Ouça-me escrita por Matheus Vieira


Capítulo 6
Capitulo 6




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Eu tentei, por Deus, eu tentei de tudo para fazer kris sorrir, mas não dava nem eu estava no humor de rir, apesar de tudo eu o via cabisbaixo, como se o inverno tivesse chegado e nem percebemos, aquele frio que tira toda alegria que costumava estar ali.

A estrada parecia não ter fim, curvas, pistas longas, maioria das vezes sozinhos na pista. Vi passar por nós uma picape 4x4 preta, o motorista era gordo, mas estava acompanhado por uma linda mulher, atrás da picape havia uma motocicleta daquelas de campeonato, deviam estar de ferias, no restante a pista era solitária e nós forçava a pensar e refletir sobre tudo. Liguei o radio do carro numa estação qualquer, a musica era suave uma batida que grudou, a letra parecia ter sido escrita naquele momento por alguém que estava nos vigiando de longe, cada frase descrevia os sentimentos, sensação, mas uma frase em si ficou na mente mesmo depois da musica ter terminado, “Não há dor que não tenha fim".

– kris? - falei ao perceber que não o ouvia já fazia muito tempo

– Oi ka, - sua voz suava como veludo preto de pura tristeza

– Quer dar uma parada, respirar, sair do carro um pouco?

– Pode ser- sua frieza na voz me deixou assustada

Parei o carro logo em seguida, descemos do carro ele foi na beira da pista urinar enquanto eu me espreguiçava, a musica no carro estava um pouco mais animada estilo musica de balada, lembrei que nunca tinha ido a uma abaixei o volume e dei a volta no carro.

– Kris você já foi a alguma boate?

–Eu... ham.... - suspirou - fui uma vez ano retrasado, mas no dia não estava muito bem, mas a musica era boa.

– Agora fiquei com vontade de ir, sei lá, fazer aquela lista de " O que fazer antes de morrer"

Vi aquele sorriso bobo no canto da boca o que me fez rir, e fiz algo que não foi intencional foi momentâneo, ele vinha do canto da pista eu fui a sua direção e não sei o que me deu, mas o beijei.

Naquele momento senti fogos de artifício na barriga, a mão suave dele veio de encontro ao meu corpo e foi como se fossemos um só, ele me encostou no carro, passou a mão pelo meu pescoço e o chão se abriu e era como se ele fosse a única coisa que me mantinha na terra, seus lábios eram finos e delicados me levava ao céu a cada toque, foi quando ouvimos um toque, era um toque de celular, mas eu tinha perdido o meu e acho que Kris não tinha, nunca o vi usando-o.

Kris entrou no carro caçou o celular, por fim estava no porta luva, ele reconheceu na hora, era o celular do seu pai, era bem simples, preta de flip, ele abriu o celular e atendeu:

– Alo!

– Henri?

– Não, Kris. Quem ta falando? - a voz de Kris estava ríspida como nunca

– Kris passe para seu pai, precisamos falar com ele, é urgente.

– Não tem como - achei que kris iria desmoronar nessa hora, não era facil passar pelo que ele passou - bem.....meu pai foi levado.

Houve então um silencio ensurdecedor que provavelmente durou segundos, mas pareceram anos.

– Quem esta com você?

– Só eu e a Karen!

– Bem, não espero que Kalida esteja bem mas vocês nos conta tudo quando chegarem, vou passar o novo endereço por SMS e venham o mas rápido possível.

Entramos no carro e seguimos à alto estrada, o SMS não demorou a chegar, mas não reconheci o endereço nem a cidade, mas Kris disse que já havia passado um tempo lá com seu pai, então paramos, trocamos de lugar e ele dirigiu ate o destino, não foram nossos melhores momentos mas o clima ruim parecia ter sido deixado de lado, ele de vez em quando dava um sorriso solto, se fosse o mesmo motivo que os meus, era do beijo, sei que vou sonhar muito com ele.

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