One Night escrita por Darkness Girl


Capítulo 3
Capítulo 2 - A verdade


Notas iniciais do capítulo

Segue mais um! Espero que gostem meninas!



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Faltavam quinze minutos para as oito horas quando eu terminei de me arrumar. Sinceramente minha produção não ficou do jeito que eu queria, afinal estava completamente desmotivada para me arrumar pra um canalha. Mesmo assim escolhi um vestido preto colado com um decote generoso, bem ao estilo que o Adrian gostava, meu longo cabelo que agora chegava quase a cintura foi preso em um rabo de cavalo bem no alto da cabeça e fiz uma maquiagem leve.

Antes eu pretendia sair para jantar com Adrian, agora acho que não suportaria ficar ao lado dele tanto tempo, então peguei um vinho qualquer que tinha em casa deixei na bancada da cozinha para servir ao Adrian e mais nada. Na realidade esperava que esse martírio acabasse logo.

Queria colocar um pedra em cima de tudo isso e seguir com minha vida, acho que isso não seria pedir muito. Estava mentalmente preparada para as desculpas de Adrian, ele com certeza tentaria me enrolar, dizer que não é nada do que eu estou pensando, entre outras desculpas esfarrapadas. Mas nada vai funcionar. Não dessa vez.

Ouço a campainha tocar. Adrian chegou. Ele é o único que o porteiro deixar subir sem avisar. Preciso me lembrar de dizer a ele que depois de hoje, Adrian não pode mais vir aqui, muito menos sem avisar.

Caminho até a porta, respiro fundo duas vezes e abro a porta. Vejo um Adrian todo arrumado, cheiroso e com um enorme buquê de rosas vermelhas na mão.

Ele sorri. Com certeza ele entendeu que hoje seria nossa grande noite, como realmente ia ser se eu não o tivesse pego no flagra. Coitado, ele nem imagina que os planos mudaram.

– Está linda, Rose! - Ele diz me oferecendo o buquê.

Dou um sorrisinho.O cachorro nem imagina o que o espera!

– Entre Adrian! Queria beber algo aqui antes de irmos jantar, tudo bem?

– Claro! O que você quiser!

Dou um sorriso malicioso, enquanto caminhamos até o sofá.

Ele se senta, á vontade como sempre. Assim é melhor, ser pego de surpresa pelos péssimos momentos que vai passar.

Antes de me sentar, vou até a cozinha buscar o vinho e as taças, já chego a sala com o vinho aberto e então sirvo doses generosas para nós dois, afinal vamos precisar. Começo um assunto com tom desinteressado.

– Como foi seu dia Adrian? - pergunto para ver o que ele me conta.

– Cansativo! Tanto trabalho, pra você ter idéia, nem tive tempo de almoçar.

Cachorro! Como ele ousa mentir assim descaradamente??? Quantas vezes ele deve ter mentido com essa cara de pau, e eu retardada acreditei! Antes tinha planejado enrolar ele um pouco mais, mas com essa resposta meu sangue subiu e não consegui fechar a boca a tempo de evitar o comentário a seguir.

– Serio? Acho que ví seu carro hoje no centro. Não! Estou mentindo! Eu tenho CERTEZA que vi seu carro hoje no centro.

Ele me analisa com cautela, mas com certeza ele pensa que vi apenas o carro mesmo e continua a mentir.

– Emprestei meu carro para o Robert fazer um serviço na rua, você deve ter visto meu carro quando ele estava usando… - respondeu casual.

Meu autocontrole foi para o espaço, não consegui controlar meu gênio explosivo quando olhei em seus olhos e retruquei:

– Não Adrian! Era vc mesmo! Eu te vi na porta de um restaurante, entrando no carro com uma ruiva, então creio que vc teve tempo de almoçar SIM!

Ele ficou vermelho, roxo, azul… pensei que ele ia enfartar e cair duro e preto na minha frente, mas ele se controlou, respirou fundo para recobrar a cor natural e disse.

– Rose! Foi um almoço de negócios com uma cliente! Quando digo que nem tive tempo de almoçar, falo sério, somente falamos de negócios, e saindo de lá fui direto para uma reunião. - Adrian trabalhava com o pai na empresa dele, e o pai estava ansioso para que Adrian assumisse os negócios da família para ele se aposentar.

