Não demorou para Draco entrar no dormitório, ele parecia meio animado e meio cauteloso:

– Não vai acreditar Potter, mas parece que a gata do Filch foi petrificada, ele quase matou seu irmão.

– Mas não matou. – ironizou Eric. – então quem fez isso com a gata?

– Eu não sei, mas parece que a câmara secreta foi aberta, o herdeiro de Sonserina voltou ao castelo e pelo visto quer começar o que Sonserina disse, conhece a lenda?

– Por alto, mas sim. – Eric se levantou com o pijama nos braços. – mas deve ser só um idiota qualquer, que petrificou a gata para assustar.

– Então funcionou, principalmente quando escreveu na parede com sangue.

– Dramático.

Draco teve um calafrio quando Eric passou por ele, seu colega de dormitório estava ficando cada vez mais estranho, também estava dando um ar de temor por onde passava. Eric na manhã seguinte escutava conversas, sobre a gata, sobre a câmara secreta, mas não entendia ainda o que seria o tal rei das serpentes, uma coisa era certa, parecia uma cobra imensa, mas ele poderia ir dando uma olhada na biblioteca enquanto passavam as aulas, se Tom no seu diário não o incomodasse, caso contrário ele deveria esperar, ele prestou atenção em Hermione, ela parecia um pouco nervosa e ao mesmo tempo parecia querer falar com ele, por sorte deixou o diário na gaveta, então saiu do salão para um lugar bem conhecido de ambos. Hermione entrou na sala vazia e ficou aliviada de ver Eric ali, ele parecia sério o que era estranho, talvez ele sabia de onde vinham os ataques:

– Eric, eu queria falar com você desde...

– Hermione, não podemos ser amigos mais. – disse ele por mais que machucasse.

Ela parou olhando para ele temerosa:

– Bom ensaio Eric, mas isso não é hora, a gata foi petrificada e...

– Sim, fiquei sabendo, mas isso não importa, o que importa é o que eu estou dizendo e eu digo novamente que nós não podemos ser amigos mais.

– Só pode ser brincadeira, Eric...

– Não estou brincando.

Novamente Eric assumiu o mesmo tom que teve na Floreios e Borrões o mesmo que usou para assustar Lúcio Malfoy, agora era real e tinha que ser convincente, se ele afastasse Hermione o suficiente de longe poderia protege-la de ataques futuros, nesse ano ela passaria ilesa, ele não se importava com os outros alunos, além dela, Harry, Ron, Gina e os gêmeos Weasley, nada mais era importante e sendo ela a única nascida trouxa ele se perguntava em quanto tempo ela poderia virar um alvo, ele saiu da sala sem mais nada a dizer, deixando ela para trás sozinha.

Sonserina vs Grifinória.

Não se passou muito tempo até o jogo de Grifinória contra Sonserina, ele não estava nervoso em tudo, o que o deixava nervoso era que Tom queria outro ataque após o jogo, ele subiu no ar, Madame Hooch tinha um olhar solene, mesmo que parecesse animada demais com o jogo, ela parecia que queria que eles se esvaíssem em sangue, a bola entrou em jogo e ele pegou mais rápido do que qualquer um e já fez o primeiro gol e pode escutar a narração:

– Sonserina marca o primeiro gol do jogo, jogada solo do Potter, comemoraria se ele fosse da Grifinória!

– Jordan! – gritou Minerva.

– Desculpe professora. – respondeu o garoto.

Eric quase riu se não estivesse em outra jogada no mesmo momento, além de escapar de um balaço de um dos gêmeos, ele passou para o capitão que não conseguiu marcar e no rebote ele marcou:

– Mais um gol para Sonserina, parece que Potter tomou suas vitaminas hoje.

Ele olhou na direção de Harry rapidamente, seu irmão parecia prestar mais atenção no jogo do que ao redor, mesmo com Draco enchendo a paciência dele, ele olhou para longe e pode ver que Katia Bell estava com a goles e partiu para cima dela, eles trombaram no ar violentamente, ele conseguiu dar um chute bem colocado na goles que caiu pelo ar e foi pega pela artilheira de sua equipe, ele piscou para Katia e voou para longe, após o terceiro gol o capitão comemorou com o time, mas ele não queria saber de comemoração e viu Harry e Draco atrás do pomo e atrás de Harry um balaço errante, ele escutou um gol e viu que era o segundo gol da Grifinória, a bola no contra ataque foi passada para ele e ele passou para o capitão, que marcou já que Oliver tomou um balaço bem forte e deixou os aros desprotegidos, ele procurou no ar onde estava Draco e Harry e viu os dois voando rapidamente, então Draco perdeu o controle e caiu da vassoura com o traseiro no campo, Harry seguiu e foi atingido no braço pelo balaço e ali ele insistiu e pegou o pomo, Grifinória ganhara o jogo, ele desceu do ar e foi na direção de Draco que gemia de dor:

– Seu idiota, com uma vassoura mais rápida e tudo o que pode fazer era ficar provocando meu irmão, ao invés de fazer sua função! – gritou ele quase dando um soco em Draco se não fosse por Marcus.

– Calma ai Potter. – disse ele.

– Tem sorte Draco. – disse ele se arrumando. – muita sorte.