Maid Café Yaoi escrita por Sakakibara Chiaki


Capítulo 7
Chocolate Quente


Notas iniciais do capítulo

Oie gente S2
Sentiram saudade? *u* Não né? :c Ok....
Sei que to há séculos sem postar, nem adianta pedir desculpas T-T Mas sabem como é final de ano né? Muito estudo, muitos eventos, e pode não parecer, mas eu sou uma pessoa muito ocupada. Nunca arrumava tempo pra escrever, e quando arrumava tempo, tava sem inspiração. O começo desse capítulo também ficou uma bosta, porque meio que me forcei a escrever ele kkk Tava sem inspiração, mas escrevi mesmo assim, me amem u.u -qq
Enfim... Espero que vocês gostem *u*



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Faltavam poucos minutos para abrirmos, então Okami chamou Katsu-chan e eu para dizer qual seria nosso novo “roteiro”.

– Quero colocar um pouco mais de putaria nisso! – disse ela, sorrindo maliciosamente, fazendo com que todos se entreolhassem.

– C-como assim putaria? – Gaguejei. Fico nervoso só de me imaginar fazendo coisas mais quentes com Katsu-chan.

– Ah, só um pouco mais de pegação – prosseguiu Okami – Acho que vocês já são íntimos o suficiente para isso...

Depois disso, ela deu uma piscadinha para nós e acenou para Naoto e Mizuki que estavam conversando em uma mesa. Com um gesto, chamou:

– Naoto e Mizuki sabem como faz! Venham aqui mostrar para eles!

Os dois se aproximaram. Okami explicou a situação para eles e pediu para que fizessem uma demonstração para mim e para Katsuo.

– É assim que se faz... – Disse Mizuki se aproximando de Naoto.

Mizuki abraçou Naoto por trás, roçando suas mãos pela barriga e peito dele. Depois, ele tocou o queixo de Naoto e inclinou a cabeça dele, para que seu pescoço ficasse a mostra. Após isso, Mizuki foi beijando e lambendo sensualmente todo o pescoço de Naoto, enquanto ainda passeava com suas mãos pelo corpo dele.

Naoto, em resposta, tombou sua cabeça no ombro de Mizuki, levou sua mão para trás para tocar o rosto dele, e gemeu, mordendo os lábios.

Olhei maliciosamente para Naoto. Agora que sei que ele realmente gosta de Mizuki, não consigo mais achar que o que eles fazem é atuação.

Depois de assistir àquilo, Katsu-chan pareceu meio nervoso por ter que fazer aquelas coisas comigo. Mas eu confesso que queria que ele fizesse.

– Ai que delícia! – Okami pareceu gostar da cena que viu – Kaya, Shun, quero que façam desse jeito!

Nós concordamos meio receosos, e então abrimos a loja. Aos poucos a loja foi enchendo, e quando chegamos ao auge de clientes, todos estávamos trabalhando duro, menos Mizuki, que estava sentado no balcão mexendo em uma xícara de café.

– Ei! – gritou Naoto para ele – Para de vagabundar e vem trabalhar!

– Não estou vagabundando – respondeu ele – Estou fazendo uma coisa para você.

– Para mim? – Naoto correu para ver do que se tratava.

Eu, na curiosidade, corri também para ver o que era e fiquei encantado. Mizuki havia desenhado o rosto de Naoto na espuma do café. Não ficou perfeito, mas dava para ver claramente que era ele.

– Você... Me desenhou no café? – Naoto sorriu, pegando a xícara da mão dele, parecendo surpreso e emocionado.

As garotas que estavam mais longe e não puderam ver a xícara, se derreteram após entender do que se tratava o presente de Mizuki. Confesso que até eu amaria um presente daqueles.

– Gostou? – Perguntou Mizuki sorrindo.

– Claro... Eu adorei... – A voz de Naoto mal saía. Ele parecia chocado, mas ao mesmo tempo, muito feliz – Nem sei o que dizer... Obrigado!

Naoto colocou a xícara no balcão e deu um forte abraço em Mizuki. Logo em seguida, Mizuki saiu do abraço e beijou Naoto. Foi um selinho como eles sempre deram, mas dessa vez foi mais demorado que os outros. Devia ter durado uns 5 segundos e eles demoraram a se separar.

Depois de terem feito as meninas gritarem, eles voltaram ao trabalho. Já ia voltar para o meu também, mas senti duas mãos envolvendo meu corpo.

