Percy já estava entediado em seu quarto no hospital quando sua mãe chegou para leva-lo para casa. Eles arrumaram o que tinham que arrumar e saíram em direção a garagem do hospital para pegar o carro.

– Está se sentindo bem? – perguntou sua mãe.

– Estou. – ele respondeu.

– Você está quieto. – ela disse.

– Só estou pensando em algumas coisas.

– Estranho, porque você nunca pensa.

– Ha há, muito engraçado. – ele disse fingindo ter ficado bravo.

Eles foram em silencio pelo resto do caminho até sua casa. Quando chegou, Percy foi até a porta da frente e não viu a hora de finalmente estar em casa novamente, e assim que abriu a porta varias luzes coloridas se acenderam revelando diversas pessoas.

– SURPRESA!!! – elas gritaram fazendo o dar um pulo e quase cair para trás.

– Essa surpresa é pra mim? – perguntou.

– Não cabeça de alga. – disse Thalia sarcástica – Nós gritamos surpresa para você porque ela não era para você, sabe?

– Você é lerdinho Percy. – disse Raquel.

– Mas para que tudo isso? Nem é meu aniversario. – ele disse sem conseguir conter um sorriso.

– Porque você me salvou. – disse a voz que Percy mais queria ouvir – Por que mais seria? – ela sorriu para ele e ele retribuiu. Ela estava linda com um vestido azul que se encaixava perfeitamente nela e seus cabelos estavam ondulados e caindo por cima dos ombros. – Não precisa babar Percy. – disse ela.

Não sabia exatamente o que havia acontecido, mas quando se deu por si estava abraçando Annabeth fortemente.

– Obrigada. – ela sussurrou.

– Não tem que me agradecer. – ele sussurrou de volta.

Quando eles se separaram depois de vários minutos percebeu que todos olhavam para os dois.

– OWN... – falaram em coro e Percy não soube quem estava mais vermelho, ele ou Annabeth.

– Vamos começar essa festa!!! – gritou alguém ao fundo e a música começou a tocar dispersando a multidão que ficara focada na entrada da casa.

– Ainda não acredito que fizeram essa festa para mim. – ele disse.

– Você merece. – disse Annabeth sorrindo – Afinal você quase morreu.

– Ainda bem que tudo voltou ao normal.

– Com certeza.

– Quer beber alguma coisa? – ele perguntou.

– Claro. – ela disse e entrelaçou os dedos nos dele, o que fez com que uma pequena corrente elétrica passasse pelo corpo dele.

Eles foram até um balcão onde estavam distribuindo comidas e bebidas. Ficaram sentados conversando sobre coisas normais sem tocar no assunto do sequestro, de vez em quando Percy recebia parabéns pelo o que havia feito e ele agradecia educadamente.

– Annabeth vem comigo. – ele disse pegando na mão dela.

– Para onde? – ela perguntou.

– Lá fora. Eu queria falar com você sem uma plateia para variar. – ela assentiu.

Ele a guiou até um pequeno jardim que tinha nos fundos da casa e se sentou em um banco ali, indicando para que ela também se sentasse.

– Então o que queria falar comigo? – Annabeth perguntou e por um momento Percy se perdeu na imensidão cinza que eram os olhos dela.

– É que... bem... eu... – ele se engasgou com as palavras, mas respirou fundo e continuou – Queria pedir desculpas.

– Pelo que? Você não fez nada de errado.

– Se eu não tivesse beijado a Raquel aquele dia você não teria saído correndo e talvez Luke não tivesse conseguido te levar. – ele disse abaixando a cabeça – Eu só fiz aquilo, porque eu tinha acabado te terminar com ela e ela havia me pedido um último beijo.

– Percy, - ela disse pondo as mãos em seu rosto e fazendo com que ele olhasse para ela – Não foi sua culpa. – ela disse pausadamente – E se não fosse por você talvez eu nem estivesse aqui.

– Mesmo assim...

– Percy ninguém está te culpando e você também não pode se culpar.

