Em meus sonhos escrita por Amanda Viana


Capítulo 12
Cap.12


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, Bom dia! ai vai mais um Cap. pra vcs, desculpem a demora mas a gripe me pegou e com tudo, mas já estou melhor! bom, espero que gostem! boa leitura! :)



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Minha cabeça dava voltas e voltas, eeu não conseguia chegar a lugar nenhum com relação a tragédia que aconteceu na família do Damon, mas seja lá o que tenha acontecido, com o tempo eu irei conseguir descobrir toda a verdade.

Levantei, colocando o livro no criado mudo ao lado de minha cama, preferi deixa-lo ali, pois antes de dormir eu iria ler novamente meu capitulo preferido. De certa forma, ler aquele livro me fazia estar mais perto do Damon. Saí do meu quarto deixando a porta encostada apenas e fui até a cozinha, Maria ainda estava por ali e me serviu o jantar que sem, nem ao menos, eu pedir colocou uma bela porção do ensopado num prato para mim. Ao vê-la fazendo aquilo eu sorri, lembrando que minha mãe fazia da mesma forma, me forçando a comer nos horários corretos mesmo quando eu não estava com fome.

— Olhe aqui, querida, está uma delícia! Coma tudo, ok, Lena!?

Olhei pra ela com uma careta, fingindo birra. Eu gostava da maneira que a Maria me tratava, era um tanto divertido, havia momentos em que ela agia como se eu ainda tivesse seis anos de idade.

— Certo, certo. Só porque estou com fome. - disse com um ar de riso.

— Rum! Não estou achando graça, Lena. Vamos, vamos! -ela mantinha o tom firme, mas seu olhar era acalentador. Eu amava essa mulher.  _Como você conseguiu arrancar os gessos sozinha, menina?

— Ué, Maria, usei toda minha habilidade e geniosidade.

— Rum! Poderia ter se machucado ainda mais, Elena. Agora, não enrole, você está muito magrinha. Pode tratar de comer tudo.

— Sim. Mas que fique claro que não estou enrolando. Foi a senhora que puxou assunto no horário da minha maravilhosa refeição. -sorri alto, olhando para ela que me fuzilou com o olhar, colocando as mãos na cintura.  _Eu amo você demais, sabia!? Não se preocupe, meu bem, vou comer tudinho.

Maria sentou-se ao meu lado, ela estava com um olhar preocupado me encarando, mas, ao mesmo tempo, não falava nada, então resolvi lhe preguntar o que estava acontecendo.

— Maria, o que houve? De repente, você ficou calada, me olhando com esse olhar aí...

Ela demorou um pouco para responder, e, no fundo, eu já sabia o que aquele olhar queria dizer.

— Querida, eu sei que não esta tudo bem, eu vejo o seu olhar quando olha para o Matt, e sabe de uma coisa? Quando eu olho para ele, sinto algo estranho. Aquele garoto fingi ser algo que não é. Me perdoe por estar lhe falando isso, afinal ele é seu namorado. Mas, Lena, deixe-me lhe perguntar uma coisa: Elena, você realmente é feliz?

Meu Deus! Aquela pergunta de novo, e, agora, vindo da Maria. Será que é tão notável assim minha agonia? Eu preciso falar alguma coisa convincente. A Maria me conhece e esconder as coisas dela é mais difícil do que parece. Ela me viu crescer, conhecia meu jeito e minhas manias e todas as minhas caras e bocas, então preciso ser o mais firme possível.

— Maria, é claro que eu sou feliz. Como poderia não ser, se tenho você aqui pra fazer os pratos mais deliciosos do mundo? - falei com um ar de riso, Maria olhou pra mim, e deu um sorriso de leve, transparecendo que não acreditava realmente em mim.

— Tudo bem, Lena, mas saiba que qualquer coisa que você precisar eu estou aqui, não deixe de me procurar se precisar, pois você é como se fosse uma filha para mim, eu a amo muito para lhe ver triste pelos cantos. Bom, agora, eu vou indo. Pode deixar o prato e o copo na pia, amanhã eu organizo tudo. Acho que sua Tia não vai querer jantar, ela disse que estava se sentindo um pouco cansada e já foi se deitar.  Até amanhã, meu bem!