Arrepiei-me completamente ao ver que era Katsu-chan, mas aí lembrei que tínhamos que fazer uma cena mais quente e tentei controlar o meu nervosismo.

Ele passava a mão pelo meu corpo e começou a beijar meu pescoço sensualmente. Meu coração batia tão forte, que tive que fazer esforço para conseguir continuar com a cena.

As garotas observavam atentamente, então prossegui. Coloquei minhas mãos nas de Katsuo, que ainda envolviam minha cintura, tombei minha cabeça para trás e gemi, como Okami instruiu.

Achei que acabaria ali, mas Katsu-chan puxou meu queixo e me deu um selinho. Durou apenas 3 segundos, mas foi o suficiente para me fazer corar totalmente e fazer todas as meninas gritarem.

Eu estava tão nervoso, que me soltei e voltei a atender as clientes. Não podia deixar que Katsu-chan percebesse que sinto algo por ele.

Estava recolhendo as louças de uma mesa e ia levando para a cozinha. No caminho, aproveitei para dar uma olhada em Katsuo, e percebi que ele estava me olhando também.

Ele ajeitou os óculos, sorrindo de uma forma meio maliciosa, e deu uma piscadinha. Meu coração deu um pulo. Ele ficava tão sexy fazendo aquilo!

Foi uma péssima ideia levar as louças para a cozinha e olhar para Katsu-chan ao mesmo tempo. Acabei me distraindo e tropecei, derrubando as louças no chão.

– Arg! Que droga! – Me abaixei para tentar recolher as louças quebradas.

– Shun! Você está bem? – Katsuo correu para a minha direção e se abaixou na minha frente.

– Estou sim... – Disse sem olhar para ele, recolhendo os cacos de vidro e porcelana, e colocando de volta na bandeja.

– Cuidado, Shun! Você pode acabar se cortando.

Não sei se ele é algum tipo de vidente, mas assim que ele falou isso, acabei furando meu dedo indicador em um caco pontudo.

– Ai! – gritei, soltando logo o caco e vendo o sangue escorrendo do meu dedo.

– Ah... Shun-chan! – ele me olhou com aquela cara de “eu avisei”.

Antes que eu fizesse algo para parar o sangramento, Katsu-chan pegou minha mão e colocou meu dedo em sua boca. Ele fechou os olhos, enquanto chupava e lambia meu dedo.

Corei completamente. Aquilo parecia tão obsceno... Mas ao mesmo tempo era sexy. Ele estava fazendo aquilo de propósito? Porque conseguiu fazer as garotas gritarem loucamente.

– Acho que já parou... – tirei meu dedo da boca dele antes que acabasse ficando excitado.

Para quebrar o clima constrangedor, Okami apareceu lá para nos ajudar a recolher as louças.

– Eu ia até brigar com você, – ela se abaixou e sussurrou para mim – mas essa cena foi tão sexy que desisti de fazer isso – Ela riu – Parabéns Kaya! Transformou uma desgraça em Yaoi! Haha!

Não respondi nada, estava constrangido demais para isso. Apenas peguei a bandeja e levei para a cozinha. Depois disso, abri a caixinha de primeiros socorros que fica no balcão, e peguei um curativo.

Corei ao olhar para o meu dedo que estava na boca de Katsu-chan há alguns segundos atrás. Provavelmente aquilo não sairia da minha mente tão cedo...
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/Naoto’s POV/

Eu observava aquela cena insinuativa do Kaya chupando o dedo do Shun com uma cara divertida. Eu podia imaginar como ele se sentiu.

Desde aquela conversa que tive com Shun, onde revelamos que estávamos apaixonados por nossos Semes, eu e ele temos trocados olhares maliciosos toda vez que fazemos uma cena Yaoi. Apenas nós sabemos que não estamos atuando.

As garotas gritaram fortemente para Shun e Kaya. Confesso que tenho um instinto competitivo muito forte, e sempre que os dois recebem gritos, quero fazer as meninas gritarem também. Sei que Shun age da mesma forma, então nunca tivemos problemas com isso. Isso só serviu para estimular nosso trabalho.

Cacei Mizuki com os olhos pela lanchonete, e o encontrei sentado no sofá de espera. Achei que ele estava vagabundando de novo, mas vi que ele estava com uns papéis na mão. Provavelmente Okami tinha pedido para ele fazer as contas dos gastos e ganho da loja, já que ele é o melhor em matemática aqui.

Fui até ele e montei no colo dele, fazendo uma cara um pouco safada.

