A pedra no meu sapato escrita por Johanna


Capítulo 15
O Baile


Notas iniciais do capítulo

Estou muito decepcionada. Só vou continuar postando pelo AllenAM, McNaay, Gabyy Weasleyy Malfoyy e GAHBIIH. Meus únicos leitores. Totalmente dedicado pra vocês!



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Já passaram-se duas semanas desde que falei com Colin na cobertura. E como eu iria com Peter, eu estava me preparando para ir no baile.

— Ficou muito bom em você! — Julie exclamou.

Fitei a minha cintura fina totalmente definida como todas as curvas do meu corpo naquele vestido. Era colado até pouco abaixo da cintura, depois os panos da saia caíam até meus pés, onde o tecido ficava meio transparente, mostrando um pouco dos meus joelhos pra baixo. Era um preto avermelhado. Realmente lindo... Mas... Não sou muito de vestidos.

— Vai levar né? — Ela perguntou.

— Não s...

— Ei moça!! — Julie chamou a vendedora. — Ela vai levar esse aqui.

— Ótimo! — A mulher sorriu.

— Não, mas...

— Ficou lindo, não é? — Julie perguntou, sorrindo para a moça a seu lado.

— Sim. — Ela sorriu de volta e me tocaram pra dentro do provador, pra que eu tirasse o vestido.

"Ótimo", pensei. Quando saímos de lá e paguei pelo tal vestido, Julie me empurrou em vários restaurantes e fast food, pra comer que nem um elefante. Sorte que eu não engordo. E ela também não, pelo jeito.

(...)

— Só isso? — A ruiva levantou os braços. — Sarah! Você está... Perfeita!

— Obrigada Julie. E sim, só isso. Você sabe que eu odeio maquiagem. Nada além desse rímel e daquela base vai vir pro meu rosto. — A encarei.

— Tá legal.

Encarei a mim mesma no espelho. Realmente, eu estava diferente. Coloquei minha franja pro lado, fazendo-a cair apenas para a esquerda. Ela cobria toda a testa, não que nem aquelas japonesas, mas era desfiada. Mesmo assim, eu a transformei numa franja de um lado só, e meus cabelos estavam pouco ondulados, o que eu fiz pra mudar um pouco já que ele é sempre liso. Sorri pra mim mesma. Eu estava diferente. O rímel nos meus olhos destacava muito meus cílios. Muito. Era algo estranho já que eu não estava de maquiagem. Uma base fraca que nem podia ser notada apenas cobrindo alguns sinais vermelhinhos que eu havia feito — coçando minha cara hehe — era a única maquiagem no meu rosto. Fora o rímel. Coloquei um colar de pedras negras e logo o vestido.

Combinava, já que a cor dele era muito escura. Era quase um preto, que poderia notar-se tons avermelhados. Não sei explicar.

A campainha tocou. Encarei Julie. Ela também estava deslumbrante. Usando um vestido azul marinho comprido e um colar de pedras brancas. Ela era perfeita. Com seus cabelos vermelhos, sardinhas fracas e olhos azuis. Ela me encarou.

— Espera. Eu vou indo. Vou mandar o Peter vir até aqui. — Ela foi saindo do quarto.

— Julie, você tá l...

— Me respeita, fica aí garota! — Ela gritou, batendo a porta. Me deixando sozinha no meu quarto.

Ótimo. Ouvi a porta sendo aberta e logo fechada. Passos. Passos chegando mais perto do quarto. Era Peter, óbvio. E se ele me achasse feia? Meu Deus. Eu iria ter um ataq....

Ele abriu a porta totalmente e ficou lá de pé, com a mão na maçaneta. Paralisado. Ele estava boquiaberto. E eu também.

Ele estava. MARAVILHOSO. Quer dizer, Peter já era maravilhoso. Mas. De terno. Terno. Meu. Deus. Perfeito. Homens de terno são... Lindos. Ele estava com uma gravata borboleta...

Não sei quanto tempo ficamos ali, nos encarando. Ambos boquiabertos. Só sei que foi bastante. Até Julie gritar lá de baixo.

— Vamos, tá na hora pombinhos!!

— Desculpa... — Peter gritou, soltando a maçaneta da porta e vindo até mim.

— Boa noite. — Sorri, e senti minhas bochechas esquentarem.

— ... É que tem alguém que parece uma deusa aqui... — Ele sorriu bobo.

Aquilo iria me matar de vergonha. Ele colocou as mãos no bolso e me encarou.

— Hora de ir, Sarah. — Ele sorriu de novo.

Fomos descendo as escadas e ele foi na frente, descendo com as mãos no bolso. Eu o via de costas, mas era perfeito até atrás. Droga.

