Rock N' Roll escrita por Angel in the Darkness


Capítulo 6
Promessas Perdidas


Notas iniciais do capítulo

oooi gnte... espro vcs gostem e me deem dicas.
boa leitura e favoritem /õ



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Minha tarde com Elizabeth foi maravilhosa, vimos filme e ela leu umas revistas. Quando o dia estava acabando, ela se virou para mim e disse, com uma cara estranha, como se estivesse prestes a chorar :

–Sabe, Simas, você sabe que eu tive um bom PSAT, que aconteceu, como eu te disse, entre o outono do segundo ano e antes do outono do terceiro ano do ensino médio. - Eu sabia o que Elizabeth iria falar, e acredite, eu não queria saber. - Eu mandei minha redação e forneci os papéis necessários. A Professora que eu tenho ajudado, mandou uma carta de recomendação e ela ficou ótima, e meu Professor de História, o Sr. Brunnet, também mandou. Ele falou muito bem de mim.

– Mandou para qual Universidade ? - Eu perguntei, enquanto Elizabeth sorria sem graça pra mim. Eu estava feliz por ela ter conseguido tudo aquilo, e ela merecia, era muito inteligente , e tudo mais. - Pelo que me disse, tem tudo para ir para Yale. E é para lá que quer ir, não é ?

– Simas, Yale é tudo ! Mas existem Universidades melhores, sabe disso. - Ela respirou fundo e me pareceu triste, não como eu ficaria. - Mandei para a Stanford, Pomona College, Princeton, Harvard e é claro Yale.

– Não queria que você fosse. - Eu me arrependi de ter falado isso na mesma hora que disse, mas fechei os olhos e disse: - Quer dizer... bem, você precisa.. mas é tão ... quer dizer.. vai doer.

Ela me olhou, e pela primeira vez na vida, vi Elizabeth, minha Elizabeth chorando. Ela chorava muito, nunca a vi assim. Ela também sorria, mas era tímido como geralmente nunca era. Eu não gostava de fazer ela chorar. Quando tinha cinco anos, vi meu pai dizer algo muito ruim para minha mãe.

– Você não age como mulher! A pior coisa que fiz da vida foi se casar com você !

Só me lembro que minha mãe chorou e chorou muito. Meu pai não se arrependeu do que disse, como eu. Ele continuou falando, e fazendo ela chorar. Aquilo me deu uma raiva, e naquele dia, prometi para as estrelas, que quando amar uma pessoa de verdade nunca iria fazer ela chorar. Acabei de quebrar essa promessa. E quando se promete algo para as estrelas deve ser cumprido sempre. As estrelas são guardadoras de segredos e de promessas. Elas podem te fazer rir, chorar e tudo mais. Se voltei para mim e para Elizabeth, e ela falou:

– Não é por mim. É por você também, quando você for para lá, eu vou te ajudar. Como estou te ajudando agora. Formaremos a melhor família de todas. Os dois formados seria perfeito!

Eu respirei fundo e sabia exatamente o que dizer, eu não queria aquilo, Elizabeth estava se separando da mãe por mim.

– Não quero que faça isso. Eu quero que vá para a Stanford, e você vai. - Elizabeth me olhou espantada e eu terminei: - Yale é bom, mas Stanford é mais.

– Na Califórnia, e você sabe, é caro, e as bolsas não pagam tudo. - Eu sabia que não seria assim tão fácil mais Elizabeth é a pessoa mais inteligente que conheci. - Tenho juntado dinheiro, mais você sabe.

Eu sabia, quantas coisas eu já deixei de comprar algo por que minha mãe não tinha dinheiro suficiente. Mais eu tinha o meu pai, e ele sempre me dava coisas. Mas Elizabeth não tinha pai, só mãe, ela trabalhava em uma lanchonete e desde que me entendo por gente Elizabeth trabalha para ajudar sua mãe.

– Você consegue, você é maravilhosa. E pode fazer tudo que quiser. - Elizabeth ria e chorava, e quanto a mim, chorava também. Ela me abraçou e naquele momento, eu sabia, que se ela pedisse eu daria o Mundo, se ela pedisse eu daria as estrelas. E mesmo sem ela pedir, eu já dei o meu coração.

