Linked escrita por Miss Hana


Capítulo 9
"Traga-o de volta..."


Notas iniciais do capítulo

Well... espero não ter demorado :D
Bom, antes de lerem o capítulo e estranharem que ele não tem banner, gostaria de explicar: Eles estavam dando muito trabalho... e atrasando a postagem dos capítulos D: Por isso decidi que seria melhor eu deixar os capítulos sem banner e colocar uma imagem no final de cada capítulo, explicando algo, como dando a imagem de algo que eu descrevi na história ;D

Depois, gostaria de agradecer a: GabiLuz, PandinhaKaulitz e Pamonha, que deixaram os seus comentários no capítulo anterior ;D
E o gigante obrigada e um seja bem-vinda à Queen, que chegou há pouco tempo e comentou em todos os capítulos que leu ;D
Obrigada



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/441822/chapter/9

LINKED

“Traga-o de volta...”

Por: Hana

No capítulo anterior de Linked...

Fixei meu olhar em um Gigante de Gelo que corria até mim e, quando esticou a mão para arranhar meu rosto, um clarão nos iluminou. Apertei Loki ainda mais em meu braço e fechei os olhos com força, esperando a dor.

L-I-S-A-N-N-A

Mas ela não veio. Abri os olhos, mais assustada do que antes e olhei ao nosso redor. Os Gigantes estavam parados, formando um semicírculo olhando para algo um pouco acima de nós. Virei minha cabeça e vi Odin montado em um cavalo, com sua mais do que costumeira expressão séria. Ele não olhou para nenhum de nós, até Thor gritar:

– Pai! Acabaremos com eles juntos! – ergueu o Mjölnir, com um largo sorriso em face.

– Silêncio! – o rei sibilou, fazendo a expressão corajosa do loiro se desfazer em poucos segundos.

Minhas pernas fraquejaram e cerrei meus olhos, tentando ver Odin um pouco melhor.

No segundo seguinte, Laufey surgiu, ficando próximo do rei. Eles se encaravam com os olhos inexpressivos.

– Pai de Todos – a voz estranha do Gigante de Gelo ecoou pelo lugar – Você parece realmente cansado – me esforcei para escutá-lo.

Disso ninguém podia negar. Estaria mentindo quem dissesse que Odin parecia mais disposto do que nunca. Ele ofegava e semicerrava os olhos em curtos espaços de tempo. Não estava muito diferente de mim naquela hora.

– Laufey – até sua voz estava esganiçada e entrecortada – Acabe com isso agora.

– Seu garoto procurou por isso. – olhamos de esguelha para Thor, que tinha uma expressão raivosa.

– Está certo – Odin fechou os olhos e os reabriu no instante seguinte – Essas são as ações de um garoto. Trate-as com tal. Podemos acabar com isso, aqui e agora, antes que haja uma carnificina.

Um longo silêncio se instalou e esperei pela resposta do Rei de Jotunheim.

– Passamos da fase da diplomacia, Pai de Todos – arrepios correram livremente pela minha espinha – Ele terá o que veio buscar. Guerra e morte.

Fechei os olhos com força, respirando profundamente. Eu tentei avisá-lo disso. Tentei avisar no que daria invadir Jotunheim.

– Então que assim seja.

Tudo depois disso aconteceu muito rápido. Laufey levantou uma lâmina de gelo contra Odin e no segundo seguinte, Heimdall abriu a Bifrost, uma luz nos envolveu e estávamos indo de volta para Asgard.

Estava cansada e ofegando. Mal conseguia ficas sobre meus pés. Só percebi que ainda estava apoiada em Loki quando o mesmo apertou a minha cintura e perguntou em um tom baixo se eu estava bem. Engoli em seco e respondi que sim.

– Por que nos trouxe de volta? – o loiro indagou, claramente com raiva.

– Você percebe o que fez? – Odin não saía por menos. O tom de sua voz mataria qualquer coisa que viesse pela frente.

– Eu estava protegendo o meu reino! – gritou

– Você não consegue nem proteger seus amigos e espera proteger um reino? – o rei gritou de volta, jogando a espada de volta para Heimdall – Levem-no para a sala de cura, agora!

Sif, Hogun e Volstagg foram andando apressadamente até a saída e Loki fez menção de me carregar, acompanhando o passo deles. Ele queria me levar para a minha casa. Eu queria que ele me levasse. Mas antes que pudéssemos sair do lugar, Odin olhou para nós e não diminuiu o tom:

– Ela fica aqui – apontou para mim.

– Mas meu pai, ela está fraca – o moreno protestou, erguendo-me novamente quando não fixei meu pé no chão – Está quase desmaiando.

– Ela aguenta mais um pouco – esbravejou, virando-se para o loiro em seguida.

Eu estou bem – sussurrei para ele, que me olhou como se não acreditasse em mim. Dei meu melhor olhar convincente.

