Por te amar demais escrita por Matheus Roberto


Capítulo 4
Capítulo 4




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Xena separa três cordas e vai até a lateral da embarcação, amarrando suas pontas.

– Por que você está amarrando essas cordas aí? – pergunta Gabrielle.

– Você não quer tomar banho?

A garota demonstra espanto.

– Não entendi.

– Você já vai ver.

Xena passa a ponta da corda pela cintura de Gabrielle amarrando-a. Depois, ela amarra a própria cintura com outra corda.

– Tire as botas. – ela diz.

– Pra que? O que você pretende?

– Confie em mim.

Gabrielle tira as botas e Xena faz o mesmo. Virando-se para os homens da tripulação, ela chama-os, dizendo:

– Ouçam todos! A menos que algum de vocês queira perder um olho, não se aproximem deste lado do barco. – com um olhar fulminante ela completa – Entenderam?

Os homens se entreolham e obedecem.

– Ah, e preparem a tina com água na minha cabine, por favor. – ela completa, de modo gentil.

Xena sobe a lateral da embarcação e ajuda Gabrielle a subir. Depois ela joga uma terceira corda em direção ao mar.

– Nós vamos pular? – a garota pergunta assustada.

– Vamos sim. – Xena responde.

– Mas é muito alto. E definitivamente água salgada não serve para tomar banho. Minha pele vai ficar toda grudenta e salgada e...

– O que é melhor: ficar grudenta e salgada, porém limpa, ou você prefere ficar suja e fedida, como eles? – Xena aponta para os homens.

Gabrielle olha e fazendo cara de nojo, concorda.

– Tudo bem, tudo bem! Mas você mandou que eles preparassem a tina. Por que não tomamos banho lá?

– Gabrielle, vamos primeiro tirar esse sangue da gente. Depois a gente toma um banho decente, certo? Agora, feche os olhos e pule! – diz Xena, lançando-se às águas, sem dar nem tempo de ser questionada.

A guerreira dá um belo mergulho e volta à superfície.

– Você ainda está aí? Pula logo! – ela grita.

Gabrielle respira fundo, cria coragem e pula, gritando.

– Fecha a boca! – Xena grita.

A garota afunda nas águas. Xena pega a corda que a segura e puxa. Gabrielle volta à superfície cuspindo água e tossindo.

– Tudo bem? – pergunta a guerreira – Eu mandei você fechar a boca!

– Xena, (cof) não sei como você consegue essas coisas de mim (cof cof).

– Esqueceu que eu tenho muitas habilidades? – Xena sorri.

Gabrielle, ainda tossindo, diz:

– Sei... e como!

– Tire as roupas.

– Como é que é? – pergunta Gabrielle, recuperada do pequeno afogamento por causa do que acabara de ouvir.

– Gabrielle, faça o que eu digo. – insiste Xena.

Debaixo da água, Gabrielle começa a se despir, sob o olhar atento da guerreira.

Já despida e segurando as roupas na mão, a garota pergunta:

– E agora?

– Espere. – responde Xena, despindo-se também.

– Me dê aqui. – ela diz, pegando as roupas de Gabrielle.

Xena alcança a ponta da corda que ela lançou ao mar antes de pular e amarra as roupas nela.

– O que achou da idéia?

– Inovadora! – exclama Gabrielle, zombando.

Xena começa a fazer cócegas em Gabrielle.

– Xena, pare! – a garota implora em meio a risadas, mas a guerreira prossegue – Não! Hahaha!

Gabrielle começa a dar tapas em Xena, tentando fazer com que ela a solte. Xena segura seus braços e fita os olhos nos olhos da garota.

– Acho que deixamos algo por fazer... – diz Gabrielle maliciosamente.

Erguendo a sobrancelha e fitando aqueles olhos verde-azulados que estavam mais brilhantes do que nunca, Xena responde:

– Imaginei que você fosse dizer isso.

– Sou tão previsível assim? – quis saber a barda, um tanto indignada.

– Não, eu é que eu tenho muitas...

– Já sei, já sei. – interrompe Gabrielle, voltando a lançar um olhar sedutor para Xena e envolvendo os braços em seu pescoço – E que outras habilidades essa guerreira esconde, hein?

Xena sente o corpo de Gabrielle tocando o seu e sente enorme desejo, beijando-a calorosamente.

– Gabrielle, aqui não.

– Qual o problema, Xena? – pergunta a garota.