E ela se foi, se despediu de mim e foi embora. E fiquei lá com a minha promessa quebrada com as lembranças ruim em mente, até quem minha mãe entrou e estava acompanhada, não sabia quem era até ela se virar, e eu pude ver seu rosto, estava igual ao rosto em que eu me recordava, só o cabelo que mudava, tinha alguns fios cinzas, é, era ele, o meu único e idiota pai, com aquele sorrisinho de que estava tudo bem.

– Devia ter me avisado mãe. - Eu falei enquanto ela beijava a minha testa e parecia nervosa. Meu pai continuava perto da porta em pé. Eu o encarei, ele era o mesmo, só que completamente diferente. - Sabe que eu não queria receber visitas.

– Mas deixou sua namoradinha entrar. - Falou meu pai, uma onda de ódio me tomou por inteiro. Eu odiei o que ele falou, e falei, acho que, antes mesmo de ele pensar no que falou: - Não quero que nunca mais fale assim de Elizabeth! Ela é minha namorada e quero que a trate com respeito!

– Simas ! - Disse minha mãe se referindo ao meu pai, ele tinha o mesmo nome que meu, só que o dele é Simas Bridam Guiller, ele a olhou e ele disse, olhando agora, para mim. - Desculpe Simas, mas eu gostaria de conversar com você, em particular.

Minha mãe, olhou para ele, e eu disse furioso, não suportava ver ele ali:

– Não existe segredos entre minha mãe e eu! - Minha mãe me beijou na testa e disse, com muita calma. - Pat, está tudo bem, ele precisa falar com você, é sério.

Foi neste momento que vi que o assunto era realmente sério. Não via meu pai desde o natal de quando eu tinha 13 anos e ele estava 5 meses sem falar comigo, qual seria o motivo de ele estar ali ? Minha mãe saiu e ele se aproximou de minha cama e começou a falar.
–Simas Patrick... Sim, eu sei, que eu fiquei algum tempo sem te procurar, mais é que ...

– É que você tem a sua vida, e não se incomodaria com um menino de 16 que você odeia. - Interrompi, ele olhou para mim assustado e foi até a geladeira e pegou um copo de coca-cola, e disse:

– Não é isso, você sabe que eu tenho dois filhos mais velhos que você, a Julie e o Michael. - Ele deu um gole na sua coca, e eu fiquei com inveja, sabia que não podia beber, mas eu não posso negar que queria só um gole. - E você sabe que eles são mais velhos que você, não sabe ?

Concordei com a cabeça, ele se sentou na beirada da cama. E continuou dando um gole atrás do outro em sua coca. Eu sabia que tinha dois irmãos, a Julie era maravilhosa. Ela tinha 22 anos estava cursando o segundo ano de arquitetura na Yale, e meu irmão tinha 24 e estava cursando o quarto e último ano de administração de empresas, pelo o que sei, ele iria trabalhar na Empresa do meu pai, que era de meu avô, o Michael, nunca o vi na vida, se vi, não me lembro. Já Julie é totalmente diferente dele, ela é simpática, brincalhona e vive me ligando e me chamando pra sair com ela e as amigas e o melhor, é super amiga da minha mãe.

–Bem, sua irmã estava conversando comigo, e, bem...

– Fala logo o que a Julie disse. - Disse eu, impaciente. Meu pai me olhou feio, e ri, não sei por qual motivo, mas me deu uma vontade imensa de dar uma gargalhada. E dei.

– O.k., enfim, eu, Mike e Julie, queremos que você passe algumas semanas conosco, nós alugamos um apartamento, aqui perto. - Eu gelei. Morar com meu significava que teria que fingir que tudo que ele fez comigo, com minha mãe, não existiu.

Ele percebeu que eu estava nervoso com o que minha mãe iria pensar, por que disse:

– Eu já falei com sua mãe e ela acha uma ótima ideia. Passará o fim de semana com os seus irmãos e poderá sair para um monte de lugares! Pode até levar sua namoradi.. namorada.

–Eu não sei o que dizer Simas. - Não conseguia chamar ele de pai. Já faz muito tempo, e ele sabe disso. Ele estremeceu em me ouvir fala Simas e não pai. Eu respirei fundo e olhei pela janela, e disse: - Se minha mãe disse, então eu vou.


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