Renascer escrita por Mariana Lanza


Capítulo 8
Capitulo sete




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Pus o meu brinco de diamante na orelha esquerda e olhei no espelho e ele combinava perfeitamente com o vestido de alças finas brilhoso prateado na parte de cima desenhando o meu corpo e na parte de baixo branco solto ate a altura do joelho e uma sandália alta de tiras brilhosas prateadas, coloquei meu outro brinco e peguei um cordão de diamantes pus uma pulseira da pedra especial que meus pais sempre estavam a procura e pus uma tiara da Chanel ® e alguém bateu na porta.

– Entra. – Disse arrumando a franja que insistia em cair sobre os olhos, devia ter passado no salão e dado um corte no cabelo.

A Kelly entrou usando um vestido tomara que caia branco com taxas douradas na borda e uma no meio formando um sinto e um babado separando da parte de baixo umas pulseiras douradas e seu cabelo loiro estava com leves ondas.

– Nossa você esta linda. – Ela se aproximou de mim e tocou o meu brinco.

– Meu pai que fez para mim. – Ela levantou as sobrancelhas.

– Eles eram muito talentosos. – Reparei sua orelha e estava sem brincos.

Abri minha caixa de jóias e peguei um brinco de correntes douradas e entreguei a ela.

– São lindos, obrigada. – Ela pos na orelha. – Seu namorado esta lá em baixo.

– Ele chegou há muito tempo? – Perguntei olhando-me no espelho endireitando a franja.

– Só há alguns minutos, ele pediu para não chamá-la não queria te apressar.

– Depois que sair feche a porta do quarto. – Disse saindo e corri para a escada e logo escutei a voz no Matt parei para escutar o que eles falavam.

– Me mudei há quatro anos. – Dizia o Matt.

– E morava a onde antes? – Pergunto o Gabe.

Desci antes de aquilo virar um interrogatório. E o Matt olhou na minha direção, caminhei ate ele e nos beijamos.

– Parece que já se conheceram.

– Já sim, vou subir e vê se a Kelly esta pronta. – O Gabe subiu.

– Seu irmão é bem legal.

– É ele é eu acho. – Disse sorrindo e ele me deu um leve beijo.

– Você esta linda – Olhei para ele e ele usava uma blusa branca de botão um blazer preto que estava sobe medida sobre os seus músculos sua calça jeans nova e as botas.

– Você também não esta nada mal, mas essas botas? – Ele esticou o pé e riu.

Ele deslizou a mão sobre o meu braço e chegou a minha pulseira levantou o meu braço e tocou a pedra branca sua expressão ficou dura e seu rosto ficou sombrio.

– A onde conseguiu essa pulseira? – Ele perguntou duramente.

– Meu pai me deu, era uma das pedras que ele e minha mãe eram fissurados essa eles conseguiram essa na Espanha quando eu tinha quinze anos. – Ele largou meu braço e olhou para frente focou o olhar em algo a sua frente eu segui seus olhos e estavam na foto do natal do ano passado.

Ele caminhou ate o lugar a onde estava o porta retratos e pegou.

– Esses são seus pais? – Ele apontou para a onde estava meus tios, minha tia Luana irmã da minha mãe e meu tio Max.

– Não esses eram meus pais – apontei para o casal mais lindo no centro da foto.

Ele passa a mão no rosto impaciente e suspira.

– Matt tudo bem? – Ele toca meu rosto com carinho e o Gabe desce junto com a Kelly.

– Vamos? – Diz o Gabe abrindo a porta.

A Kelly saiu e em seguida eu e após o Matt tentei pegar sua mão e ele a largou eu havia combinado com o Gabe que iria no carro do Matt com ele e nós o seguiríamos.

– Então Matt é só me seguir – disse o Gabe entrando no carro.

Ele parou em frente ao carro dele e me olhou.

– Patty não vai dar para ir. – Disse ele entrando no carro.

– O que Matt? – Ele saiu com o carro quase me atropelando e o carro do Gabe ainda estava ali parado.

– Patty aconteceu alguma coisa? – Perguntou o Gabe saindo do carro.

– Não sei – disse ainda em choque.

