A Consultora escrita por The Awesomest Girl on Earth


Capítulo 1
Capítulo I – A chegada de Madame Adortion Black


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :3



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Malu andava ansiosa pelos grandes corredores do Ministério. Era dia 31 de agosto, e ela partia em direção ao gabinete de seu pai, para dizer-lhe algumas últimas palavras de despedidas e aparatar em Hogsmeade, onde seria guiada até a majestosa Hogwarts, e conheceria pessoalmente o famosíssimo professor Dumbledore.

Bateu na porta a sua frente, ouvindo um “Entre” lá de dentro, e obedeceu. Viu uma sala completamente negra, com alguns móveis em marrom, como o sofá de aparência um tanto gasta e a grande mesa a sua frente, que ocultava parte do corpo sentado do Ministro Internacional do Estudo de Plantas Mágicas, um homem alto, cabelos já brancos como giz, pele levemente morena e olhos azuis brilhantes como esmeraldas, contrastando com sua posição rígida, que lia um relatório deixado anteriormente em sua mesa.

— Papai? — ela perguntou, chamando sua atenção. O homem esboçou um leve sorriso, o que agradou a jovem bruxa. — Vim me despedir. O senhor sabe, fui contratada como professora de Herbologia em Hogwarts! — ela exclamou contente, dessa vez tendo um olhar reprovador do pai por ter falado tão alto. — Desculpe.

— Está tudo bem. — o senhor levantou-se, se dirigindo a sua filha. O pai devia ter quase dez centímetros a mais que a filha, mesmo com ela usando um sapato com o salto bem alto. — Parabéns, querida. Espero que se saia bem. Ah, ainda me lembro de minhas aulas de Herbologia lá. O que houve com a professora Sprout?

— Ela adoeceu seriamente, e decidiu se ausentar por esse ano. Então, consegui a vaga.

— Hum, certo. — o homem abriu levemente os braços e a filha abraçou-o. — Boa sorte, querida. Gostaria que tivesse estudado lá.

— Ah, tudo bem. Ao menos terei conhecido três colégios de Magia e Bruxaria. É uma vantagem, certo?

— Certo. — o homem direcionou-se de volta a sua cadeira, sentando-se.

— Te vejo no Natal, papai.

— Até, filha. — ele exclamou, vendo sua filha mais nova sumir do local.

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Malu Adortion Black era uma jovem bruxa, com seus 28 anos de idade, pele clara e cabelos negros e cacheados, lembrando muito uma outra famosíssima Black, talvez sua tia. Algo que realmente diferenciava-la e atraía atenção eram seus olhos verdes, intensos e brilhantes, num tom extremamente chamativo. Também não era muito alta, talvez algo como 1,68m.

Depois de sumir do escritório, encontrava-se em frente aos grandes portões do vilarejo de Hogsmeade, aquele tão citado por seu pai em sua infância. Sorriu para si mesma, sendo recebida por um homem que devia ter bem mais de três metros de altura, com barba e cabelos grandes e volumosos.

— O senhor deve ser o guarda-caça de Hogwarts, Rubéolo Hagrid, certo? — perguntou, curiosa. Lembrava-se da descrição que recebera, diretamente do próprio Dumbledore, sobre quem a acompanharia até o castelo. Mesmo assim, continuou olhando-o, curiosa com seu tamanho e aparência.

— Sim. A senhoria deve ser a nova professora de Herbologia, senhora... — o homem não sabia exatamente como tratá-la. Não sabia a pronúncia de seu nome do meio, e temia que ela não se agradasse por seu sobrenome, visto que ela era bem diferente dos Black que conhecera. Depois do que soube sobre Sirius Black em seu tempo em Hogwarts, passou a perceber que nem todo Black foi alguém frio e insensível.¹

Apesar de Malu lembrar sua, talvez, tia, Hagrid não podia negar que era uma jovem atraente, com seus seios fartos, cintura fina e, apesar de sua saia ser abaixo do joelho, podia-se perceber que suas pernas eram grossas e atraentes, certamente iriam distrair vários alunos em suas aulas. Se controlou para não rir do próprio pensamento.

— Malu. O senhor pode me chamar de Malu. — ela sorriu simpática.

Seguiram por Hogsmeade silenciosos, trocando poucas palavras. Logo chegaram ao portão de Hogwarts, sendo levados por uma carruagem até o castelo. Enquanto andavam, Hagrid descreveu-lhe tudo o que pôde sobre a história e uso atual do castelo, percebendo que, apesar de ouvi-lo, os olhos de Malu estavam vidrados em cada detalhe possível do local. Após alguns minutos andando, Hagrid deixou-a em frente à porta da sala do Diretor, dizendo-lhe a senha e indo embora.

— Muito obrigada, Hagrid! — ela disse, acenando ao homem que já estava afastando-se.

