A pedra no meu sapato escrita por Johanna


Capítulo 20
Invasão Inesperada


Notas iniciais do capítulo

cap dedicado a AllenAM



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Comecei a escutar uma música. Espera, eu conheço essa música. Ouvi o barulho da porta da cozinha se fechando novamente e corri até la. A música começou a ficar mais alta e... Estava vindo do meu quintal? Mas o que diabos está acontecendo?

— Para Sarah.

Eu ouvi aquela voz. De um microfone. Eu conhecia aquela voz. Eu não acredito, eu não posso acreditar. Corri pela porta da cozinha que eu jurava ter sido arrombada — estava intacta, por sinal — e ao sair na rua dei de cara com... Com...

MEU DEUS!

Meus olhos não acreditavam no que eu via. Eu vou ter um infarto. Estava prestes a desmaiar. Minha boca desceu até o chão e eu levei as mãos até minha cabeça.

— Three Days Grace? — Cambaleei quando dei um passo para frente.

— Eu achei que você ia gostar. — Peter sorriu, se aproximando e me abraçando.

Ele estava vestido com um terno super chique, do jeito que ele fica mais sexy — exceto por quando está sem camisa —, enquanto a minha banda preferida tocava no meu quintal. Ouvir e ver o Adam Gontier na minha frente era realmente um sonho, e eu não podia acreditar.

A minha vida não poderia ter se tornado mais clichê.

Depois de quase ter um AVC ao ver Adam, Neil, Brad e Barry no meu gramado, Peter me soltou do abraço. O que era aquilo? E por quê tudo aquilo?

— Eu queria te desejar... — Ele falou com as mãos para trás do corpo. — Um feliz aniversário de dois meses.

Eu fiquei mais boquiaberta quando ele tirou um buquê das costas e me entregou. Ai meu Deus! E eu nem tinha comprado nada pra ele. Sorri, sem perceber. A minha felicidade era algo que simplesmente só poderia ser expressado. Não conseguia tirar aquilo do meu rosto. O abracei e ele me segurou pela cintura, levantando-me para o alto. Eu não queria soltá-lo nunca mais. Eu o amo. Ele é perfeito.

A vida poderia ser mais perfeita para mim nesse momento? Eu o amo, o amo demais. Embora ainda pairavam na minha cabeça as dúvidas de "como ele conseguiu o Three Days Grace?", "Quanto ele pagou pro Three Days Grace?", e também a certeza de "Como ele me ama".

Eu estou sem palavras. Meus olhos se encheram de lágrimas. O sorriso ainda permanecia ali, e não iria embora tão cedo.

Nunca sonhei a minha vida com um romance clichê, até este exato momento. Porque foi o que ela se tornou. Comecei a ouvir aplausos de todos os lados e Peter me colocou no chão. Saíram umas vinte pessoas de trás dos arbustos que marcavam o fim do jardim dos fundos, vindo para o lado da banda.

Isso estava cada vez mais estranho, e mais confortante, pra falar a verdade. Era tão surreal. Eu só poderia estar sonhando. Me belisquei. Uma. Duas. Três. Várias vezes. Incontável era o número de marcas na minha pele. Eu estava abismada. Meu Deus. Sem reação. Meu Deus. Eu vou morrer.

Peter me abraçou de novo e me beijou ardentemente. Quando nos afastamos tudo o que eu fazia era sorrir. E rir ao mesmo tempo.

Logo a música acabou e todas as pessoas desconhecidas — e conhecidas — no meu jardim em plena noite fria se curvaram como um "Obrigado". Sorri mais ainda e gritei:

— Eu amo vocês!

Eles riram. Fui até eles e conversei com todos por horas, tanto os membros da banda quanto os da equipe, e pela primeira vez Peter sorriu ao tirar uma foto, o que era muito mais incrível do que ele aceitar tirar uma foto. Uma não, várias. Foram de um tripé com temporizador fotografando todos até selfies nos celulares das pessoas da equipe, tanto como nos dos membros da banda.

Adam era tão lindo. Neil também, mas nenhum é claro, chegava perto da beleza grega de Peter. Logo começaram a juntar os instrumentos, foram todos embora. O ônibus com que se locomoveram até minha casa e foram embora era negro, o que não era comum para eles, a não ser que tivessem vindo até aqui secretamente.

Eu ainda estava abismada depois da uma hora em que eles desmontaram os equipamentos e tudo mais, havia sido uma apresentação precária, mas maravilhosa. Ao ar livre, tudo perfeito.

Demos um "tchauzinho" pro pessoal dentro do ônibus, que saiu buzinando. Eu e Peter voltamos pra dentro da casa e nos sentamos um ao lado do outro. Não pude deixar de perguntar:

— Quanto você gastou com isso?

— Não importa. — Ele me encarou. — Como se fosse fazer falta.

— Ah, é. Me esqueci, bilionário. — Ri.

— É. — Ele encostou um braço no lado de lá do sofá, ficando inclinado por cima de mim. — Eu já te dei meu presente, agora quero o meu.

Corei. Merda, eu havia esquecido. Ou melhor, o presente seria comprado amanhã, ou hoje, de manhã.

— Que hora é? — Perguntei.

— Não tente mudar de assunto. — Ele tirou o celular do bolso e conferiu. — Quatro e cinquenta. E antecipando perguntas, você dormiu das oito à meia noite, que foi quando virou o dia e já era dia do nosso aniversário.

— Hm — murmurei. — Pera.

Subi correndo até o meu quarto. O que eu faria? Peguei um cobertor de casal — que era do tamanho da minha cama — e desci. Não sei por que, mas fiz isso. Sentei ao lado dele e me cobri.

— Estava com frio. — Expliquei.

— Hm. — Ele murmurou. — Posso?

Ele perguntou, colocando a mão no meu queixo. Eu já sentia sua respiração e então somente assenti com a cabeça. Fechei meus olhos e senti seus lábios colarem nos meus.

A língua dele pediu passagem e eu permiti. Quando percebi já estávamos deitados em cima do sofá sobre as cobertas. Ele deslizava as mãos pela minha cintura e eu cruzava os braços ao redor de seu pescoço, acompanhando cada movimento que ele fazia.

Nos afastamos para respirar e notei que ele tirou o paletó e a gravata, ficando apenas com a blusa social. Eu estava nervosa, mas só de ver o rosto dele, eu já sentia vontade de agarrá-lo. E foi o que eu fiz. Novamente nos encontrávamos num suingue selvagem enquanto ele sentava-se no sofá, ainda me segurando pela cintura e me levando junto de si. Entrelacei as pernas na cintura dele e agarrei-o com meus braços por baixo de seus ombros.

Quando nos afastamos novamente pelo ar, ele tirou a camisa e me encarou. Em menos de cinco segundos daquela encarada, eu entendi e tirei a minha blusa. Me levantei do colo dele e tirei também minha calça. Ele começou a rir e eu também, ao observar o mar de peças estirados pelo chão. Ele se levantou e veio até mim, me segurou pela cintura e me beijou.

Entrelacei novamente as pernas na cintura dele, que me deitou carinhosamente no sofá.

Sorri, e ele sorriu de volta para mim. Sinceramente. Colei nossos lábios e nossas línguas novamente, ele desceu as mãos...

Esse é definitivamente o melhor dia da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Estou escrevendo outra web, que é sobre uma coisa minha. Uma coisa que aconteceu comigo, sim é de romance, e acho que vão gostar. Vou postar quando tiver vontade, aí passo o link aqui e mostro pra vocês lerem também. :3
cap dedicado a AllenAM



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