Saga Entre Anjos e Demônios escrita por Aless Stemb


Capítulo 1
Préfacil




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“E irrompeu uma guerra no céu:

Miguel e seus anjos batalhavam com o dragão,

E o dragão e seus anjos batalhavam,

Mas ele não prevaleceu, nem se achou lugar para eles no céu.”

(Apocalipse 12: 7,8)

Abriram-se as comportas e ele sorriu sarcasticamente, não se considerava um perdedor, e de fato não era, tinha tempo e sabia como usufruí-lo. Era uma das bênçãos de se viver em habitat celestial, você aprende a ter paciência, e a raciocinar com clareza.

Miguel tinha o rosto levantado enquanto suas asas brancas brilhavam com o reflexo do Sol sobre elas. Ele sorriu como era incrível o contraste entre as trevas e o puro e perfeito.

Ele suspirou olhando para o outro anjo ao seu lado que tinha os olhos negros fixos em Miguel e seu exército. E havia ódio entre eles, e desejo de vingança.

–Vão embora! Estão deveras banidos de meu reino... Foram contra todos os mandamentos do Pai e não são dignos de reconhecimento.

–Ora Miguel, não seremos tão sádicos... –O demônio, que comandava os outros, sorriu arqueando levemente uma de suas sobrancelhas. –Somos filhos do mesmo pai, somos irmãos...

–Saia Lúcifer, nunca nos ponha em julgo igual... Quem desobedece há meu pai tem se tornado seu inimigo e por sua vez o meu também! Você e seus demônios estão banidos!

Lúcifer gargalhou olhando em volta, era inútil tentar guerrear novamente, mas ele não se dava por vencido, nem ele muito menos seus seguidores. O diabo olhou para o anjo ao seu lado, seu braço direito, e voltou a olhar para Miguel que também tinha um anjo como seu companheiro mais próximo.

–Não enxergas, oh sábio Miguel? –Ele esperou por uma resposta que não veio. –Somos mais parecidos do que você mesmo imagina... Lutamos por um ideal, por um meio de conquista, e ambos temos um exercito...

Os dois anjos, que serviam como braços direitos se olharam com ódio, enquanto seus lideres discutiam. Então Miguel pôs fim a todo aquele teatro. Estendeu sua mão ao alto e uma luz ofuscante cegou todos os anjos.

–Vocês estão condenados a viverem entre humanos, enfraquecendo-se a cada milênio, até que chegue sobre vós o julgamento celestial, e terás de serem julgados segundo suas ações e terão de sofrer sobre todo o mal que causaram...

Os anjos inimigos se curvaram. Dominic estava entre eles, os que estavam sendo banidos, e ele sabia que merecia a isso, negara ao seu Pai, ao seu criador e se estabelecera ao lado direito de Lúcifer, tornando-se fiel a ele.

Dominic tentou olhar para a figura ao lado de Miguel, Samuel estava passivo, olhando com desdém para a figura encurvada de Dominic. Havia tanta distinção entre eles agora, e Dominic achou tudo aquilo uma tremenda injustiça.

–Você pagará Samuel, nos veremos novamente! –Sibilou Dominic entre dentes, encurvando-se, logo abaixo de seus pés um buraco se abria e uma jóia cintilando em azul e verde os esperavam.

Sentiu uma ardência insuportável em suas costas, olhou sobre os ombros, e cada centímetro de suas penas se tornavam negras, começando com cinza médio, variando até encontrar a escuridão, descendo lentamente, contaminando-o. E quando terminou Dominic arfou, seus olhos verdes encararam uma ultima vez o anjo de asas brancas logo em sua frente.

–Ainda nos veremos Samuel, nosso destino está traçado! –Seus lábios perfeitamente simétricos se contorceram enquanto um sorriso de escárnio iluminava seu novo rosto, Dominic olhou em volta, vendo seus irmãos se lançarem de ponta a cabeça rumo a jóia cintilante.

Dominic sairia dali com a cabeça erguida. Então se pôs de pé, estendendo suas asas negras, sentindo cada um de seus músculos se tornarem mais fracos, seus punhos cerraram com força, e então ele saltou, alcançando voou, girando uma ultima vez no céu celeste e então se lançou para baixo.

À medida que descia as nuvens se tornavam escuras, espessas e medonhas, eram as trevas e Dominic sabia disso, as trevas o assolaram, e ele estava agora fadado a viver nelas, jogado no abismo tenebroso...

Samuel suspirou aliviado olhando para Miguel.

–Enfim teremos paz senhor! –Murmurou ele, vendo a figura vingativa de Dominic ainda se jogando para a Terra.

–Estas enganado jovem Samuel... Os problemas acabam de surgir! –Sibilou o mestre erguendo suas mãos para que as comportas se fechassem. –E este será o seu trabalho, vigiar meu povo na Terra, aqueles que me foram escolhidos, ajudá-los a sobreviver... Você e seus anjos.

–Mas senhor... –Samuel engoliu em seco. –Estas me abolindo? O que fiz?

–De maneira alguma Samuel, és o que eu tenho em maior consideração. Por isso sei que saberá realizar essa tarefa para mim.

Samuel assentiu, sem nenhum humor. Então Miguel sinalizou para a jóia cintilante. E contra gosta, Samuel e seus anjos ergueram suas asas brancas e límpidas, enlaçando voou rumo a Terra. Miguel fito-os enquanto estes desciam.

De fato, existe mais entre o céu e a Terra, mais do que podemos sequer imaginar!


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam??



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