Une seule rose escrita por Mione St


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo




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Quando Ino e Gaara chegaram na casa dela, os pais de Ino já estavam jantando. Ino conduziu Gaara até a cozinha e como uma adolescente saiu gritando.
Ino: Mãeeeeeeee, paiiiiii. Cheguei.
Hinata: (saindo da cozinha) Filha, que bom que já chegou. Recém fizemos a janta. E quem é esse rapaz tão bonito?
Gaara sorriu e olhou para o teto.
Ino: Ele se chama Gaara Sabaku No. O conheci no jardim, há alguns dias. Ele está passando por alguns problemas e o convidei para dormir aqui hoje. Algum problema?
Hinata: Você confia nele?
Ino: Sim.
Hinata: Então nenhum problema. Quando quiserem jantar, me avisem que deixo algo pronto para vocês. Seu pai e eu temos que sair em breve, assistir uma palestra ou algo do tipo... (fez cara de tédio) e seu pai necessita que eu vá junto ou ele morre.
Ino: Sei como o papai é. Vou mostrar o quarto para o Gaara e já jantamos. Não se preocupe e boa palestra.
Gaara: Uma boa noite senhora.
Hinata: Bonito e educado... belo gosto filha. Boa noite Gaara .
Ino empurrou Gaara para o quarto e fechou a porta. Ela caiu na cama e ele fitou o quarto de Ino. ERa todo branco, com algumas caixas de música, livros, cadernos, televisão, filmes, cds, dvds... um quarto adulto com algum toque feminino. Ele percorreu os olhos pelos livros. Alguns estavam intitulados "Literatura Inglesa" e outros "Os milagres da medicina: como vencer o impossível". Ino seguiu o olhar dele.
Ino: Faço faculdade de Letras.
Gaara: E deduzo que leia livros de medicina para se distrair.
Ino: Leio para saber o que me aguarda... odeio ser pega desprevenida.
Gaara: Você pensa demais no assunto...
Ino: Não tenho como não pensar. Bem, estou negligenciando você, que é meu hóspede. (ela se levantou) O banheiro é aqui (abriu uma porta) e logo arrumo a bicama para você. Não tenho nada para você usar, mas acho que pode pegar um pijama do meu pai. Espero que não se importe.
Gaara: De maneira nenhuma. E eu não conheci seu pai.
Ino: Ele fica nervoso com as palestras... mas não faltará oportunidade.
Gaara: E eles não temem deixar você sozinha aqui... com um estranho?
Ino: Meus pais confiam em mim. Sabem que eu sou cautelosa e julgo muito bem as pessoas. Dificilmente me engano. Acho que me enganei apenas uma vez e eu era bem mais jovem então... e me deixei levar...
Ela sorriu e abaixou a cabeça. Gaara se perguntou com quem ela tinha se enganado. Ao fundo, a voz da mãe de Ino anunciou que ela e o marido já estavam saindo. Ino ouviu o bater da porta.
Ino: Sós, enfim. Está com fome?
Gaara: Um pouco. Não comi desde que saí de casa.
Ino: Pois então vamos comer.
Eles desceram as escadas rapidamente. Ino abriu a geladeira e se serviu de um bom sanduíche, enquanto Gaara pediu por um pedaço de pizza. Os dois comeram em silêncio, conversando um pouco sobre a faculdade e os sonhos de cada um.
Gaara: Não falta muito para eu juntar o dinheiro necessário para conseguir pagar um aluguel durante um ano. E tenho certeza que serei promovido. (mastigando a pizza) E você?
Ino: Meu sonho sempre foi trabalhar na área editorial. Amo muito os livros, mais do que posso imaginar. Estou no quarto semestre de letras, e sinto que conseguiria uma bolsa para estudar na França... mas devido a doença, tive que perder muitas aulas e... tudo foi para o espaço. Mas ainda penso em conseguir essa bolsa, caso tudo ocorra bem.
Gaara: Prefiro não falar na sua doença. Vamos falar de coisas mais interessantes do que o sofrimento. Você disse que não tinha namorado. Algum motivo?
Ino: Voltamos a doença. Esse é o único motivo. E você?
Gaara: Não achei a pessoa certa. Na realidade nunca a procurei ou pensei em encontrá-la.
Ino: Mas você deve ter seus casos por aí.
Gaara: Tive, mas não os tenho mais... nem sei o motivo. Simplesmente me sinto entendiado com as mulheres. É minha culpa, eu sei... mas não posso evitar.
Ino: Sabe o motivo ao menos?
Gaara: Acredito que meu coração pertencerá apenas a uma única mulher... as outras não chegam a me interessar. E infelizmente, ainda não a encontrei... talvez nunca a encontre.