Entrei no carro deles transmitindo esta tudo bem por fora mais por dentro procurava uma resposta, procurava entender porque ele mudara e acabando com a nossa noite que seria perfeita a noite em que eu, ele, Gabe e Kelly jantaríamos como um família e ele simplesmente saiu sem nem ao menos dizer o porque, porque ele se fora? Fiquei a noite inteira sem saber o porque e o Gabe incrivelmente não tocou no assunto e foi bom pois assim não precisaria dar explicações sobre algo que eu não sabia como explicar e depois da meia noite Gabe foi para uma pequena recepção de uns amigos junto com a Kelly e eu fingi estar com dor de cabeça então peguei um táxi e fui para a casa e passei o resto da madrugada ligando para o Matt e chamava e chamava e ele não a tendia eu deitei na minha cama e dormi enquanto chorava, aquela noite era importante para mim e o Matt a jogou fora eu iria apresentá-lo ao meu irmão que era a minha única família no momento e ele saiu para fazer sabe se lá o que.

Abri os olhos quando senti meu celular vibrar por baixo do travesseiro e olhei era uma mensagem.

“Festa pos ANO NOVO agora no bar da Angie tudo por conta da casa. Repasse.” E mais dez mensagens idênticas chegaram em seguida, olhei a hora e marcava duas e quarenta eu só havia dormido meia hora e me sentia bem mais cansada talvez fosse melhor ficar no conforto do meu quarto, e outra mensagem idêntica a outra chegou dessa vez do Erick. Nem sabia que ele tinha o meu numero – enfiei minha cabeça no travesseiro inspirando o cheiro amadeirado que o Matt deixara a duas noites atrás – Matt talvez ele esteja por lá. Me levantei e olhei-me no espelho e eu estava com a roupa do ano novo e nem havia reparado que havia chorado mais minha maquiagem dizia o contrario retoquei a maquiagem e peguei a jaqueta preta que o Matt deixara comigo na noite em que pulamos no mar e tudo parecia perfeito, troquei a tiara por uma toca e os saltos pela a minha bota preta que já estava ficando gasta de tanto usar-la, não iria ficar muito tempo, só o suficiente para achar o Matt e conversar.

Peguei a chave do meu carro no balcão da cozinha e sai, entrei nele e dirigi ate o bar da Angie que não era muito longe dali o mine estacionamento do bar da Angie estava lotado e havia mais gente fora que dentro ou era a mesma quantidade estacionei o carro em frente eu iria rápido, me apertei no meio de dois casais que se beijavam loucamente na entrada de perdestes do estacionamento e me apertei o dobro para chegar à parte de dentro do bar, todos da escola estavam lá e logo vi os cachos que vinham em minha direção Mari tirou uma foto minha a distancia.

– Seu vestido é lindo mais todo o resto é horrível. – Ela usava um vestido branco com estampa de flores pretas na parte superior do vestido com um lindo salto com laço na ponta preto, um casaco de caxemira trançado preto e uma touca preta.

– Viu o Matt? – Perguntei impaciente.

– Não vi o gato ainda hoje, estranho ele que teve a idéia da festa.

– Como sabe?

– Recebi uma mensagem dele falando para repassar, mais quando chegamos aqui a Angie não sabia de festa nenhuma então ela ligou para ele e ele disse que ele iria arcar com as despesas.

– Então ele vai dar as cartas?

– Você não é a namorada dele? – Revirei os olhos e me meti no meio da multidão à procura da Angie que estava no mine palco no fundo do bar tocando loucamente na sua guitarra.

Passei por uns caras que mexeram comigo e fui para o palco puxei o corpete preto e rosa que ela usava e ela me lançou um olhar de critica.

– Que foi Patricinha? – Ela estava com um cheiro forte de álcool mais não parecia estar bêbada.

– Cadê o Matt? – Ela lançou um olhar ao horizonte berrou algo incompreensível no microfone e olhou os bolsos.

– Não ta no meu bolso. – Revirei os olhos.

Voltei para o mine estacionamento e os caras que antes mexeram comigo lá dentro passaram a mão na minha bunda eu não perdi meu tempo discutindo com eles e procurei o carro do Matt subi em cima da mureta do estacionamento para poder olhar em volta e nada.

