-Então, você está com fome? – ele perguntou-me, me ‘despertando’.

        -Confesso que eu estou sim com fome. – falei dando um leve sorriso.

        -Eu também estou. – ele fez uma pausa e sorriu, depois ele continuou –Bom, espero que goste da comida. –ele falou sorrindo, com aquela boca perfeita que só ele tem.

        Eu apenas conseguia sorrir e parecer um tomate, de tanto corar, na frente dele. Eu chego a me sentir boba perto dele, mas ao mesmo tempo, sinto meu coração bater pelo menos mil vezes mais rápido e uma sensação maravilhosa. E o mais estranho nisso tudo, é que eu NUNCA tinha sentido isso, NUNCA! O que será que todos esses sentimentos significam?

        -Vamos jantar Bella? – perguntou ele, tirando-me dos meus devaneios.

        -Claro! – falei.

        -Por favor, senhorita. – falou ele puxando uma cadeira para eu me sentar.

        -Obrigada Ed! – agradeci assim que sentei.

        -Garçom, pode nos servir, por favor? – pediu ele educadamente.

        -Sim, senhor Edward. – falou o garçom.

        Assim que o garçom serviu o prato, eu dei a primeira garfada e saboreei a lasanha, e falei:

        -Huum, essa lasanha está muito boa mesmo! Está uma delícia!

        -Que bom que você gostou! – ele falou e sorriu.

        Então eu sorri também, que era a única coisa que eu conseguia fazer quando estava perto dele.

        Depois de jantarmos, o garçom serviu a sobremesa e eu falei:

        -Nossa!

        -O que foi? – perguntou ele com um tom de preocupação em sua voz.

        -É que bolo com sorvete é a minha sobremesa preferida. – falei e sorri timidamente.

        -Nossa! Sério? – balancei minha cabeça positivamente e ele continuou: - É a minha preferida também. Aí está algo que temos em comum. – ele falou com seu sorriso lindo.

        Depois que terminamos com a sobremesa, ele se levantou da mesa e colocou uma música lenta para tocar. Depois ele veio até mim e me convidou para dançar com ele, e eu, corando como sempre, falei que não sabia dançar, então ele disse:

        -Bella, não tem problema, dançar é uma coisa muito simples e como eu sei que você é uma pessoa esperta você vai aprender rapidinho. Vem comigo.

        Peguei sua mão, fomos até o centro da sala e ele começou a me conduzir, e eu fui pegando o ritmo então percebi que dançar é realmente uma coisa muito simples.

       -Viu só como é simples? Você está dançando! – falou ele, sorrindo radiantemente.

        -É, você tem razão. Dançar é muito simples! – falei com entusiasmo e olhando nos seus olhos. Eu não tinha percebido antes, mas agora eu reparei que ele tem olhos claros e muito bonitos. Eu não conseguia parar de olhar nos olhos dele, ele tem um olhar muito intenso e agora eu estava começando a me sentir tonta, porque havia me esquecido de como respirar. Mas eu acabei de me lembrar, então pisquei várias vazes para não me esquecer da realidade.

        -Está tudo bem Bella? – perguntou Ed, meio preocupado.

        -Está sim. – falei e sorri.

        -Então, conte-me mais um pouco sobre sua vida.

        Agora fui pega desprevenida, mas eu consegui responder à pergunta dele.

        -Bom, desde que eu nasci morei em Phoenix com os meus pais, mas depois que perdi minha mãe, meu pai decidiu que iríamos nos mudar. Então nós procuramos uma cidade que fosse diferente de Phoenix, e achamos Forks, que é totalmente diferente. Esse ano vai completar quatro anos que no mudamos pra cá. – falei e sorri.

        -Lamento pela sua mãe. – falou ele.

        -Tudo bem. - sorri -Bom, agora é a sua vez de contar sua história. – falei.

        -Bem, tudo começou com uma viajem que meus irmãos, Jasper e Emmett, vieram fazer na férias, passaram quase um mês aqui. Quando voltaram para casa, voltaram praticamente outras pessoas, voltaram muito diferentes, mudaram muito e pra melhor. No dia em que eles voltaram, passamos a noite acordados porque eles estavam me contando sobre a viajem, e eu só fiquei imaginando como era Forks. Tudo que eles me contaram foi o suficiente para despertar minha curiosidade e querer vir visitar Forks, então consegui convencer meus pais e passamos três semanas aqui. Foi tempo o suficiente também de querer morar aqui, e depois de muita insistência de mim e de meus irmãos, conseguimos convencer nossos pais de nos mudarmos pra cá. Desde então que estamos morando aqui. – depois que ele acabou de contar-me sua história, ele sorriu e eu o acompanhei.

        -Mas quando foi que tudo isso aconteceu? – perguntei curiosa.

        -Ano passado. – respondeu ele com perfeita educação.

        Continuamos dançando, em uma sintonia perfeita. Ele era um ótimo dançarino, ele dança com uma leveza incrível, eu estava me sentindo como se estivesse flutuando agora.

        -Então... – ele falou, sem graça e depois continuou: - Posso te fazer uma pergunta? – perguntou ele, com firmeza, mas com insegurança também.

        -Pode sim. – respondi com o sorriso mais simpático que eu consegui fazer.

        -Er... Você tem namorado? – perguntou ele, totalmente sem graça e corando muito.

        Eu não me segurei, e acabei dando uma risadinha pelo jeito sem graça dele.

