American Idiot escrita por Raquel C P


Capítulo 18
Capítulo 18 - Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Oioi... Como estão?
Boa leitura e até lá embaixo... (música do cap.: http://www.youtube.com/watch?v=_mROAfbm3is - tem o link no txto tb :D)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/441954/chapter/18

Thalia

– Sério... Eu não acho uma boa ideia faltarmos a tantas aulas assim. – Nico virou o rosto no travesseiro e me olhou com uma sobrancelha arqueada. – O que foi?

– Thalia, desde quando você se preocupa com as aulas?

Eu ri e me apoiei no cotovelo, aproximando-me.

– Só acho que em plena quarta-feira a tarde não devíamos estar faltando pela segunda vez na semana.

Nico olhou para a televisão desligada de meu quarto e pareceu ponderar, depois virou para mim novamente e flagrou o meu sorriso envergonhado por está-lo encarando. Ele sorriu em resposta e levou uma das mãos a minha bochecha, alisando com os dedos as mechas curtas pretas e azuis que caiam por ela.

– Não, acho que aqui esta mais do que perfeito. – Meu sorriso se alargou e eu me aproximei para encostar nossos lábios, porem, ele continuou. – Mas, se você prefere ficar trancada na sala de aula a ficar deitada nessa cama comigo te deixo livre a escolher. – Ele se levantou sobre os braços e rolou para cima de mim com certa dificuldade, encostando nossas testas. – Mas eu não garanto que vou deixar fácil essa decisão.

Eu ri ao sentir seu peso sobre mim e abracei suas costas, passando os dedos em sua coluna coberta pela camiseta preta.

– Você ainda não está em muitas condições.

Ele bufou.

– Pare de estragar o meu barato... – Ele resmungou roçando nossos narizes.

– Impaciente. – Eu murmurei com nossos lábios quase se tocando. – Quando você ficar bom de vez eu prometo que te darei carta branca para fazer o que quiser. – Arrepiei ao sentir sua respiração misturada a minha. – Até porque eu não vou resistir mesmo. – Eu sorri e ofeguei quando ele lambeu meus lábios. – Mas... – Falei com certa dificuldade e ele parou. – Só se você me prometer se controlar hoje.

Ele rosnou desencostando nossas testas e eu sorri.

– Você ainda vai me levar à loucura Grace.

Eu revirei os olhos e dei um beijo casto em seus lábios.

– É essa a intenção.

Nico olhou para o teto azul e resmungou algo inaudível na tentativa de se conter. Ele franziu a testa e voltou a deitar do meu lado.

– Sempre gostei mais do quarto na casa da sua mãe. – Ele continuava a encarar o teto, o qual tinha uma representação de um céu noturno repleto de estrelas e galáxias. – Ele é todo marcado pela sua personalidade.

Olhei ao redor, desde as paredes brancas cobertas por posters de banda ao chão encarpetado, quando a musica Like a Bird, Black Label Society, começou a tocar no radio, fazendo meus pés se mexerem no ritmo do violão da musica calma.

– É... acho que eu nunca tive a oportunidade de me prender ao quarto na casa de meu pai. – Olhei para seu perfil. – Nunca me permiti fazer algo do tipo.

Ele virou para me olhar.

– Eu entendo, acontecia a mesma coisa comigo antes de eu ser obrigado a viver com meu pai. – Seu olhar calmo foi substituído pela dor e institivamente eu olhei para o machucado coberto pela bandagem em sua testa, mesmo sabendo que a causa da dor era outra no momento.

Virei deitando de lado e ele fez o mesmo pegando minha mão.

– Acho que eu nunca te contei, mas há uns três anos, eu perdi uma amiga em um acidente, assim como sua irmã. – Nico apertou mais forte minha mão e eu cheguei mais perto. – Ela se chamava Zoe e era uma garota incrível. – Eu sorri ao lembrar de seu nome e Nico levantou os olhos para mim. – Eu fiquei bem triste sabe? Sentia saudades da minha amiga e de certa forma eu me preocupava com ela, pensando em como seria o outro lado. – Eu sussurrava. – Mas então, minha mãe me falou que quando alguém deixa esse mundo, o amor que ela tem por nós continua aqui, firme e forte, e que sua alma sobe até os céus e se torna uma estrela. – Eu apontei para o teto de meu quarto e Nico seguiu com os olhos o caminho de minha mão, até encarar comigo o meu céu particular. – Essas pessoas nunca nos deixam, assim como o seu amor por nós. – Voltei a olhar para ele e Nico encarou meus olhos. Coloquei minha mão em seu peito. – Assim como a minha amiga, sua mãe e sua irmã vivem agora entre as estrelas e continuam conosco. Seus amores continuam em nossos corações e é por isso que devemos nos manter fortes e seguir em frente.