– Está ocupado? – falei um pouco alto para que as meninas ouvissem

– Estava... Mas por você, isso pode esperar – disse ele no mesmo tom que eu, me olhando sedutoramente.

Meu coração disparou. Mizuki é tão sexy! Tenho vontade de tirar minhas roupas e me jogar de quatro na cama quando ele me olha daquele jeito. Mas claro... Jamais faria isso em público.

Mizuki me abraçou e começou a beijar meu pescoço, fazendo eu me arrepiar todo. As clientes pareceram adorar aquilo, então comecei a dar algumas reboladas no colo dele, bem de levinho, simulando algo mais quente...

As meninas pediam por mais. Como estávamos no final do expediente e a lanchonete não estava tão cheia, decidi continuar lá. Okami, Shun-chan e Kaya dariam conta das clientes que sobraram.

Toquei o rosto de Mizuki e aproximei nossos lábios. Desde que começamos a trabalhar aqui, somos acostumados a dar selinhos para fazer as cenas, mas de uns tempos para cá, esses selinhos começaram a ficar mais demorados. Não só por minha parte, apesar de ser eu que estou apaixonado.

Depois de dar um selinho demorado e fazer as meninas gritarem, nos abraçamos e ficamos lá, relaxando. Eu ainda estava montado nele, e ele acariciava meus cabelos.

– Naoto... – sussurrou Mizuki no meu ouvido

Estranhei o fato dele ter sussurrado. Em todas as nossas cenas, nós fazemos questão de falar alto, para todo mundo poder escutar. Deduzi que não era uma cena, e disse, no mesmo tom:

– O quê?

– Me da um beijo? – disse ele

Saí do abraço para olhá-lo, ainda sem sair do seu colo, e vi que ele estava com aquele típico sorriso malicioso. Fiquei meio confuso e disse, ainda baixo para que ninguém além dele escutasse:

– Mas eu já te beijei...

– Não! De verdade – ele sorriu ainda mais – Você se lembra da mensagem que te mandei ontem?

De uns tempos para cá, eu e Mizuki temos trocados mensagens a noite inteira. Algumas vezes ele até me liga para ouvirmos a voz um do outro. Eu adoro conversar com ele, e acabei descobrindo que ele é uma pessoa mais incrível do que eu imaginava. Acho que foi por causa disso que acabei me apaixonando por ele.

Ontem ele me mandou uma mensagem dizendo que estava curioso para saber qual era o sabor do meu beijo. O problema, é que desde sempre nós ficamos nessa brincadeira meio safada. Brincamos de dizer que vamos nos pegar, além de Mizuki sempre brincar que está com ciúmes quando falo com outra pessoa e etc...

Essas brincadeiras ficaram muito mais frequentes, e agora não sei mais diferenciar brincadeira da realidade. Eu não sei até que ponto o Mizuki atua comigo, ou está mesmo me dando aqueles carinhos... Isso tem me deixado muito confuso.

– Era sério? Está curioso para saber qual é o sabor do meu beijo? – eu ri

– Sim... Era sério. Me beija?

Meu coração deu um pulo. Eu não sabia se ele sentia algo por mim também, ou só estava curioso, mas não importava. Eu não ia perder uma chance de beijar o Mizuki!

Aproximei nossos lábios novamente e então os selei. Ele abriu a boca, pela primeira vez em todo esse tempo em que trabalhamos juntos. Senti sua língua pedindo passagem, e então abri minha boca também.

Percebi que várias garotas se aproximaram de nós para ver melhor aquele beijo, umas até com o celular para gravar, mas no momento em que nossas línguas se encostaram, nada mais importou. Não escutei mais nada, apenas meus batimentos cardíacos acelerados.

A língua dele adentrava minha boca, explorando cada milímetro. Eu movimentava minha língua e meus lábios da melhor maneira que sabia fazer.

Aos poucos aquilo foi ficando mais quente, então ele começou a passar as mãos pelas minhas costas e eu a apertar a nuca dele com mais força. Esqueci completamente que estávamos em local público.

Quando finalmente nos separamos por falta de ar, olhei em volta e voltei para o mundo real. As garotas estavam muito perto de nós, quase babando e gritando loucamente. Olhei para trás, e vi de longe, Shun e Okami boquiabertos. Tive que rir da cara deles.
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/Shun’s POV/

Eu mal podia acreditar no que tinha acabado de ver. Mizuki e Naoto haviam se beijado. Se beijado de verdade! Eu fiquei tão feliz por ele, mas ao mesmo tempo triste, por saber que talvez eu nunca faça o mesmo com Katsu-chan.

