A História de Uma Semideusa - Os Jogos escrita por Rebeca R


Capítulo 16
Minha Mãe Luta Contra Um Drakon


Notas iniciais do capítulo

Minha mãe é uma "super hero" ok? E ela sabe tudo isso porque é semideusa também. Espero que gostem! Beijos com gosto de sorvete!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/440546/chapter/16

– E como vai ficar a pessoa que ele iria salvar? – indagou minha mãe.

– Não importa. Tenho que deixar você em segurança. – respondi, caminhando por entre a mata.

– Querida, eu já fui uma semideusa jovem. Como você acha que sobreviveu ao ataque de monstros por todos esses anos?

– Você me salvou quando era pequena. Agora é a minha vez de te salvar.

Ela não contestou. Continuamos caminhando pela mata densa. Um tempo depois, o silêncio ficou insuportável e como eu puxei isso da minha mãe, foi ela que começou a falar:

– Sabe, eu conheci a mãe do Brian. Éramos colegas de faculdade. Acho que foi por causa da faculdade de medicina que Apolo se apaixonou por ela. Estávamos no fim da faculdade quando ela engravidou, na mesma época que eu. Depois disso vocês nasceram, mas nós continuamos amigas. Quando Apolo a deixou, eu lembro de que ela se casou de novo e teve uma filha. Fomos perdendo contato ao longo dos anos.

– Por que esta me dizendo isso? – perguntei.

– O silêncio é horrível.

Apesar de tudo eu sorri. Mas como estava caminhando na frente de minha mãe ela não ouviu. Eu estava tentando voltar pela trilha, mas esta tinha desaparecido. Quando eu decidi que estávamos perdidas, subi em uma árvore. Minha mãe ficou lá em baixo depois de uma discussão de que ela que deveria subir, mas como pode perceber eu ganhei.

Eu sempre fui boa em subir em árvores. Deduzi que isso tinha alguma coisa a ver com o parentesco com Deméter (longa história). Logo eu cheguei ao ramo mais alto que podia me aguentar. Olhei por cima e me deparei com a última cena que eu queria. Havia uma prisão de ramos de árvore. Um drakon protegia a entrada. Dentro da prisão estava uma garotinha de cabelos loiros que parecia muito com... Brian.

Observei o lado que estava à prisão, gravei e comecei a descer. Lá em baixo, minha mãe estava usando a faca que trouxera para fazer um arpão com um pedaço de madeira.

– Mãe. – eu falei quando toquei o solo. – Acho que você tem razão. Precisamos encontrar a irmã de Brian.

– Duas coisas. – ela disse, erguendo uma sobrancelha. – Como você sabe que a prisioneira é irmã de Brian? O que você viu?

– Não temos tempo. Acho que aquele drakon vai ser um problema se não chegarmos logo.

Acho que ela ficou surpresa quando eu falei sobre o drakon, porque somente assentiu e eu comecei a abrir caminho pela mata naquela direção. Logo eu ouvi um som que parecia com um rugido, mas era uma coisa mais profunda, menos “animal”. Chegando mais perto nos deparamos com uma clareira.

Ficamos escondidas atrás de alguns arbustos, é claro. O drakon estava lá, passeando por toda a clareira e de olho em tudo. Evitei olhar nos olhos dele. No meio da clareira estava a prisão de ramos de árvore que eu tinha visto. Dentro estava a garotinha loira que eu também tinha visto.

– Eu distraio o drakon enquanto você a liberta. – sussurrei para a minha mãe.

Ela fez exatamente o contrário. Correu para frente do drakon, com cuidado para não o olhar nos olhos. Brandiu sua lança improvisada. O drakon começou a prestar atenção nela. Eu me xinguei mentalmente por não ter segurado minha mãe quando ela fez isso. O monstro jogou um acido nela, mas ela rolou para o lado e não foi atingida.

Ok. Nesse ponto eu estava realmente surpresa. Foco. Disse a mim mesma. Com cuidado, eu corri até a prisão. A garotinha me olhou assustada.

