O Dia a Dia da Família Zephyrum escrita por AnyBnight, Mikanmi


Capítulo 1
Capítulo 1 - No almoço de domingo


Notas iniciais do capítulo

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Na casa da família Zephyrum vivem quatro pessoas: o líder da família, Zero, seu companheiro, Grandark, o irmão mais velho porém mais baixo de Zero, Proto-Zero (conhecido só como Proto), e companheiro do Proto, Goldark.

Apesar de ruivo, Proto se parece com Zero quando "jovem", mas suas personalidades são bem diferentes: Proto é autoritário e arrogante, quando é obrigado a fazer coisas que não quer, faz de má vontade. Ele também está sempre atormentando o Goldark. Proto respeita muito Grandark, e deseja ser seu "espadachim" de qualquer forma.

Goldark, por sua vez, era para ser o primeiro "receptáculo" do poder de Grandark antes dele se tornar uma espada, mas era muito fraco e foi descartado. Tempos depois ele foi encontrado e consertado pelo Proto. Goldark, em sua forma humana, tem a mesma aparência de Grandark, mas é bem mais baixo e seus tons são em amarelo ao invés de verde. Na forma humana ele é um garoto frágil, covarde, que está sempre sendo assediado pelo Proto.

A hierarquia na casa Zephyrum é parecida com a de uma família comum, sendo Zero a mãe, Grandark o pai, e os demais seus filhos. Eles vivem numa casa comum de dois andares e 3 quartos - sendo que um deles mal é usado.

- Z-Zero-san, socorro! - chamava, da sala, o loirinho.

Zero estava na cozinha que ficava no cômodo ao lado da sala fazendo jantar. Vestia uma roupa casual e um avental comum branco com bolso e mesmo estando dentro de casa, continuava usando os óculos dourados.

- Grandark, por favor. - Zero pediu ao companheiro que estava sentado à mesa descasando vegetais enquanto o próprio cozinhava.

Grandark bufou, se levantou sem soltar a faca e foi ver a sala através da passagem entre os cômodos.

- Qual o problema dos pirralhos agora? - Perguntou sem muita vontade.

Proto segurava o loirinho pelos pulsos erguidos, tentando avançar sobre ele, atualmente de costas para Grandark. Ambos estavam no sofá, a tevê diante deles ligada em algum programa de variedades estúpidas.

Ouvindo a voz do esverdeado, o ruivo recuou.

- Só estava tentando fazer uma coisa que vi na tevê.

- Sem assédios antes do almoço. - Revirou os olhos - Entenderam, pirralhos. - Apontava a faca para os dois com o intuito de ameaçá-los.

Goldark tremeu e se encolheu em seu canto, abraçado à uma almofada qualquer. Revezava o olhar entre Grandark e Proto.

Proto só se jogou contra o encosto e cruzou os braços com uma expressão de contrariado; voltou a assistir tevê.

Grandak suspirou e voltou para a cozinha.

- Ainda precisa de ajuda? - Grandark perguntou à Zero, que secava as mãos no avental. Os legumes cortados já não estavam mais na mesa.

- Não, obrigado. - Zero respondeu em seu típico tom de timidez com a cabeça abaixada. Estava para por pratos na mesa, mas errou a superfície por pouco e os derrubou no chão, fazendo sujeira e barulho.

Na sala via-se Goldark preocupado com o barulho de repente e Proto revirando os olhos e resmungando "de novo".

- Ah, desculpe... - Disse Zero. O andarilho albino girou onde estava procurando pela vassoura. Ele estava bem encostada na parede bem atrás dele, mas não viu - Grandark, onde está a vassoura?

Grandark riu divertindo-se. Logo caminhou até Zero, aproximando-se até de mais. O andarilho recuou de costas até ser prensado entre o esverdeado e a pia, onde jogou a faca. Passou a segurá-lo pelo quadril e queixo, deixando o rosto corado do andarilho erguido.