– Tive más experiências em água salgada. E já vai escurecer. É melhor subirmos.

Gabrielle se solta de Xena, que vai até suas roupas, desamarrando-as. Xena as joga sobre o ombro e vai esfregando peça por peça na água. Pouco depois, elas se vestem.

– Segure-se em mim. – diz Xena.

A garota a abraça, enlaçando as pernas em seu corpo. Segurando a corda que a amarra com ambas as mãos, Xena começa a escalar a embarcação com Gabrielle agarrada nela.

Chegando ao topo, elas se desamarram, pegam suas botas e se dirigem para dentro da cabine. Lá, a tina está preparada como a guerreira havia pedido.

– Agora sim tomaremos um banho decente! – exclama a barda.

– Ah, Gabrielle, vai dizer que tomar banho de mar não foi divertido? – pergunta Xena.

– Foi, mas... – Gabrielle suaviza a voz – Tenho a impressão de que ficou faltando algo.

– Gabrielle, Gabrielle...

Xena retira sua couraça e a pendura para secar. Ela se vira para Gabrielle e começa a deslizar as alças de sua roupa de couro delicadamente, lançando olhares que desestabilizavam a garota. Aos poucos, o corpo escultural da guerreira estava desnudo. Ela sorri maliciosamente e se vira para pendurar as demais peças. Gabrielle não consegue segurar o seu desejo e abraça Xena pela cintura, passando as mãos por suas coxas e abdômen, deixando-a em frenesi. As mãos de Gabrielle ficam mais afoitas e sobem pelo corpo de sua amada, mas Xena as retém, virando-se rapidamente. De frente para Gabrielle, ela aproxima seu corpo e se esfrega nela, que fecha os olhos e eleva a cabeça, em total estado de volúpia. A guerreira se afasta e começa a despir Gabrielle, que só consegue ficar admirando a mulher a sua frente. Xena retira o top da barda e leva o rosto até seu pescoço, descendo e roçando-o pelo corpo da garota até chegar a seu abdômen. Suas mãos sobem pelas pernas de Gabrielle entrando por debaixo de sua saia, fazendo-a dar um longo suspiro.

– Não me torture mais, Xena... – ela sussurra.

A guerreira levanta vagarosamente e beija Gabrielle nos lábios, enquanto abre seu cinto. A saia desenrola e cai, fazendo Gabrielle estremecer. Percebendo o que provocara, Xena se afasta e se dirige à tina. Rapidamente, a barda se desfaz da última peça e segue Xena. Elas entram na água e já começam a se beijar, enquanto suas mãos se exploram ardentemente.

– Xena! – alguém grita lá fora.

Elas não ouvem, completamente entretidas com o momento, quando o grito se repete ainda mais alto.

– Xena!!!

Ofegando, Gabrielle diz, enquanto Xena beija seu pescoço:

– Estão chamando, Xena... talvez seja importante...

– Esqueça eles! – balbucia Xena em meio a uma mordida e outra que ela dava no ombro da barda.

– XENA!!!!!!! – o grito se intensifica.

– Mas que droga! – Xena se irrita profundamente – O que é? – ela grita.

– XENA!!!!!!!! – o homem repete.

Rapidamente ela sai da tina e veste suas roupas. Gabrielle mergulha a cabeça para tentar apagar seu fogo. Do lado de fora, um dos homens aguarda Xena, que chega totalmente fora de si e escorrendo água pelo corpo. Ela bufa e ergue os dedos como se fosse golpear o pescoço dele.

– Mas o que é agora?

– Uma tempestade se aproxima. O que devemos fazer? – responde ele.

Xena cerra os dentes e diz:

– Poseidon!

Ela volta para dentro da cabine.

– Gabrielle, vista-se!

– O que houve? – pergunta a garota saindo da tina.

– Uma tempestade... e só pode ser coisa do Poseidon.

– Ele quer se vingar de nós por termos ajudado Ulysses. – conclui Gabrielle, pegando suas roupas e vestindo-as.

As duas saem da cabine e observam a agitação que se inicia no mar. O céu está escurecendo rapidamente.

Xena olha para Gabrielle e pergunta:

– Como está seu estomago?

– Controlado, mas... por que você está preocupada com isso agora?

– Porque a coisa vai ficar feia. – responde Xena olhando para o céu, que agora está carregado de pesadas nuvens.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso. Comente! Eu ficaria grato. ^.^
E se gostou dê joinha ;-)



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