Classe dos Guerreiros - A Sexta Geração escrita por Milady Sara


Capítulo 19
13 dia - Os Animais


Notas iniciais do capítulo

Esse cap demorou pra sair porque não conseguia deixar ele do jeito que quero, mas acho que ele tá no ponto agora ~
Aproveitem e apareçam também né, falem com a tia, vocês andam muito calados u.u.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/441763/chapter/19

As mãos de Drica se arranhavam na mesma velocidade em que se curavam. Não havia meio de subir a montanha mais rápido, então eles tinham que escalá-la, a sorte deles é que a inclinação da montanha os permitia subir com as próprias mãos, o que tornava difícil era o fato de a montanha ser quase totalmente lascada, como se algo a tivesse quebrado.

Hunter tinha a vantagem de conseguir voar e os poderes de Mia não conseguiam levar todos para cima, já que ela continuava fraca depois do que acontecera em YuUrePinn.

Quando chegaram ao topo, parecia que a ponta da montanha tinha sido quebrada e queimada, pois havia uma cratera, o lugar parecia mais como um vulcão do que uma montanha. Os cinco desceram pelo buraco, mas quando chegaram ao fundo, só o que viram foi o que parecia um ninho feito de panos e árvores velhas e alguns ossos pelo chão.

– Não me diga que essa coisa é invisível... – disse Hunter olhando pelos lados e levou um tapa na nuca de Lena.

– É óbvio que ele não está aqui. – disse Caleb.

– Então isso faz de nós... Invasores? – perguntou Drica.

– Isso não soa legal... – falou Mia.

– Quem quer ir embora também? – falou amedrontado Hunter

– Tarde demais. – disse Caleb olhando para o céu, de onde vinha uma grande criatura alada.

A tal criatura pousou na frente deles, no ninho.

O dragão tinha pernas fortes e garras afiadas, a cauda longa se movimentava pelo ambiente, pequenos chifres ondulados saiam da cabeça e o focinho fino parecia ajudar a mostrar mais os dentes pontiagudos que mais pareciam feitos de marfim.

O animal esticou seu longo pescoço e levantou suas asas de morcego para o alto, como se estivesse se exibindo. Seus olhos verdes observavam a Classe Hélio cautelosamente, suas escamas brancas pareciam cristais e reluziam na luz do Sol. Uma jóia viva.

Todos estavam parados, imóveis. Mia empurrou Caleb fortemente na direção do dragão.

– O que está fazendo? – ele disse baixo, porém com raiva.

– Desculpa, mas a pele de ninguém por aqui consegue se proteger daquelas garras e dentes além da sua! – respondeu a morena.

– Eu te odeio. – falou o líder enquanto se aproximava do animal absorvendo o metal do cabo de sua espada, logo seu corpo estava completamente blindado.

Caleb andou devagar até o ninho do dragão, que não parava de fitá-lo. Quando finalmente chegou ao ninho, ele estendeu sua mão devagar e hesitante até tocar nas escamas brilhantes do pescoço da criatura, que o cheirou antes de deitar-se.

– Acho que... Tudo bem. – disse o moreno tirando sua proteção e todos chegaram perto. – Agora é hora de voltarmos... Não é?

– Sim, e é bom sermos rápidos! – falou Drica.

– Temos um dragão e os alces sabem como voltar para casa, podemos voltar agora! – falou Hunter.

– Como sabe que eles voltam para casa?

– Falei com eles ué. – todos o encararam incrédulos, mas não seria a primeira coisa estranha que Hunter fazia.

– Então faça descer, encantador de animais. – ironizou Lena apontando para o animal. Hunter foi até lá lentamente e sentou-se nas costas do dragão, que ficou de pé outra vez e sacudiu a cabeça.

– É ela. – informou para Lena e segurou no pescoço da criatura.

O dragão subiu a cratera, se segurou na ponta de uma pedra e pulou, voando até os alces que ficaram assustados com a presença do animal imponente. Os outros desceram deslizando a encosta da montanha.

Demoraram um pouco para conseguir transferir algumas bagagens para o dragão e para Lena unir todas as celas para que não se cortassem com as escamas do animal.

Logo, estavam todos montados nela, que alçoou voo batendo forte suas asas. Eles foram para o alto antes de o dragão voar mais perto do chão em alta velocidade. Os alces corriam abaixo deles, mas logo foram deixados para trás.

A Classe Hélio estava voltando para casa.

~*~

Melanie cortou o pescoço do último Nox que havia ali, o cavaleiro caiu no chão, sangrando algo que para a garota parecia mais uma grossa água fedida com tom avermelhado do que sangue. Não havia mais nenhum deles a vista e as harpias já havia partido, Melanie escolheu ficar sozinha, por sua própria conta. A morena começou a andar na direção pela qual Derek tinha partido. Ela sabia que não ia sobreviver. Continuava envenenada e agora também estava ferida.

– Sozinha? Que decepcionante. – a morena se virou e viu um homem pálido de cabelos escuros a observando, com uma espada feita do mesmo material da dos cavaleiros nas mãos, mas a sua possuía um quebrador. – Seu companheiro te abandonou?

