A História de Uma Semideusa - Os Jogos escrita por Rebeca R


Capítulo 27
Bêbada A Gente Fala A Verdade


Notas iniciais do capítulo

Hey semideuses! Amei esse capitulo, escreve-lo foi o maximo. Eu sei que eu disse que ia começar a cobrar comentários e tal... Mas vocês sabem que isso nunca dá certo comigo. Tenho uma necessidade enorme de postar um capitulo assim que eu termino ele... Sei, coisa de louco, mas eu sou louca mesmo.



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Acordei com alguém me balançando. Eu estava com preguiça de abrir os olhos e por isso fiquei imaginando quem seria. Tinha mãos fortes, mas não tão fortes. Devia ser um garoto. Esse pensamento fez com que eu abrisse os olhos e levantasse ao mesmo tempo. Era Mark.

– O que você esta fazendo aqui? – eu perguntei com um espanto.

– Te acordando para o desafio que é daqui a vinte minutos. – ela falou se levantando do chão.

Ele estava sentado no chão. Já usava a farda dos Jogos. Agora estava em pé no meio do quarto.

– Agora que você já acordou e não corre o risco de ser desclassificada, eu vou embora.

– Espera! – eu falei quando ele se virou para a porta.

– Sim? – ele girou com os calcanhares.

– Por que foi você que veio me acordar?

– Bem, o Summy tentou me impedir. Ele disse que se você não participasse dos próximos desafios seria melhor.

– Ele disse isso?

Mark acenou e então saiu. Eu estava chocada. Summy não queria que eu participasse dos próximos desafios. Ele não seria capaz de fazer uma coisa dessas. Não mesmo. Mas ele tinha feito. Respirei fundo e fui me arrumar. Não deixei a espada em formato de broche, coloquei-a na bainha. Sai do quarto quase no momento em que a plataforma começou a subir. Deu tempo de eu me jogar no sofá, do lado de Leae.

– Você e o Summy sumiram ontem à noite. – ela observou.

– Antes que você pense qualquer coisa, não rolou nada. – eu disparei.

Então percebi que eu tinha soado rude demais.

– Me desculpe. Eu fui muito grosseira. – tentei. – Só estou um pouco chateada por ele tentar impedir Mark de ir me acordar.

– Também estranhei esse comportamento dele.

A plataforma chegou ao topo. Tudo estava igual ao desafio de Atena, a única diferença era o que nos esperava no final do túnel. Desejei que fosse qualquer desafio menos esse. Não sei se conseguiria matar algum monstro e ao mesmo tempo estar bêbada. Isso era relevante.

A trombeta tocou e eu me dirigi em direção ao túnel. A escuridão cobrindo meu caminho, desfeita por algumas tochas intercaladas. No final estava um enorme barril e um bilhete em cima de uma mesinha ao lado. Peguei o bilhete, quase já sabendo o que me esperava lá.

Exatamente às nove horas, o barril é aberto e o vinho começa a sair. Se vinho atingir o chão, o local vai explodir. Só tem um jeito de parar o vinho: bebendo-o.

Então era assim que eles iriam fazer a gente beber o vinho. Olhei no meu relógio, faltavam dois minutos para as nove horas. Agachei-me e coloquei minha boca na saída do barril. Logo senti algo molhado e ardente sobre ela. Era vinho. Eu engoli o primeiro gole, quase sem tempo para o segundo. O liquido descia muito rápido e a cada gole eu me sentia pior. Não estava ficando bêbada, mas o gosto era tão ruim que me forçava a sair de mim.

Não sei quanto tempo fui forçada a engolir aquele liquido, só sei que pareceram horas. Minha garganta ardia, minha boca também. Inúmeras vezes eu pensei em tirar minha boca daquele sufoco e deixar que o liquido tocasse ao chão, a morte seria muito mais rápido do que aquela tortura. Amaldiçoei Dionísio e todos os seus filhos e seguidores.

Não havia espaço para respirar, então minha respiração ia ficando mais ofegante a cada gole. Minhas unhas já estavam encravadas na madeira do barril e elas começaram a doer, mas estavam presas. Meus pés protestavam, porque aguentar meu peso tanto tempo era muito para eles. Todo o meu corpo doía, a posição não ajudava.

Eu estava fraquejando, os músculos cedendo, a sanidade sendo retirada de mim como uma facada. Senti a última gota de vinho encher minha boca, senti o meu suspiro de alivio e então o mundo escureceu e eu não me lembro de mais nada.