Neste minuto meu sangue subiu e aos gritos respondi:

– Nossa Adrian, não sabia que vc era tão íntimo de sua cliente, presenciei os beijos entre vocês na porta do restaurante, e também os segui até a entrada do motel para onde vocês foram. A reunião deve ter sido realmente interessante.

Adrian ficou branco. Pálido como cera. Vi em seus olhos neste momento que ele agora tinha certeza de que havia sido pego e que não havia mais como mentir. Ele estava meio descontrolado. Mas então o vi apertando a taça de vinho na mão e pensei que ele fosse quebrá-la com a força que depositou nela, mas isso não aconteceu. Ele olha para teto por alguns segundos, com certeza em busca uma explicação convincente, mas neste momento mais nada vai conseguir mudar minha certeza.

– Rose, você entendeu tudo errado… - não deixei ele terminar.

– Errado? Errado? Como você tem a cara de pau de negar! Eu vi vocês se beijando, vi a intimidade com a qual vocês agiam, e o motel foi a confirmação de tudo! Ou você vai tentar me dizer que dentro do motel vocês apenas conversaram sobre negócios! Por favor! Não me ofenda achando que sou tão ingênua a ponto de acreditar nisso.

Vendo que não conseguia nada com a mentira, ele tenta uma abordagem diferente para tentar me enrolar.

– Eu tenho minhas necessidades, ok? - Ele diz num tom ríspido. - Você sempre disse que não estava pronta e eu sempre te respeitei. Nunca te forcei a nada. Mas isso não significa que eu não precisasse disso, entende?

– Ah! Quer dizer que agora a culpa é minha! Eu deveria atender suas necessidades sexuais para que isso não acontecesse, correto?

Ele na maior cara de pau, cruza os braços na frente do corpo e responde: - Sim!

Neste momento não vejo mais nada na minha frente. Somente sinto uma necessidade inconsolável de esmurrar esse cretino com todas as minhas forças, e então parto para cima dele batendo em seu peito com os punhos fechados. Demora pouco para que ele consiga me controlar, segura meus pulsos com força, e então me sacode com rispidamente para ganhar minha atenção e diz:

– Rose! Eu te amo! Ela não significa nada para mim, por favor!

As lágrimas molham todo o meu rosto, não consigo mais contê-las, soluço e choro incontrolávelmente por alguns minutos até que consigo me segurar, então olhos em seus olhos e respondo:

– Eu te odeio! Nunca vou te perdoar! Suma da minha casa, suma da minha vida! Nunca mais me procure ou ligue pra mim! A partir deste momento você morreu para mim, entendeu?

Ele ia tentar argumentar, mas fui o empurrando rumo a porta e ainda ameacei chamar o porteiro para me ajudar. Vendo que não poderia vencer, ele saiu e eu tranquei a porta atrás de mim. Chorei sentada junto a porta por algum tempo, nem sei ao certo quanto tempo foi. Quando consegui me controlar, me levantei e liguei para a portaria perguntando se Adrian já tinha saído. O porteiro me informa que sim, que ele havia passado por lá há vários minutos. Então, pedi para que ele nunca mais deixasse Adrian entrar sem autorização, e que quando ele pedisse para falar comigo eu não queria ser avisada que ele estava lá. O porteiro coitado, percebendo meu nervosismo me garantiu que ele nunca mais subiria ao meu apartamento e também não me incomodaria mais se dependesse dele. Agradeci o desliguei o interfone.

Surpreendentemente, eu me sentia sufocada. Eu precisava de ar. E mesmo com o rosto vermelho e inchado de tanto chorar, resolvi sair para dar uma volta no parque.


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Notas finais do capítulo

Bom meninas, é isso!
Agora não me lembro quem foi, mas na minha outra fic alguém me deu a dica de fazer parágrafos menores, pq os grandes ficavam cansativos! Dica anotada e posta em prática.
Desculpes os erros de português. Estou sem ninguém aqui pra me ajudar a revisar os capítulos e as vezes a gente não consegue enxergar os próprios erros, então devem ter alguns perdidos por ai!
Comentem plz! Estou motivada, mas, quanto maior a motivação, melhor!
Bjos



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