– Ei gatinha show de striptease? Não ha meio melhor de começar o ano. – Disse o garoto que estava mexendo comigo desde lá de dentro.

– Ah garoto não enche. – Disse chutando o copo de cerveja que ele havia posto sobre a mureta e molhado ele todo.

– Sua idiota. – Ele me derrubou sobre o seu ombro e me carregou para fora do estacionamento. – Agora você vai ver.

Ele me levou para longe dos carros enquanto eu berrava em protesto me jogou na caçamba de uma caminhonete prendendo as minhas pernas e os meus braços com o seu peso.

– Por favor, não faça nada comigo! – Eu berrava vendo o que ele iria fazer comigo – socooooooooooorro, para por favor. – Ele abriu a jaqueta preta e eu fechei os olhos e chorava de olhos fechados virando a rosto de um lado para o outro enquanto ele fuçava seu rosto podre nos meu pescoço e tentava me beijar.

Senti um alivio por cima das minhas pernas e me ousei abrir os olhos e o garoto não estava mais em cima de mim passei a mão sobre os meus braços livres e passei sobre minha perna sentando-me e vi o Erick acertando diversos socos na cara do garoto que já não reagia, saltei da caminhonete e caminhei ate o Erick.

– Erick chega, ele já aprendeu. – E ele me lançou um olhar, e suas orbitas estavam vermelho sangue como na tarde que a Rose estava aqui.

– Eu não sei o que faria com você se algo de ruim tivesse ocorrido com você – ele me abraçou como se nunca fosse me largar.

– Obrigada não sei o que teria acontecido se você não tivesse chegado. – O apertei o mais forte que eu podia.

– Deixa eu te levar para casa.

– Não, eu estou procurando o Matt. – Disse o soltando.

– Ele não esta aqui.

– Como sabe?

– Eu acabei de sair da casa dele. – Disse ele caminhando na direção da caçamba da caminhonete do garoto e pegou a minha chave.

– E ele falou algo sobre mim?

– Não, vamos ta ficando mais frio e não sei se essa jaqueta vai te esquentar por muito tempo. – E realmente não estava me esquentando.

Ele me levou para casa e voltou a pé assim que cheguei em casa reparei que Gabe já havia chegado fui para o banheiro e tomei um longo banho quente de banheira tentando entender o porque que o Matt saiu daquela maneira justamente hoje a noite. E estava em casa fazendo o que? O que era mais importante para ele do que o nosso jantar? Sai do banheiro e cai direto na cama e peguei no sono entre o choro.

Se passara cinco dias e as aulas voltavam na segunda e nenhum sinal do Matt ele não ligara não aparecera nem no bar da Angie ou estava apenas fugindo de mim cheguei a pensar que ele não queria nada sério porque ele fugira daquela maneira? Não havia explicações e nada me tirava da cabeça sobre o Matt no meio da semana fui a Washington com a Kelly para fazer algumas compras mas não consegui comprar nada quando voltava encontrei com o Erick em um restaurante caseiro de beira de estrada enquanto conversávamos ele me fez pensar em ir a casa do Matt.

Porque não pensara nisso antes? E depois fomos para casa disse ao Gabe que iria com as lideres ao boliche mas na verdade iria na casa do Matt segui pelo caminho que ele havia feito no dia em que me levara passando pela rua que levara a praia continuava em diante passando ao lado do túnel que levava a Washington, pela mine estrada de terra passando pelas lindas casas de praia até chegar na escondida casa dele.

Parei o carro no caminho de pedra que dava a casa dele e segui ali ate a varanda olhei pelos quadrados da porta e a casa estava do mesmo jeito que da ultima vez que estive aqui, a não ser por a chave da sua moto sobre a mesa de tampo de vidro sai dali e fui a garagem certifiquei que ele estava em casa e lá estava todos os três carros e as duas motos e reparei uma porta que dava para dentro da casa estava aberta entrei e sai no lugar a onde ficava o corredor que dava o banheiro de baixo fechei a porta e joguei meu casaco sobre o sofá subi a escada e fui para quarto dele e vi outro livro sobre a cama e escutei o barulho do chuveiro sentei-me na cama e esperei ele sair, não demorou muito só cinco minutos ele estava com uma toalha amarrada na cintura e outra nas mãos secando o cabelo.

