Ouça-me escrita por Matheus Vieira


Capítulo 1
Capitulo 1




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Sua vida é normal? Tenho inveja de você. Minha vida sempre foi mudar e mudar e mais mudar, nunca ficamos paradas em uma mesma cidade desde do dia em que nasci, no máximo ficamos seis meses, mas tudo tem seu lado bom, conheci quase todo o pais, vi paisagens linda que nunca imaginei que existiam, fiz vários amigos, em todos os cantos, e o melhor, minha mãe bancava tudo que queria, esse tinha sido nosso acordo, nos nunca ficaríamos mais de seis meses em um lugar, e ela me dava tudo que queria.

Minha mãe é corretora de imóveis, mas de um tipo diferente, a empresa pra qual ela trabalha fica espalhada pelo pais e por forças que não quais, ela vende por todo o pais, não tem um ponto fixo, o lado bom disso é que não tem um mês se quer que ela não feche um negocio,bem é o que parece acontecer, porque todo mês ela esta cheia de dinheiro, o que é bom porque todo mês preciso de roupa e acessórios novos. Minha mãe é o tipo de pessoa ao qual você senta e conversa a tarde todo sobre assuntos aleatórios e nem percebeu que a hora passou, a voz dela é calma, passa confiança e tranquilidade, seu rosto e jovem apesar de já ter 38 anos minha velha ainda aparenta ter 25, seus cabelos negros como carvão davam um ar de serenidade a sua pele quase morena, mas seus olhos azuis são o que mais me chama atenção, são de um azul vivo, um azul forte, marcante, sempre me pegava admirando seu olhos, o que ela não gostava muito já que sempre perguntava onde conseguia um desses.

O lado bom de ter uma mãe jovem é poder trocar experiências, mas no caso da minha era trocar sermões, toda vez que puxava um assunto ela vinha com aquele mesmo sermão de sempre:

– Filha lembra-se do nosso acordo, me diga qual é!

– Nunca ficamos em um lugar por mais de seis meses, por tanto, não nos aproximamos totalmente das pessoas onde estamos nunca dizer as pessoas onde moramos, - ela não queria ser chateado em casa, pelos compradores alheios-!

– Eu sei do nosso acordo, mas é que algumas coisas, nos não podemos deixar passar, mãe.

– Filha, já conversamos sobre isso, e você sabe quais são minhas ordens.

– Mas mãe....

– Filha sem mais - ela dizia isso da forma mais grossa que tentava parecer, mas sua voz tranquila não a deixava com aquele ar de raiva, o que sempre era bom.

Minha vida tinha sempre a mesma rotina, não importa a cidade em que estamos, era sempre a mesma, acordar de manha, tomar café, ir para escola, voltar, ficar no quarto lendo - o que era minha parte favorita - mas nessa manha eu resolvi fazer diferente, era meu aniversario de 1.8, queria fazer algo diferente.

Quando levantei, me olhei no espelho, vi aquele cabelo loiro, cair sobre meu ombro e foi logo a primeira coisa que quis mudar, desse as escadas, corri ate a conveniência mais perto para comprar uma tinta, não sabia que cor, só queria pintar, peguei a primeira que vi, era um vermelho vinho, quando cheguei em casa, subi ao banheiro, e meti a tinta no cabelo, enquanto a tinha estava na cabelo, pintei as unhas - algo que realmente quase nunca fazia - fiquei pronta em uma hora, me olhei de novo no espelho, e não é querendo me achar, mas eu estou bonita hoje, meu cabelo tinha ficado no tom certo, minha pele é branca e o cabelo vermelho me deu um ar mais suave, posso dizer assim, meu olhos são castanhos claros, diferentes dos da minha mãe, o que sempre me lembrava do meu pai, na verdade eu nunca o conheci, minha mãe diz que ele nos abandonou quando eu tinha dois anos, seu dizer o porque, simplesmente saiu a noite e nunca mas voltou.

Quando olhei no relógio eram 8:00 horas estava atrasada para escola, gritei minha mãe - quase sempre faço isso, LOL-

– Mãe!

– Oi filha?

– Me leva para escola estou atrasada!

– Filha, achei que por ser seu aniversario você não iria a escola hoje!

– Não estava afim, mas agora me deu vontade, - falei isso com um sorriso, que era para convencê-la de que estava, pela primeira vez, animada a ir para escola.

– Okay, você já esta pronta, filha?

– Estou mãe, então me espere na garagem vou só pegar as chaves.