Logo quando viu que todos estavam o olhando, Naoto saiu do colo de Mizuki e foi recolher as louças das mesas, ainda rindo da reação de todos.

Assim que Naoto veio devolver as louças para o balcão, onde eu e Okami estávamos, não pudemos evitar olhá-lo maliciosamente.

– Caramba!!! O que foi aquilo? – perguntou Okami.

– Foi só um beijo, ué. – Naoto não olhava nos olhos dela e estava rindo – É o meu trabalho.

– Seu trabalho é atuar! – retrucou ela.

– Aquele beijo foi completamente técnico – disse ele convencidamente, mas por seu sorriso dava para ver que ele estava brincando.

– Então o que eram aquelas línguas? – ela lançou um olhar malicioso.

Ele retribuiu o olhar e então parou de negar. Disse que eles apenas ficaram, mas não era nada de mais e então pegou suas coisas para ir embora.

Katsu-chan disse que também já tinha que ir, então deu um abraço em Naoto, Mizuki, Okami, e em mim, deu um beijo na bochecha. Fiquei feliz pelo fato dele me tratar um pouco diferente em relação aos outros. Como se tivesse mais afeto por mim.

– Vamos então, Mizuki? – chamou Naoto

– Já vou – respondeu ele, terminando de guardar suas coisas.

– Vocês vão embora juntos? – perguntei a Naoto

– Sim... Eu vou dormir na casa dele – sussurrou ele para mim.

– Ai meus Deus!!! – gritei

– Ei! Fala baixo! – ele me repreendeu

Realmente preciso aprender a controlar meu tom de voz. Depois de me desculpar, lancei um olhar malicioso e perguntei:

– Vai rolar sexo?

Ele corou completamente e disse nervoso:

– Claro que não! E-eu... Nem sei se ele gosta mesmo de mim. Ainda to confuso com essa história, sabe?

Concordei com ele e decidi parar de fazer perguntas. Ele decidiria quando é melhor dizer para Mizuki o que sente. Naoto já deu um grande passo a frente, mas e eu? Nem podia imaginar o que aconteceria daqui pra frente comigo...

Depois dos dois irem embora, Okami olhou para mim, de um jeito bem superior e falou:

– Eu não te disse? Você perdeu a nossa aposta! Há! Toma essa!

Olhei para ela completamente confuso enquanto ela comemorava.

– Do que está falando? – perguntei.

– Ah, não se faça de desentendido.

Ela foi até a bolsa dela, abriu uma agenda e começou a caçar em alguns papéis que estavam lá dentro. De lá, ela tirou uma folha rosa, abriu e me mostrou.

Ao ver minha assinatura eu me lembrei completamente. Logo no começo da Maid Café Yaoi, Okami sempre dizia que Naoto e Mizuki um dia ficariam juntos de verdade. Eu neguei o máximo que pude. Os dois sempre me disseram que eram héteros, e que nunca fariam nada além da atuação.

Eu estava apenas defendendo meus amigos, e Okami sempre enxergou Yaoi em tudo. Isso faz tempo, e naquela época eu nunca imaginaria que um dias eles realmente ficariam juntos.

Acabamos por fazer uma aposta, e assinando para que ninguém desistisse caso passasse muito tempo. Ela apostou que eles ficariam sim, e eu que eles não ficariam. Se ela perdesse, ela teria que passar um dia inteiro atendendo os clientes apenas de roupa íntima. Se eu perdesse, teria que passar um dia inteiro atendendo os clientes vestido de empregada.

– Amanhã o Shun-chan vai passar o dia todo vestido de empregadinha! – ela apertou minhas bochechas, falando naquele tom irônico que se usa para falar com cachorros ou bebês.

Droga! Por que eu fui aceitar essa aposta? Eu não vou suportar me vestir de menina por um dia inteiro, num lugar cheio de taradas! Eu estou perdido!

Eu realmente não queria, mas como não controlo o tempo, assim se passou mais um dia, no Maid Café Yaoi.


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Notas finais do capítulo

Pois é gente, foi isso XD agora que entrei de férias, vou ter mais tempo e serei mais rápida u.u A fic já ta acabando gente T-----T tenho ideias para segunda temporada, mas vocês me garantem que vão ler? e.e Não quero postar a fic e levar um vácuo ç.ç
Comentem por favor '^' Isso me estimula a escrever.
Espero que tenham gostado, e kissus *u*