– Angie podia avisar que viria.

– Não é a Angie. – Disse.

Ele parou de secar o cabelo e me olhou bufando.

– O que aconteceu? Porque você sumiu? Eu estava louca de saudades. – Disse já com a voz embargada.

– Você não me engana mais, o que pretendia fazer comigo? Me queimar como seus pais faziam? – O que ele estava falando? – O que eu estou falando? – Ele leu minha mente? – Você não me engana mais, pensando assim, “ele leu minha mente?” Você sabe que eu posso ler. – Ele ler mentes? Estou confusa. – Você não me confunde mais.

– Matt você esta me assustando não sei do que esta falando. – Suas orbitas estavam vermelhas como a do Erick ficava mais ele não estava agressivo como o Erick, estava na defensiva estava com medo, mais do que de mim?

– Não estou com medo de você. – Eu não estou acreditando nisso ele ler mesmo a minha mente meus pensamentos? – PARA! – Ele gritou me assustando. – Ta com medo? Ta vendo como nós nos sentimos como coisas como vocês nos ataca, vocês devia, ir para o inferno só por nos matar.

– Matt por favor para. – Disse me arrastando para a porta.

Ele correu ate a porta e a bateu fazendo um barulho ensurdecedor e a fazendo rachar, como ele fez isso? Ele não era normal, claro que ele não era, ele lia mentes!

– Você não vai fugir, não quis estar aqui? E como chegou aqui? Essa área é protegida, humanos e coisas como você não pode atravessar a fronteira sem uma autorização.

– O que você é? – Disse do outro lado do quarto agachada e chorando como uma criança.

Ele revirou os olhos e derrepente ele começou a brilhar, uma luz forte emanava dele e com a luz dos raios de sol que atravessava a janela fazia aparecer um pequeno arco Iris a sua volta.

– Você é um vampiro? – perguntei com medo da resposta.

E tudo se explicava, ele não comia, não sentia frio, não dormia, lia mentes e estava brilhando como os vampiros dos filmes adolescentes.

Uma risada maléfica ecôo no lugar me fazendo tremer o meu corpo inteiro.

– Você sabe que não sou vampiro, e essa conversa já esta me irritando. – Fechei os olhos e esperei ele me matar.

E não escutei, mas nenhum passo e era como se ele não estivesse ali abri lentamente os olhos e ele estava normal novamente me olhando com lagrimas escorrendo no seu rosto.

– Eu gostei de você de verdade. – Uma lagrima caiu no chão. – Me mata logo para acabar com essa dor.

Eu não sabia o que ele estava pensando o que eu era mais eu sabia muito bem o que ele era, ele não era normal por mais que ele estivesse acabado de baixar sua guarda eu não confiava nele queria sair daqui – Eu continuava agachada no canto do quarto e não queria olhar-lo mais o silêncio se pairou ali por mais ou menos dois minutos olhei para ele e ele estava de joelhos olhando em minha direção, com o rosto firme e parecia normal novamente.

– O que você pretende com isso? – ele me perguntou.

– Me deixa sair, por favor?

– Se você não quer me matar, o que você quer?

– Matt eu não sei do que esta falando, me deixe sair, por favor? Eu não te incomodo mais. Mas me deixa sair.

Ele continuava a me olhar de joelhos, ele se parecia com aquele que a minutos atrás estava em minha cabeça e eu amava, eu amava o Matt, quer dizer eu o amo mesmo todo assustador me olhando com carinho? Talvez. Mas não queria deixar-lo por mais que um lado de mim dizia para sair, mas o meu coração me dizia para ficar. – Eu podia estar muito enganada mais ele ainda gostava de mim, me movi devagar lentamente eu caminhei em sua direção me ajoelhei a sua frente e ele me observava.

