A pedra no meu sapato escrita por Johanna


Capítulo 14
Nova Casa


Notas iniciais do capítulo

*LEIAM AS NOTAS FINAIS*
Boa noite/tarde/dia u.u



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/440983/chapter/14

*LEIAM AS NOTAS FINAIS*

— Tô com sono. — Peter sussurrou, deitando a face sobre a classe.

— Interessante. — Comentei, virando novamente para a professora.

Ouvi um bocejar e continuei prestando a atenção na aula. Espanhol... É chato.

(...)

Me esforcei para abrir os olhos, a claridade era muito forte. Peguei meu celular do bolso da saia e espiei o horário. 11:57. Ainda tenho tempo pra ficar aqui, na cobertura. Eu vim até aqui para que não precisasse ficar ouvindo Peter de papo com Lilly. Por mais que eu sinta ciúmes, não posso de maneira alguma pedir pra ele parar de falar com ela. Até porque a vida é dele e não minha. E nós não temos nada juntos. Pelo menos ainda não.

— Atrapalho?

— Não. — Movi os olhos até a porta que levava até ali e vi Colin.

Ele sorriu e sentou do meu lado.

— Você é colega do Peter, né?

— Aham. — Tentei olhar pro sol, mas tive de colocar uma mão em frente a face.

— Hm. Ele é meu amigo.

— Legal. — Sorri fraco.

— Eu estou no terceiro ano. — Percebi de canto que ele sorriu. — Em um mês teremos um baile.

— Baile? — O encarei.

— Baile de inverno. — Ele sorriu novamente. — Nós que organizamos. É pra juntar dinheiro pra formatura.

— Interessante. — Dei de ombros.

— Se você quiser ir, poderíamos...

— Obrigada, mas não estou interessada. — O interrompi e sorri ironicamente.

Ele riu fraco e passou a encarar o céu assim como eu. Colin era muito bonito, mas eu percebi suas intenções desde o primeiro dia em que ele falou comigo. Hoje já fazem dois dias que eu me encontrei com Richard. Ainda espero pela ligação me dizendo que recebi o dinheiro. Que posso sair da casa de Julie. Eu já até passei na imobiliária e estou de olho em uma casa simples e pequena. Perfeita pra mim.

— Tem alguma coisa rolando entre você e o Peter? — Ele interrompeu meus pensamentos.

Eu o encarei, pronta para responder, mas... Eu não sei. Eu realmente não sabia.

— Hm. — Colin riu. — Entendi. Tem.

Senti minhas bochechas ficarem vermelhas. Virei-me de costas para ele.

— Vou indo. — Ele saiu de lá. Finalmente eu estava sozinha.

Agora eu só teria de esperar até bater para pegar meu material. Mas, porque será que ele queria saber?

O tempo passou rápido.

Terminei de guardar meu material e senti meu celular vibrar. Peter arqueou uma sobrancelha.

— Oi. — Coloquei uma mão na outra orelha e fui me direcionando até a porta.

— Sarah. Sou eu. Richard.

— Bom dia, Richard.

— Seu dinheiro tá na mão. Naquele cartão que teu pai te deu. — Ele riu. — Parabéns, jovem bilionária.

— Obrigada. Por tudo. — Agradeci.

— De nada, linda. Agora tenho que ir.

Ele desligou. Não pude deixar de pular de alegria.

— Que foi? — Peter estava do meu lado. — Feliz por estar falando com aquele riquinho candidato a seu namorado?

— É. — Sorri. — Posso sair da casa de Julie agora.

— "Interessante" — Ele imitou minha voz.

— Idiota. — Dei um tapa no ombro dele, rindo.

Seguimos em silêncio até a imobiliária. Eu avisei Julie que talvez não fosse almoçar "em casa" hoje. O Peter fez questão de me acompanhar, pois segundo ele eu poderia não estar fazendo a escolha certa.

Foram horas lá. Assinei tudo o que tinha para assinar e como o proprietário é bom me deixou ir pra lá já no dia seguinte. Eu só teria agora de comprar meus móveis. E eu estava ficando muito animada com tudo isso. Ter a minha casa, sem depender de ninguém. Eu poderia até tirar carteira. Ter um carro. Estou maravilhada.

Poderia ter a vida perfeita que eu sempre sonhei, na minha casinha, sozinha, com meu carro, eu poderia até ter um gato ou um cachorro, mas... A única coisa que iria vir inclusa sem que eu tivesse sonhado em toda a minha vida era Peter.