Toda vez que minha mãe dizia okay, eu me lembrava de um livro que li mês passado, e isso é comum, sempre me lembro de algumas historias durante algum acontecimento em minha vida, como por exemplo: no dia em que visitei o Empire State deu vontade de subir ao 600º andar, quando abri o velho guarda roupa da minha mãe me deu vontade me esconder lá dentro, acho que minha mente esta ficando louca de tantos livros que já li.

Minha escola ficava do lado oeste do parque central, mas prefiro chama-lo de Central Park, fica mais bonito, LOL, então de vez em quando passo por ele para pegar o ônibus para casa, o park me trazia mais paz, gosto de sentar embaixo das árvores e ler, de todas as cidades que já moramos essa agora é a melhor.

Na escola foi como um dia normal de aula, as pessoas me encaram como o de sempre, mas hoje era um olhar mais admirador do que julgador, acho que foi porque pintei meu cabelo.

Minha primeira aula era de português, aula dupla, um saco, sentei como sempre na quarta cadeira da penúltima fileira, onde podia ver todos da sala sem ser muito notada.

Não tinha vinte minutos de aula quando o diretor bateu na porta, geralmente quando o diretor bate na porta e pede para entrar, o assunto não é bom e se resume a mim,

– Professora eu posso interromper sua aula um pouquinho? - sua voz era uma voz já velha assim como seu corpo, ele era um velho de sei lá uns 55 anos, usava um terno cinza e um sapato marrom o que não combinava muito, sua gravata era azul marinho - minha cor favorita.

– Pode sim diretor - sempre torci para ela dizer não.

– Bom dia alunos, hoje não é nada de mais - sempre tive medo dessa frase, ainda mais vindo de um diretor - vim trazer o novo colega de classe de vocês - quando ele falou isso, meu corpo relaxou, eu já estava pronta para dizer que não tinha sido eu- o nome dele é Christopher, ele vai terminar o ano com vocês, e é filho de um amigo meu então peço que o tratem bem.

A medida que ele ia entrando nossos olhos se cruzaram, foi como um imã puxando sua outra metade - bem clichê né, mas foi o que aconteceu - ele estava vestindo uma blusa simples, azul marinho, e uma calça jeans, o que realçava sua pele branca e seus cabelos negro, - nessa hora eu devia estar com a boca aberta porque ele deu uma risada no canto da boca, o que o deixou mais sexy - mas apesar de tudo, seus olhos eram de um azul vivo, um azul forte, iguais os da minha mãe, o que me deixou mais curiosa de conhecê-lo.

Quando as aulas acabaram, vi o Kris - sim eu já tinha lhe dado um apelido carinhoso - saindo pelo portão principal e pegar o mesmo caminho que sempre ia, o do parque, corri em direção a ele, e pedi que me esperasse.

– Christopher né? Posso chamar de Kris? -perguntei logo de cara.

– Pode sim, rsrs, - ele respondeu com um charme no sorriso que me fez ir a loucuras, eu nunca pensei que estar no ensino médio seria tão bom.

– E o seu qual é? - Perguntou ele carinhosamente.

– Karen - falei tão rápido que tenho quase certeza que ele levou um susto.

– Você chegou à cidade agora? Ou só se transferiu de colégio?

– Sim digo, cheguei na cidade na semana passada, mas ate terminar de ajudar meu pai a fazer a mudança, eu só conseguir me matricular hoje.

Conversamos sobre muitas coisas ate chegarmos na parada de ônibus, mas minha vontade era de continuar ali conversando com ele, mas minha mãe me esperava em casa para almoçar, ela fazia questão de almoçarmos juntas.

Quando cheguei em casa dei logo um grito:

– Mãe!

– To na cozinha - respondeu ela.

– Hoje minha aula foi a melhor aula do ano

– O que foi de tão especial que aconteceu? - perguntou ela com um ar de curiosa

– Conheci um menino, ele é novo na escola, e caiu na minha sala, mãe ele é lindo, perfeito, é tudodebom.com

– Filha você sabe qual é o nosso trato!

– Eu lembro mãe, mas é que ele é perfeito, e tem seus olhos - quando falei isso ela demonstrou um pouco de surpresa, não deu pra esconder.

– E qual o nome dele? - perguntou ela

– Christopher, e mora duas quadras daqui.

– Filha, hoje a tarde vou da uma saidinha, queria que você ficasse em casa pode ser?

– Mas mãe ti disse que ia ler no parque hoje.

– Filha, estou ti pedindo, pode?

– Ta bom, mãe.

E mais uma vez eu ia ficar em casa lendo no meu quarto, mas não ia ser tão ruim assim, estou terminando uma saga perfeita, onde existem vários distritos e um estilo de jogo onde os tributos tem que lutar ate a morte, a historia é perfeita.


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