Chegamos na escada e ao sair para a rua tinha um taxi e-nor-me nos esperando. Sério, nunca vi uma coisa tão grande. Era quase uma limusine. Entramos no carro e Henry foi soltando piadinhas até chegarmos na escola. Peter me ajudou a descer e entramos no pátio pelo portão. O salão ficava por fora, então não precisávamos entrar na escola pra ir para o tal baile. Fomos chegando perto da porta de entrada e haviam dois seguranças. Eu já podia ver as luzes apagadas e um som suave saindo de lá de dentro. Algo bem romântico.

Entramos e diretamente vi Lilly. Ela estava realmente linda. Ela era linda. Mas, isso não diminuía meu ódio por ela. Peter passou um braço por trás da minha cintura. Eu o encarei e ele sorriu. Parecia convencido. Idiota.

— Boa noite, gatinhos. — Sorriu Louis, se aproximando. — Quanto tempo não vejo vocês!

— Louis, onze horas. — Peter comentou, ironicamente. — E você já está bêbado.

— Não cara... Eu te amo. — Ele começou a chorar e tentou abraçar Peter, que se esquivou, fazendo o menino cair no chão.

Ele logo se levantou e saiu rindo por aí.

Rimos e Peter me guiou até uma mesa mais pro fundo do salão, do outro lado do palco, que estava vazia. Sentamo-nos eu, Julie, Henry e Peter. Pra começo de festa, até que o lugar estava bem cheio.

Uma banda subiu no lugar. Estavam todos sentados. Eles se apresentaram como Radical Groove e começaram a tocar um som animado. As pessoas começaram a se aproximar da pista e dançar. Julie saiu com Henry.

Ficamos em silêncio até que Lucy se aproximou da mesa. E... Ela carregava Louis pelos ombros.

— Com licença... — Ela se aproximou. — Posso deixar o bebê de colo aqui?

— Claro. — Sorri.

Ela sorriu de volta e com uma cara de quem está fazendo esforço tentou largar ele sentado em uma cadeira do outro lado da mesa. Sem sucesso, o menino caiu direto no chão e soltou um gemido.

Rimos. Ela revirou os olhos e murmurou algo.

— Olha. — Ela nos encarou. — Vou dar uma volta.

Sorri pra mim mesma por Lucy não me olhar com desprezo pela primeira vez e sorri para Peter, em seguida.

Começou a tocar uma música lenta. Peter me encarou e ainda sem nenhuma palavra se levantou. Ele estendeu a mão para mim e eu apenas sorri, segurando-a. Ele me acompanhou até a pista de dança. Haviam vários casais dançando. Entrelacei meus braços no pescoço dele e ele assim na minha cintura. Ficamos ali nos mexendo lentamente. Escorei a cabeça no ombro dele. Passaram umas cinco músicas.

Eu não cansava de estar ali. Com Peter. Aquilo ela perfeito. Estar nos braços dele era uma sensação que eu não podia explicar. Senti um calor perto da minha orelha.

— Sarah. — Ele sussurrou.

Levantei a cabeça e o encarei. Estávamos perigosamente próximos. Ele sorriu.

— Peter. — Sorri de volta.

Ele me encarou agora sério e se aproximou do meu ouvido.

— Quer namorar comigo?

Meu coração acelerou, em meu peito acelerado. Aquilo estava rápido demais... Mas, espera. Já fazem quatro meses que conheço Peter. Já seria um bom tempo de conhecê-lo para que pudéssemos... Mas... Eu deveria?

O encarei séria. Eu estava completamente vermelha. Tentei sorrir, mas foi em vão.

— Quero. — Finalmente consegui responder.

Ele sorriu, aquele sorriso que me deixava tonta, de novo. Eu sorri também e antes que ele fizesse isso o puxei para mim e o beijei. Apertei mais meus braços em volta do pescoço dele e ele correspondeu lentamente. Era perfeito. Eu não queria parar.

Ele puxou minha cintura para cima. Continuamos nos envolvendo naquele doce beijo, suave. Era tudo o que eu queria, Peter só pra mim.

Depois de acabar a música, fomos para o barzinho ao lado. Eu tomei uma coca e ele uma sprite. Começamos a conversar. Hoje ele estava realmente feliz, o assunto nunca acabava. Eu me sentia melhor e melhor enquanto conversávamos. E eu realmente via nos olhos dele que ele gostava de mim. Ele colocou a mão na minha e sorriu. Sorri de volta. Ficamos ali, novamente não sei por quanto tempo. Nos encarando... Como ele era sedutor... E sexy... Ele colocou a mão no meu queixo e foi me puxando para mais perto de si... Estávamos quase nos beijando de novo quando...

