Por te amar demais escrita por Matheus Roberto
Xena separa três cordas e vai até a lateral da embarcação, amarrando suas pontas.
– Por que você está amarrando essas cordas aí? – pergunta Gabrielle.
– Você não quer tomar banho?
A garota demonstra espanto.
– Não entendi.
– Você já vai ver.
Xena passa a ponta da corda pela cintura de Gabrielle amarrando-a. Depois, ela amarra a própria cintura com outra corda.
– Tire as botas. – ela diz.
– Pra que? O que você pretende?
– Confie em mim.
Gabrielle tira as botas e Xena faz o mesmo. Virando-se para os homens da tripulação, ela chama-os, dizendo:
– Ouçam todos! A menos que algum de vocês queira perder um olho, não se aproximem deste lado do barco. – com um olhar fulminante ela completa – Entenderam?
Os homens se entreolham e obedecem.
– Ah, e preparem a tina com água na minha cabine, por favor. – ela completa, de modo gentil.
Xena sobe a lateral da embarcação e ajuda Gabrielle a subir. Depois ela joga uma terceira corda em direção ao mar.
– Nós vamos pular? – a garota pergunta assustada.
– Vamos sim. – Xena responde.
– Mas é muito alto. E definitivamente água salgada não serve para tomar banho. Minha pele vai ficar toda grudenta e salgada e...
– O que é melhor: ficar grudenta e salgada, porém limpa, ou você prefere ficar suja e fedida, como eles? – Xena aponta para os homens.
Gabrielle olha e fazendo cara de nojo, concorda.
– Tudo bem, tudo bem! Mas você mandou que eles preparassem a tina. Por que não tomamos banho lá?
– Gabrielle, vamos primeiro tirar esse sangue da gente. Depois a gente toma um banho decente, certo? Agora, feche os olhos e pule! – diz Xena, lançando-se às águas, sem dar nem tempo de ser questionada.
A guerreira dá um belo mergulho e volta à superfície.
– Você ainda está aí? Pula logo! – ela grita.
Gabrielle respira fundo, cria coragem e pula, gritando.
– Fecha a boca! – Xena grita.
A garota afunda nas águas. Xena pega a corda que a segura e puxa. Gabrielle volta à superfície cuspindo água e tossindo.
– Tudo bem? – pergunta a guerreira – Eu mandei você fechar a boca!
– Xena, (cof) não sei como você consegue essas coisas de mim (cof cof).
– Esqueceu que eu tenho muitas habilidades? – Xena sorri.
Gabrielle, ainda tossindo, diz:
– Sei... e como!
– Tire as roupas.
– Como é que é? – pergunta Gabrielle, recuperada do pequeno afogamento por causa do que acabara de ouvir.
– Gabrielle, faça o que eu digo. – insiste Xena.
Debaixo da água, Gabrielle começa a se despir, sob o olhar atento da guerreira.
Já despida e segurando as roupas na mão, a garota pergunta:
– E agora?
– Espere. – responde Xena, despindo-se também.
– Me dê aqui. – ela diz, pegando as roupas de Gabrielle.
Xena alcança a ponta da corda que ela lançou ao mar antes de pular e amarra as roupas nela.
– O que achou da idéia?
– Inovadora! – exclama Gabrielle, zombando.
Xena começa a fazer cócegas em Gabrielle.
– Xena, pare! – a garota implora em meio a risadas, mas a guerreira prossegue – Não! Hahaha!
Gabrielle começa a dar tapas em Xena, tentando fazer com que ela a solte. Xena segura seus braços e fita os olhos nos olhos da garota.
– Acho que deixamos algo por fazer... – diz Gabrielle maliciosamente.
Erguendo a sobrancelha e fitando aqueles olhos verde-azulados que estavam mais brilhantes do que nunca, Xena responde:
– Imaginei que você fosse dizer isso.
– Sou tão previsível assim? – quis saber a barda, um tanto indignada.
– Não, eu é que eu tenho muitas...
– Já sei, já sei. – interrompe Gabrielle, voltando a lançar um olhar sedutor para Xena e envolvendo os braços em seu pescoço – E que outras habilidades essa guerreira esconde, hein?
Xena sente o corpo de Gabrielle tocando o seu e sente enorme desejo, beijando-a calorosamente.
– Gabrielle, aqui não.
– Qual o problema, Xena? – pergunta a garota.