– Esta tudo bem. – eu falei baixinho. – Vim tirar você daqui.

Ela assentiu e eu comecei a trabalhar. Tirar as raízes da terra era a parte fácil. A parte difícil era fazer isso sem que o monstro percebesse. Acho que demorou mais do que eu esperava. Minha mãe conseguiu ferir o drakon em alguns lugares, mas ele logo se recuperava. Passados mais alguns minutos, eu consegui tirar todas as raízes e abrir um buraco grande o suficiente para a menininha passar.

– Vem. – eu chamei.

Ela segurou na minha mão e veio. Eu corri com ela para trás do mesmo arbusto que eu tinha me escondido com minha mãe.

– Fique aqui está bem? – falei calmamente. – Já volto. Não saia.

Ela assentiu e eu fui ajudar a minha mãe. Ela estava indo bem enquanto eu me aproximava. Eu corria, mas não fui rápida o suficiente. O monstro usou sua cauda gigantesca e atirou minha mãe contra uma árvore. Ela gritou. Eu fiquei parada, em choque. Eu sabia que a batida não a tinha matado, mas provavelmente tinha deixado ela realmente mal. A garotinha gritou.

O drakon ouviu, infelizmente, e se virou na minha direção. Ele rosnou para mim. Eu ergui minha espada e a mantive levantada. Ele estava realmente perto agora. Quase podia sentir seu horrível bafo. Ele se encolheu um pouco para trás, preparando um ataque acido. Eu esperei e no último momento saltei para o lado. Enfiei minha espada na lateral do monstro.

Ele era da altura das árvores, então isso não surtiu muito efeito. O machucou é claro. Do lugar onde eu tinha enfiado a minha espada estava saindo pó dourado. Mas acho que para ele foi como receber uma injeção. Eu recuei e o drakon usou sua cabeça para me atirar. Diferente da minha mãe, eu tive sorte e bati em um arbusto. Fiquei imóvel, na esperança do monstro achar que tinha me matado e ir embora.

Então eu ouvi um gemido na minha direita. O monstro já não olhava mais para mim, eu percebi com um alivio. Ouvi outro gemido. Virei-me e percebi que tinha caído em cima do arbusto onde eu tinha escondido a garotinha. Eu não estava em cima dela, mas havia desmanchado o seu esconderijo. Sai dali, me dirigindo para trás do arbusto destruído.

– Você esta bem? – perguntei.

– Hum, hum.

– Como é o seu nome?

– Mel. – a voz dela era doce.

– Eu sou Beky. Desculpe-me por ter caído em cima de você.

– Não se preocupe.

– Bem, acho melhor sairmos daqui antes que o monstro nos veja.

Eu a ajudei a se levantar sem resgar a borda do seu vestido rosa. Caminhamos por trás das árvores, ainda mantendo um olho na clareira. Ela não soltou a minha mão por nenhum momento, o que me fez sorrir. Quando chegamos perto do lugar onde minha mãe estava, eu pedi para ela esperar um pouco, porque estava mais perto do drakon.

Minha mãe estava acordada, mas bastante fraca. Olhei de novo para a clareira, estava vazia. Para tudo! Vazia? E onde estava o drakon? Ouvi um ruído e me virei lentamente. Eu podia sentir a respiração do monstro. Ele estava muito perto. Ele se encolheu, se preparando para um ataque de acido. Fechei os olhos, esperando pelas minhas últimas respirações. Mas elas não foram às últimas. Eu ainda estava viva quando abri os olhos. Tinha um garoto em cima de uma pilha enorme de pó dourado. Reconheci imediatamente Summy.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Mandem reviews, eles me deixam imensamente feliz e eu não estou feliz agora. A proposito, vocês precisam conhecer Jujuba. Ela é um bichinho muito fofo e peludo que se alimenta de reviews, favoritos e o prato favorito dela: recomendações. Ela está com muita fome agora. Quem quer dar comidinha para ela?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A História de Uma Semideusa - Os Jogos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.