- Sabe que você fica muito sexy de avental? - sussurrou sedutor. Logo tratou de remover os óculos embaçados de Zero mesmo este tendo reagido inutilmente. - E pare de usá-los enquanto cozinha, eram nossos últimos pratos.

- D-desculpe... - Ele quis abaixar a cabeça, mas Grandark não deixou. Manteve seu rosto levantado até beijá-lo de leve, enquanto o apalpava o traseiro. - H-hm... -Gemia timidamente.

- Ahem.

Do batente da passagem, Proto pigarreou chamando a atenção do casal love love. Imediatamente Zero deu um fraco empurrão no companheiro para se livrar de seu cerco.

- Estamos com fome.

Dava para ver o Goldark escondido atrás do ruivo; ele não gostava nada de espiar as intimidades dos dois, se sentia envergonhado quando via.

- O mano já quebrou os pratos de novo? - Disse o ruivo, agora avançando pela cozinha até se acomodar numa das 4 cadeiras da mesa. Goldark veio logo atrás e sentou-se também.

- Ele ainda tem essa mania de usar óculos de sol em casa. - Grandark mostrava os óculos presos entre seus dedos. Zero preferiu não dizer nada, só checava as panelas.

- Eu não me sinto confortável com o rosto tão exposto... - resmungou mexendo a concha numa panela grande.

Grandark não se incomodava em agarrar o andarilho na frente dos outros, então foi atrás dele de novo meio que numa encoxada - Goldark escondeu o rosto entre as mãos na hora - e lhe sussurrou:

- Verdade. Eu, às vezes, tenho ciúmes dos seus olhos.

- G-Gran...

- Nós temos os mesmos olhos. - Mais uma vez, Proto chamou a atenção com seu tom de voz arrogante. Agora estava de braços cruzados encarando Grandark fixamente com impaciência. - Os meus são até mais brilhantes, até.

Goldark assistia tudo por uma brecha entre os dedos, ainda quieto e encolhido em sua cadeira.

Grandark riu, soltou Zero e voltou a se encostar na pia ao lado do fogão.

- Teria que ter mais do que olhos brilhantes pra ser digno de mim, pirralho. - Respondeu retribuindo o olhar desafiador.

- Posso mostrar que tenho. - Levantava-se com as mãos apoiadas na mesa.

Grandark ameaçou um passo, mas Zero estendeu o braço diante dele para barrá-lo. Acabou recebendo o olhar de todos embora se focasse apenas no ruivo,

- Não importa o que você tenha, Proto, eu conquistei o direito de possuir Grandark (falava no sentido de um objeto - espada - e não percebeu o duplo sentido que a frase teve). Se ele o rejeitou, você deve focar seus esforços apenas no Goldark. - Disse firme.

Proto não retrucou, voltou a se sentar de braços cruzados e rosto virado; O loirinho tremeu quando ouviu seu nome no contexto da conversa. Grandark sorria, não era sempre que Zero se "declarava" para ele tão diretamente. Queria acreditar que o albino sentia ciúmes de alguma forma. Aproveitando a proximidade, levou o rosto ao ouvindo do andarilho.

- Boa, Zero. Mas, mais tarde, vamos ver quem possui quem. - Falou com malícia, e de novo o albino corou.

- Err... Com licença - Goldark enfim falou,baixo como sempre, levantando um pouco a mão.

-Sim? - Zero.

- Fumaça... - Apontou para o fogão.

- ... Ah!

Zero acabou se atrapalhando todo: iria desligar o fogo, mas os cacos de porcelana continuavam espalhados pelo chão; não sabia se dava atenção à bagunça ou ao fogo.

Grandark nem tentou ajudar, só ria da situação; Goldark quis ajudar, mas foi fuzilado pelo olhar reprovador de Proto então ficou quieto onde estava.

No fim, parte da comida queimou, estragando o fundo das panelas, e o que deu para ser aproveitado foi servido em potes de plástico.

Os almoços na casa Zephyrum era sempre aquela bagunça. E ficou decidido que no dia seguinte todos iriam ao supermercado comprar mais pratos e panelas.


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