Nico colocou sua mão livre sobre a minha em seu peito e fechou os olhos.

– Elas nunca me abandonaram não é? – Eu balancei a cabeça, mesmo sabendo que ele não me via. – Eu só... sinto tanta saudade as vezes. – Ele franziu a testa novamente e abriu os olhos, encarando profundamente minhas íris azuis.

Nico se aproximou de mim e nossas mãos, as enlaçadas e as sobre seu peito, ficaram prensadas sobre nossos corpos. Ele levantou a cabeça e levemente beijou minha testa.

– Obrigado por ser a minha luz nesse abismo escuro.

Eu fechei os olhos.

– E obrigada por ser o meu refugio nesse mundo horrível.

Senti seu riso sobre a minha pele e eu sorri também, sentindo em seguida seus lábios quentes sobre os meus.

– Tenho uma coisa para você. – Abri os olhos quando ele soltou nossas mãos dadas e o vi tirar algo do bolso de trás. – Era para eu lhe dar quando fizemos dois meses, mas acabou não dando e tal... – Eu sorri e deixei que ele continuasse. – Então estou te dando agora... espero que goste.

Peguei a corrente preta e deixei que ela escorresse pelos meus dedos enquanto admirava o pingente preto em forma de raio, vazado no meio e feito de aço preto. Eu sorri institivamente ao ver tamanha arte e pude sentir meu coração bater tão forte em meu peito que achei que iria desmaiar. Levantei meus olhos para os de Nico e pude ver a ansiedade neles.

– É lindo Nico. – Minha voz saiu fraca em um suspiro.

– Assim como você... – Ele sussurrou e subiu em mim novamente, me beijando fervorosamente enquanto eu passava meus dedos em seu cabelo, deixando minha outra mão em punho, a qual segurava fortemente o meu novo colar, apoiada em suas costas.

Quando desci minha mão livre pelas suas costas, em direção à bainha da camiseta de Nico, ouvi uma porta batendo e o meu nome ecoando por toda a casa. Arregalei os olhos e separei nossas bocas, rolando na cama com Nico e aterrissando no chão com ele sob mim.

Senti pena ao ouvir seu resmungo de dor, mas assim que ouvi a porta de meu quarto sendo aberta, arrastei-me pelo chão puxando Nico comigo para baixo da cama, com ele ainda gemendo, me forçando a colocar minha mão sobre sua boca.

Vi os saltos pretos de minha mãe andando pelo quarto.

– Essa menina tem que começar a aprender a desligar os eletrônicos. – Ela resmungou enquanto desligava o meu radio, interrompendo o Black Label. – E eu não entendo o porquê dessa musica tão alta, parece que é surda... – Ela murmurava enquanto saia do quarto e fechava a porta atrás de si enquanto eu me segurava para não rir.

Olhei para Nico e tirei minha mão de sua boca.

– Olha, eu posso até estar bem curado para o sexo. – Ele sussurrava tentando conter uma risada. – Mas isso de cair na cama eu ainda não aguento não. – Ele fez uma carinha de dor e colocou a mão sobre o próprio tórax.

Eu sorri e me aproximei.

– Desculpe, foi o desespero. – Ele assentiu sorrindo e eu continuei a sussurrar enquanto colocava a mão na gola de sua camiseta e a puxava para baixo, revelando pouca parte de seu corpo definido. – Mas eu posso te recompensar... – Cheguei perto de sua orelha e mordi seu lóbulo, ouvindo-o suspirar. – De varias formas.

Como resposta, Nico passou a mão pelas minhas costas e apertou minha bunda, roubando de mim um gemido sufocado pelo seu ombro.

– Sexo embaixo da cama... – Ele sussurrou enquanto sua mão acariciava a parte interna das minhas coxas, ainda cobertas pelo jeans. – Isso sim é novidade...

Eu sorri e me aconcheguei mais nele, deixando que sua mão explorasse todas as minhas intimidades por dentro de todas as minhas peças de roupas. Ele puxou o colar de minha mão e o colocou em mim, acariciando em seguida minha clavícula com os dedões, enquanto admirava o contraste do pingente preto com minha pele branca.

– Então vamos começar logo com essa novidade. – Eu ri baixo e ele sorriu, me fazendo em seguida derreter sobre todos os seus toques e gestos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Comentem por favor haha
Beijos de luz e até o proximo :3