Entrou de maneira silenciosa, encontrando no local um homem idoso a acariciar a cabeça de uma ave vermelha, com algumas penas alaranjadas. Pensou já ter visto-a em algum lugar, mas não tinha certeza. “Talvez em algum livro.”. Apesar de seu desejo de olhar cada detalhe do lugar com profunda atenção, controlou-se a observar silenciosamente o senhor a sua frente. Logo que a viu, o diretor sorriu-lhe e, se aproximando, disse:

— Bem vinda a Hogwarts. O que achou, senhorita Black? — antes que pudesse responder, foi-se ouvido um grito de um dos quadros lá presentes:

— BLACK?! — ouviu-se exclamar. Era o ex-diretor, Fineus Nigellus Black, surpreso com a admissão de uma possível descendente seu ao Corpo Docente da instituição. — A senhorita sabe se temos algum parentesco? — perguntou, exasperado.

— Sim. Sou uma descendente direta do senhor, na verdade. Minha mãe é sua tataraneta. Ela vem de seu filho, Sirius, e de seu neto, Régulo. Meu sobrenome Black foi posto ao final visto o respeito que minha mãe tem a ele, que, em tal caso, é mais importante que o sobrenome de meu pai. É uma honra trabalhar no colégio onde o senhor foi diretor. — ela falava gentil, surpreendendo todos os presentes. Como se percebesse que se esquecera de algo, virou-se para o professor Dumbledore e, sorrindo-lhe, disse: — Também é um enorme prazer conhecer o senhor, professor Dumbledore.

— Fico extremamente grato com sua gentileza, senhorita Black. — ouviu-se um gemido de desacordo do quadro do ex-diretor. — Como devo chamá-la?

— Pode me chamar de Malu, senhor. Sempre me agradei com meu nome. — ela disse, sorrindo-lhe animada.

— Certo. Nosso zelador, Filtch, lhe guiará a seus aposentos. Acho que a senhorita será a primeira professora de Herbologia que não foi uma aluna da Lufa-Lufa, então provavelmente se surpreenderá com o local. — o senhor sorria calmo, expressando seu agrado em contratar a mulher a sua frente. — Ah, e suas aulas especiais serão dadas em alguma sala vazia do primeiro andar, a seu critério escolher alguma. Algo mais que deseje saber?

— Oh, sim. — anotou mentalmente essas informações, ficando alguns poucos segundos em silêncio, olhando fixamente para o chão. — Não tenho nenhuma dúvida, senhor, obrigada. Irei revisar tudo que preparei para minhas primeiras aulas em meus aposentos, com licença. — o professor assentiu com a cabeça, e ela se retirou. Sorria de maneira marota, enquanto seguia o velho zelador até seus aposentos.

Era uma sala relativamente pequena, com uma bancada e três cadeiras, encostadas numa parede. Também tinha uma parede inteiramente coberta por prateleiras com potes rotulados, herdados da antiga professora. A salinha tinha, além da porta de entrada, uma que levava ao quarto, que tinha uma cama larga, um baú a seus pés e um grande armário na parede a esquerda, além de um banheiro com banheira, sua porta de localizando ao lado direito a cama.

Com um aceno de varinha, suas coisas arrumaram-se no local. Roupas foram para o armário, livros para o baú (tantos que quase não couberam lá) e seus papéis, preparados com o planejamento das aulas até quase o Natal, posicionaram-se em cima da bancada da salinha, assim como sua pena e um tinteiro novo.

Não fez muita coisa. Revisou a organização de seu material de aula da semana, pendurou um calendário na parede atrás de sua cama e ficou escrevendo em seu diário pessoal o que ocorrera durante o dia. Quando terminou, permaneceu alguns minutos organizando tudo de maneira trouxa, para distrair-se. Ainda não chegava a nove horas da noite, inquietando-a.

Decidiu simplesmente tomar uma dose baixa de uma poção calmante, visto que mal conseguia encostar a cabeça em sua cama, tamanha a ansiedade. “Daqui a dois dias serei, oficialmente, a professora de Herbologia de Hogwarts.” Pensava extasiada, lentamente sentindo o efeito da poção em seu corpo. Dormiu em um sono sem sonhos.


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Notas finais do capítulo

¹ - Eu não tenho certeza se o Hagrid sabia do Sirius ser do bem, mas coloquei que sim, afinal, eu adoro o Six :3

E aí, quem curtiu? Eu achei pequeno, tsc.
Para quem ficou perdido sobre a localização, esse é o mapa dos aposentos dela: http://i.imgur.com/YGhMw5Y.png Está ridículo, mas não me zoem ;-;

Ela tem uma história legal, e será uma daquelas professoras que você pensa: nossa, queria que ela trabalhasse no meu colégio. Bem, eu estou tentando fazê-la assim, espero conseguir :P
Beijos, espero que tenham gostado. Comentem, vamos lá! :3