Maria se aproximou de mim e me deu um beijo na testa. Vendo-a se afastar, senti que meus olhos estavam marejados, como eu queria lhe dizer tudo de uma vez. Assim como tia Jenna, a Maria fazia com que eu me sentisse segura e amada, mas um dia eu sei que lhe direi toda a verdade. Levantei-me e a acompanhei até a porta, sorri quando ela fechou a porta atrás de si. "sempre tão serena e compreensiva..." pensei comigo mesma.

Resolvi me distrair um pouco e fui lavar a pouca louça que havia restado do jantar. Visto que Maria já tinha feito a maior parte, apenas lavei a louça e guardei tudo no armário, peguei as chaves e  tranquei as portas. Fui direto para o meu quarto, notando que o quarto de tia Jenna já estava fechado e a luz estava apagada de forma que deduzi que a mesma já estava no terceiro sonho da noite. Entrei em meu quarto e fechei a porta, olhei para o livro que estava em meu criado mudo, logo depois fitei meu diário, fazia algum tempo que não escrevia, eu não queria marcar as páginas dele falando do Matt, e hoje não seria diferente, então peguei apenas o livro e fui em direção a pequena varanda que tinha em meu quarto. Lembro que assim que vi meu quarto e percebi que tinha essa varanda, saltei no pescoço do meu pai agradecendo-lhe por ter me deixado ficar com o quarto. Ele fazia tanta falta, tenho certeza de que, se ele ainda estivesse aqui, o Matt nunca teria levantado a mão para mim.

O vento estava frio, mas a vista estava linda. Na rua, passavam poucos carros, o parque já continha pouca iluminação. Porém, o que eu gostava mesmo de olhar eram as luzes dos arranha-céus que existiam naquela bela cidade. As luzes dos prédios apagando a medida em que as pessoas iam dormir depois de um longo dia de muita correria. Fitei o livro que estava em minhas mãos e voltei a abrir na mesma página onde estava o bilhete do Damon. Ao ler aquelas palavras novamente, uma coragem brotou dentro de mim, uma força que me fez acreditar que sim, que algum dia seria possível estar ao seu lado e ter o seu sorriso para sempre junto ao meu. Tudo o que eu mais queria naquele momento era, ao menos, ouvir sua voz. Porém, se eu ligasse, estaria voltando atrás, estaria lhe dando razão, estaria me permitindo viver um sonho que duraria quatro dias até o Matt voltar e estragar tudo. De repente, uma voz soou em minha mente "você precisa ser feliz. Apenas aproveite. Você gosta dele e ele gosta de você, então aproveite, apenas aproveite!" é isso, chega de sofrer! chega! eu vou ligar para ele.

Fui até minha cama, onde eu tinha deixado meu Iphone e disquei o número do Damon. Sim, é estranho, mas eu já havia decorado o número dele. Merda! Eu estou parecendo uma adolescente de 13 anos. Eram 20:30Hrs, quando o telefone começou a chamar do outro lado da linha, eu estava nervosa, não sabia direito o que falar, minhas mãos suavam frio... Droga, Elena, se controle!

— Alô,

— ah, oi, Damon. Boa noite. Sou eu, Elena... -dãããã! poderia ser um pouco mais nervosa, querida?

— Eu sei que é você, dorminhoca, eu já tenho seu número, lembra?

— ah, sim, claro... - como eu sou boba! Eu queria lhe dizer tantas coisas, mas tudo sumia. As palavras, simplesmente, desapareciam de minha boca...

— E aí, Lena, como você está? O que te fez me ligar a essa hora?

— Bom, é... Damon, eu li o bilhete que você deixou em meu livro agora há pouco, e, hoje a tarde, recebi sua mensagem.

— Então, o que você me diz? percebeu?

— Damon, - ele me cortou antes que eu continuasse e uma música soava baixinho no fundo da ligação, era como se ele estivesse ouvindo música em algum lugar fechado...

— Lena, calma, ok!? Eu sei que as coisas estão acontecendo um pouco rápido demais, mas não dá para fingir que nada está rolando entre nós dois. Eu sei que você tem medo e tudo, mas eu não sou como aquele imbecil. Eu vou te respeitar em todas as suas vontades, mas, por favor, não me afaste de você. -ouvi sua respiração profunda e pesada.  _Lena, eu só quero poder estar ao seu lado, conversar com você, arrancar sorrisos dos seus lábios, lhe fazer feliz. Algo me diz que é isso que eu tenho que fazer, te deixar feliz e só.

se antes as palavras sumiam da minha mente, agora elas pareciam não não existir. Como ele pode ser tão corajoso assim, sabendo quem é o Matt e quem é a família daquele escroto? Sim. Definitivamente, ele, realmente, gosta de mim.