– Tive más experiências em água salgada. E já vai escurecer. É melhor subirmos.
Gabrielle se solta de Xena, que vai até suas roupas, desamarrando-as. Xena as joga sobre o ombro e vai esfregando peça por peça na água. Pouco depois, elas se vestem.
– Segure-se em mim. – diz Xena.
A garota a abraça, enlaçando as pernas em seu corpo. Segurando a corda que a amarra com ambas as mãos, Xena começa a escalar a embarcação com Gabrielle agarrada nela.
Chegando ao topo, elas se desamarram, pegam suas botas e se dirigem para dentro da cabine. Lá, a tina está preparada como a guerreira havia pedido.
– Agora sim tomaremos um banho decente! – exclama a barda.
– Ah, Gabrielle, vai dizer que tomar banho de mar não foi divertido? – pergunta Xena.
– Foi, mas... – Gabrielle suaviza a voz – Tenho a impressão de que ficou faltando algo.
– Gabrielle, Gabrielle...
Xena retira sua couraça e a pendura para secar. Ela se vira para Gabrielle e começa a deslizar as alças de sua roupa de couro delicadamente, lançando olhares que desestabilizavam a garota. Aos poucos, o corpo escultural da guerreira estava desnudo. Ela sorri maliciosamente e se vira para pendurar as demais peças. Gabrielle não consegue segurar o seu desejo e abraça Xena pela cintura, passando as mãos por suas coxas e abdômen, deixando-a em frenesi. As mãos de Gabrielle ficam mais afoitas e sobem pelo corpo de sua amada, mas Xena as retém, virando-se rapidamente. De frente para Gabrielle, ela aproxima seu corpo e se esfrega nela, que fecha os olhos e eleva a cabeça, em total estado de volúpia. A guerreira se afasta e começa a despir Gabrielle, que só consegue ficar admirando a mulher a sua frente. Xena retira o top da barda e leva o rosto até seu pescoço, descendo e roçando-o pelo corpo da garota até chegar a seu abdômen. Suas mãos sobem pelas pernas de Gabrielle entrando por debaixo de sua saia, fazendo-a dar um longo suspiro.
– Não me torture mais, Xena... – ela sussurra.
A guerreira levanta vagarosamente e beija Gabrielle nos lábios, enquanto abre seu cinto. A saia desenrola e cai, fazendo Gabrielle estremecer. Percebendo o que provocara, Xena se afasta e se dirige à tina. Rapidamente, a barda se desfaz da última peça e segue Xena. Elas entram na água e já começam a se beijar, enquanto suas mãos se exploram ardentemente.
– Xena! – alguém grita lá fora.
Elas não ouvem, completamente entretidas com o momento, quando o grito se repete ainda mais alto.
– Xena!!!
Ofegando, Gabrielle diz, enquanto Xena beija seu pescoço:
– Estão chamando, Xena... talvez seja importante...
– Esqueça eles! – balbucia Xena em meio a uma mordida e outra que ela dava no ombro da barda.
– XENA!!!!!!! – o grito se intensifica.
– Mas que droga! – Xena se irrita profundamente – O que é? – ela grita.
– XENA!!!!!!!! – o homem repete.
Rapidamente ela sai da tina e veste suas roupas. Gabrielle mergulha a cabeça para tentar apagar seu fogo. Do lado de fora, um dos homens aguarda Xena, que chega totalmente fora de si e escorrendo água pelo corpo. Ela bufa e ergue os dedos como se fosse golpear o pescoço dele.
– Mas o que é agora?
– Uma tempestade se aproxima. O que devemos fazer? – responde ele.
Xena cerra os dentes e diz:
– Poseidon!
Ela volta para dentro da cabine.
– Gabrielle, vista-se!
– O que houve? – pergunta a garota saindo da tina.
– Uma tempestade... e só pode ser coisa do Poseidon.
– Ele quer se vingar de nós por termos ajudado Ulysses. – conclui Gabrielle, pegando suas roupas e vestindo-as.
As duas saem da cabine e observam a agitação que se inicia no mar. O céu está escurecendo rapidamente.
Xena olha para Gabrielle e pergunta:
– Como está seu estomago?
– Controlado, mas... por que você está preocupada com isso agora?
– Porque a coisa vai ficar feia. – responde Xena olhando para o céu, que agora está carregado de pesadas nuvens.
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