho enquanto estava com Proto, mas seu olhar acabou encontrando o do ruivo ao longe. Ele sabia que Grandark não deixaria Proto levar absolutamente nada, e se ele mesmo escolhesse algo, sofreria por isso depois. - Não preciso de nada... - Choramingou.

Finalmente dirigiram-se ao caixa. Por ser começo de mês, havia bastante fila, mas todas sumiram logo que o trio se aproximou de uma delas (Proto ainda mantinha uma boa distância do grupo). A moça do caixa faltava ter um ataque de pânico diante do andarilho e o esverdeado; Goldark era o mais normal do grupo e dera a volta do caixa para ensacar as compras.

Uma caixa de pratos, outra de copos, um jogo de panelas inox, produtos de higiene, alimentos e.


– F-f-forma de pagamento, senhor? - Não sabia pra quem olhar ao perguntar. Por Zero parecer menos assassino que Grandark, foi nele que a caixa se focou.
– Grandark...
– Cartão.
– Qual deles?
– Paga com o Cielo, tem desconto.

Pegou a carteira, o cartão e o entregou à caixa.


– Crédito ou débito?
– Grandark...
– Débito.
– Senha, por favor.
– Grandark...
– PUTA QUE PARIU, ZERO, É VOCÊ QUE SABE A SENHA.

Diante do grito, a caixa se encolheu temendo pela própria vida.


– Desculpe por isso, moça. - Disse o menor.

Zero digitou a senha na maquininha da Cielo. Errou a senha.


– Grandark...
– ... Fala.
– A senha está errada.
– ... Qual a senha que você escolheu quando fizemos o cartão?
– Você disse "digita qualquer coisa", então...

Grandark estava a ponto de explodir.

A pobre caixa não queria passar nem mais um minuto ali; registrou tudo como cortesia e se escondeu embaixo de sua esteira.


– Ah, já está pago. - Disse o andarilho ao olhar para o monitor.
– Se continuarmos a assustar as pessoas do mercado assim, logo logo só faremos compras pela internet...
– Ô cabeça de fósforo, vem carregar as compras.

Com toda a má vontade do mundo, Proto enfim voltou ao grupo, pegou todas as sacolas e saiu andando. Seu plano de acabar com Zero falhara novamente.


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, queridas, mas está postado!