Stay by my side

- Patchouli vim pegar uns livros emprestados! – A garota gritou antes mesmo de abrir a porta da biblioteca num estrondo.

- Não me diga que a Meiling está dormindo novamente? – Patchouli ditou batendo com a palma da mão na testa.

- Alias Patchouli, sobre o Touhou M1... – Marisa começou a dizer e garota de longos cabelos roxos corou furiosamente com a citação do programa. – Você e a Meiling falam bastante de mim né? Principalmente sobre você gostar de mim. – Concluiu sorrindo.

- Apenas faz parte do script! – Patchouli tentou se defender, mas Marisa apenas deu um sorriso sapeca para a outra.

- Eu sei. – Marisa deixou Patchouli lendo e foi atrás de um livro pela imensa biblioteca da outra. – Mas bem que poderia ser verdade... – Marisa murmurou para si mesma.

Continuou a andar pelos corredores, as estantes de livros parecia não ter fim, mesmo que já tivesse andado por aquele lugar verias e varias vezes, foi quando viu Koakuma voando para alcançar um dos livros.

- Ah Koakuma! – Marisa exclamou e o que recebeu da outra foi um olhar mortal, não entendeu o porquê daquilo.

- O que faz aqui humana? – Koakuma perguntou ríspida. – Seja o que for vá embora logo! – Simplesmente saiu de perto de Marisa a deixando sem entender nada.

- Mas o que foi que eu fiz? – Marisa se perguntou olhando para a direção que Koakuma havia tomado, não conseguia assimilar as coisas.

Voltou a sua tarefa de achar um livro que parecesse interessante, não tardou muito para pegar dois ou três livros, e voltar pelo mesmo caminho que havia chegado até ali.

- Vocês não tem nada há ver com isso?! – Ouviu Patchouli gritar, logo reconheceu Remilia e Sakuya ali, que perceberam rapidamente sua presença ali.

- Ah o rato está ai... – Remilia comentou sarcasticamente. – Já terminou o que tinha que fazer? Agora pode ir embora, e se for possível nunca mais apareça por aqui. – Remilia dizia com um sorriso maligno nos lábios.

- Eh? O que foi que o fiz? – Marisa perguntou sem entender, logo teve que desviar de algumas facas, olhou assustada para Sakuya, e depois olhou para Patchouli, esta por sua vez tinha lágrimas nos cantos dos olhos e olhava fixamente para baixo.

- Marisa san poderia simplesmente ir embora? – Sakuya perguntou sorrindo e a loira ali segurou a aba de seu chapéu o abaixando um pouco para esconder seus olhos.

- Okay! Eu estou indo embora. – Marisa simplesmente se aproximou de Patchouli e deixou os livros sobre a mesa da maga. – Eu volto para devolver os outros... – E com isso se pôs a andar e saiu da grande biblioteca de Patchouli.

- Finalmente ela se foi... – Koakuma disse suspirando em alívio.

- Por que vocês fizeram isso? – Patchouli ditou com certa raiva, e logo saiu do campo de visão dos demais se escondendo no labirinto de estantes de livros que era a sua biblioteca.

- Espera Patche! – Remilia gritou, mas Patchouli a ignorou completamente.

- Eh? Remi te expulsou de lá? – Reimu perguntava como se aquilo fosse a coisa mais anormal do mundo. – Mas por que ela fez isso? Seria um incidente? – Ponderou.

- Incidente? Acho que não... Maa Koakuma e até mesmo a Sakuya estavam estranhas comigo... – Marisa rolou pelo chão perto da mesa de centro.

- E a Meiling? – Alice perguntou curiosa.

- Meiling estava dormindo... – Respondeu a bruxa, já cansada, simplesmente se levantou se espreguiçando. – Acho que vou dar um volta, talvez ver a Mokou e a Kaguya se matando como todo dia... – Comentou desanimada, já abrindo a porta do templo.

- Você que sabe... – Reimu respondeu por fim, logo a porta lá era fechada e Marisa saia voando dali. – Eu também vou dar uma saída. – Se espreguiçou.

- Vai para onde Reimu? – Alice perguntou sem entender.

- Para a mansão Scarlet oras... – Respondeu como se aquilo fosse o óbvio. – Quero saber o que está acontecendo... Fique a vontade Alice. – Com isso apenas saiu dali, e fechou a porta.

- Hm... Será que eu deveria fazer algo também? – Alice se perguntou. – Acho que não é problema meu. – Simplesmente voltou a costurar suas bonecas.

