Eric parecia que tinha tirado o peso de seus ombros, realmente era algo muito bom falar que não odiava Alvo, ele subiu para o quarto devagar, estava cansado e tudo o que queria era realmente dormir, mas pelo visto Harry pensava o oposto pois estava segurando uma caixinha muito familiar a ele:

– Eric o que é isso? – perguntou Harry curioso.

– Me dá isso Harry. – disse ele alarmado.

– Hermione deu para você de natal não foi? – perguntou ele.

– Sim, mas agora dê isso pra mim. – Eric estendeu a mão.

Mas Harry sorriu e correu para longe, descendo as escadas rápido, Eric estava mais lento e quando quase o alcançou a caixinha se abriu, um anel de contas caiu de dentro ele era verde com vermelho, Harry pegou o anel e olhou bem para ele e se lembrava de ver Hermione com um uma vez, antes de Snape ridicularizar ela:

– Hum... – Harry estava fascinado pela descoberta. – Hermione e Eric embaixo de uma árvore se beijando...

– Harry... – Eric pulou para frente, mas errou e Harry escapou novamente.

– Não errei... É... Com quem será?! – gritou Harry feliz. – Com quem será?! Com quem será que o Eric vai casar?!

– Mas que balburdia é essa? – exigiu Minerva.

– Minerva faz ele devolver! – Eric apontou para Harry acusadoramente.

– Devolver? – Minerva olhou para Harry ainda cantando com quem será o mais alto que podia e viu o simples anel de contas, não demorou muito para ligar os pontos, ela pegou o anel e colocou na mão de Eric. – Harry sinceramente não interessa realmente tanta balburdia pelo anel.

Eric aproveitou que Minerva não olhava para ele e teve a atitude mais infantil que Harry vira na vida, mostrou a língua e então fingiu que não era com ele a acusação de Harry pelo ato e voltou para as escadas:

– Eric. – chamou Minerva, vendo o menino se virar lentamente para olha-la. – me envie o convite do casamento.

Ele ficou vermelho praticamente rivalizando com seu cabelo, mas então a medida que sua pele voltava ao normal, ele abriu um sorriso perverso ou muito brincalhão, diga-se de passagem:

– Eu pensava que a mãe do noivo ficava sempre no casamento e chorando feito uma louca, sem necessitar convite. – respondeu ele.

Isso chocou Minerva tanto que ela não pode fazer réplica, Harry sorriu e gostou da ideia do irmão afinal de contas Alvo e Minerva tratavam ambos como filhos, pelo menos era isso o que pensava:

– Então. – disse Harry sorrindo olhando para Eric. – errei novamente e é... Com quem será?!! Com quem será! Que o Eric vai casar? Vai depender! Vai depender! Vai depender se a mãe Minerva vai deixar! – gritava ele.

Eric fez uma careta, a voz de Harry era realmente estridente, se ele conseguisse cantar mais alto, ele não duvidaria que um de seus tímpanos não existiria mais:

– Sério Harry, você canta com a desenvoltura de uma gralha e... – Eric parou quando viu Minerva chorando. – Minerva?

Harry viu também e ficou um pouco perdido e sem graça:

– Minerva, eu sei que canto mal, mas realmente precisa chorar? – perguntou ele.

Eric chegou mais perto assim como Harry e ambos foram pegos num abraço tão forte, que eles imaginaram se seria assim que a presa de Cobra se sentia quando ela esmagava, quando foram soltos Harry deu passos para trás, procurando normalizar a respiração:

– Afinal por que está chorando? – perguntou Eric confuso.

– Vocês me chamaram de mãe. – disse ela limpando as lagrimas.

– Realmente tudo isso só por causa de uma palavrinha? – perguntou Eric.

– Não é uma palavra qualquer. – respondeu Minerva.

Alvo entrou na sala sorrindo:

– Realmente Eric não é uma palavra qualquer. – disse ele.

– Eu aposto dez galeões que é. – disse ele olhando para Alvo.

– Vamos lá, prove. – retrucou Alvo cruzando os braços.

Eric olhou para Minerva respirou fundo:

– Minerva, você não chorou porque eu te chamei de mãe. – começou ele arrastando o pé e enfiando as mãos no bolso. – você chorou porque... Foi porque você percebeu que eu te amo tanto quanto eu amaria minha mãe se ela estivesse viva e... Que eu estou feliz por ter você por perto...

E Minerva chorou ainda mais agarrando Eric sozinho desta vez no abraço e então Harry percebeu que eles realmente amavam Minerva, mesmo que ela não fosse a mãe deles, eles a amavam como se fosse e por mais incrível que fosse, Eric foi o primeiro a dizer isso e outra coisa incrível era o sentimento de ciúmes por Eric estar ganhando aquele abraço mortal sozinho e então ele correu para Minerva e se enfiou no abraço do jeito que pode alegando que eles eram gêmeos e que deveriam ser tratados igualmente por ela, pois as mães amam seus filhos independentemente de quantos tenham, quando foram soltos, Eric prontamente se virou:

– Meus dez galeões. – disse ele estendendo a mão.

– Você não provou nada. – disse Alvo sorrindo.

– Eu provei sim, se eu tivesse chamado Minerva de mãe atoa, era só uma palavra, mas quando faz isso com sentimento ela vira algo especial. – ele continuou com a mão estendida.

Alvo puxou dez galeões contados e deu para Eric, que sorriu contando e dando metade a Harry, depois disso ele olhou para Alvo:

– E Alvo... Se Minerva é a mãe, você é o pai, só não fique com ciúmes, parece que os filhos são mais ligados as figuras maternas. – disse ele subindo as escadas.

Alvo foi abalado porque por mais simples que as palavras fossem, enquanto eram ditas ele pode ver nos olhos de Eric, que eram profundamente verdadeiras. Harry correu para o quarto depois de dar um abraço em Alvo, Eric estava deitado com Cobra enrolada em cima dele, o anel que a pouco fora devolvido a ele, estava em seu dedo:

– Eu gosto de ver sua amizade com Hermione. – disse Harry sentando no fim da cama. – vocês... Ficam bem juntos.

– Eu estava pensando em chamar ela para passar uns dias aqui, mas parece que ela foi pra França no verão. – explicou ele parecendo um tanto chateado. – eu também tentei enviar algumas cartas, mas não tive resposta, assim como não recebi nenhuma.

– Estranho, agora que falou. – disse Harry meio aflito. – eu também não recebi nenhuma carta, nem do Ron.

– É um milagre que ele já sabe escrever, agora esperar cartas seria coisa de outro mundo. – Eric deu um meio sorriso.

– Ron é meu amigo, é claro que ele enviaria cartas Eric, assim como Hermione, eles devem estar ocupados e seria um par de semanas para enviar cartas a nós, portanto não existe modo de se preocupar com... – Harry parou quando viu Eric dormindo profundamente, suspirando ele decidiu também se deitar.