A História de Uma Semideusa - Os Jogos escrita por Rebeca R


Capítulo 18
Evite Os Raios


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que eu digo muito isso, mas eu sou horrivel com titulos. Sério. Mas enfim espero que vocês estejam gostando. Jujuba recebeu três reviews, mas o terceiro não foi nessa fic. Ela ficou muito feliz, mas hoje ela esta com fome de novo.



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Assim que eu entrei percebi que tinha uma bandejinha com o meu almoço. A lasanha estava realmente muito boa. Depois eu tomei um banho. O próximo desafio seria às duas da tarde, então eu decidi ir para a sala plataforma. Encontrei Brian lá. Ele estava com a perna direita totalmente enfaixada e conversava com Summy. Só tinham eles dois lá. Quer dizer, Leae também, mas ela estava em um canto, completamente absorvida em um livro.

Eu me aproximei.

– Oi. – eu falei.

Brian me abraçou. Eu fiquei surpresa. Sério. Vi Summy lançar um olhar estranho para Brian. Então Brian se afastou.

– Muito obrigada. – ele disse. – O Summy estava me contando que você salvou minha irmã.

– Parecia a coisa certa a fazer. – eu admiti. – Mas se o Summy não tivesse aparecido não ia ter adiantado muito a minha ajuda, porque seriamos jantar de drakon.

– Não foi nada. Eu estava indo salva-la também. – ele disse meio envergonhado.

– Ah, Brian, se você não se importa o Summy prometeu que iriamos levar a Mel para tomar sorvete quando os Jogos acabassem.

Você prometeu. Eu não disse nada. – Summy falou.

– Mas você vai porque foi você que disse que eu iria.

Brian começou a sair de fininho. Eu não ligo.

– Então por que você não simplesmente me manda ir sem você?

– Porque eu quero ir!

– E porque eu tenho que ir também?

– Porque foi você que disse que eu ia. Eu já disse.

– Mas se você quer ir, porque eu tenho que ir junto?

– Porque eu quero que você vá.

– Ha! Então você admite que quer que eu vá?

– Qual parte você não entendeu?

– Nada.

Ele falou depois começou a rir. Então ele saiu para o quarto. Eu suspirei. Por que Hades eu tive que gostar de um garoto assim? Por que foi o que seu coração mandou. Cala a boca cérebro. Sentei-me em uma cadeira perto de Leae.

– Está lendo o que? – eu perguntei.

– As Vantagens de Ser Invisível. – ela respondeu, sem desgrudar os olhos do livro.

– Já li. É bem triste né?

– Eu raramente choro com livros.

– Eu chorei.

– Estou na parte do Natal.

– Muito legal essa parte. Já passou da parte da maquina de escrever?

– Não me dê spoilers.

– Ok, foi mal.

Então eu decidi fazer alguma coisa útil. O próximo desafio seria o de Zeus. Acho que eu corria rápido, só esperava não ser eletrocutada. Quando eu tinha cinco anos eu enfiei o dedo na tomada do quarto da minha mãe e tomei um pequeno choque. No inverno eu estava no bebedouro quando meu colega decidiu furar a fila então ele colocou a mão ao mesmo tempo em que eu no bebedouro e eu tomei um choque.

Acho que ser eletrocutada por um dos raios do senhor dos céus não era uma boa ideia. Decidi que faria de tudo para não ser eletrocutada. Acho que não tinha muito que pensar. Voltei para o meu quarto. Peguei uma folha do meu caderno e decidi escrever alguma coisa. Eu sempre fui muito boa em escrever músicas, então foi o que eu fiz. Ficou legal e nesse tempo eu não fiquei pensando muito nos Jogos, o que foi realmente bom.

Nem percebi o tempo passando e quanto eu olhei no relógio faltavam somente cinco minutos para o desafio. Coloquei um casaco impermeável, porque imaginei que teria chuva. Na sala plataforma estavam todos. Foi muito legal ver todo mundo conversando. No final das contas tínhamos criado ali uma aliança que duraria para sempre. Eu acho né, porque “para sempre” sempre é muito. Eu me sentei no sofá ao lado de Grus que conversava animadamente com Leae. Eles me cumprimentaram e depois voltaram a conversar.