Merda.

(...)

— Esse lugar tá um brinco! — Sorriu Julie, provavelmente feliz pelo trabalho que fizemos.

— Agora sim esse lugar tá... Morável. — Peter concordou.

— Obrigada Peter. — Ironizei. — Obrigada Julie. Sem vocês eu não teria conseguido.

— Mas com o Henry aqui teria ido tudo melhor. — Ela fez uma cara triste.

— Mas, então... — Peter se jogou na poltrona branca em sua frente. — Eu quero dormir.

— É sexta, Peter. — Julie comentou.

— E daí? — Ele se afundou no acolchoado.

— E daí que é dia de sair. E são só seis da tarde.

— Eu prefiro ficar por aqui também. — Me meti.

— Ah. Vocês são dois bobocas. — Ela disse largando o pano que segurava no chão. — Não é a toa que se merecem.

Ela foi rindo até a porta e simplesmente saiu.

— Ela não tem jeito. — Peter murmurou.

— É. — Ri.

Eu ainda estava em pé de braços cruzados encarando como a minha nova casa estava linda. Peter e Julie me ajudaram a escolher os móveis e tudo que era necessário comprar. Eu estava admirando como tudo estava perfeito. Tudo do jeito que eu sempre sonhei. O sofá branco virado para a televisão na parede, as poltronas no canto da sala viradas para a enorme lareira, a parede listrada ali no meio, era a única pintada e eu planejava colocar um quadro com tons azuis ali. Bem no meio. A cozinha era em outro cômodo e era enorme, assim como o meu quarto. Esse silêncio é maravilhoso...

— Você quer ir no baile de inverno comigo?

Era maravilhoso.

— Hmm.. — Levei minha mão ao queixo. — Talvez.

Ele sorriu e abaixou a cabeça para trás em direção a mim no sofá.

— Você fica muito bonita de cabeça pra baixo. — Ele riu, e se levantou.

— Aceito. Ir. — Encarei o loiro na minha frente. — No baile, com Peter Johnson.

— Ótimo. — Ele me encarou, sério.

Corei. Não sei porque, mas... Ele acariciou minha bochecha.

— Para com essa viadagem, Peter. — Tirei a mão dele do meu rosto.

— Esse seu vermelhão diz o contrário. — Ele riu, e eu corei mais ainda.

— Engraçadinho. — Sorri ironicamente.

— Eu queria te beijar agora, mas como você restabeleceu as regras... — Ele olhou para cima, cruzando os braços.

Eu apenas ri e o encarei.

— Mas eu sou mais forte que você. — Ele sorriu torto e antes que eu pudesse correr ele me empurrou violentamente até a parede.

— Peter, isso não tem graça!

— Não tem mesmo. — Ele estava sério. Me olhava nos olhos e por mais que eu desviasse o olhar sentia aquela iris azul em mim. — Por... Que caralhos você não deixa eu te beijar?

— É sério Peter, me solta. — Eu estava assustada.

— Você vai me matar desse jeito! — Ele gritou. — Eu não sei o que que é esse imã que me atrai em você mas... Eu vou ficar louco!

Ele me soltou e eu acariciei meu pulso que estava vermelho. Eu já estava acostumada com esses surtos sexuais que ele tinha de vez em quando.

— Vou indo. Tchau!

— Até amanhã. — Falei, observando-o ir até a porta e sair.

Essa foi por pouco. Eu só não queria que nada acontecesse. É muito difícil me controlar e não me deixar levar por Peter. Resistir à aqueles olhos azuis, aqueles cabelos loiros e aquele tanquinho no lugar da barriga não é fácil. Eu já estava quase no meu limite. Eu não sei quanto tempo ainda aguentaria essas jogadas dele.

Se eu me deixasse levar uma vez, não quero nem imaginar onde iríamos parar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu não estou nada contente com o numero de comentários (reviews) q andei recebendo. Antes me inspiravam a continuar postando, agora não mais. Eu sei q pode ser chato ficar comentando toda hora, mas não, não é toda a hora, é de vez em quando, pra eu saber que vcs estão aí, e, eu odeio leitores fantasmas. Só vou postar de novo quando tiver no mínimos cinco reviews novos. CINCO.
Obs: os próximos capítulos serão os melhores e eu gostaria muito de compartilhar, se me derem a chance.
Não sei nada de "compras e vendas" de casas, então vai ficar assim mesmo. Bjs, espero poder continuar postando.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A pedra no meu sapato" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.