Annabeth estava sentada na grama do parque com as costas encostadas em uma árvore enquanto se distraia lendo um livro, quando viu alguém parar em sua frente. Ela ergueu seu olhar contra o sol e sorriu.

– Oi. – ela disse.

– Oi.- Percy disse se sentando ao seu lado e lhe dando um selinho. – Me atrasei?

– Na verdade não. – ela respondeu e ele soltou um suspiro aliviado – Eu que cheguei cedo mesmo.

– Que bom. – ele sorriu e deitou com a cabeça no colo de Annabeth. – Tenho certeza que você iria me matar se eu me atrasasse.

– Não.- ela riu – Não sou tão má assim e a banda precisa de você hoje a noite.

– E pensar que criamos essa banda há quase dois anos. –ele disse.

– Foram quase dois anos incríveis. A banda, a escola... você. – ela disse e o beijou.

– Bom saber que não é só por causa da banda que você não vai me matar. – ele riu.

– Pode ter certeza que não é só por isso.

– Preparada para o último show da banda? – ele perguntou.

– Acho que nunca vou estar preparada. – ela suspirou – Vai ser difícil acabar com a banda depois de tanto tempo.

– Agora cada um vai seguir seu caminho.

– É, felizmente algumas coisas não vão mudar totalmente. – ela disse acariciando os cabelos de seu namorado.

– Ainda bem.

Eles ficaram sentados conversando enquanto observavam o movimento no parque. Depois Annabeth foi para sua casa para se arrumar para o show da banda á noite.

Quando chegou em casa, cumprimentou seu pai e subiu para seu quarto. As coisas haviam melhorado e muito desde que seu pai parou de brigar com ela por causa de sua madrasta. Agora eles conversavam, riam e as vezes até saiam juntos e ela estava feliz por isso.

Separou a roupa que iria usar hoje. A banda iria tocar no baile de fim de ano da escola e este provavelmente seria o último show do grupo, já que vários iriam para outros lugares e faculdades de todos os tipos.

Colocou uma calça jeans preta rasgada, uma regata branca e um all star preto. Fez uma trança no cabelo e pediu para seu pai leva-la para o lugar onde aconteceria o show.

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Percy havia chegado ao salão antes de toda a banda. O local estava cheio de alunos da escola e muitos deles ele só conhecia de vista. Seria o último baile que teria na escola, afinal havia se formado esse ano juntos com os outros integrantes da banda.

Ficou afinando a guitarra e repassando as músicas até Thalia e Jason chegarem. Ela estava de preto como sempre e ele estava com uma calça jeans e uma camisa amarela.

– Oi cabeça de alga. – disse Thalia.

– Já cansei de dizer para não me chamar assim. – Percy disse.

– Você sabe que ela nunca vai cansar. – disse Jason.

– Infelizmente eu sei disso.

– Não me leve a mau, mas o apelido combina com você. – riu Thalia.

Ficaram conversando e rindo por alguns minutos até que Hazel chegou e pouco tempo depois Annabeth também. Com todos ali, eles começaram a ensaiar antes da apresentação.

– Pessoal, vocês entram em dez minutos. – avisou o diretor.

– Ok. – disseram.

– É melhor nos prepararmos. – disse Hazel.

– Não acredito que esse é mesmo o último show da banda. – disse Thalia suspirando e todos baixaram o olhar.

– Gente, esse não é o último show da banda, ainda podemos tocar algum dia! – disse Annabeth – Não é porque não vamos nos ver frequentemente que nunca mais poderemos voltar com a banda!

– Concordo com a Annie, isso não é um adeus é só um até logo. – disse Hazel e todos assentiram.

– Então gente o que vocês vão fazer a partir de agora? – perguntou Percy.

– Vou fazer um intercambio para a Inglaterra. – disse Thalia.

– Eu vou tentar virar um piloto de avião. – disse Jason.

– Eu vou fazer faculdade de história. – disse Hazel.

– Vou fazer faculdade de arquitetura. – disse Annabeth - E você Percy?

– Quero tentar biologia marinha. – ele disse – É a única coisa em que eu sou bom de verdade.

– Parece que não vamos ter tempo para nada. – disse Thalia.

– Parece que não. – concordou Jason – Mas ainda vamos manter contato sempre.

– Claro. – disse Percy – Porque fizemos uma promessa de ficar unidos.

– Vocês entram em oito segundos! – gritou o diretor.

– Chegou a hora. – disse Thalia.

O grupo uniu as mãos em uma roda como sinal de união. Todos estavam um pouco nervosos por ser o último show da banda e queriam que ele fosse memorável.

