A Promessa escrita por Maisa Cullen


Capítulo 15
Capítulo 14 - O próximo destino


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal. As aulas voltaram com tudo, além de eu estar tendo pouco tempo no computador que nem é meu, então me desculpem pela demora dessa vez. Eu vou tentar postar pelo menos uma vez na semana ou talvez duas já que eu tenho certeza que uma certa garota vai me infernizar a vida (Estou falando com você mesma, Luiza).
Eu realmente tive certa dificuldade pra escrever esse capítulo porque eu queria que ficasse perfeito, à altura para os meus leitores e como forma de agradecer à Lu pela linda recomendação, que apesar de suas negativas, foi linda e me emocionou.
Beijos e aproveitem!



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De volta à clareira, Lúcia notou a pequena pilha de lenha que seu irmão e Peter haviam reunido. Ainda em silêncio observou Edmundo acender o fogo atritando um graveto menor com outro, até que pequenas faíscas incandescentes surgiram e logo se tornaram uma chama.

Desviou sua atenção para Peter que estava a alguns metros de distância e depois voltou sua atenção para a fogueira, que já começava a crepitar. Suspirou com o clima não muito amistoso que pairava no ar graças à quase briga entre seu irmão e Peter. Então sentou-se próxima ao fogo e observou a floresta que havia lhes atacado logo à frente. Já escurecia ao seu redor, mas tudo que ela podia ver eram as primeiras árvores, já que a floresta era densa e não permitia a entrada da pouca claridade.

Já sentindo-se incomodada com o silêncio, a garota resolveu se pronunciar:

–Ed, eu sinto muito por ter te deixado preocupado.

–É, eu também sinto muito por ter me excedido. –Ele disse mais calmo, sentando-se ao lado da irmã.

–Acho que não pensei muito no que estava fazendo quando me afastei da clareira. –Disse cabisbaixa.

–Afinal de contas, o que você estava fazendo no lago? –Inqueriu Edmundo.

–Ficar sozinha nessa clareira estava me deixando melancólica, eu estava precisando distrair um pouco a cabeça e acabei encontrando algo... –Ela confessou sem saber bem como abordar o assunto.

–Como assim “algo”? –Questionou o irmão.

–Eu falei com o espirito do lago. –Lúcia soltou de uma vez.

–Agora, além de árvores vivas, esse lugar tem fantasmas também? –Edmundo mal podia crer, mesmo já tendo visto quase de tudo.

–Aila não era um fantasma. –Lúcia objetou. –E foi de grande ajuda, na verdade.

–Aila? –Edmund ergueu uma sobrancelha.

–É o nome dela. –Lúcia explicou. –Parece que Duman destruiu ou aprisionou aqueles que não quiseram se juntar à ele quando chegou em Ódin.

–Ódin? –O garoto indagou.

–É o nome do mundo em que estamos. –Ela contou. –Mas não tive tempo de perguntar mais detalhes para Aila antes... Bem... Antes de você e Peter aparecerem.

Então Lúcia contou em detalhes a conversa que teve com Aila, lançando seu olhar na direção de Peter algumas vezes para ter certeza de que ele estava ouvindo também e acabou flagrando-o a encarando em todas as oportunidades, o que a fazia desviar os olhos rapidamente.

Peter acompanhava as explicações de Lúcia em silêncio, contemplando-a na luz bruxuleante da fogueira, não se preocupando muito em disfarçar seu olhar atento e sorrindo internamente toda vez que ela desviava o olhar. Não podia imaginar nada mais encantador. Isso o fez esquecer um pouco a presença de Edmundo, que enchia a irmã de perguntas.

A noite caiu sobre o céu como um manto fino e leve, aos poucos se acomodando no lugar. A lua não podia ser vista, mas pequenas estrelas pontilhavam o manto noturno timidamente, reconfortando os três jovens e trazendo-lhes as lembranças de seu mundo. Finalmente havia algo naquele lugar que não parecia muito diferente do que estavam acostumados.

Logo o sono começou a se manifestar quando o assunto pareceu se extinguir, não por falta de perguntas, mas sim pela falta de respostas. Aos poucos os três foram se acomodando da forma como conseguiram na grama espessa e por fim, acabaram vencidos pelo cansaço que aquele dia havia lhes trazido.

***

Lúcia foi a primeira a despertar, e enquanto esticava os membros ainda adormecidos, lembrou-se de onde estava, tratando logo de se levantar. Felizmente seu cabelo não estava parecendo uma moita, pois ela havia dormido com ele na trança. Enquanto a desfazia foi desembaraçando os fios com as mãos e deixou as pequenas ondas caírem em suas costas.