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– Ela vai acordar em quanto tempo? – indagou uma voz feminina que eu reconheci imediatamente como Leae.

– Depende de como o corpo dela está reagindo com a bebida. – falou a voz grossa do doutor Albert.

De repente uma dor atingiu a minha cabeça. Ela ia e voltava, me deixando nauseada.

– Ela esta se mexendo! – exclamou a voz do Mark.

– É claro que esta! Ela morreu por acaso? – foi à voz da Carol.

Eu podia não estar vendo tudo, mas tinha certeza de que Mark havia lançado um olhar aborrecido para Carol.

– As pálpebras dela estão tremendo, o que significa que ela esta acordada, mas não quer abrir os olhos. – afirmou a voz da Bonny.

– Obrigada por me desmascarar. – falei abrindo os olhos.

Eu estava no meu quarto. Tinha tanta gente ao meu redor que eu não tive tempo de calcular quem era quem. Só reconheci os rostos mais próximos. O de Leae estava praticamente em cima de mim, Mark estava sentado na ponta da cama, Summy estava do outro lado, sentado em uma cadeira.

– Por que só eu estou acabada? – indaguei, me sentando na cama.

– Depende em que sentido você usa a palavra acabada. – falou Summy, com um leve sorriso.

O doutor Albert riu.

– Bem, não foram todos que sofreram com o veneno de um drakon. – ele explicou. – Mas pelo menos você conseguiu mata-lo antes que ele te matasse.

– O drakon espirrou veneno em mim? – me assustei.

– Não. – me tranquilizou Leae. – Ele enfiou uma das presas em sua perna. – ‘ta, agora eu realmente não estava tranquilizada. – Mas o doutor disse que não foi nada realmente muito grave, o veneno só atingiu uma das artérias da perna, mas a ambrosia já está fazendo efeito.

– O que me lembra. – disse o doutor, pegando um copo em uma mesinha e me entregando. – Néctar.

O gosto de chocolate quente invadiu minha boca, e antes que eu pudesse raciocinar, o liquido já havia acabado.

– Uou! – falou Summy. – Assim você vai ter um problema digestivo de tão rápido que bebeu.

– Hum, eu acho que o néctar vai curar o problema digestivo antes que ela o tenha. – observou Mark.

Nós rimos. Então eu me lembre de algo me ao mesmo tempo me aliviou.

– Esperem! O próximo desafio é o último! – exclamei.

Summy fechou a cara imediatamente. Eu agora sabia que o que o incomodava era o desafio de Ares. Provavelmente o pai dele tinha preparado algo realmente desagradável. Leae e Mark sorriram. Summy com certeza não tinha compartilhado a informação com eles.

– Verdade. – afirmou Mark. – Finalmente vou poder voltar para o Acampamento Clube dos Deuses.

– Saudade do John. – Leae murmurou baixo o suficiente para somente eu ouvir.

Dei um sorriso simpático e me levantei. Tinha um formigamento na minha perna direita, mas de resto estava tudo bem. Saímos pela porta e assim que passamos, ela desapareceu.

– O desafio será daqui a duas horas. – me informou Carol, me puxando pelo braço em direção ao meu quarto. – O seu almoço está ai. E veja se nunca mais fica bêbeda! Devia ter visto sua cara na enfermaria! E ficava murmurando coisas! – ela estava se pocando de rir.

– O que eu murmurei? – indaguei preocupada.

– Só falou algumas coisas sobre chocolate. – interveio Bonny. – Ah sim! Falou dos olhos do Summy! Mas ele, infelizmente – ela acrescentou. – não estava lá na hora.

– Ah Bonny. – Leae se aproximou misteriosamente, colocando a mão no meu ombro. – Isso é porque você não ouviu ela dizendo como sempre teve vontade de colocar as mãos nos cabelos dele...

– Parem! – eu exclamei. – Eu disse isso tudo mesmo?

– Dizem que quando a pessoa está bêbada ela fala a verdade... – murmurou Carol e ela e Leae saíram fazendo: “Uuuuuuuu”.

– Sério isso? –perguntou Bonny.

Depois ela revirou os olhos, acenou para mim e saiu caminhando pela sala.

Eu entrei no meu quarto. Teria muito trabalho até o próximo desafio.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Mereço reviews lindos? Tipo... A história está no final mesmo! Nem sei quantos capitulos vão ter mais. Acho que uns cinco... Por ai. E eu tenho que parar de colocar reticencias, sério! Eu estou muito viciada! kkkkkk! Beijos leitoressssss! Revewsssss! Recomendação?



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