– Matt eu te amo, não sei o que esta acontecendo mais eu quero ficar com você independente do que você seja, não sei o que você acha que eu sou mais sou incapaz de lhe fazer qualquer mal, mesmo se eu fosse capaz eu não lhe faria porque eu te amo muito e não quero te perder – ele só me observava e uma lagrima desceu do seu olho esquerdo eu passei o dedo abaixo do seu olho limpando a lagrima e ousei dar um pequeno beijo ali, ele apenas fechou os olhos eu desci dando pequenos beijos no seu roso passando para a bochecha ate ao lado de sua boca ele abriu os olhos novamente tocou o meu rosto deslizou o dedo indicador a meu lábio – se você realmente ler pensamentos você sabe que é verdade tudo o que eu disse, diz alguma coisa por favor?

Ele continuou me olhando e me beijou parecia que nunca havia nos beijado antes esse beijo parecia cheio de amor, ternura paixão, parecia um beijo como os do cinema de casais apaixonados ele parou no meio do beijo.

– Eu não posso fazer isso. – Disse ele de pé.

– Não pode o que?

– Te amar.

Eu me levantei e ele ficou andando de um lado para o outro pegou uma calça jeans no armário e uma blusa de manga cumprida branca ele sentou na cama e pos a calça com a toalha em sua cintura.

– Porque?

– Porque não. Porque sou um anjo, não posso amar, não posso te amar.

– Mas você me ama? – Ele estava de pé e tirou a toalha de sua cintura fechou a calça e me olhou. – Porque se já me ama nada se pode fazer. – Ele disse que é um anjo?

– Sim, eu te amo. – Fui ao seu encontro e o beijei.

Ele me jogou na parede me levantou um pouco a cima de sua cintura me segurei com as pernas nele – alguns fleches de imagens brotavam em minha mente como se não fosse a primeira vez que isso aconteceu – ele continuou a me beijar e eu a beijar-lo ele me tirou da parede e me jogou na cama.

Ele estava sobre mim me beijando ele passou os dedos sobre o botão da minha calça e estremeci ele me olhou.

– Você quer continuar?

Eu fechei os olhos e o beijei.

***

Abri os olhos e ele me olhava.

– Você ficou me vendo dormi?

– Fiquei, as vezes acho que o anjo é você. – Eu sorri.

Fechei os olhos novamente mais não para dormi e sim para lembrar de cada momento daquela noite, seu beijo, cada toque, cada sentimento que nunca senti, coisas que nunca havia sentido antes e meu amor duplicou eu nunca havia me entregado daquela forma antes para alguém quantos mais para um anjo.

– Você é mesmo um anjo?

– Sou sim.

– E suas asas?

– É mais algo espiritual.

– E qual sua historia, sua verdadeira historia? – Ele se sentou e me olhou.

– Eu estou aqui para achar alguns anjos que caíram por conta de uma guerra.

– E porque esses anjos não vem ao seu encontro?

– Eles perderam a memória voltaram como humanos.

– Então agora são humanos? – Ele cobriu uma parte do meu corpo com o lençol de seda.

– Mais ou menos, os anjos tem uma coisa que se chama áurea, é como chamamos nossa imortalidade, nosso poder, nossa força e ela se separou deles entrou em alguns humanos.

– Porque você tem que achar-los?

– Por que eles são guardiões da vida humana, da terra e de tudo mais que tem haver com vocês em vida.

– São quantos?

– Quantos o que?

– Quantos anjos que você procura? Quantos existem aqui com você?

– Sete já achei uma, e aqui comigo só mais um. – Já imaginava quem era o outro. – Sim é o Erick. – Agora tudo se explicava.

– Posso te fazer mais perguntas.

– Claro que pode. – Ele me beijou se deitou ao meu lado deitei sobre o seu peito nu.

– O que você achava que eu era?

– Caçadora. – Ele não olhava nos meus olhos seu rosto estava tenso e serio novamente.

– Porque? E o que esses caçadores fazem?

– Lembra que eu lhe falei sobre o nosso poder se chama áurea?

– Sei.

– Os caçadores nos caçam para nos queimar e a nossa áurea se transforma em uma pedra como o diamante como aquela que você estava no pulso no ano novo. – Agora explicava sua mudança de humor. – E como você percebeu essa pedra é bem mais linda que qualquer diamante qualquer jóia rara, e as pessoas vendem com o intuito de ganhar dinheiro... – O interrompi.