– Então vamos até lá e .... – disse Annabeth.

– Let’s Love!!! – gritaram jogando as mãos para cima.

Eles subiram até o palco e foram para seus lugares: Thalia e Percy na guitarra, Hazel no teclado, Jason na bateria e Annabeth no vocal. Começaram a cantar e as pessoas gritavam e pulavam ao som da música. Percy e Thalia fizeram solos alternados com as guitarras, o que fez as pessoas gritarem ainda mais.

O melhor de tudo quando faziam uma apresentação era que eles se divertiam como nunca. Tocaram e cantaram diversas musicas até que chegaram ao ponto alto do show e começaram uma música especial onde todos cantariam juntos. Então eles começaram:

17 Crimes

If you had a day

Would you give me a moment?

Would you allow our play

To leave no bone unbroken?

Let’s love, like 17

I’m in love with poisoning

Only bring your pretty, frightful gifts to me.

Let’s love, and kill like 17 now

If I weren’t so cold

We could unfreeze these moments

And as the world grows old

We’ll leave no heart unbroken

Let’s love, like 17

I’m in love with poisoning

Only bring your pretty, frightful gifts to me

Let’s love, and kill like 17 now

Tomorrow cannot be like this

And even know it’s such a sin, my love

Tomorrow cannot be like this

Tomorrow they will take a stand

We’ll leave no heart unbroken

Let’s love, like 17

I’m in love with poisoning

Only bring your pretty, frightful gifts to me

Let’s love, and kill like 17 now

Let’s love, like 17

I’m in love with your new screams

Only bring those pretty, frightful things to me

Let’s love, and kill like 17 now

Let’s run, and kill like 17 now

Let’s love, and kill like 17

17 Crimes

Se você teve um dia

Você poderia me dar um momento?

Você permitiria o nosso jogo

Para não deixar nenhum osso intacto?

Vamos amar, como 17

Eu estou apaixonado pelo envenenamento.

Apenas traga seus belos, terríveis presentes para mim.

Vamos amar, e matar como 17 agora

Se eu não fosse tão frio

Poderíamos descongelar esses momentos

E como o mundo envelhece

Não vamos deixar nenhum coração ininterrupto

Vamos amar, como 17

Eu estou apaixonado pelo envenenamento

Apenas traga seus belos, terríveis presentes para mim

Vamos amar, e matar como 17 agora

Amanhã não pode ser assim

E mesmo saber é como um pecado, meu amor

Amanhã não pode ser assim.

Amanhã eles vão tomar uma posição

Não vamos deixar nenhum coração ininterrupto

Vamos amar, como 17

Eu estou apaixonado pelo envenenamento

Apenas traga seus belos, terríveis presentes para mim

Vamos amar, e matar como 17 agora

Vamos amar, como 17

Eu estou apaixonada por seus novos gritos

Apenas traga essas bonitas, coisas terríveis para mim

Vamos amar, e matar como 17 agora

Vamos correr e matar como 17 agora

Vamos amor, e matar como 17

Assim que terminaram todos aplaudiram e gritaram como nunca. Percy, Annabeth, Jason, Thalia e Hazel estavam felizes e agradeceram.

– Foi incrível poder tocar para vocês hoje pessoal! – disse Thalia.

– Mas infelizmente esse é o último show da banda... – disse Annabeth, o que causou protestos vindos das pessoas.

– Gente isso não é um adeus. – explicou Hazel - Nós só não teremos tanto tempo para dedicar a banda e por isso resolvemos parar por aqui.

– Não estaríamos aqui se não fosse por vocês. – disse Percy – Valeu galera!!! – continuou fazendo todos gritarem.

Então eles desceram do palco e caminharam até o lado de fora do salão. Percy pegou a mão de Annabeth e eles viram Jason e Piper se abraçando, Thalia e Nico se beijando e Hazel e Frank conversando alegremente. Sem perceber Percy acabou baixando o olhar.

– O que foi? – perguntou Annabeth.

– Vai ser difícil ficar sem a banda e sem conviver com todos eles. – ele explicou apontando para os amigos.

– Mais ainda vamos conviver com eles cabeça de alga. – ela sorriu.

– Não vai ser a mesma coisa daqui para frente.

– Com certeza não. – ela disse e o beijou – Vai ser melhor. – ela sussurrou e ele sorriu.

Então ficaram observando os fogos que marcavam o fim do ano e o inicio do novo. Daqui para frente tudo seria diferente, mas como Annabeth disse as coisas podem ser melhores do que já eram. Com esse pensamento Percy sorriu e ficou imaginando que surpresas estariam reservadas para o próximo ano.