– Não haverá um reino para proteger se você tiver medo de agir – apesar de toda a situação, fiquei triste em constatar que na voz de Thor não tinha uma mínima gota de preocupação.

Naquele momento quis que ele olhasse para mim, para que entendesse o meu olhar que dizia “Não brigue com o seu pai! Só vai tornar as coisas piores para você”. Mas ele nem fez menção de se virar na minha direção.

– Os Jotuns têm que aprender a me temer, assim como temeram o senhor!

– Isso é o seu orgulho falando, não liderança – aquilo era verdade – Esqueceu tudo o que eu lhe ensinei, sobre ser paciente.

– Enquanto você é paciente e espera, os nove reinos riem de nós – esbravejou. Naquele momento eu queria que ele soubesse ler mentes – Seus métodos são antigos. Você faz discursos enquanto Asgard cai.

– Você é um garoto vaidoso, mesquinho e cruel! – gritou, fazendo minha cabeça latejar. Qual era o motivo de eu estar ali? Trinquei os dentes. Qual era a necessidade?

– E você é um velho e tolo! – sua expressão era de pura raiva. Suor escorria pela sua testa e as veias saltadas.

No instante seguinte tudo se calou. Ninguém mais estava falando e eu não conseguia desgrudar meus olhos do loiro.

– Sim, eu fui um tolo – ao falar, mudei meu olhar para Odin, que agora mantinha os olhos pregados no chão – Em achar que você estava pronto.

– Meu pai... – Loki tentou intervir, dando um passo para a frente, mas Odin calou-o no mesmo instante.

– Você vê o que fez com seus companheiros? – ele falou em alto e bom tom – Um está gravemente ferido e a outra – olhou para mim e eu o encarei de volta – a filha do meu melhor general, o meu braço direito, não está se aguentando em pé. Tudo por que ela tentou te proteger. Eu vi tudo. Ela tentou-o fazer mudar de ideia, mas você estava cego e não quis escutá-la. Você acha que está preparado para ser rei? – tentou fazer com que Thor olhasse para mim, mas ele não o fez. No segundo seguinte, gritou: – Você acha?!

Então, pela primeira vez, os olhos do loiro pousaram em mim. Ele parecia envergonhado. Eu não o culpava. Tentei sorrir e contradizer Odin, mostrando que eu estava bem, mas não tive muito sucesso. Quis me aproximar, mas de algum modo, Loki não se moveu e, sem ele, eu não tinha capacidade nenhuma de me mover.

Era para isso que Odin me queria ali. Para usar a fraqueza que eu tinha para fazer Thor se sentir culpado. Trinquei os dentes.

Meu rei... – tentei fazer com que minha voz saísse forte o suficiente para que ele escutasse. Aparentemente deu certo – Não o culpe...

– Thor Odinson – ele me ignorou completamente, virando-se para Thor e fazendo-me fechar as mãos em punho – Você desobedeceu uma ordem direta do seu rei. Com sua arrogância e estupidez, trouxe esse pacífico reino e vida de pessoas inocentes ao horror e desolação da guerra!

Arregalei os olhos. Eu sabia o que estava por vir. Ele pegou o cajado e colocou no lugar onde a espada de Heimdall ficava. Raios começaram a sair dali e se direcionarem para lugares aleatórios, sem um padrão em comum. Um clarão tomou conta da sala e eu me encolhi. Olhei assustada para Thor, que tinha o cenho franzido. Seus olhos brilhavam aguados para o chão. Ele estava chorando. Senti meu coração pesar. E me inclinei em sua direção, mas Loki me segurou com força.

Odin desceu a escada e se aproximou do loiro, que o olhou assustado.

– Você não é digno desse reino! – esbravejou. Sua voz denunciava que ele não queria fazer aquilo, mas sabia que tinha que fazê-lo – Não é digno do seu título! Não é digno...

Arrancou a capa vermelha do loiro, olhando profundamente em seus olhos e nos ignorando.

– Dos entes queridos que você traiu – sibilou perto de seu rosto.

Naquele momento parecia que Thor havia virado uma criança novamente. Seus olhos estavam esbugalhados e seu olhar assustado me lembrou de quando o pássaro de estimação dele morreu, há muito tempo atrás, quando éramos muito novos.

F-L-A-S-H-B-A-C-K

Eu estava sentada no jardim do palácio com a rainha Frigga. Naquele dia meus pais tinham ido em uma missão e não tinha com que eu ficasse com ninguém, então minha mãe pediu que eu ficasse com a rainha durante aquele dia. Elas eram amigas.

Eu estava olhando para as flores. O tédio me consumia, mas eu tentava não demonstrar aquilo na frente da rainha, que me fazia companhia lendo um livro.

– Mãe! – a voz chorosa de Thor ecoou, acompanhada dos passos de alguém correndo.