– Meus pais escavavam essas jóias eles não caçavam. – Ele estava louco. Meu pais eram muito bons eles não matariam anjos para ficarem ricos, eles nem ligavam para o dinheiro poderiam viver de classe media baixa a vontade meu pais tinham um enorme coração.

– Mais seus pais eram caçadores.

– Será que podia parar de ler meus pensamentos? E eles não eram.

– É involuntário é como se você estivesse falando comigo. E seus pais eram sim, eles poderiam ter outros motivos, mas eles matavam anjos.

– Não matavam. – Berrei me alterando eu estava de pé enrolada no lençol de seda.

– Patty é verdade, por favor, se acalme.

–Não Matt, não me acalmo você esta dizendo que os meus pais, eram assassinos de anjos.

– Ta vendo isso? – Ele me amostrou uma cicatriz de baixo do peito que se estendia ate as costas enquanto nós estávamos nos amando eu senti ela entre outras. – Foi sua mãe que fez isso comigo, eu desconfiava que a Linda Tuner fosse sua mãe, você se parece muito com ela.

– Pensei que fosse imortal quer dizer que não se fere. – Minha voz estava embargada.

– A pior coisa para um anjo é o fogo, qualquer coisa quente fere, sua mãe me enfiou uma faca quente.

– Não eram eles.

– Seus pais eram os maiores caçadores da America.

– Matt para de falar disso por favor?

Ele esticou os braços na minha direção e eu cai sobre eles e chorei eu só queria fazer isso chorar.

***

Abri meus olhos e o sol já havia nascido eu olhei em volta a procura do Matt e estava sozinha no lindo e sofisticado quarto. Fui ao banheiro e tomei um banho depois pus a minha roupa e desci a escada e escutei vozes.

– Você não poderia ter feito isso, ela pode ser como eles. – Berrou a Rafa.

– Ela não é como eles. – Disse o Erick um pouco estressado.

– Qual é gente é só apagar a memória dela. – Disse a Angie.

– Para você é tudo muito fácil, apagar a memória e pronto acabou? Não é assim caçadores não esquecem eles bebem água benta.

– Fácil? Eu cai, porque disse que estava amando um homem, você se declarou para o anjinho ai e dormiu com ele e a vida é fácil para mim?- Disse a Angie furiosa – Você que faz tempestade no copo d’água o problema é simples é só apagar a memória dela e outra ela não é caçadora é capas dela ser como você, ainda mais depois daquele soco. – Ela completou mais calma.

O Matt iria dizer algo e eu desci.

– Não sabia que ela estava aqui – disse a Rafa me fuzilando com os olhos – a reunião acabou. – Completou ela.

– Não sou caçadora. – Afirmei.

– Olha Rafa ela não é caçadora e eu confio nela e ela pode nos ajudar. – Disse o Matt.

– Ajudar? – Perguntei.

– Ajudar? – Perguntou a Rafa.

– O pai dela era Cesar Turner- Rafa voltou a me fuzilar com os olhos – ela pode ter o livro.

– Que livro? – Perguntei.

– A Bíblia dos anjos. – Respondeu Erick lentamente.

– Nunca ouvi falar nisso.

– Quando os anjos caíram, eles caíram com esse livro, e seu pai o achou.

– Como você sabe que o meu pai achou? E para que serve esse livro?

– É o que vamos descobrir, e eu estava no dia em que seu pai pegou o livro. – Assenti com as sobrancelhas. – Sabe onde podemos encontrar?

– Ele tem uma biblioteca, em uma faculdade de Nova York.

– Então vamos lá. – Disse o Erick.

– Em Nova York? – Perguntou a Angie.

– É. – Respondeu o Matt.

– Olha eu vou para a minha casa, não confio em você, Erick pode me levar? – Disse a Rafa.

– Nossa patricinha a loirinha te odeia mais eu também vou, o casal vinte tem que ficar a sós.

E em poucos minutos só estava eu e o Matt na casa.

