Ok de verdade, não sei por quê estávamos aqui. Eu queria pular no pescoço de Hades agora mesmo.

–O QUÊ VOCÊ QUER COM A GENTE?-Gritei com todo ar que tinha em meus pulmões. Sabia que não era bom,o motivo.Tinha um motivo.

–Ah.-Disse o deus como se estivesse em um conversa casual.-Eu soube que vocês querem trazer o namorado dela.

Ele apontou para Marina, não gostei do tom que ele usou. Ela gritou novamente, sua perna sangrava muito.

–Não tem problema nenhum nisso. Eu trouxe Hazel. Eu não chame-a assim, ela tem um nome.

–Tem um problema sim. Isso irá interferir na profecia.

–Como? Como irá interferir?

–Não posso te disser, filho.- Não gostei como ele me chamou, senti o nojo que ele tem por mim ao disser essa palavra.-Isso também iria interferir.E bom como sei que você não me obedeceria vocês dois vão ser meus visitantes por um tempo.

–VOCÊ QUER DISSER PRISIONEIROS.

–Se quiser chamar assim.

–Ni-Nico.- A voz de Marina estava falhando, corri até ela. Coloquei sua cabeça em meu colo.

–O quê foi mana?

Ela abriu a boca para falar, mas logo desmaiou em meu colo.

–Mana?- Perguntou Perséfone. Estava tão preocupado com Marina que nem a vi entrando.-Você não é meu filho, nem ela filha de seu pai. Não a chame assim.

Levantei queria bater nos dois deuses a minha frente, mas não podia. Marina precisava de ajuda, e só os dois podiam ajudar.

–Perséfone.-Disse com nojo. Avançando em sua direção.

Senti alguém, ou melhor algo me segurando. Guardas esqueletos.

–Bob que bom que chegou leve a Marina para meus aposentos para poder cuidar dela.-Disse a deusa virando-se para o gigante que acabou de entrar na sala.

Ele a pegou com tudo cuidado, ele sabia quem ela era. Um sorriso foi se formando em meu rosto, mas antes de sorrir de verdade me lembrei onde estava.

–Levem ele.-Disse Hades, então os esqueletos começaram a me puxar para fora da sala, para longe de Marina.

Quando estava no corredor comecei a gritar e me debater, tentando me saltar. Tentei puxar meu braço, mas cada vez que eu puxava mais os guardas o seguravam mais forte. Parei quando notei que não conseguiria me soltar, não sentia mais meu braço direito. Nunca na minha vida achei que um esqueleto pudesse ser tão forte.

Me jogaram em uma cela suja, está sem minha espada ou meu anel. Eles tiram de mim, a cela era mágica, meu pai já tinha me falado delas, está sem meus poderes. Não sabia onde estava, como sair e onde ou como Marina estava. Queria gritar, mas o som não sai.

Deitei no chão fechando os olhos, senti as lágrimas começando a escorrer. Me sentia um tolo por estar chorando, mas não sabia como a única e a mais importante pessoa da minha estava. Não podia perder outra pessoa que eu amava, não pela terceira vez, não em tão pouco tempo.