Em poucos segundos, ele se aproximara de nós. Com as mãos em forma de concha, segurando algo que, no momento, eu não pude ver.

– O que foi, meu filho? – a rainha perguntou, em seu costumeiro tom compreensivo.

– Ele morreu.

Ele ainda não havia chorado, mas estava prestes a fazê-lo. Olhava com pena e tristeza para o que estava na sua mão e pude ver que quase as lágrimas escorriam pelos seus olhos azuis e grandes.

– Ah, meu filho... – ela se abaixou perto dele, pondo a mão em seu ombro – Isso faz parte do ciclo da vida.

Continuou, assim que viu o olhar confuso do loiro.

– Tudo o que é vivo nasce, vive e, inevitavelmente, morre – seu tom era calmo e acolhedor. Um genuíno tom de uma mãe – Não podemos fazer nada contra isso.

– Mas eu gostava tanto dele, mãe...

– Eu sei, meu filho. Mas temos que aprender a aceitar. Aos poucos, você vai ficar melhor.

L-I-S-A-N-N-A

E, tal como daquela vez, me entristeceu ver os olhos chorosos do meu amigo. Fui tirada das minhas memórias ao escutar o som da voz do rei:

– Agora eu tomo de você o seu poder – esticando a mão em sua direção, ele puxou o Mjölnir, erguendo-o logo em seguida.

Os olhos azuis se arregalaram.

– Em nome do meu pai.

Os pedaços do braço esquerdo da armadura de Thor se desprenderam dos ombros até os pulsos, fazendo barulhos estranhos ao caírem no chão. Fechei os olhos com força.

– E em nome do pai dele.

A mesma coisa aconteceu com o braço direito. Abri os olhos, inclinando-me para frente, tentando-me soltar do aperto de Loki.

– Eu, Odin, Pai de Todos, bano você! – apontou o martelo para o loiro, aumentando significativamente o tom de voz.

Thor foi jogado para cima e sua armadura ficou em pedaços, voando para todos os lados. Faíscas soltaram-se delas, fazendo com que eu virasse o rosto para o lado. Com um olhar assustado, o loiro foi jogado no espaço.

– Thor! – gritei com o resto das minhas forças, esticando meu braço em sua direção.

Mas no mesmo segundo senti a pressão da bifrost. Arregalei os olhos: eu seria puxada junto. Fiz uma força para trás, mas foi em vão. Teria ido para o mesmo lugar onde Thor foi, caso Loki não tivesse segurado em minha cintura e me puxado com força, fazendo ambos caírem no chão. Mais tarde naquele dia, fiquei pensando se não teria sido melhor ter ido com ele.

Você está louca?! – sussurrou com uma pontada de raiva na voz.

Balancei negativamente a cabeça, olhando para Odin em seguida. Ele falava algo perto do martelo, como se conjurasse alguma coisa.

– Quem segurar esse martelo, se for digno, possuirá o poder de Thor.

E jogou-o no espaço, fechando a ponte logo em seguida. Todos os raios, clarões e sons acabaram naquele momento. A cúpula voltou até a sua calmaria.

Eu estava cansada, com frio e com medo. Thor havia sido banido. Ele havia ido sabe-se lá para onde e eu não podia fazer absolutamente nada. Nunca me sentira tão impotente e com raiva de Odin.

Tudo bem que eu entendia que Thor era exagerado e impulsivo, mas usar-me para machucar sua consciência e depois manda-lo para fora do reino, como se fosse um desertor era algo que eu nunca esperaria do rei. E, novamente, eu não podia fazer nada. Simplesmente nada. Fechei os olhos com força.

Abri-os rapidamente. E abri a boca. Queria perguntar a Odin o porquê daquilo, mas as palavras me faltaram. Dores percorriam pelo meu corpo a cada instante e eu sabia do fundo do meu coração de que não aguentaria muito mais naquela noite.

– Leve-a para casa, Loki – ele finalmente olhara para nós.

Seus olhos eram tristes, mas sua expressão era firme.

Rei Odin... – franzi o cenho para ele, que me olhou com a face endurecida – Traga-o de volta... por favor...

– Eu sei o que estou fazendo, Lisanna – suspirou – Descanse, por favor.

Balancei a cabeça, querendo espantar todos aqueles pensamentos da cabeça. O rei estava certo. Eu tinha que descansar. Teria tempo para pensar naquilo mais tarde.

Fazendo esforço para caminhar, deixei que Loki me levasse para casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

~Gostaram do draminha? HOHOHOHO... Esse é só o começo...

Pessoas, eu gostaria de fazer uma enquete... quem vocês acham maia fofo? O Dakota Goyo (o fofinho que fez o Thor quando criança) ou o Ted Allpress (que fez o maravilhoso Loki quando criança)? Respondam nos comentários! ;D

Obrigada