– Você não é obrigada a ajudar se não quiser.

– Não eu quero, eu quero ajudar no que for preciso, meu pais mataram anjos e se eu puder ajudar , sei que nada vai redimir o que eles fizeram mais pode amenizar.

– Entendo. – Ele caminhou ate a mim e me beijou.

Ele pos sua mão na minha cintura e as minhas estavam em sua nuca eles estava quente e ele começou a beijar o meu pescoço ele me pos na mesa e eu deitei ele continuou me beijando foi quando virei o meu pescoço para o lado e vi meu celular e esta acendendo com alguém me ligando.

– Ai meu Deus, Gabe. – Peguei o celular na hora afastando o Matt.

– Patrícia a onde você passou a noite? – Ele estava desesperado.

– Eu...Eu... - Eu estava a procura de alguma desculpa.

– Você...? – Ele estava esperando.

– Dormi na casa de uma das lideres?

– Você esta mentindo, liguei para a Katy e ela disse que não marcaram nada para ontem liguei parar as outras meninas e elas disseram que não te viram.

– Eu dormi na casa da Rafa ela quer ser líder e já estou indo para casa.

– A onde ela mora? Vou ai te buscar.

– Patty me deixa falar com ele – disse o Matt.

– Você passou a noite com ele? – Ele disse praticamente berrando.

Eu desliguei o celular na cara dele.

– Falei para me deixar falar com ele.

– Ele deve estar querendo te matar.

– Eu sou imortal lembra? – Disse ele com um sorriso cafajeste nos lábios.

– Ele pode te queimar sabia? – Ele sorriu.

Ele me fez tomar um café da manha reforçado e insistiu para me levar para casa.

***

Ele estacionou o meu carro na garagem e fiquei ali sentada e nem iria sair se o Gabe não saísse de casa. Ele bateu a porta da frente e desceu os degraus muito rápido eu sai do carro antes dele alcançar a porta do carro.

– Gabe cheguei to em casa.

– Eu vou falar com ele. – Disse o Gabe apontando para o Matt, eu olhei para trás e lá estava ele.

– Patty deixa ele, eu e seu irmão vamos conversar.

– Matt vai para casa.

– Patrícia deixa eles. – Disse a Kelly segurando o meu braço.

– Eu comecei, eu termino. – Fiquei na frente do Matt. – Vamos entrar e lá nós resolvemos como pessoas civilizadas – o Matt me olhou e eu entendi bem o recado, “pessoas?” Ele queria dizer.

Entramos e sinceramente o Gabe estava vermelho como pimenta malagueta e bufava nem sabia que ele se importava tanto comigo.

– Então Gabe... – Ele me interrompeu.

– Patty nem venha querer defender. Ele só quer te usar nem confirmar o compromisso ele quis... – Cortei.

– O pai dele estava passando mal eu não sabia ele saiu sem avisar porque não queria me preocupar. –Eu falei tão rápido que ate acreditei que era verdade daí olhei para o Matt e vi que foi ele, como ele fizera aquilo?

– Meu pai passou essa semana internado e como ele mora na Europa não deu tempo de ligar e ontem a... – Eu o interrompi.

– Eu fui ao bar da amiga dele, a Angie e ela havia esquecido de ligar para avisar que ele estava na Europa e que voltava nesta madrugada só que o vôo dele atrasou e eu acabei passando a noite no aeroporto.

– Porque ele não te ligou? – Perguntou o Gabe ainda revoltado.

– Tava desligado.

Nossa historia parecia bem verdadeira e o Matt também o manipulou o que ajudou e no fim de tudo ele pediu desculpas e no mesmo dia marcamos o belo jantar tão esperado o Matt impressionou meu irmão e me impressionou ele conhecia tanto sobre vinhos ate mais que o Gabe e tão sofisticado que me fazia sentir uma caipira não parecia aquele menino que ia para a escola em uma motoca velha e magrela de jeans surrados e blusas de mangas rasgadas que ignorava o mundo.

– O que? – Ele perguntou. Enquanto eu o fitava depois do jantar.

– Nada. – Disse sorrindo.

