A Promessa escrita por Maisa Cullen


Capítulo 20
Capítulo 19 - Esperança


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que tô merecendo uma boa surra. Sei que muitos já devem ter até desistido da fic, mas eu não os culpo, eu mesma já estava desistindo. Não conseguia digitar nada e ficava empacando em cada frase. Eu já estava me sentindo horrível por desapontar vocês, porque eu realmente detesto abandonar fics.
Já faz meses, acho que quase um ano, que não posto nada, mas eu pretendo tentar encerrar essa fic.
Quero agradecer a todos os que me incentivaram a continuar e pedir desculpas por ser uma péssima autora e deixar vocês na mão.
O título desse capítulo é bem apropriado. Traz esperança para muitos de nós, inclusive eu.
Lu Franco, desculpe ter demorado tanto pra fazer a coisa certa.



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Lúcia tocou o colar prateado e reluzente em seu pescoço com admiração. A corrente era fina e delicada, assim como o pingente em alto-relevo de um escudo e uma espada entrelaçados. Ela não pôde deixar de sorrir diante da ironia: as duas armas encontradas por Peter e Edmundo, juntas e formando uma única peça, assim como os dois garotos, que haviam trabalhado em dupla para tirá-la do abismo.

Perguntou-se vagamente do que aquele colar poderia ser capaz e enquanto o examinava sentiu o pingente se abrir, revelando um interior não tão reluzente quanto o lado de fora, pois parecia um pouco empoeirado. Então ela se adiantou em pegar o cantil que Edmundo prontamente lhe estendeu e limpar o interior do pingente com um pouco da água do lago. Porém, ao invés da água respingar para fora, ela foi imediatamente absorvida.

A garota observou, admirada, enquanto o interior do pingente começava a reluzir como um espelho, refletindo seu rosto com um sorriso luminoso.

–Lúcia! –O som da sua voz pareceu sair do colar, em tom animado.

–Aila. –Lúcia disse para o colar, chamando a atenção dos dois garotos, que se aproximaram enquanto ela retirava o colar do pescoço para que eles pudessem vê-lo melhor.

–Fico feliz de vê-los ainda inteiros. –Aila disse, aliviada.

–Nós também. –Peter brincou. –Como você foi parar aí dentro?

–Não tenho certeza, mas suspeito que seja graças à água do lago que está com vocês. –O espírito ponderou.

–Bem, seja como for, pelo menos a gente não vai mais precisar fazer todo o caminho de volta para falar com você e poderemos ir adiante. –Edmundo disse.

–Como se a gente soubesse o caminho de volta. –Peter revirou os olhos.

–Vocês estão perdidos? –Indagou Aila.

–É que eu acabei desviando todo mundo do caminho. –Lúcia admitiu, envergonhada.

–E quase despencou no fundo de um abismo. –Peter resmungou.

–Um abismo? –Aila indagou.

Lúcia corou horrores enquanto os dois garotos explicavam o que havia acontecido para o espírito. Contaram também sobre como obtiveram o escudo. Ao final do relato, Aila pareceu ficar pensativa por alguns instantes.

–Por quê não apontam o colar para o que está ao redor de vocês para que eu possa tentar identificar que lugar é esse? – Sugeriu Aila.

Os três assentiram e puseram a ideia em prática, mostrando para o colar todas as direções possíveis. Logo, o espírito se pronunciou:

–Vocês não estão longe da fortaleza de Duman.

–Então não vamos procurar mais nenhuma arma? – Indagou Peter.

–Que eu saiba essas são as armas. –Disse o espírito enquanto o colar era posto entre os três jovens novamente.

–Tudo bem. Teríamos que enfrentar Duman mesmo alguma hora. – Edmundo deu de ombros.

–Vocês devem seguir na direção das montanhas. Podem tentar passar entre elas, mas se forem emboscados não terão muitas alternativas para escapar. – Explicou Aila.

–Não acho que estamos em condições de escalar uma montanha. – Falou Lúcia.

Os garotos concordaram que teria que ser pelo caminho mais perigoso. Mas como já começava a escurecer, decidiram acampar aquela noite para descansar. Havia sido um dia muito longo e cansativo.

Enquanto os rapazes foram procurar lenha para uma fogueira, Lúcia ficou encarando seu colar já fechado por algum tempo. O fecho era quase imperceptível, e ela se perguntou se não haveria algo parecido nas outras armas.

Quando os dois retornaram, ela pediu para dar uma olhada no escudo e na espada. O primeiro parecia um escudo narniano comum, já no segundo ela notou um pequeno entalhe no punho que mostrava duas espadas que pareciam se dividir e teve uma ideia.

Tentou puxar a espada em duas direções, mas nada aconteceu. Procurou algum fecho, mas não encontrou nenhum. Com um suspiro ela começou a deslizar o dedo pelo entalhe, até que sentiu ele afundar como um botão. A espada emitiu um leve brilho e então uma segunda caiu no chão, parecendo ter se desgrudado da primeira.

A atenção dos garotos foi puxada para o som de algo caindo e eles encaram as duas espadas embasbacados.

–Sou só eu que estou vendo dobrado ou são mesmo duas espadas? – Peter indagou.

–Acho que estou vendo dobrado também. – Edmundo disse, enquanto tomava a espada que havia caído em suas mãos.

O moreno examinou a espada idêntica a que Peter havia encontrado, enquanto Lúcia explicava sua ideia de procurar algum fecho que pudesse ter passado despercebido por eles.

A ideia de ter duas espadas pareceu animar os garotos consideravelmente. Ambos se puseram de pé e Edmundo resolveu ensinar um pouco sobre táticas de luta para Peter.

Naquela noite o som de risos e das lâminas se chocando pareceu abafar qualquer preocupação por algumas horas. E quando os três finalmente caíram no sono, já tinham alguma esperança sobre o dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Ânimo pessoal! Não pretendo demorar mais meses pra postar de novo. Até vim na faculdade mais cedo pra postar pra vocês, porque me computador é um @#$%¨&!
Espero que tenham gostado.