        -O que foi? Tem algo no meu rosto? – ele perguntou, com a preocupação estampada em seu rosto perfeito.

        -Não, não tem nada no seu rosto. Eu só achei engraçado o seu jeito quando você me perguntou se eu tenho namorado. – respondi tentando ser educada.

        -Ah! – ele exclamou sem graça novamente e fitando o chão, depois ele falou: - Então, ainda não respondeu minha pergunta.

        -Ah, é verdade. Não, eu não tenho namorado. – falei olhando nos olhos dele.

        Ele sorriu calorosamente.

        -Mas e você, tem namorada? – perguntei, um pouco sem graça também e corando como sempre.

        Ele deve ter notado meu jeito sem graça, porque ele também deu uma risadinha, mas eu apenas fiquei aguardando a resposta dele.

        -Não, também não tenho namorada. – respondeu ele por fim.

        Agora nós apenas nos olhávamos nos olhos um do outro. E eu comecei a sentir que tudo em volta estava sumindo, se apagando aos poucos. Agora eu só estava conseguindo enxergar ‘ele’ e nada mais. E então, ele começou a se aproximar de mim até que eu senti seu hálito quente em meus lábios. Eu só conseguia ficar estática, paralisada, e olhar bem fundo nos olhos dele. Até que nossas bocas se tocaram, então eu abri minha boca devagar e apenas senti o hálito quente dele entrar em minha boca. Nossa! Eu esperei tanto por esse momento, por esse beijo! Era um beijo intenso, mas muito doce também. Senti meu coração disparar agora. Eu já estava quase sem ar agora, não estava conseguindo respirar, então tivemos que nos soltar.

        Eu estava ofegante e pude perceber que ele estava também. E tenho certeza que eu estava corando muito agora. Apenas sorri quando olhei para ele, e ele me acompanhou. Agi por impulso e pulei nos braços dele, então ele me levantou do chão e começou a me girar no ar, senti uma ótima sensação! Depois ele me colocou no chão e nos olhamos novamente e começamos a sorrir ao mesmo tempo.

        Que droga! Acabei de me lembrar de Charlie. Fiz uma careta emburrada que ele logo percebeu então ele perguntou, preocupado:

        -O que foi Bella?

       -É que eu acabei de me lembrar de Charlie, ele vai me matar! – falei desesperada.

        -Antes de mais nada, tenta se acalmar. E se você quiser eu te levo pra sua casa agora mesmo. – ele falou num tom tranquilizador. O Edward sempre me ajudando, acho que ele é meu anjo da guarda em carne e osso.

        -Bom, eu vou aceitar sua carona sim, nem sei como te agradecer Ed. Você é um anjo! – falei sorrindo o máximo que pude.

        -Obrigado pelo elogio! É melhor a gente indo antes que aconteça uma tragédia. – ele falou, sorrindo.

        Peguei minhas coisas e saímos porta afora. Como já estava tarde e eu tinha acordado cedo, acabei pegando no sono e adormeci.

        Comecei a acordar devagar, pois estava sentindo alguém fazendo carinho no meu rosto. Assim que já estava totalmente consciente, deduzi que estava no carro de Edward em frente à minha casa e que quem estava fazendo carinho em mim era o Edward, que estava me fitando e sorrindo. Então eu o olhei também e sorri.

        -Há quanto tempo estamos parados em frente à minha casa? – perguntei.

        -Há quase acho que uns dez minutos, não sei exatamente... – ele respondeu com uma expressão pensativa e um tom de dúvida em sua voz, depois sorriu e ficou me olhando fixamente.

        -O que foi? – perguntei por fim e muito sem graça.

        -Só estava admirando sua beleza, que pra mim é fascinante. – respondeu ele totalmente radiante.

        Então abaixei a cabeça, e comecei a fitar minhas mãos que estavam um pouco suadas, acho que é por causa do nervosismo.

        -Bella, você está bem? – perguntou ele com uma cara preocupada.

        -Estou sim. – respondi tentando dar o meu melhor sorriso, depois continuei: - Ed, acho que é melhor eu entrar porque já está bem tarde.

        -Ah, está bem. – assim que ele acabou de falar ele desceu do carro, e veio abrir a porta pra mim como um perfeito cavalheiro. – Por favor, senhorita dê-me tua mão. – pediu ele com sua educação perfeita. Então peguei sua mão e desci do carro.

        -Bom, então... – foi tudo o que eu consegui falar, porque ele estava me fitando de novo e eu estava sem graça.

        -Hum, Bella posso te pedir só mais uma coisa antes de você entrar? – perguntou ele com um brilho nos seus olhos.

        -Pode sim. – respondi.

        -Me dá mais um beijo? – ele pediu com o seu sorriso perfeito, que somente ele sabe dar.

        Eu apenas consegui ficar olhando nos olhos dele, então ele veio se aproximando vagarosamente até que nossos lábios se selaram. E então começamos com um beijo bem doce e calmo. Eu tive que interromper nosso beijo, porque não queria me largar mais e já estava muito tarde. Assim que eu estava livre de novo, falei:

        -Bom Ed, eu preciso entrar. Ah, eu adorei a nossa noite. Foi uma noite muito especial!!

        -Que bom que você gostou! Amanhã te ligarei. – ele falou todo radiante.

        -Está bem. Boa Noite.

        -Boa noite, minha Bella. – depois que ele terminou de falar, ele deu um beijo na minha bochecha e eu entrei.