— Damon, eu percebi. Sim. Algo verdadeiramente está acontecendo entre nós dois e é difícil admitir isso, mas é a verdade. - soltei o ar que nem percebi estar prendendo e continuei.  _eu amo estar ao seu lado, gosto de conversar com você. Você é gentil, carinhoso, muito bonito e tem esses olhos aí que, simplesmente, me tiram o fôlego, mas não podemos confundir as coisas...  hoje, só podemos ser amigos e será assim até tudo estar resolvido. Se daqui até lá, você ainda sentir algo por mim, quem sabe... - minha voz começou a embargar, um nó se formava em minha garganta, mas eu respirei fundo e continuei. _ talvez, um dia, poderemos ser felizes assim como tantos casais que esbanjam carinhos e sorrisos por aí, não é?

— Lena, presta atenção, o que eu sinto por você jamais irá diminuir ou desaparecer, muito pelo contrário, a tendência desse sentimento que mora em meu peito é só aumentar. Lena, você me encantou desde o primeiro momento em que seus olhos se abriram e você me olhou com esse olhar doce e meio confuso. Eu jamais esquecerei aquele momento. Assim como eu disse no bilhete, meu mundo estava perdido e ao te ver olhando para mim, era como se tudo dentro de mim ascendesse novamente, foi quando eu percebi que era possível me apaixonar por alguém novamente... Calma, não precisa ficar nervosa, eu sei que isso lhe assusta um pouco por causa do seu namoradinho, mas eu vou te respeitar, Lena, serei apenas um bom amigo para você e te protegerei de qualquer mal.

Meus olhos deixaram escapar uma lágrima, eu sentia uma alegria dentro de mim que eu não entendia muito bem. Se não foi impressão minha e fruto dessa minha mente abestalhada, acho que o ouvi dizendo que estava se apaixonando por mim. "Só respira, Elena, só respira."

— Lena? Desculpe se falei algo que não devia, você ainda está aí?

— Não, não se preocupe eu estou bem, Damon... - minha voz estava entre cortada e meio rouca, estava me segurando para não desmoronar naquele momento.

— Posso te fazer um convite?

— Bom, depende...

— Por favor, confie em mim, Lena.

— Tudo bem. Pode falar.

— Amanhã à tarde não terá aula para mim na faculdade. Então, será que eu posso passar aí para te buscar? Quero te mostrar uma coisa.

— Damon, isso é meio...

— Vamos lá, Lena, você vai gostar.

— Certo, tudo bem então. Que horas você vem?

— Por volta das 14:00 eu chego aí, certo?

— Sim, tudo bem, Hey, você não vai me sequestrar, vai?

— Só por algumas horas! - o tom na voz dele era brincalhão e contagiante. A essa altura, eu já não pensava em merda nenhuma do que Matt ou qualquer outra pessoa poderia pensar do nosso encontro.

— Damon, promete uma coisa?

— Depende, mas pode falar.

— Promete que não vai ultrapassar os limites? Somos apenas amigos, certo?

— Sim, eu dou minha palavra. E outra, amigos também sequestram amigos. -eu ri alto ao ouvir suas palavras.

— ok, ok. Então, até amanhã. Boa noite.

— Até, dorminhoca. Descanse e tenha lindos sonhos, pois eu sei que terei o melhor depois de ter ouvido a sua voz.

— Damon?

— Sim.

— Obrigada por tudo, você é muito especial para mim!

— Eu é quem agradeço por você ter ligado. Eu não aguentava mais esperar o telefone tocar e ver seu nome na tela. Beijos, Lena, até amanhã! E, Lena, você também é muito especial pra mim.

— Beijo.

Eu olhei para tela do meu aparelho e fiquei encarando-a por algum tempo. Como foi que eu consegui ligar? Meu coração ainda batia descompensado. Uma alegria tomava conta de todo o meu corpo. Caminhei até a beirada da cama, e cai de costas nela, senti uma pontinha de desconforto por causa do meu braço e da minha perna, mas aquilo não importava, nada mais importava de fato. Porém,  medo por tudo o que tenho vivido ao lado do Matt ainda me paralisa. É uma dor infindável, vai além do que qualquer incômodo físico, pois o que dói é a alma. Eu o odeio.


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Notas finais do capítulo

Iai amores? bom? Ruim? Péssimo? bom, fiquem a vontade para dar suas opiniões ... bjos e até o próximo!



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