One Night escrita por Darkness Girl


Capítulo 2
Capítulo 1 - Onde o amor nos leva?


Notas iniciais do capítulo

Bom, meninas, ai vai o começo de verdade!
Espero que gostem!
Final de semana é complicado eu postar algo mas prometo que na segunda já posto novamente!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/441989/chapter/2

Saio pelas ruas sem destino, penso em ir pegar o metrô, mas depois reconsidero e pego meu carro, afinal não sei bem para onde vou e nem onde procurar, então o carro acaba sendo bem mais útil neste momento de indecisão.

Paro em algumas ruas comerciais, com várias lojas e muitas opções para todos os gostos, mas nada me agrada o suficiente, entro de loja em loja, olho as araras, mas nada me diz “me compre”, então sigo em minha busca. Posso parecer enjoada, mas quando eu disse que eu queria algo especial para esta noite, eu estava falando sério. E até agora tudo o que vejo é comum, incompatível com a ocasião em questão.

Minha busca leva horas, e mesmo as duas da tarde ainda não encontrei nada que me agradasse, perco o horário da minha aula de anatomia em prol da minha busca, mas não me importo pois estou me saindo muito bem nesta matéria e posso recuperar o conteúdo perdido com Lissa, minha amiga da faculdade. Nos conhecemos no começo do curso, mas já somos inseparáveis.

Acabo entrando a pé numa rua movimentada, cheia de lojas e restaurantes, as lojas aqui parecerem ser mais promissoras, então me animo e começo a olhar as vitrines ávida por algo diferente, entro em uma loja bem interessante que encontrei e acabo passando uns bons quinze minutos lá dentro, mas no final acabei não comprando nada, mesmo esta sendo a loja mais interessante até o momento, ainda me sinto com esperanças por algo incrível, de qualquer modo, se não encontrar nada, volto aqui e compro algo.

Viro uma esquina, já próxima ao lugar onde estacionei o carro, e distraída olhando a vitrine, e quase desmaio ao olhar pra frente e vê-lo. Adrian. Ele está saindo de um restaurante, abraçado a uma ruiva, ele sorri, beija os lábios dela, tento me esconder atrás do poste da rua para que ele não me veja. Ele então para na beira da calçada e enlaça a cintura dela que ri, e acaricia o rosto dele. Neste momento meu coração se parte como um copo de cristal, são tantos pequenos pedaços que eu nem sei se um dia vou conseguir juntá-los. Então vejo que o manobrista chega com o carro de Adrian. Eu preciso seguí-los, ver onde isso termina. Por sorte meu carro está estacionado a poucos metros de onde estou então entro em meu carro e começo a segui-los a distancia.

Ele anda devagar, tanto que os outros motoristas até buzinam e reclamam, mantenho a distância de uns três carros entre nós para não ser vista por ele. Mas mesmo a esta distancia consigo ver que ele acaricia o rosto da ruiva, ela sorri pra ele. Eles param num farol vermelho e eles se beijam. Meus olhos ardem, e neste momento não consigo mais segurar as lágrimas. Elas rolam por todo o meu rosto até caírem em meu avental branco que na pressa esqueci de tirar.

O farol se abre, eles seguem e logo Adrian dá seta para entrar a esquerda, e então os vejo entrar num motel. Bom, se eu ainda tinha alguma dúvida sobre o que estava acontecendo, acho que não tenho mais do que duvidar.

Fui traída. Nunca imaginei que Adrian fosse esse tipo de homem! Ele é galanteador e percebia que as vezes ele flertava com as mulheres, mas como ele fazia isso na minha frente, nunca me importei, sempre achei que ele fazia isso para me irritar, e para me deixar com ciúmes, então nunca dei importância.

Eu confiava plenamente nele. Nunca nem por um segundo imaginei que ele pudesse me trair. Agora eu me sentia péssima. Eu me perguntada se estava mais chateada e ferida pela traição em si, ou por eu ter sido tão burra! Meu Deus! Pensando melhor agora, como eu fui idiota! Ele viajava sozinho as vezes, mesmo na cidade dizia que estava muito ocupado e não poderíamos nos ver. Já ficamos uma semana inteira sem nos ver morando no mesmo bairro, a apenas duas ruas de distância um do outro. Ele tinha outra! Ou outras! Sempre teve. E eu, cega e apaixonada o achava incapaz de fazer algo ruim, algo que pudesse me magoar. Eu me odeio por ter sido tão cega.

Eu queria invadir aquele motel e fazer um escândalo, dizer que eu os vi, que sei de tudo. Mas só conseguiria sair ainda mais humilhada de tudo isso. O melhor que tenho a fazer é esperar por hoje a noite! Eu já tinha sido estúpida o suficiente em ligar pra ele dizendo que o esperava as oito horas para uma noite inesquecível. Bom… acho que o melhor que posso fazer agora é não quebrar minha prometa e dar a Adrian uma noite realmente inesquecível.

Tentei não ficar pensando no que eu vi e no que ia fazer, mas era impossível, acabei não indo a nenhuma aula da faculdade. Fui para meu apartamento, peguei meu pote de sorvete favorito na geladeira e me sentei no sofá tentando arrumar uma forma para aquela dor diminuir.

Eu me sentia como se alguém tivesse aberto um imenso buraco em meu peito e de lá arrancado meu coração. Adrian arrancou meu coração, sem dó nem piedade. Até agora não consigo deixar de me odiar por ter sido tão boba, tão ingênua. Que idiota que eu sou!

Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece… pois é! Acho que o meu primeiro amor vai ficar pra história realmente. Pelo menos aprendi que estar apaixonada é uma merda. O amor te cega, te deixa burra, te torna fraca.

Mas por incrível que pareça, minha confiança nas pessoas não diminuiu. Não penso em dizer que os homens são todos iguais, por que no final das contas o erro foi meu. A verdade estava na minha cara, eu me recusei a vê-la. Culpa minha! Não posso julgar todos como Adrian, pois minha mãe sempre disse que a confiança vem o tempo, quando você realmente conhece a pessoa que está ao seu lado, seja família, amigos ou amores. Essa regra vale para todos.

Eu coloquei Adrian em um pedestal. Nunca prestei atenção em quem ele era realmente. Não segui o conselho de mamãe. Eu o considerei especial desde o primeiro momento porque ele estava ao meu lado ajudando a acalentar meu coração ferido, isso me cegou e atrapalhou meu julgamento com certeza.

Imersa em pensamentos nem percebi que as horas passaram, quando me dei conta já eram sete horas. Faltava apenas uma hora para que Adrian chegasse, eu precisava me arrumar e pensar no que dizer, para presenteá-lo com minha surpresa. Garanto que minha descoberta vai deixá-lo bem surpreso mesmo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "One Night" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.