As Crônicas dos semideuses - O Destinado escrita por Greek, Safira Jackson


Capítulo 4
Agentes especiais. Missão: resgatar a mochila




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O meu plano era simples e básico: entrar no meio dos oficiais e manipular a Névoa para que eles acreditem que eramos "agentes especiais". Eu não sabia como fazer isso, por isso precisava mais do que nunca de Kayse. Ela frequentara mais as aulas do acampamento. Ela concordou. Ainda estou decidindo se isso foi uma coisa boa, ou uma coisa má.

Com o plano bolado, e as táticas em mente, fomos para o local do crime.

Kayse chegou perto de um policial, encarou-o com seriedade, estalou os dedos e disse:

– Agentes especiais Kayse Burgues e Tiler Hughes. Estamos aqui para uma inspeção rápida. Podemos entrar?

O policial bateu tenência e se apresentou:

– Policial Miguel Teixeira, senhores- depois apertou nossas mãos.- Sou responsável por esse caso, senhores. Respondendo a sua pergunta, senhora, receio que não. Ainda é perigoso entrar no ônibus.

Kayse encarou o pobre homem. Os irmãos de Kayse, filhos de Deméter, já me contaram que ela participou de um curso militar contra a sua vontade, mas que depois se contentou com os aprendizados.

– E poço saber, oficial Teixeira- disse ela-, por que seus homens estão lá dentro?

O policial olhou para o transporte, franziu os lábios e disse:

– Eles estão usando máscaras, senhora.

Kayse deixou a postura mais rígida. Olhou feio para o homem.

– Pois então queremos duas- pediu ela.

Miguel chamou um de seus homens e disse para que ele e mais um companheiro cede-sem suas máscaras para nós. Kayse me olhou com uma cara como se dissesse: Quem disse que Deméter é inúltiu? Depois voltou-se para o oficial Miguel que nos entregou as máscaras.

– Permissão concedida, senhores- disse ele.

– Muito obrigada, Miguel- agradeceu Kayse.- Realmente você foi de grande ajuda.

Entramos no ônibus.

– Você é má- sussurrei.

Ela deu uma risadinha.

– Você ainda nem viu a metade- disse ela.- Agora, qual delas é a sua mala?

Corri os olhos pelos bancos. Nada. Quer dizer, o local estava cheio de malas, mas nenhuma delas me pertencia. Me abaixei. Ela foi parar em baixo do terceiro banco. Estava aberta, porém os pertences valiosos estavam guardados. Caminhei até lá e a apanhei. A carta e minha faca estavam lá, graças aos deuses.

Mostrei a mochila para Kayse. Esta sorriu de alívio.

– Vamos logo- disse.- Já me cansei dessa máscara.

Saímos.

Sair não foi o problema, o problema foi correr dos policiais. Depois de meio quilômetro, paramos. Sentamos na calçada. Kayse sorria feito uma louca. Ela comemorou.

– O que exatamente você está comemorando?- Perguntei.

– Nada.

Ela tomou a mala das minhas mãos e a abriu. Retirou de lá um monte de papeis e começou a mexê-los. Ela parou em uma foto. Eramos nós há um ano antes, quando completamos nossa primeira missão juntos. O lago de canoagem do acampamento era o fundo da foto. Ela me abraçava.

– Puxa- disse ela.- Havia pensado que você não tinha mais essa foto.

Sorri.

– Pensou o quê?- Perguntei.- Que a joguei no lixo?

Ela sorriu. Desde o ano passado muitas coisas mudaram nela. Ela havia crescido pelo menos três centímetros, seus cabelos cresceram e até suas roupas mudaram. A única coisa que estava igual era o colar de contas do Acampamento Meio-Sangue.

– Sei que faz apenas um ano- disse ela-, mas parece muito mais.

Assenti.

– As coisas mudaram.

Ela passou a foto para mim e continuou a mexer nos papeis até encontrar um envelope.

– É isso?

Eu analisei-o. Era exatamente esse.

– Ótimo- disse eu-, agora o que fazemos?

Ela me lançou um olhar raivoso, mas logo desapareceu. Kayse segurou o estômago.

– Ai.- disse ela.- Que tal comermos?


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