– Quem é você? – ela perguntou apontando uma das próprias espadas, que estava suja daquele “sangue”

– Para que saber? Você vai morrer logo.

– Não antes de acabar com você! – e foi mancando na direção do homem.

– Uma corredora que não pode correr... Tão triste. – quando a garota chegou perto e brandiu sua espada, ele desviou do ataque sem demonstrar reação e enfiou sua espada na barriga de Melanie. Ela parou por um segundo e cuspiu sangue. Médio empurrou mais sua espada até ela perfurar a oponente e em seguida a puxou de volta, fazendo-a cair no chão enquanto o sangue escorria. – Fácil demais. Pensei que você poderia ser minha nova cobaia, mas... De nada me serviria doente assim. – ele limpou sua espada na própria capa e voltou pela direção de onde veio, enquanto Melanie respirava pesadamente, sangrando.

~*~

Derek escorregou um pouco e regrediu quase metade do caminho que fizera, mas conseguiu se agarrar na grama novamente. Aaron o tinha deixado ali há algum tempo e ele estava escalando a colina, que de perto era maior e mais difícil de subir ainda. Tinha medo de se teletransportar, mas parecia o único jeito, já que ele mal conseguia escalar.

Se transportou para metros acima de onde estava e em seguida diretamente para o topo. Aquele lugar era um gramado extenso com algumas macieiras.

Um cavalo com asas pastava ali. O pégaso. Era alto e robusto, tinha uma longa crina e asas grandes e fortes assim como suas patas e seu pelo completamente preto reluzia ao Sol. Simplesmente encantador.

Quando Derek se aproximou ele levantou a cabeça para observar o garoto, que chegou perto e acariciou seu focinho.

– Preciso da sua ajuda. – sussurrou para a criatura antes de subir em suas costas.

O pégaso não parecia incomodado, talvez até já esperasse por aquilo. O animal andou até o lado oposto ao da beira da colina, em seguida correu na direção de onde Derek viera para pegar impulso e depois bateu as asas, indo na direção em que o garoto o conduzia.

Minutos depois, sobrevoavam a Vitara Falcona e o garoto observava o lugar enquanto o pégaso planava, incomodado com a cena que via e com o que percebeu ter acontecido ali. Derek gritou em desespero quando viu Melanie jogada no chão, em cima de uma poça de sangue.

O pégaso pousou ao lado da garota e Derek quase escorreu no sangue quando foi socorrê-la. Os olhos do garoto se encheram de lágrimas enquanto ele rasgava sua capa para poder fazer um curativo na amiga, cuja respiração era somente um assobio.

Algo dizia a Derek que aquele ferimento ele também não conseguiria curar. Usou o que restava de sua capa e da de Melanie para mantê-la firme no pégaso e em seguida voltou a montar.

– Vamos rápido, por favor! – o animal relinchou em resposta antes que correr e voar outra vez.

A Classe Giebra precisava ser rápida.

~*~

Carter se espremia para passar por entre as árvores da densa floresta, era difícil especialmente por estar carregando sua bagagem, já que o alce não poderia passar por ali ele o tinha deixado há algum tempo.

O Guerreiro carregava livro que ganhara de Marcos ao alcance da mão, queria realmente lê-lo e saber o que descobriria.

Cansado de ficar preso entre troncos, ele subiu em um galho e passou a seguir seu caminho pelos galhos mais grossos. Não tinha muita idéia de para onde ir depois que entrara ali, mas depois de achar algumas penas douradas entre as árvores, sabia seu caminho.

Depois de talvez algumas horas, Carter encontrou uma clareira, quase completamente preenchida por um grande ninho de pássaro, que parecia ter um adormecido dentro, mas na verdade era só meio pássaro, águia para ser mais exato, a outra metade era de leão. O grifo.

O animal dormia tranquilamente, a cabeça apoiada nas patas dianteiras, o bico afiado se abria algumas vezes durante o sono quando ele mexia a cabeça. Suas penas e pelos eram de tons marrons e dourados brilhantes, sua cauda chicoteava algumas vezes, espantando insetos que chegavam perto. Suas garras se encolhiam, tão afiadas quanto a espada de Carter. Era simplesmente magnífico.

O Guerreiro se aproximou e sentou em uma ponta do ninho, não se atrevia a acordar tal criatura, então resolveu esperar que acontecesse, e nesse meio tempo acabou ele próprio adormecendo ali, sentado.

Quando acordou, o grifo, agora acordado e deitado de uma maneira menos relaxada, o observava com seus olhos cor de âmbar. Carter se levantou e fez carinho na cabeça do animal, que fechou os olhos.

– Pronto? – perguntou subindo no grifo. – Sabe para onde ir? – o grifo gritou enquanto se levantava. O lugar era muito pequeno para que ele abrisse as asas e Carter se perguntou como iriam alçar voo, só sabia que não queria passar por aquelas árvores novamente. O grifo então pulou e se agarrou em uma árvore alta para depois conseguir abrir as asas e subir rodopiando e gritando para os céus.

Carter ficou tonto, mas logo eles voavam suavemente, perfeito para ele ler seu novo livros.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comenteeeeeeeeeeeeeeeeeem ~



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Classe dos Guerreiros - A Sexta Geração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.