Linked escrita por Miss Hana


Capítulo 8
“O problema é que eu não quero que você desmaie”


Notas iniciais do capítulo

Gentee... Capítulo 8! Yaaay! kkkkkkkkkkkkkk
Well, um super obrigada a: Nikyce, GabiLuz, PandinhaKaulitz, Swolair e Pamonha, que deixaram os reviews mais maravilhosos no capítulo anterior :3

Desculpem pela capa tosca desse capítulo, okay? É que eu estou usando outro PC que não tem o photoshop instalado e eu tive que usar o Pixlr (Photoshop online), que tem muuuuito menos recursos ;-;

Enfim, espero que gostem...



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LINKED

“O problema é que eu não quero que você desmaie”

Por: Hana

No capítulo anterior de Linked...

Não pude segurar o suspiro de alívio quando constatei que o loiro, finalmente, escutara Loki e já se virava para ir embora. Pensei em algo para mostrar para Thor que estava tudo bem, mas antes que eu pudesse fazer algo, outra voz ecoou pelo local.

– Corra de volta para casa, princesinha.

Fechei os olhos com força.

– Droga – eu e Loki falamos em um uníssono e escutei o som abafado do Mjölnir sendo deslizado pelas mãos do loiro.

L-I-S-A-N-N-A

Em menos de dois segundos, não sobrara nada mais do Gigante de Gelo que havia falado antes. Ele já havia se espatifado em algum lugar em que meus olhos não alcançavam. Estremeci. Nem sei por que tive a momentânea ilusão de que conseguiríamos sair de Jotunheim na paz.

Aquele fora o sinal que eu esperava. Em menos de dois segundos, empunhei minha lança e o primeiro deu um passo em minha direção.

– Próximo?

Respirei fundo e, quando o primeiro veio para cima de mim, dei um chute frontal em seu abdômen, empurrando-o fortemente para trás, dando tempo de formar o Escudo.

Skjöldur – falei alto e senti os arrepios na base da coluna, junto com os tremores nas mãos.

Olhei para o lado e vi os desenhos acobreados, que emanavam uma luz imensa, atraindo uma atenção completamente desnecessária. Respirei fundo, desprendendo meu chakram do cinto do meu vestido. Posicionei-me, virei e atirei, decepando três inimigos de uma vez, vendo seus corpos caindo mortos no chão.

Todos os que tentavam aproximar-se eram repelidos pela barreira, mas isso não os fazia desistir de tentar ultrapassá-la, fosse batendo ou empurrando. E isso atraiu mais deles para perto e, antes que eu percebesse, estava cercada por Gigantes de Gelo, mas eles não conseguiam chegar até mim.

Vi que meu chakram estava voltando para mim e o agarrei. Lancei-o novamente e derrubei mais alguns. Fui modelando o escudo para que eu pudesse me movimentar e me aproximar da borda para tentar bater neles com minha lança. Deu mais ou menos certo, já que eu conseguia abatê-los com a ponta da lança, mas, em compensação, as constantes batidas na cúpula me atordoavam.

Eram como cópias de um só, batendo continuamente no escudo e eu não sabia para onde estava virada, antes de me virar para o outro lado. Confuso, eu sei.

Calma, Anna... – respirei para mim mesma.

Não poderia perder a concentração. Se eu o fizesse, o escudo se desfaria e eu seria esquartejada. Era uma ótima motivação. Eu precisava afastá-los dali. Tirá-los do meu campo de visão. Não aguentava mais eles e, subitamente, me lembrei do penhasco. Estava mais ou menos perto, já que não era o mesmo penhasco que havíamos chegado. Eu não precisaria correr muito.

Localizei-me dali e vi que teria que correr um pouco. Não poderia correr com o escudo, já que me cansaria e desmaiar ali estava fora de cogitação. Dei alguns passos para frente e ele empurrou alguns dos Gigantes, abrindo-me caminho para correr. E foi o que e fiz. Desativei o escudo e pus-me a correr em direção ao penhasco.

Só mais um pouco... – ofeguei e, finalmente, cheguei ao destino.

Olhei de relance para baixo, mas a névoa não me deixava fazer isso. Não sabia qual era a altura de uma queda dali. E nem queria descobrir, devo acrescentar.

Olhei para a multidão de Gigantes que estava vindo na minha direção. O plano era: passar por eles, para que estes ficassem na beira do penhasco, criar uma barreira e empurrá-los lá para baixo. Não era difícil. Muito menos fácil.

Skjöldur – sussurrei e modelei o escudo para que ele ficasse próximo ao meu corpo, para que eu passasse pelos inimigos sem afastá-los muito.

Esperei o tempo certo e, quando este chegou, corri na direção deles, passando sem maiores danos. Ótimo. Eles já estavam na beirada. Olhei para trás, para me certificar de que não sobrara nenhum e desfiz o escudo em volta de mim.