— Olha só. — A menina forçou os braços entre nós dois, fazendo com que nos afastássemos. — O Casal do ano.

Sorri.

— Nem me fale. — Eu o abracei. — Foi o melhor pedido de namoro de todos os tempos.

— Quê?!? — Ela gritou. Sua face ficou vermelha. — Você vai se ver comigo, Peter. Se colocar um pé pra fora daqui hoje, te mato.

Ele começou a rir. Parecia feliz. Eu fiquei mais feliz em vê-lo assim.

— Agora vou sair... — Ele arqueou uma sobrancelha. — Com a minha namorada, se você não se importa.

Ele foi me puxando para a porta.

— Você não pode... — Ela foi nos seguindo até a porta. — Quebrar o trato. Sabe do que eu sou capaz.

Eu o encarei. Que trato?? Ué...

— Me deixa em paz, sua louca. Por um dia só! — Saímos pela porta.

Eu só observava tudo, enquanto Peter me levava pela cintura.

— Você me chamou de louca?! — Ela deu um grito agudo. Quase me deixou surda.

— Cala essa boca se não você vai se ver é com o meu punho, vadiazinha! — Falei, séria, fechando o punho.

— Vai se arrepender. Peter. — Ela deu uma última encarada furiosa nele, que começou a rir.

Lilly saiu de vista e ele me encarou, fazendo círculos com o dedo ao lado da cabeça, indicando "Ela é louca!"

Comecei a rir e ele me jogou para dentro de um táxi de porta aberta ali do lado. Ele entrou por cima de mim mesmo e fechou a porta. Ele se inclinou de quatro e começou a me beijar. Eu só ria em meio aos beijos.

— Pe...Peter... — Eu tentava falar. — Para, estamos num táxi!

Ele continuou me beijando e colocou as mãos na minha cintura, deitado por cima de mim. O motorista entrou no carro. Mas eu nem pude vê-lo.

— Oakland, 307. — Peter murmurou.

Ele começou a rir do nada enquanto ainda me beijava. Finalmente saiu de cima de mim e deixou eu me sentar. Ficamos ali, sentados até chegar no destino. E para minha surpresa, era no centro. Estava lotado. Afinal, era sábado. Descemos e ele pagou o táxi.

Estávamos em frente a inúmeros recintos para se alimentar. Fechei a porta do veículo e ele começou a andar. Senti uma coisa me puxando e vi Peter arregalar os olhos. Ele me abraçou forte e eu fechei os olhos. Ouvi um barulho enorme de coisa sendo rasgada.

Meu vestido...

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Eu e Peter nos entreolhamos e começamos a gargalhar desesperadamente. Ele se apoiou na parede mais próxima diante de uma vitrine de um restaurante, ou seja, diante de muitas pessoas. Eu ainda ria e começou a me faltar ar. Aí que me liguei de olhar para o meu vestido. Mas não era nada demais. Quer dizer, arrancou toda a saia comprida. Agora tinha uns pedaços de vestido pouco comprido sob um vestido de tamanho normal. Eu olhei para aquilo e ri mais. Eu me apoiei nele e comecei a rir mais ainda.

Todos nos encaravam.

Ele sorria demais e me apoiou num ombro enquanto com o outro braço se apoiava na parede para se manter.

— Vamos nos divertir. Dois manés. Com roupa de gala... — Ele fez uma pausa para respirar. — Andando pelo centro de uma cidade do interior. — Ele ria ainda.

Eu cambaleei até uma sorveteria e entrei la dentro, puxando-o pela mão. Fomos até o balcão. Antes que eu dissesse qualquer coisa, Peter se direcionou à atendente.

— Com licença. — Ele exagerou na postura e fez uma cara de "superior", olhando para ela com a face erguida. — Um milkshake para mim e minha senhorita. Agora.

— Agora? — Ela riu.

— Agora! — Ele bateu na mesa, gritando e fazendo todos olharem para nós.

— M-mas...

— Você não sabe quem eu sou? — Ele perguntou.

Olhou para mim. Eu não conseguia. Parar. De. Rir.

— O milorde Johnson. — Ele estava louco para rir.

— Bom... milorde... Aqui seu milkshake.

— Hein? Bom serviço. — Ele pegou aquela coisa.

Eu realmente estava rindo mais alto ainda. Deveria parecer uma retardada. Com um vestido pior que uma mendiga e rindo descontroladamente. Ele encarou bem o milkshake em uma expressão confusa. Olhou para mim, e para a mulher.

Tomou um gole. Dois. Três. Mas, ele não estava engolido. Ele olhou para mim. Pronto para rir. Ele olhou para a mulher e... MEU DEUS!


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