- Reimu san! – Meiling cumprimentava a outra. – Pode entrar, provavelmente a Ojou sama já está acordada. – A chinesa dizia sorrindo.

- Meiling, você se importa de me responder umas coisas? – Perguntou e Meiling assentiu e Reimu tomou coragem. – O que aconteceu para enxotarem a Marisa daqui? – Perguntou interessada e Meiling olhou para os lados, remexeu os dedos numa clara demonstração de nervosismo que não passou despercebido aos olhos de Reimu.

- Por que não pergunta isso para a Ojou sama? – Meiling disse já empurrando Reimu para dentro dos enormes portões.

- Meiling! – Exclamou pela outra que começou a assobiar fingindo não ouvir o que Reimu dizia. – Mou! – Reclamou se pondo a andar para dentro da mansão.

Foi só colocar um pé dentro da mansão e Reimu se deparou com uma confusão, Sakuya e Koakuma estavam desesperados, indo de um lado para o outro, e Reimu não entendia o motivo para tal alvoroço.

- Reimu que bom que chegou. – Remilia descia as escadas correndo em direção da sacerdotisa do templo Hakurei. – A Patche sumiu. – Exclamou para o espanto de Reimu.

- Como assim sumiu? – Reimu perguntou assustada. – Não está na biblioteca? Aquele lugar parece um labirinto de livros! – Afirmou tentando acalmar Remilia.

- Não! Não está, Sakuya tem certeza disso! – Afirmou em puro desespero, Reimu podia ver nos olhos da vampira que realmente estava desesperada.

- Isso não há ver com o fato de terem expulsado a Marisa daqui hoje tem? – Reimu perguntou por fim e Remilia olhou assustada para a sacerdotisa.

- Mas foi pelo bem dela. – Afirmou para espanto de Reimu. – A Marisa está tendo um caso com a Alice, então achamos que seria melhor a Patche não vê-la mais pois só a faria sofrer. – Explicou.

- Eh? Isso é uma mentira! – Afirmou convicta e Remilia assentiu. – Quem foi que disse isso afinal? – Reimu perguntou.

- Hm... Acho que foi um coelho! – Remilia pareceu pensar.

- Vamos procura-la lá fora! – Resolveu tomar uma iniciativa, mas se lembrou da condição da outra. – Certo, certo. Eu vou procurar! - Com isso Reimu saiu correndo da mansão.

- O que será que eu compro para a Yuyuko sama? – A jovem espadachim de cabelos brancos se perguntava enquanto caminhava pela vila de humanos, havia saído para fazer as compras da semana e agora pensava em como agradar sua mestra, já era fim de tarde e deveria se apressar

- Ah! – Mal percebeu quando esbarrou em alguém e esse alguém simplesmente caiu no chão, se apressou para ajudar a jovem garota de roupas pijamescas, e longos cabelos roxos.

- Ah você é a Patchouli! – Exclamou quando se deu conta de quem se tratava, só havia percebido pelo grande numero de livros que havia se espalhado pelo chão.

Youmu ajudou a outra a recolher os livros e depois se levantar, Patchouli limpou a poeira das roupas, Youmu continuava a olhar para a garota ali.

- Obrigada. – Patchouli finalmente pegou seus livros das mãos de Youmu.

- Mas o que faz por aqui? Achei que sempre ficasse na mansão... – Youmu perguntou sem perceber. – Desculpe, isso não é da minha conta. – Pediu envergonhada.

- Eu fugi da mansa e estava indo para a Floresta da Magia... Mas acabei me perdendo no caminho... – Murmurou, foi quando ao longe pode ver duas figuras caminhando com certa dificuldade.

- Mokou san! Keine san! – Um dos moradores da vila gritou indo em direção das duas garotas de cabelos no mesmo ou um pouco mais escuro tom que os cabelos de Youmu, no caso de Keine um pouco azulados.

- Brigaram com a Kaguya de novo... – Youmu comentou aparentemente cansada de tudo aquilo, porem não disse mais nada. – Até quando vão continuar com isso? – Youmu perguntou para as duas, que agora se sentavam perto de si.

- Aquela maldita Kaguya vai me pagar por essa! – Mokou rosnou ignorando completamente a pergunta da espadachim que apenas suspirou cansada.

- Meiling realmente estava certa, o mundo de fora é muito diferente... – Patchouli parece ponderar, mas isso não passou despercebido pela dupla recém-chegada e por Youmu.