– Eu me importo muito com você e não conseguiria aguentar se soubesse que algo de ruim tivesse te acontecido. – ele disse despejando as palavras.

– Eu também me importo com você. – ela disse fazendo o coração de Percy disparar – Eu fiquei desesperada depois que você levou aquele tiro e foi parar no hospital. Eu não iria aguentar se você nunca mais acordasse.

Sem nem pensar Percy a puxou para perto e a beijou. Instantaneamente ela colocou as mãos em seu cabelo enquanto ele a segurou com as mãos em sua costa a puxando para mais perto. Suas línguas estavam em sintonia como se já tivessem feito isso milhares de vezes. Foi um beijo quente e apaixonado. Se separaram apenas quando ficaram totalmente sem folego.

Ele encostou a testa na dela e os dois ficaram olhando dentro dos olhos um do outro, enquanto respiravam ofegantes.

– Eu te amo. – ele disse – Eu faria qualquer coisa por você.

– Eu também te amo. - ela disse – E eu também faria qualquer coisa por você.

Eles se beijaram mais uma vez até perder o folego.

– Agora é melhor nós entrarmos. – Annabeth disse – As meninas vão surtar se descobrirem que saímos mesmo sendo por um bom motivo.

– Não sei se quero alguma delas gritando no meu ouvido. – ele disse e Annabeth riu.

– Vamos. – eles trocaram um selinho e seguiram de mãos dadas de volta para a festa.

Quando entraram alguém anunciou que seria uma música especial para os casais e começou a tocar uma música lenta e romântica.

– Me daria a honra dessa dança? – disse Percy como um cavalheiro.

– Claro. – disse Annabeth.

Ele colocou uma mão em sua cintura e a outra colocou sobre a de Annabeth, que colocou a dela em seu cabelo. Eles ficaram dançando em harmonia e em um ponto alto da música ele disse:

– Annie, você é a garota mais linda e inteligente que eu conheço e eu queria saber se me daria a honra de ser minha namorada.

– É tudo que eu mais quero. – ela disse e ele sorriu.

Os dois se beijaram apaixonadamente e ao seu redor vários outros casais seguiram o exemplo deles. Quando se separaram puderam definir os casais: Jason e Piper, Silena e Charles, Hazel e Frank, Clarisse e Chis, Thalia e Nico, entre muitos outros.

– Não sabia que a Thalia estava com o Nico. – disse Percy.

– Eles se declararam enquanto você estava no hospital. – Annabeth explicou.

– Quem diria.

– É foi muito fofo, ele a pediu em namoro na frente da escola inteira.

–Os dois até que combinam.

– Percy? – perguntou Annabeth – Por que você nunca me chamou de Annie antes?

– Eu não sei. – ele disse – Acho que queria esperar o momento certo. Mesmo isso parecendo ridículo.

– Não é ridículo Percy. – ela disse – É muito fofo.

– Eu te amo Annie. – ele sorriu – Acho que nunca vou me cansa de dizer.

– Eu também nunca vou me cansar de dizer que também te amo.

Eles se beijaram mais uma vez e assim que se separaram viram que Thalia, Jason e Hazel estavam parados olhando para os dois.

– O que houve? – perguntou Annabeth.

– A banda foi convidada para tocar na boate mais famosa da cidade. – disse Jason animado.

– Sério? – Percy perguntou e Jason assentiu – isso é demais!

– Com certeza. – disse Thalia – Temos que ensaiar pra caramba, afinal a boate é frequentada por mais de 2 mil pessoas. Dá para acreditar?

– Nós vamos arrasar. – disse Hazel.

– Vamos. – disse Annabeth.

– Parece que temos um novo começo pela frente. – disse Percy

– Novas oportunidades... – disse Hazel.

– Novas histórias... – disse Thalia.

– Novas amizades... – disse Jason.

– Novos amores e o melhor de tudo... – disse Annie – estamos juntos.

– Para sempre! – gritaram em uníssono.