Seu sorriso se alargou ele se inclinou na minha direção e beijou-me. Algo distraiu nosso beijo o toque do seu celular.

Ele um sorriso cafajeste brotou em seus lábios ele virou a cabeça em direção ao celular e atendeu.

– Oi Angie – ele escutou – como aconteceu? – Perguntou nervoso – daqui a pouco chego por ai. – desligou.

– O que aconteceu? – Perguntei curiosa.

– Alguns caçadores apareceram no bar da Angie e a ameaçou. – Ele respondeu.

– A Angie também é uma anja?

– Já foi.

– Como assim? – Indaguei.

– Ela se apaixonou e caiu.

– Ela é anja caída?

– Sim perdeu as asas e alguns poderes.

– Mas se ela perdeu as asas, ela não vira “diamante”.

– Mas os arcanjos procuram anjos caídos.

– O que seria Arcanjos?

– Anjos de alta patente, eles na maioria são uns canalhas fazem anjos caídos como a Angie fazer trabalhos sujos para eles.

– Que tipo?

– Matar, fazer acordos com demônios, coisas desse tipo. – Ele disse tranqüilo.

Nossa aquele mundo realmente existia, anjos, demônios e o que mais poderia existir?

Matt se despediu de mim e foi na Angie e por fim fui tomar banho e dormi aquele dia já havia sido grande de mais para mim.

***

Eu estava de pé mais não sentia o chão sobre os meus pés, mas podia andar, arvores de caule branco e folhas brancas quase transparente, algumas caiam mais não dava para se ver a onde neblina por todos os lados algumas pessoas andavam por todos os lados no rosto delas não havia preocupação, nem tristeza, só alegria, serenidade e paz eles usavam branco algumas olhavam para baixo e outras simplesmente pulavam entre a neblina e um pouco distante de mim estava o Erick com seus lindos olhos azuis com uma roupa branca bem cintilante e larga encostado em uma das arvores brancas ele me olhou e sorriu depois virou-se de costa e foi para o meio da floresta de arvores brancas em suas costas havia dois lindos pares de asas brancas com o fim meio amarelado eu corri atrás dele meti-me dentro daquela floresta linda e um par de mãos cobriu os meus olhos.

– Advinha quem é?

– Erick. – As palavras saíram sem querer da minha boca.

Ele as tirou as mãos e apareceu em minha frente, seu rosto era tão lindo, tão angelical, seus olhos vidrados nos meus, suas mão tocaram minha bochecha e seus lábios tocaram o meu – eu não queria aquilo, mas quem eu era ali naquele lugar de tanta paz queria aquilo eu não conseguia me separar dos beijos dele, não conseguia – eu estava gostando, estava cheio de ternura e amor.

– Angela – é a voz do Matt – Angela – ele chamava calmamente.

– É o Matyus, e o plano?

– Tudo certo. – As palavras saiam sem eu querer.

Minhas pernas tinham vontade própria eu não as movimentava e elas corriam a saída da floresta branca o que no inicio parecia um sonho agora mais me lembrava um pesadelo.

E lá estava o Matt sem camisa com lindas asas negras em suas costas com uma calça branca que pren0dia a baixo de sua cintura, sua pele morena e seu cabelo negro bagunçado como sempre, ele me olhou assim que sai da floresta de arvores brancas, por mais estranho que fosse o Matt sempre me salvava dos meus maiores pesadelos ele era minha luz no fim do túnel o meu príncipe dos contos de fadas da Disney ele sempre vinha para me salvar.

Eu corri para seus braços e ele me apertou como nunca antes.

***

Abri os olhos e estava enrolada em minhas cobertas e sorria, pus o travesseiro a baixo da minha cbeça e girei o pescoço para apagar a luz do abajur e lá estava meu príncipe me observando.

– Estava me vendo dormi? – Ele sorriu. – Como entrou aqui.

– Sua janela estava aberta, não é muito difícil para um anjo. – Eu assenti. – E com o que sonhava?

– Com você me protegendo.

– Não sei bem se era algo para se assustar, mas eu estava assustada.

– Mas agora estou aqui.

Ele deitou-se ao meu lado e dormi novamente com a minha cabeça em seu peitoral.


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