- Como assim? – Mokou perguntou.

- Nada... Eu posso curar seus ferimentos? Eu uso magia... – Perguntou envergonhada, e Keine assentiu respondendo pelas duas.

- Você não é um morador daqui né? De onde veio? – Keine foi quem perguntou.

- Eu... Eu moro na mansa Scarlet... Me chamo Patchouli Knowledge. – Se apresentou formalmente.

- Patchouli?! Finalmente te encontrei! – Marisa apareceu sabe se lá de onde juntamente de Reimu fazendo Patchouli se assustar com suas presenças, e acabar por se esconder atrás de Keine e Mokou.

O trio ali olhava de Marisa para Patchouli, Marisa estranhou a ação da maga que se escondia atrás de Mokou e Keine, Deu um passo em direção da garota de cabelos roxos porem esta se afastou como se estivesse com medo.

- Não se aproxime! – Pediu e isso alarmou o trio de cabelos brancos, Youmu levou sua mão a guarda de suas espadas automaticamente.

- O que foi? Patchouli? Remi está preocupada com você! – Reimu foi quem exclamou e tentou se aproximar, porém foi surpreendida com um ataque Mokou. – O que diabos você está fazendo? – Perguntou já começando a se irritar.

- Ela disse para não se aproximarem não foi? – Foi Keine que perguntou já se irritando.

- Eu não quero voltar! – Patchouli gritou por fim assustando. – Também não quero mais sabe de vocês duas! Principalmente de você Marisa! – A afirmação da outra fez os olhos da loira se entristecerem.

- Escuta aqui Patchouli aquela coelha te enganou! A Alice e a... – Foi interrompida por Marisa que havia colocado a mão em seu ombro.

- Eu não vou fazer nada, não chegarei perto de você, mas eu quero falar algo muito importante... Poderia me acompanhar sozinha? – Marisa já subia em sua vassoura, esperando uma resposta de Patchouli.

- Hm... Eu vou, mas... – Patchouli estava relutante.

- Você é muito mais poderosa que eu! Pode me derrotar com um único ataque, então? Vamos? – Propôs novamente, Patchouli assentiu e se virou para Keine, Mokou e Youmu.

- Arigatou. – Agradeceu ao trio que havia encontrado ali e tentara protege-la, e simplesmente levantou voou junto de Marisa.

- Então é assim? – Reimu reclamou. – Se fosse tão simples convencer ela as coisas seriam muito mais fácil, mas não a Marisa acha que pode convencer ela sem ajuda e... – Parou de falar quando viu que estava sozinha.

Marisa e Patchouli pousaram entre as árvores, a loira andou em direção a uma casa, abriu a porta, estavam na frente da casa de Marisa, a loira olhou para Patchouli esperando que esta se aproximasse para entrar, mas nem um passo foi dado.

- Entre! Eu não farei nada contra você, manterei uma distancia de três metros. – Entrou primeiro em sua residência, logo Patchouli fez o mesmo. – Quer alguma coisa? Chá? Biscoitos? Suco? Agua? Café? – Começou a oferecer, mas a outra recusou com um gesto.

- O que quer comigo? – Foi direto ao assunto e Marisa olhou para o chão.

- Eu planejei tanto isso, mas agora eu não sei como dizer. – Murmurou calmamente.

- Apenas diga o que é e me deixe ir embora. – Patchouli ditou por fim.

- Okay... – Marisa respirou fundo. – Eu quero que você se case comigo! – Disse por fim olhando nos olhos de Patchouli que se assustou com o pedido repentino da outra. – Ah não! Errei... – Ditou envergonhada.

- Você está brincando com a minha cara ou o que? – Patchouli já começava a ficar nervosa.

- Não... Eu te amo! Por favor aceite sair comigo! – Pediu por fim.

- Você tem coragem não é Marisa? Mesmo já estando num relacionamento com a Alice vem me pedir isso... – Patchouli murmurou.

- Mas eu não estou saindo com ela Patchouli. Devem ter mentido para você! – Afirmou em desespero perante a descrença de Patchouli.

- Você está apenas tentando me enganar não é? – A garota de cabelos roxos perguntou irritada, sentia que a tristeza logo venceria a raiva e começaria a chorar, de novo.

- Eu posso ser uma ladra, mas não mentirosa. – Patchouli a essa altura já estava de cabeça baixa pronta para sair dali, sua mão já estava na maçaneta da porta.