Nesse exato momento a sala começou a subir. Já tínhamos feito isso tantas vezes que ninguém precisava nem se segurar, era algo natural. Chegamos lá em cima. Por fora do vidro da capsula as imagens eram meio embasadas, mas dava para ver alguma coisa. A arena era circular e ao redor dela tinha uma enorme arquibancada que estava lotada de deuses menores e semideuses. Em frente para nós, no meio de uma arquibancada, estava a mesa dos deuses. Contei doze e só depois eu reparei na forma escura de Zeus planando acima de nós.

– O objetivo de vocês é chegar ao outro lado sem serem acertados por um raio. – ele explicou.

A trombeta tocou e todos se dirigiram para os seus túneis. Lá fora era como o deserto. Melhor, era o deserto. Um chão arenoso se estendia por toda a arena. Do outro lado eu visualizei uma entrada com o número 13 marcado. Eu tinha que chegar até lá viva. Fácil. Foi nesse momento que o primeiro raio caiu. Foi entre mim e Selly. Eu dei um pulo na hora. Então todos começaram a correr.

Eu achei esse desafio muito injusto, porque os filhos de Zeus (Hally e Sabrina) não levariam choque se fossem acertados por um raio. Mas deixei para lá, agora era tarde demais para protestar por alguma coisa. Raios caiam na minha direita e esquerda. Na verdade eu acho que era para eles caírem em cima de mim, mas eu sempre desviava. Um dos raios acabou acertando a minha bota, mas por ser de borracha ela não derrete. O choque elétrico percorreu todo o meu corpo.

Era muito mais horrível do que colocar o dedo na tomada do quarto da minha mãe ou tomar um choque porque era inverno e você estava tocando metal. Pense no que você sente quando toma um choque em casa. Multiplique isso por cem. Ainda não chegou a sensação. Eu parei um instante, mas um raio caiu na minha direita e eu me vi obrigada a correr.

Agora eu corria mais rápido. Talvez porque eu tivesse passado pela experiência de ser quase acertada por um raio e não quisesse passar de novo. A proposito, nesse momento começou a chover. E não estou falando de uma chuvinha simples. Chovia mesmo! Daquelas chuvas que quando passam a cidade está toda alagada e o transito um caos. Daquela chuva que derruba a favela do morro.

Fiquei com medo de a arena começar a encher por causa da chuva, mas então percebi que cada gota que tocava o chão evaporava. Imaginei que fosse algum truque. A pior parte da chuva era que eu não podia enxergar nada a minha frente. Estreitei bem os olhos enquanto corria. Mais a frente eu pude enxergar a entrada. Continuei correndo naquela direção.

E eu entrei. O ar quente que eu respirei era perfeito. A entrada se fechou e eu decidi seguir o túnel. Ele era uma descida e eu tive que tomar cuidado para não escorregar com as minhas botas molhadas. Então eu cheguei lá em baixo e dei de cara com o meu quarto. A passagem saia do lado da minha cama. Com um espanto percebi que era por lá que traziam o meu almoço e jantar. Decidi não pensar muito nisso.

Assim que eu a atravessei a passagem ficou azul como o papel de parede. Pelo menos se ela continuasse ali eu poderia continuar almoçando lasanha. Como o desafio tinha começado às duas horas imaginei que agora eram três, porque eu passei mais ou menos uma hora naquela arena. Tomei um banho quente e decidi dormir. Eu estava realmente cansada. Havia sido dois desafios em um dia só e eu podia apostar que o próximo seria ainda hoje. Coloquei meu despertador para daqui à uma hora e desabei na cama.


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Notas finais do capítulo

Gente eu queria dizer que eu estou escrevendo o mais rápido que minha imaginação deixa, mas eu vou precisar viajar semana que vem então se eu não consegui terminar a fic até lá vocês vão ficar uns nove dias sem história. Vou fazer de tudo para que os capitulos saiam.
Beijos e me mandem reviews.



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