Ino: Nunca e sempre são palavras definitivas demais. Se estiver no seu destino se apaixonar, você irá se apaixonar.
Gaara: Você realmente acredita em destino.
Ino: Acredito que estamos destinados a viver algo... mas apenas isso. (sorriu e olhou para o relógio) Dez horas da noite... sei que amanhã é Sábado, mas estou cansada.
Gaara: Também estou exausto. Preciso dormir...
Ino: Vou lhe dar um pijama do meu pai. Espero que não se importe.
Gaara: Bem eu... costumo dormir apenas de cueca. Mas claro, já que dividirei o quarto com você, usarei algo do seu pai.
Ino: Não se preocupe. (deu de ombros) Durma como quiser. Não quero incomodá-lo. Se não gosta de pijamas, não os use.
Eles subiram novamente a escada e entraram outra vez no quarto dela. Ino passou uma toalha e um sabonete para Gaara. Ela pegou um pijama de manga curto da gaveta.
Ino: Vou me trocar no quarto dos meus pais. Fique a vontade.
Gaara: Tem certeza de que não quer que eu use um pijama?
Ino riu.
Ino: Sei que sou estranha e tudo, mas acho que consigo resistir se o ver apenas de cueca Gaara. (riu) Não se preocupe, não irei atacá-lo durante a noite.
Gaara: E se eu quiser ser atacado?
Ino: Eu diria que o que não falta é mulheres querendo lhe atacar. (dando uma risada)
Ele se aproximou dela e lhe deu um beijo suave na testa. Ino estremeceu ao sentir os lábios quentes e úmido dele em contato com a pele fria dela.
Gaara: Obrigado. Por tudo. Você mudou meu mundo desde que a conheci. E para melhor eu deveria dizer. A conheço há pouco tempo, mas você fez mais por mim do que pessoas que eu conheço em uma vida.
Ino: Eu poderia dizer o mesmo. Agora vamos nos trocar. Estamos ambos precisando de uma cama e refrescar a cabeça... e dormir é o melhor remédio para isso.
Ela saiu do quarto. Gaara ficou fitando a porta que ela havia fechado. Ele nunca havia acreditado em deuses ou destino. Mas para tudo, havia uma primeira vez.

A noite transcorreu devagar. Gaara dormia completamente em paz. Sonhava com seu tempo de criança, quando corria alegre pelos campos sem preocupação. No sonho, ele tinha oito anos e brincava feliz e alegre na grama. De repente, ele começou a ouvir ruídos estranhos. Parecia que uma das crianças estava chorando, que havia se machucado.Gaara acordou ainda embalado pelo sonho. Olhou pela janela e viu que ainda estava escuro. Não deveria ser muito tarde. Ele olhou para o relógio e viu que eram onze horas da noite, recém. Os pais de Ino ainda não haviam voltado.
Ele se voltou quando ouviu os soluços. Sacudiu a cabeça. Ainda estaria pensando no sonho? Quando girou a cabeça para o lado direito, viu que Ino estava sentada na cama. Ele apenas podia ver o seu vulto, mas pela chuva de cabelos, notou que ela mantinha a cabeça abaixada escondida entre os braços. Soluçava baixo, como uma criança que se machuca mas tenta não chorar. Ele se sentou na cama e tateou na parede, tentando achar um interruptor. Quando a luz clareou o quarto, ele pôde ter certeza do que temia: Ino sem dúvida estava sentindo muita dor.
Ela tinha uma medicação do seu lado e segurava a cartela de remédio com abandono. Se negava a erguer o rosto e as mãos pressionavam a cabeça com força. Gaara sabia da doença dela, sabia o que era mas... nunca havia visto os efeitos de perto. O quase desmaio do parque era a maneira mais simples da doença se manifestar.
Ele se ergueu e se sentou na frente dela. Ino ainda soluçava baixo. Quando sentiu a presença dele, ergueu o rosto e o fitou, mas não tirou as mãos da cabeça.
Ino: Tentei não acordá-lo... mas acho que não deu resultado.

Ele grunhiu algo que ela não pôde entender e se aproximou.
Gaara: O que você faz nesse caso? Quando dá essas dores de cabeça?
Ino: Elas dão uma ou duas vezes por semana... tomo minha medicação. Se elas não passam, vou no hospital tomar uma dosagem mais forte e fico a noite por lá.
Gaara: Então você tem que ir para o hospital?
Ino: Minha médica disse que o hospital não podia mais me ajudar.
Ele lhe lançou um olhar estranho e ela deu de ombros.
Ino: Ok,a apenas no quesito das internações mensais. Acredito que para isso eu ainda deva ir lá.
Gaara: Como eu pensei. Precisamos ligar para os seus pais.
Ino: (abafando um gemido de dor) Eles estão em um congresso, palestra, sei lá. Celulares devem estar desligados.
Gaara: E eles deixam você sozinha e sem nenhum meio de avisá-los?
Ino deu uma outra risada amarga. Gaara já sabia distinguir o momento em que ela estava sendo consumida pela angústia.
Ino: Eu tenho isso desde bebê. Isso é rotina Gaara. Eu vou para o hospital, deixo um bilhete na geladeira e eles me encontram lá. Tenho 20 anos e estou habituada. O mundo não pára por minha causa, muito menos a vida dos meus pais. Eu não me perdoaria...
Ela se calou e em seguida gritou de dor novamente. Gaara se assustou quando viu que ela havia começado a chorar. Se perguntou como era passar por aquilo todos os dias e entendeu quando Ino disse que a sua doença sempre havia sido um empecilho para tudo em sua vida.
Gaara: Calma, tranquila... não fique assim. (ele a abraçou) Sei que dói mas... você não pode se deixar abater.
Ino: Sei que não. Mas as vezes não consigo evitar... eu sinto tanto desespero... ninguém é forte cem por cento do tempo.. nem mesmo eu.
Ele pôde sentir as lágrimas quente dela escorrendo contra o seu peito, onde ela havia recostado a cabeça. Seu corpo absorvia o dela completamente. Ino tentava se controlar, afim de ir para o hospital. Ele tentava controlar o próprio coração.
Ele nunca soube o motivo pelo qual havia feito aquilo.. talvez para acalmá-la, talvez para acalmar a si mesmo. Talvez pelo fato dela viver dizendo que não era bonita ou simplesmente para consolá-la. Tudo que se pode dizer, é quando ela separou o corpo do dele, tentando recuperar a calma e a tranquilidade, ao fitar aqueles olhos azuis e penetrantes, ele não aguentou mais. Vencido pelos próprios desejos, ele a puxou contra si e a beijou.


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Notas finais do capítulo

Sou só eu, ou mais alguém atacaria o Gaara se ele dormisse no quarto só de cueca?



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