Marisa sem pensar duas vezes atravessou a distancia que a separava de Patchouli, segurou seu pulso tirando sua mão da maçaneta, e simplesmente beijou os lábios da maga, tentando mostrar seus sentimentos, mesmo que estivesse desesperada.

Patchouli tentou empurrar Marisa com a mão livre, mas ter seus lábios tomados pela pessoa que mais amava aos poucos foi quebrando a barreira que havia montado desde que o coelho havia lhe dito sobre o suposto relacionamento entre Marisa e Alice, Marisa enlaçou sua cintura com a mão livre lhe trazendo para mais perto.

- Agora você acredita em mim? – Marisa estava um pouco ofegante pelo beijo,soltou o pulso de Patchouli que pendeu para o lado do corpo da mesma.

- Eu... – Patchouli não disse mais nada, apenas segurou a roupa de Marisa com mais força, e abraçou a loira com a mão livre, que vagou até o meio das costas onde agarrou um pouco do tecido.

- Hehe! – Marisa riu retribuindo o abraço. – Você quer que eu te leve de vol... – Se calou quando ouviu baterem em sua porta.

- Patche eu sei que você está ai! – Era Remilia, irritada.- Marisa! Abra já essa porta! – As batidas na porta eram violentas e apressadas.

- Remilia! – Marisa gritou do lado de dentro da casa. – Mou! Nos deixe sozinhas por hoje, por favor. – Pediu sem paciência.

- Marisa! Abra imediatamente essa porta! – Remilia ordenou irritada com a loira.

- Remi, por favor... – Patchouli resolveu interferir.

- Ojou sama, vamos deixar assim hoje, amanhã a senhorita conversa com a Patchouli sama. – Era a voz de Sakuya.

- Tudo bem! Mas quero você em casa bem cedo amanhã, espero que tenha entendido Patche! – Remilia parou de bater na porta. – Vamos embora Sakuya, viemos aqui a toa... – Era perceptível que a vampira estava irritada.

- Hehe. – Marisa riu aproximando seu rosto do de Patchouli. – Pelo visto você vai dormir aqui, comigo. – A garota de cabelos roxos corou com o que Marisa havia dito. – Acho que poderei desfrutar a noite toda de você. – Marisa ditou roçando seus lábios nos de Patchouli antes de se afastar.

- Eh? Marisa? – Patchouli olhava sem entender para a atitude da bruxa.

- Acho que você quer descansar né? Afinal, você não está acostumada a fazer tantas coisas num único dia, deve estar cansada. – Simplesmente abriu uma porta que ficava no corredor. – Vem! Deite se minha cama e eu vou fazer algo para gente comer! – Afirmou e Patchouli assentiu caminhando em direção da outra.

- Posso mesmo? – Perguntou num tom baixo e envergonhado de voz.

- Claro! Você agora é a minha namorada, então eu tenho o dever de cuidar de você não é? – Respondeu num impulso e Patchouli corou com o que havia ouvido.

- Namorada? – Perguntou desviando o olhar dos olhos da loira.

- Ah... Digo... Se você aceitar. – Marisa também corou, e Patchouli estava envergonhada demais para responder algo. – Ah se quiser pode tomar banho também, o banheiro fica de aqui. – Abriu a porta que ficava na frente do quarto mostrando o local. – Deixa eu achar algo para você vestir. – Com isso a bruxa entrou no quarto começou a mexer seu guarda roupa.

- Arigatou. – Patchouli agradeceu e se aproximou de Marisa e simplesmente a abraçou por trás. – Sim eu aceito ser sua namorada Marisa. – Respondeu afundando o rosto na curva entre o pescoço e o ombro da outra, Marisa colocou sua mão sobre as de Patchouli que estavam sobre sua barriga.

- E depois aceitará ser minha esposa, e terá filhos comigo e... – Parou quando Patchouli começou a rir, o hálito quente arrepiando sua nuca.

- Se for possível sim, pra sempre... – Respondeu depois de um tempo.

- Sim, e seremos muito felizes juntas. – Marisa ditou por fim. – Pelo menos é o que eu desejo, ser feliz ao seu lado eternamente. – Completou, e simplesmente deu um jeito de virar o rosto para mais uma vez capturar os lábios de Patchouli.

- Nee Marisa eu acho injusto ficar com a cama só pra mim, pode ficar um pouco apertado, mas não quer dormir comigo? – Patchouli perguntou depois que encerraram o beijo.

- Seria um prazer. – Marisa respondeu sorrindo travesso.