Pus as mãos para frente, de uma forma que as palmas ficassem viradas para eles invoquei o escudo mais uma vez, formando uma parede de cor acobreada, com as mesmas runas do escudo, tão alta quanto os Gigantes. Fui empurrando-a sem tocar na mesma, até que os primeiros começaram a cair. Empurrei mais. Eles batiam freneticamente na parede. Não parei. Outros continuaram a cair. Empurrei. Até que não sobrasse nenhum. Sorri.

Voltei-me para o local em que a batalha começara e corri de volta para lá, enfiando a lança no peito do primeiro que apareceu. Lancei o chakram e torci para que ele decepasse pelo menos alguns.

– Não deixe que eles os toquem! – o grito do ruivo ecoou por todo o local e eu assenti, mesmo sabendo que ele não me via.

Olhei ao redor, agarrando a arma, que voltara para mim. Nesse movimento, vi Loki do lado de um Gigante, que estava segurando seu ante-braço. Um arrepio correu por toda a minha espinha e corri na direção dos dois, mirando e jogando a lança, que atingiu bem no peitoral do inimigo, fazendo-o cair no chão, em um baque surdo.

O moreno olhou para mim, mas seus olhos demonstravam confusão. Uma confusão que ia além do fato de eu ter salvado sua vida. Rapidamente, ele desviou o olhar para o local em que o Gigante havia-o tocado antes e estava azul. Arregalei os olhos quando constatei isso. Mas o que?!

Aproximei-me dele e, em um movimento delicado, toquei seu braço. Afastei minha mão na hora. Estava congelante. Senti seus olhos verdes sobre mim e franzi o cenho para ele.

Loki... – sussurrei e ele fez um sinal de negação, como se não estivesse entendendo.

Olhei novamente para seu braço, que voltava para sua cor normal. Em um movimento rápido, ele me afastou, mostrando que estava bem. Fiz uma nota mental para me lembrar disso depois. Bom, se houvesse um depois.

Arranquei minha lança do Gigante morto e virei-me para outra direção, no exato segundo de ver Fandral lutando com outro. Ele abateu-o, mas, quando se virou para o outro lado, espinhos de gelo pontudos “brotaram” do chão. Eles acertaram-no, fazendo com que seu sangue se espalhasse pela pedra.

– Fandral! – estiquei meu braço em sua direção, no segundo em que vi outro Gigante indo ataca-lo.

Mas este caiu no chão, com uma adaga cravada em seu peito. Olhei para o local de onde ela havia saído. Loki havia lançado-a. Ele salvara a vida de Fandral.

– Thor, nós temos que ir! – o moreno gritou, com uma expressão severa.

– Então vão! – ele nem se deu ao trabalho de olhar para nós. E eu trinquei os dentes.

Fandral iria morrer se não o tirássemos dali logo e Thor estava preocupado em matar Gigantes de Gelo.

Assustei-me quando o chão abaixo dos meus pés começou a rachar e olhei para o local onde ele estava indo. Arregalei os olhos. O gelo que segurava algo foi rachando até quebrar, revelando uma besta enorme, de olhos vermelhos e dentes gigantes. Ele urrava e tentava rasgar o ar com as patas.

– Corram! – Volstagg, que agora segurava Fandral, gritou, pondo-se a correr loucamente.

– Thor! – gritei e dessa vez ele olhara para mim

Não deu tempo de continuar. A besta já havia saído de seu posto e corria atrás dos outros. Eu tinha que tirar Thor dali. Tinha que tirar todos dali. Mas ele não me escutaria. Respirando fundo, corri até ele, desviando dos grandes corpos que estavam sendo lançados em todas as direções.

Tive que desviar três vezes do martelo de Thor, antes de conseguir tocar em seu ombro, fazendo-o virar-se assustado para mim. Relaxou o olhar quando viu que era eu.

Skjöldur – falei baixo e envolvi-nos com o escudo – Preste atenção, Thor.

Virei seu rosto para mim, escutando os Gigantes de Gelo se amontoarem ao nosso redor.

– Eu sei que você quer vingança e eu realmente te entendo, mas pare para pensar – tentei fazer minha melhor voz calma – Fandral está ferido e não vai demorar muito para que aconteça o mesmo com qualquer outro de nós.

– Você não entende, Anna! – ele olhou ao redor – Eles não merecem viver!

– E quem é você para julgar?! – gritei, enraivecida – Está pondo a vida dos seus amigos em risco!

– Eu não estou prendendo ninguém aqui, Anna! – gritou de volta – Podem ir!

– Thor! Diferente de você, nós nos importamos uns com os outros – aumentei ainda mais o tom de voz – Não deixaremos ninguém para trás!

– Eu não estou pedindo nada a você! – segurou com força em meus braços.

Ele parecia com raiva, mas por dois segundos vi que seus olhos estavam contrariados. Esses pensamentos voaram da minha cabeça ao sentir o aperto de suas mãos. Meus braços ficariam roxos. Olhei assustada para ele, que não fez a mínima menção de me soltar.