Depois de lidar com o cabelo, ela encaminhou-se para o lago, pois queria falar com Aila. Ainda era cedo e ela sabia que teria algum tempo antes dos dois garotos acordarem.

No fim da clareira, como no dia anterior, ela se sentou na margem do lago e tocou a água com a ponta dos dedos. Sua imagem tremulou e logo em seguida, Aila lhe sorria.

–Oi. –Disse meio sem jeito.

–Oi. –Respondeu Aila sorridente.

–Desculpe por ter ido embora ontem sem aviso. –Lúcia pediu.

–Tudo bem, eu ouvi a pequena discussão de ontem. Além do mais, não tenho muita companhia por aqui. –O espírito deu de ombros.

–Você ouviu? –A garota perguntou curiosa.

–Não é porque não tenho forma que não posso notar o que acontece ao meu redor. –Aila falou em tom neutro.

–Desculpe, não quis ofender. –Lúcia encolheu os ombros.

–Fica tranquila, não ofendeu, eu é que falo sem pensar às vezes. –Seu reflexo revirou os olhos, fazendo Lúcia sorrir. –Na verdade, eu não te culpo por não saber disso, eu não pareço muito humana mesmo.

–Você era uma humana antes de ser... –Lúcia perguntou sem jeito.

–Aprisionada? –Aila completou. –Não exatamente. Eu tinha alguns poderes de fada bem legais.

–Havia pessoas como você por aqui? –A garota questionou.

–Ódin era um mundo bem tranquilo antes, cheio de vida, com fadas, ninfas e seres pacíficos. –Aila contou. –Agora não dá nem pra imaginar como havia sido no passado.

–Eu sinto muito. –Lúcia se sentiu triste por aquele mundo. –Talvez quando derrotarmos Duman o seu mundo volte a ser o que era antes.

–Bom, talvez eu possa ajudar de alguma forma. –Aila ofereceu prontamente.

–Eu agradeço, pois estamos meio perdidos aqui. –A garota confessou. –Precisamos encontrar algumas armas escondidas aqui por Aslan. Talvez você já tenha ouvido falar delas.

–As armas do grande leão. –Ponderou o espírito. –Já ouvi algumas lendas à respeito.

–Mesmo? –Lúcia ficou esperançosa.

–Sim, mas sempre diziam que elas estavam nos lugares mais perigosos de Ódin. –Aila pareceu estremecer.

–A floresta. –Lúcia se lembrou. –Quando chegamos aqui fomos atacados pela floresta e encontramos uma espada.

–É, definitivamente só pode ser um pressagio do tipo de lugar onde você e aqueles outros dois vão se meter. –Disse seu reflexo no lago.

–Quais os lugares que você já ouviu falar? –A garota indagou.

–Seguindo a linha dos piores lugares, pode ser que a caverna seja o próximo destino de vocês. –O tom de Aila ao citar o provável próximo destino deu uma impressão não muito boa à garota.

–Não custa tentar, já que não temos outra opção. –Lúcia suspirou.

–Eu diria que pode custar mais do que você imagina. –O espírito advertiu.

–Como assim? –Aquele tom deixou Lúcia inquieta.

–Antes mesmo de Duman aparecer por aqui já se evitava aquela caverna. –Explicou Aila.

–Vamos ter que investigar para ver o que encontramos. –A garota disse torcendo para que não fosse pior do que a floresta.

Com um suspiro pesaroso, Aila foi dando as direções para Lúcia que repetia tudo mentalmente para não se esquecer. Ao que parecia a caverna não ficava muito longe dali.

Por fim, desejando-lhe sorte, o espírito pediu para que Lúcia retira-se um cantil com água do lago e explicou que aquilo faria com que eles não sentissem fome, o que foi um alivio para Lúcia, que não comia desde que fora parar naquele mundo e que já estava preocupada que não pudessem encontrar frutas nas árvores vivas.

Voltando para a clareira, Lúcia percebeu que não havia passado muito tempo e que os dois garotos tinham acabado de acordar. “Pelo menos eles não tiveram tempo para se preocupar comigo outra vez”. Pensou a garota, aliviada.

–Já sei o nosso próximo destino. –Declarou Lúcia para seu irmão e Peter.


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Notas finais do capítulo

Xii. Acho que vocês já devem estar tendo uma ideia dos perigos que estão por vir.
Eu não vou mentir, ainda nem pensei muito bem no que vou escrever, geralmente eu deixo isso por conta do momento, então nem adianta perguntarem.
Comentem e deixem sugestões para os próximos perigos, pois estou precisando de mais ideias.
Beijos.



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