– A questão não é você me pedir – livrei-me de seu toque agressivamente, olhando-o profundamente nos olhos – E sim nós querermos te ajudar.

Eu não era capaz de fazê-lo mudar de ideia. Se ele não me escutasse, talvez não escutasse mais ninguém. Olhei-o pela última vez, antes de encolher o escudo e expandi-lo, fazendo todos os Gigantes de Gelo voarem.

Olhei em direção ao penhasco, bem a tempo de ver os outros chegando e a besta gigante se estendendo em sua frente. Arregalei os olhos, pondo-me a correr em sua direção, mas senti-me ser puxada no mesmo instante. Virei-me a ponto de ver Thor girando o Mjölnir e pondo o braço livre em minha cintura, erguendo-me com facilidade.

Tentei me soltar, mas seu aperto era forte e, antes que eu percebesse, estávamos voando em direção aos outros. Ou melhor, em direção à boca da besta, fechei meus olhos, apertando a primeira coisa que estava perto da minha mão: o braço forte de Thor.

A única coisa que eu sentia era a respiração do loiro e o vento agitando meus cabelos. Em menos de quarenta segundos, atravessamos a boca da besta, abrindo um buraco na parte de trás, fazendo-o cair morto no chão e rolando penhasco abaixo no segundo seguinte.

Olhei com os olhos semicerrados para ele, que tinha um sorriso idiota nos lábios, como quem diz “está vendo? Eu posso lidar com isso”. Revirei os olhos e me virei para os outros. Ainda não estávamos completamente bem. Eu realmente estava bastante chateada com ele.

Você ainda não se livrou de mim – sussurrei, revirando os olhos.

Assim que prestei atenção, esqueci do meu problema com Thor. Estávamos completamente cercados por Gigantes de Gelo. Eles não acabavam nunca?

– Anna! – alguém gritou para mim, quando começaram a correr em nossa direção.

Skjöldur! – gritei, envolvendo todos na cúpula.

Mas eu estava cansada. Naquele dia, havia tentado formas e tamanhos diferentes para o escudo que nunca havia tentado antes e aquilo exigiu demais de mim. Não iria aguentar por muito tempo um escudo daquele tamanho, com vários Gigantes batendo nele.

– Fiquei mais juntos – tentei soar forte o suficiente, mas acho que em algum ponto minha voz falhou – Para eu poder diminuir o tamanho.

– Está fraca? – Hogun pôs a mão no meu ombro e eu o soltei, na tentativa de esconder o quanto eu estava tremendo.

– Não – amaldiçoei-me por ter gaguejado.

– Pare, Anna – a voz severa de Loki irrompeu pelo local.

Eu não podia deixar que os inimigos avançassem. Seríamos mortos e a culpa seria minha. Teríamos os corpos jogados no penhasco, condenados ao esquecimento e tudo por culpa minha. Tencionei os músculos, fechando as mãos em punho. Por dois segundos, pude jurar que a cor acobreada ficara mais escura, mas antes que eu comemorasse, uma dor correu pelos meus braços e eu tive que diminuir.

A cor foi ficando mais clara, mais clara, até virar um amarelado fraco. Aquilo era o máximo que eu conseguiria. Mas o meu máximo não era suficiente, já que, em uma das muitas pancadas, um deles conseguir rachar o escudo. Arregalei os olhos, dando um passo para trás.

– Anna, nós já temos o Fandral para carregar aqui – Volstagg falou em um tom estranhamente calmo – Mais uma pessoa não seria legal.

– Eu consigo continuar assim – falei, tentando soar mais ou menos convicta. Mas, na verdade, não sabia exatamente se conseguiria – Até que vocês decidam algum plano.

– A questão é que você não consegue – pude sentir Loki revirando os olhos na minha nuca – Pare logo, antes que aconteça algo pior.

– Qual é o problema de vocês em montarem um plano enquanto eu evito que sejam mortos? – trinquei os dentes.

– O problema é que eu não quero que você desmaie – o moreno sibilou, apertando minha cintura – Agora pare logo com isso.

Sua mão conseguia envolver grande parte da minha cintura e seu toque me desconcentrou completamente, fazendo com que o escudo tremeluzisse e sumisse. Meus músculos doíam demais e pus rapidamente o braço direito ao redor do pescoço de Loki, lançando o peso do meu corpo sobre si.

Isso aconteceu em menos de cinco segundos e, nesse meio tempo, todos os que nos cercavam correram em nossa direção. Iríamos morrer. E tudo por que eu não era forte o suficiente para manter uma proteção sobre nós.

Fixei meu olhar em um Gigante de Gelo que corria até mim e, quando esticou a mão para arranhar meu rosto, um clarão nos iluminou. Apertei Loki ainda mais em meu braço e fechei os olhos com força, esperando a dor.


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Notas finais do capítulo

Chocolates ou bofetadas?~
Well, espero mesmo que tenham gostado e que deixem suas opiniões nos comentários :)
XOXO